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Autor: Galileu Paulo Henke Alves de Oliveira
GAS-LIFT 
CONTÍNUO
GAS-LIFT 
CONTÍNUO
Autor: Galileu Paulo Henke Alves de Oliveira
Colaborador: Gustavo Vinicius Lourenço Moisés
Ao final desse estudo, o treinando poderá:
• Identificar os princípios e variáveis envolvidos no processo 
de elevação natural;
• Identificar a necessidade de uso de métodos artificiais de 
elevação;
• Reconhecer os princípios e procedimentos envolvendo o 
método de elevação por Gas-Lift Contínuo;
• Reconhecer os equipamentos utilizados pelo método 
Gas-Lift Contínuo.
GAS-LIFT 
CONTÍNUO
Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos 
da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para 
além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a 
experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das 
atividades profissionais na Companhia.
É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de 
empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes 
desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo.
Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando 
prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força 
de trabalho às estratégias do negócio E&P.
Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa 
a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das 
competências necessárias para explorar e produzir energia.
O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das 
competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados 
e a reciclagem de antigos.
Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo 
que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para 
esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os 
que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de 
sucesso que ela é.
Programa Alta Competência
Programa Alta Competência
Agradecimentos
O autor agradece à Petrobras, que lhe permitiu adquirir este 
conhecimento e disseminá-lo a outros técnicos.
Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila 
está organizada e assim facilitar seu uso. 
No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual 
representa as metas de aprendizagem a serem atingidas. 
Autor
Ao fi nal desse estudo, o treinando poderá:
• Identifi car procedimentos adequados ao aterramento 
e à manutenção da segurança nas instalações elétricas;
• Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao 
aterramento de segurança;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de 
aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas 
instalações elétricas.
ATerrAMeNTO 
De SeGUrANÇA
Como utilizar esta apostila
Objetivo Geral
O material está dividido em capítulos. 
No início de cada capítulo são apresentados os objetivos 
específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como 
orientadores ao longo do estudo.
No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que 
visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.
Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do 
capítulo em questão.
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
C
ap
ít
u
lo
 1
Riscos elétricos 
e o aterramento 
de segurança
Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá:
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e 
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de 
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de 
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 
20
Alta Competência
21
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a 
quatro fatores fundamentais:
 Tensão;• 
 Resistência elétrica do corpo; • 
 Área de contato;• 
 Duração do choque.• 
 Os riscos elétricos, independente do tipo de • 
instalação ou sistema, estão presentes durante toda 
a vida útil de um equipamento e na maioria das 
instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob 
controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou 
de continuidade operacional.
 Os • choques elétricos representam a maior fonte 
de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das 
medidas de engenharia para seu controle, a obediência 
a padrões e procedimentos de segurança.
1.4. exercícios
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e 
aterramento de segurança?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que 
abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. 
Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, 
o caso: 
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser 
projetadas e executadas de modo que seja possível 
prevenir, por meios seguros, os perigos de choque 
elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas 
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção, 
como alarme e seccionamento automático para 
prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de 
isolamento, aquecimentos ou outras condições 
anormais de operação.”
( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) 
durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for 
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas 
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas 
e demais meios de sinalização que chamem a atenção 
quanto ao risco.”
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e 
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas 
(...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no 
âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
24
Alta Competência
25
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aostipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos 
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente 
identifi cados, pois estão em destaque.
48
Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
49
3. Problemas operacionais, riscos e 
cuidados com aterramento de segurança
Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). 
A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os 
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção 
nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos.
Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o 
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve 
ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. 
Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 
diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar 
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando 
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico 
por contato indireto e de incêndio e explosão.
3.1. Problemas operacionais
Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo 
de aterramento são:
• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato. 
É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor 
de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo 
admissível para resistência de contato.
56
Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
57
Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se 
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma 
corrente elétrica.
Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica.
Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade 
– Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso 
em: 14 mar. 2008.
3.5. Bibliografi a3.4. Glossário
Objetivo Específi co
O material está dividido em capítulos. 
No início de cada capítulo são apresentados os objetivos 
específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como 
orientadores ao longo do estudo.
No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que 
visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem.
Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do 
capítulo em questão.
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
C
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 1
Riscos elétricos 
e o aterramento 
de segurança
Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá:
• Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e 
riscos elétricos;
• Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de 
equipamentos e sistemas elétricos;
• Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de 
segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 
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Alta Competência
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Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a 
quatro fatores fundamentais:
 Tensão;• 
 Resistência elétrica do corpo; • 
 Área de contato;• 
 Duração do choque.• 
 Os riscos elétricos, independente do tipo de • 
instalação ou sistema, estão presentes durante toda 
a vida útil de um equipamento e na maioria das 
instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob 
controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou 
de continuidade operacional.
 Os • choques elétricos representam a maior fonte 
de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das 
medidas de engenharia para seu controle, a obediência 
a padrões e procedimentos de segurança.
1.4. exercícios
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e 
aterramento de segurança?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________ 
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que 
abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. 
Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, 
o caso: 
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser 
projetadas e executadas de modo que seja possível 
prevenir, por meios seguros, os perigos de choque 
elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas 
(...) devem ser adotados dispositivos de proteção, 
como alarme e seccionamento automático para 
prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de 
isolamento, aquecimentos ou outras condições 
anormais de operação.”
( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) 
durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for 
julgado necessário à segurança, devem ser colocadas 
placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas 
e demais meios de sinalizaçãoque chamem a atenção 
quanto ao risco.”
( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e 
sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas 
(...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no 
âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
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Alta Competência
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Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a
Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas 
defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos 
textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente 
identifi cados, pois estão em destaque.
48
Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
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3. Problemas operacionais, riscos e 
cuidados com aterramento de segurança
Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). 
A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os 
mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção 
nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos.
Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o 
seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve 
ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. 
Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir 
diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar 
imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando 
problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico 
por contato indireto e de incêndio e explosão.
3.1. Problemas operacionais
Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo 
de aterramento são:
• Falta de continuidade; e
• Elevada resistência elétrica de contato. 
É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor 
de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo 
admissível para resistência de contato.
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Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança
57
Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se 
manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma 
corrente elétrica.
Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica.
Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm.
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade 
– Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso 
em: 14 mar. 2008.
3.5. Bibliografi a3.4. Glossário
Objetivo Específi co
Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 
insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 
ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 
basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. 
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão 
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. 
A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo 
abordado de um determinado item do capítulo. 
“Importante” é um lembrete das questões essenciais do 
conteúdo tratado no capítulo. 
24
Alta Competência
25
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e mediçãoda resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a
14
Alta Competência
15
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a 
primeira observação de um fenômeno relacionado 
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um 
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido 
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de 
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome 
dado à resina produzida por pinheiros que protege a 
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo 
semelhante à fossilização, ela se torna um material 
duro e resistente. 
Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais:
1.1. Riscos de incêndio e explosão
Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, 
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera 
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de 
eletricidade estática.
Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer 
instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos 
pessoais, materiais e de continuidade operacional.
Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos 
observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de 
incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança 
durante o projeto da instalação, como por exemplo:
 A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado 
ao ambiente;
 A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• 
 A correta manutenção do sistema elétrico.• 
O aterramento funcional do sistema elétrico tem 
como função permitir o funcionamento confi ável 
e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da 
sensibilização dos relés de proteção, quando existe 
uma circulação de corrente para a terra, provocada 
por anormalidades no sistema elétrico.
Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados 
à ocorrência de incêndio e explosão:
Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta 
dos principais pontos abordados no capítulo.
Em “Atenção” estão destacadas as informações que não 
devem ser esquecidas.
Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm 
como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. 
Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional!
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VoCÊ SaBIa??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
Importante!
atenÇÃo
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
reSUmInDo...
NÍVEL DE RUÍDO DB (A) 
MÁXIMA EXPOSIÇÃO 
DIÁRIA PERMISSÍVEL
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VoCÊ SaBIa??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
Importante!
atenÇÃo
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
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85 8 horas
86 7 horas
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91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
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104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VoCÊ SaBIa??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
Importante!
atenÇÃo
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
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MÁXIMA EXPOSIÇÃO 
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85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
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93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
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Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os 
insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, 
ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, 
basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. 
Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão 
presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. 
A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo 
abordado de um determinado item do capítulo. 
“Importante” é um lembrete das questões essenciais do 
conteúdo tratado no capítulo. 
24
Alta Competência
25
Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas 
elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – 
Elétrica, 2007.
COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. 
Curso técnico de segurança do trabalho, 2005.
Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades 
marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação 
Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas 
atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005.
Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em 
eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http://
www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 
14 mar. 2008.
NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National 
Fire Protection Association, 2004.
Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med.
br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/
parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008.
Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/
choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 
1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança?
O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes 
do uso de equipamentos e sistemas elétricos.
2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados 
e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, 
marcando A ou B, conforme, o caso:
A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato
( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e 
executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os 
perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.”
( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser 
adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento 
automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas 
de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de 
operação.”
( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os 
trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário 
à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de 
advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem 
a atenção quanto ao risco.”
( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados 
à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à 
sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 
3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir:
( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes 
normalmente energizadas da instalação elétrica.
( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer 
riscos de choques elétricos.
( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um 
equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se 
houver falha no isolamento desse equipamento.
( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um 
“fi o terra”.
( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem 
da corrente elétrica pelo corpo humano.
1.7. Gabarito1.6. Bibliografi a
14
Alta Competência
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Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança 
É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a 
primeira observação de um fenômeno relacionado 
com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um 
fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido 
um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de 
atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome 
dado à resina produzida por pinheiros que protege a 
árvore de agressões externas. Após sofrer um processo 
semelhante à fossilização, ela se torna um material 
duro e resistente. 
Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais:
1.1. Riscos de incêndio e explosão
Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma:
Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, 
fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera 
potencialmente explosiva por descarga descontrolada de 
eletricidade estática.
Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer 
instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos 
pessoais, materiais e de continuidade operacional.
Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos 
observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de 
incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança 
durante o projeto da instalação, como por exemplo:
 A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado 
ao ambiente;
 A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• 
 A correta manutenção do sistemaelétrico.• 
O aterramento funcional do sistema elétrico tem 
como função permitir o funcionamento confi ável 
e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da 
sensibilização dos relés de proteção, quando existe 
uma circulação de corrente para a terra, provocada 
por anormalidades no sistema elétrico.
Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados 
à ocorrência de incêndio e explosão:
Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta 
dos principais pontos abordados no capítulo.
Em “Atenção” estão destacadas as informações que não 
devem ser esquecidas.
Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm 
como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. 
Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional!
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VoCÊ SaBIa??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
Importante!
atenÇÃo
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
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85 8 horas
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87 6 horas
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89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VoCÊ SaBIa??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
Importante!
atenÇÃo
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
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93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
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106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
Uma das principais substâncias removidas em poços de 
petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às 
baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula 
nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode 
vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar 
ao da arteriosclerose.
VoCÊ SaBIa??
É muito importante que você conheça os tipos de pig 
de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na 
sua Unidade. Informe-se junto a ela!
Importante!
atenÇÃo
É muito importante que você conheça os 
procedimentos específicos para passagem de pig 
em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba 
quais são eles.
Recomendações gerais
• Antes do carregamento do pig, inspecione o 
interior do lançador;
• Após a retirada de um pig, inspecione internamente 
o recebedor de pigs;
• Lançadores e recebedores deverão ter suas 
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85 8 horas
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PreFáCIO
Neste final da primeira década do século XXI, a PETROBRAS se 
depara com um momento de transição, no qual se apresenta o 
grande desafio de produzir as ricas jazidas encontradas na camada 
pré-sal, alterando significativamente seu patamar de produção 
de óleo e gás. No instante em que se prepara para este salto de 
produção, é fundamental que o E&P disponha de uma força de 
trabalho preparada para atender as demandas deste crescimento.
Ao mesmo tempo, fruto da distribuição etária de seus recursos 
humanos, a companhia se encontra numa situação na qual uma 
nova geração de empregados admitidos nos últimos 10 anos 
necessita adquirir os conhecimentos acumulados por vários 
profissionais experientes, muitos dos quais já se aproximando da 
aposentadoria. Esta transmissão, não apenas de conhecimentos 
brutos, mas da "maneira PETROBRAS" de projetar e operar campos 
de petróleo no mar e em terra, que faz parte de nossa cultura 
organizacional, é fundamental para o sucesso da companhia 
perante os desafios que se apresentam.
Neste sentido, criou-se o Alta Competência - Programa corporativo 
de Gestão de Competências Técnicas do E&P - que é formado por 
um conjunto de projetos orientados para a concretização do objetivo 
organizacional de Adequação da Força de Trabalho do E&P.
A atuação do Alta Competência na Área de Operação está 
relacionada à própria origem do Programa, cuja criação se deu, 
dentre outras razões, em função da necessidade de apoiar o 
Comitê Funcional de Operação nas ações relativas à Adequação da 
Força de Trabalho nesta área. Assim, para qualificar os Técnicos 
de Operação nas atividades de produção relacionadas à Elevação 
e Escoamento (EE) foram mapeadas as habilidades e competências 
necessárias para o exercício destas tarefas na operação dos campos 
de petróleo e gás. Para desenvolver os módulos de treinamento 
de EE, os conhecimentos foram distribuídos entre especialistas nos 
diversos temas específicos, espalhados por todo o Brasil.
Alta Competência
Este esforço de mobilização da comunidade de EE, logrou 
documentar seu conhecimento técnico e possibilitou a elaboração 
de módulos de treinamento com alta qualidade, que buscam 
capacitar os Técnicos de Operação nas atividades de Produção de 
petróleo e gás.
Geraldo Spinelli 
Gerente de Elevação e Escoamento
SumárioSumário
Introdução 19
Capítulo 1 - Elevação natural 
Objetivos 21
1. Elevação natural 23
1.1. Exercícios 29
1.2. Glossário 32
1.3. Bibliografia 33
1.4. Gabarito 34
Capítulo 2 - Gas-Lift Contínuo 
Objetivos 37
2. Gas-Lift Contínuo 39
2.1. Princípios e metodologia 40
2.2. Desempenho do método de elevação por Gas-Lift Contínuo 49
2.3. Otimização de Gas-Lift Contínuo 51
2.4. Exercícios 55
2.5. Glossário 60
2.6. Bibliografia 61
2.7. Gabarito 62
Capítulo 3 - Equipamentos utilizados pelo Gas-Lift Contínuo 
Objetivos 67
3. Equipamentos utilizados pelo Gas-Lift Contínuo 69
3.1. Equipamentos de superfície 69
3.2. Equipamentosde subsuperfície 70
3.2.1. Mandril de Gas-Lift 71
3.2.2. Válvula de Gas-Lift 72
3.3. Descarga de um poço de Gas-Lift Contínuo 76
3.4. Operação do Gas-Lift Contínuo 77
3.5. Exercícios 79
3.6. Glossário 82
3.7. Bibliografia 83
3.8. Gabarito 84
19
Introdução
Quando os fluidos de um reservatório possuem pressão suficiente para vir até a superfície sem o auxílio de processo de elevação artificial, o poço é denominado “surgente”. 
Entretanto, com o decorrer do processo de exploração e a retirada 
dos fluidos, a pressão do reservatório tende a cair. A perda de 
produtividade sinaliza a necessidade de utilização de um método de 
elevação artificial. 
O método de elevação por Gas-Lift Contínuo é uma das principais 
e mais utilizadas formas de elevação artificial em uso, em 
virtude da sua robustez, baixo custo, simplicidade, facilidade 
de manutenção e a larga faixa de vazão. A injeção de gás nos 
poços reduz o peso da coluna de óleo, auxiliando o processo de 
elevação e escoamento dos fluidos presentes no reservatório até 
a superfície. Entretanto, o desempenho dos poços com gas-lift 
deverá ser analisado freqüentemente, pois o seu desempenho está 
relacionado às condições de produção e às características de fluxo 
de cada reservatório. Esses aspectos podem mudar ao longo da 
vida produtiva da instalação.
Este material aborda especificamente a importância da técnica de 
elevação artificial por Gas-Lift Contínuo.
CORPORATIVA
CORPORATIVA
C
ap
ít
u
lo
 1
Elevação 
natural
Ao final desse capítulo, o treinando poderá:
• Definir ponto de equilíbrio poço-reservatório;
• Diferenciar as curvas de pressão requerida do poço e 
pressão disponível do reservatório;
• Definir o que é a vazão de surgência de um poço;
• Analisar as curvas de pressão disponível e requerida.
CORPORATIVA
22
Alta Competência
CORPORATIVA
23
Capítulo 1. Elevação natural
1. Elevação natural
Para definir a vazão de produção do poço por surgência, assim como definir quando aplicar o método de elevação artificial por Gas-Lift Contínuo, dois conceitos são necessários: curva 
de pressão requerida do poço e curva de pressão disponível do 
reservatório.
a) Curva de pressão requerida do poço (CPR ou TPR):
Indica qual a pressão necessária de fundo de poço para fazer com que 
o fluido chegue ao separador com uma pressão pré-determinada. Essa 
curva leva em consideração, por exemplo, a geometria da tubulação 
(diâmetro, comprimento, inclinação) e as características do fluido 
produzido (BSW, RGO, viscosidade).
b) Curva de pressão disponível do reservatório (CPD ou IPR):
Descreve o desempenho da formação produtora no fundo do poço 
na região dos canhoneados. Essa curva depende, principalmente, das 
características do reservatório, como porosidade, permeabilidade e 
pressão estática.
As curvas de pressão requerida e disponível são classificadas como 
curvas de sistema. Elas apresentam a pressão no fundo do poço em 
função da vazão (PxQ). 
Em termos práticos, a pressão no fundo e a vazão de um poço em 
produção são determinadas pela condição de equilíbrio em regime 
permanente. Esta condição exige que, para uma dada vazão, a pressão 
necessária para que o fluido se movimente seja igual à pressão para a 
qual o reservatório entregaria a vazão considerada.
A determinação do ponto de equilíbrio do poço-reservatório 
corresponde ao ponto mais importante da elevação natural. É através 
dessa abordagem que se determina a vazão que um poço deve 
produzir, antes mesmo que ele seja completado, e quais os valores de 
pressão esperados no fundo ou em outros pontos do sistema.
CORPORATIVA
24
Alta Competência
A ilustração a seguir, contém a curva de pressão disponível do 
reservatório (CPD ou IPR) e a curva de pressão requerida do poço 
(CPR ou TPR), para exemplificar o que foi dito. 
A C B
Vazão de líquido (sm3/d)
280,0
270,0
260,0
250,0
240,0
230,0
220,0
210,0
200,0
190,0
250 500 750 1000 1250 1500
Pr
es
sã
o 
no
 fu
nd
o 
do
 p
oç
o 
(b
ar
a)
Curva de pressão disponível
Curva de pressão requerida
Condição de equilíbrio
Admitindo-se inicialmente que o poço esteja produzindo a vazão 
indicada pelo ponto A (aproximadamente 350 m3/d), observa-se 
que a curva de pressão disponível mostra um valor mais alto de 
pressão que a curva de pressão requerida, ou seja, o poço requer 
apenas 210 bara para fazer fluir esta vazão, mas o reservatório 
entrega a vazão com uma pressão de aproximadamente 228 
bara. Já que o poço exige apenas 210 bara, o reservatório tende 
a entregar uma vazão maior. É natural, portanto, que a vazão de 
produção do poço seja maior que os 350 m3/d. 
Observe o ponto B e perceba que a mesma análise se repete 
(aproximadamente 850 m3/d) e a pressão requerida (238 bara) é 
maior que a pressão disponível (205 bara). Logo, para 238 bara, 
o reservatório não consegue entregar 850 m3/d, mas apenas uma 
vazão menor.
O único ponto onde ambas as curvas coincidem é o ponto C, onde 
para uma mesma vazão as pressões requerida e disponível são as 
mesmas. Assim, podemos dizer que o ponto de equilíbrio deste 
poço corresponde a uma vazão de 600 m3/d e pressão de fundo de 
222 bara.
CORPORATIVA
25
Capítulo 1. Elevação natural
O ponto de interseção entre as curvas de pressão dis-
ponível e requerida define a vazão de surgência do 
poço, isto é, a vazão produzida naturalmente, sem 
recursos auxiliares.
Importante!
Curva de pressão disponível
Vazão de líquido (sm3/d)
280,0
270,0
260,0
250,0
240,0
230,0
220,0
210,0
200,0
190,0
250 500 750 1000 1250 1500
Curva de pressão requerida
Pr
es
sã
o 
no
 fu
nd
o 
do
 p
oç
o 
(b
ar
a)
Condição de equilíbrio
Observe atentamente o gráfico anterior, sobretudo o ponto de 
cruzamento entre as curvas de pressão requerida e disponível. Veja 
que na região à direita desse ponto, para uma determinada vazão, 
a pressão requerida ou necessária será sempre superior à pressão 
disponível. Portanto, para alcançar vazão superior à vazão de 
surgência será necessária a complementação de energia através da 
utilização de um método de elevação artificial de petróleo.
Veja que na região à esquerda desse ponto, para uma determinada 
vazão, a pressão requerida ou necessária será sempre inferior à 
pressão disponível. Portanto, para alcançar vazão inferior à vazão de 
surgência será necessário dissipar a energia por meio do fechamento 
de uma válvula de superfície, que será ajustada de acordo com a 
vazão limite pré-determinada.
CORPORATIVA
26
Alta Competência
A vazão limite de produção depende das caracterís-
ticas do reservatório e é definida a fim de evitar a 
produção de areia e a formação de cones de água 
e gás. O engenheiro de reservatório é o profissional 
responsável pela definição dessa variável.
Importante!
Este conjunto de curvas de pressão - disponível e requerida - é o 
principal meio de se determinar o ponto de equilíbrio de um poço. 
Além disso, o efeito de diversos parâmetros sobre a produção pode 
facilmente ser visualizado em um gráfico desse tipo.
atenÇÃo
Considerando-se que a curva de pressão requerida é 
influenciada pela RGO, BSW e diâmetro da coluna de 
produção, logo, esses parâmetros afetam o ponto de 
equilíbrio do sistema.
Para demonstrar esse fenômeno, a ilustração a seguir apresenta o 
efeito da RGO sobre a produção do poço em questão. Cada uma das 
TPR foi traçada para diferentes valores de RGO, resultando que sua 
interseção com a CPD ocorre em diferentes pontos do plano.
275
250
225
200
175
125
100 250 500 750 1000 1250 1500
150
0
CPD
CPR RGO=130 m3/m3
CPR RGO= 200 m3/m3
CPR RGO= 300 m3/m3
CPR RGO= 500 m3/m3
Pr
es
sã
o 
no
 fu
ndo 
do
 p
oç
o 
(b
ar
a)
Vazão de líquido (sm3/d)
Efeito da RGO sobre o ponto de equilíbrio
CORPORATIVA
27
Capítulo 1. Elevação natural
Os pontos de interseção indicados no gráfico são justamente os 
pontos de operação, isto é, os pares de vazão e pressão de fundo 
em que o poço é capaz de produzir. Para cada valor de RGO têm-
se os valores aproximados de vazão de líquido apresentados na 
tabela a seguir.
RGO (m3/ m3) Vazão de líquido (sm3/d)
130 580
200 770
300 800
500 760
Nota-se que o aumento de RGO de 130 para 200 promove um grande 
aumento de vazão de líquido. De 200 para 300 resultando em um 
aumento muito menos expressivo e, finalmente, o aumento de 300 
para 500, provocando a redução da vazão.
Outro efeito sempre presente durante a vida produtiva de um poço 
é o declínio natural de vazão, conseqüência da gradual redução 
da pressão estática do reservatório. Este efeito é representado na 
ilustração a seguir.
280,0
270,0
260,0
250,0
240,0
230,0
220,0
210,0
200,0
190,0 250 500 750 1000 1250 15000
CPD , Pe=221,7bara
CPD , Pe=231,5bara
CPD , Pe=241,3bara
CPR
Pr
es
sã
o 
no
 fu
nd
o 
do
 p
oç
o 
(b
ar
a)
Vazão de líquido (sm3/d)
Efeito do declínio da pressão estática sobre o ponto de equilíbrio
Como é possível observar, foram traçadas diversas curvas de pressão 
disponível (CPD ou IPR), uma para cada valor de pressão estática. 
Todas as curvas têm a mesma inclinação, significando que o índice 
de produtividade permaneceu inalterado nos três casos. Essas curvas 
interceptam a TPR em diferentes pontos, resultando nas vazões de 
730, 590 e 440 m3/d.
CORPORATIVA
28
Alta Competência
Deve-se notar que isto é uma idealização do declínio de um poço, 
porque admitimos que apenas a pressão estática muda com o 
tempo. De fato, ocorre na prática que pressão estática, índice de 
produtividade, RGO, BSW, além de outras características dos fluidos 
variam com o tempo e simultaneamente. Assim, o que se tem na 
prática é uma sobreposição dos efeitos acima mencionados.
CORPORATIVA
29
Capítulo 1. Elevação natural
1) O que é ponto de equilíbrio poço-reservatório e qual a necessida-
de de sua definição?
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
2) Quais as duas relações que estabelecem a dependência de vazões 
no que se refere à pressão no fundo do poço?
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
3) Diferencie as características da “curva de pressão requerida 
do poço” da “curva de pressão disponível do reservatório”, 
preenchendo corretamente o espaço entre parênteses usando o 
código a seguir.
I ) Curva de pressão requerida do poço;
II) Curva de pressão disponível do reservatório.
( ) Esta curva depende, principalmente, das características do 
reservatório como porosidade, permeabilidade e pressão 
estática.
( ) Indica qual a pressão necessária de fundo de poço para fa-
zer com que o fluido chegue ao separador com uma pressão 
pré-determinada. 
( ) Esta curva leva em consideração as características do fluido 
produzido (BSW, RGO, viscosidade).
( ) Descreve o desempenho da formação produtora no fundo 
do poço na região dos canhoneados.
( ) Esta curva leva em consideração, por exemplo, a geometria 
da tubulação (diâmetro, comprimento, inclinação). 
4) Como são determinadas a pressão no fundo e a vazão de um poço 
em produção?
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
1.1. exercícios
CORPORATIVA
30
Alta Competência
5) Como é definida a vazão de surgência do poço?
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
6) Como é definida a vazão limite de produção e com que finalidade?
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
7) Com base no gráfico a seguir, responda as perguntas propostas: 
280,0
270,0
260,0
250,0
240,0
230,0
220,0
210,0
200,0
190,0 250 500 750 1000 1250 15000
CPD , Pe=221,7bara
CPD , Pe=231,5bara
CPD , Pe=241,3bara
CPR
Pr
es
sã
o 
no
 fu
nd
o 
do
 p
oç
o 
(b
ar
a)
Vazão de líquido (sm3/d)
a) Qual a vazão de surgência para cada curva de pressão disponível?
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
b) Devido ao baixo grau de compactação dos grãos da matriz da for-
mação, o engenheiro de reservatório definiu a vazão limite de pro-
dução dada por 500 m3/d para evitar a produção de areia. O poço 
poderá produzir essa vazão? Se positivo, explique como. Leve em 
consideração a pressão estática de 241,3 bara para sua análise.
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
___________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
CORPORATIVA
31
Capítulo 1. Elevação natural
c) Como o projeto de injeção de água atrasou, a pressão estática do 
reservatório começou a ser depletada. O que devemos fazer para 
manter a produção de 500 m3/d, se a pressão estática estiver em tor-
no de 221,7 bara.
_______________________________________________________________
________________________________________________________________
____________________________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
CORPORATIVA
32
Alta Competência
BSW (Basic Sediments Water) - teor de água e sedimentos contidos no petróleo, 
expresso em porcentagem volume por volume (%v/v).
CPD - Curva de Pressão Disponível.
CPR - Curva de Pressão Requerida do Poço. 
IPR - Pressão disponível do reservatório.
RGO - Razão Gás-Óleo. Relação entre a vazão de gás e a vazão de óleo.
Surgência - propriedade atribuída aos poços cujos fluidos produzidos têm 
potencial para alcançar a superfície sem a necessidade de auxílio por elevação 
artificial.
TPR (Tubing Pressure Relantionship ) - curva de pressão requerida do poço.
1.2. Glossário
CORPORATIVA
33
Capítulo 1. Elevação natural
BENNETT, C.O. & MYERS, J.E. Fenômenos de transporte. São Paulo: McGraw-Hill, 
1978. 
BLASIUS, H. Ähnlichkeitsgesetz bei Reibungsvorgängen in Flüssigkeiten. 
Alemanha: Forschungs-Arbeit des Ingenieur-Wesens, 1913.
BRILL, J.P. & MUKHERJEE H. Multiphase flow in wells. Texas: Society of Petroleum 
Engineers Inc, 1999.
DREW, T B , KOO, E C and McADAMS, W H. The friction factor for clean round 
pipes. Transactions AIChE 28, 1932.
THOMAS, J.E. et alii. Fundamentos de engenharia de petróleo. Rio de Janeiro: 
Interciência, 2001.1.3. Bibliografia
CORPORATIVA
34
Alta Competência
1) O que é ponto de equilíbrio poço-reservatório e qual a necessidade de sua 
definição?
O ponto de equilíbrio poço-reservatório corresponde ao ponto mais importante 
da elevação natural, pois determina a vazão que um poço deve produzir antes 
mesmo que ele seja completado e quais os valores de pressão esperados no fundo 
ou em outros pontos do sistema.
2) Quais as duas relações que estabelecem a dependência de vazões no que se 
refere à pressão no fundo do poço?
O conjunto de curvas de pressão - disponível e requerida - é o principal meio de se 
determinar o ponto de equilíbrio de um poço.
3) Diferencie as características da “curvas de pressão requerida do poço” da “curva 
de pressão disponível do reservatório”, preenchendo corretamente o espaço entre 
parênteses usando o código a seguir.
I ) Curva de pressão requerida do poço;
II) Curva de pressão disponível do reservatório.
( II ) Esta curva depende, principalmente, das características do reservatório 
como porosidade, permeabilidade e pressão estática.
( I ) Indica qual a pressão necessária de fundo de poço para fazer com que o 
fluido chegue ao separador com uma pressão pré-determinada. 
( I ) Esta curva leva em consideração as características do fluido produzido 
(BSW, RGO, viscosidade).
( II ) Descreve o desempenho da formação produtora no fundo do poço na 
região dos canhoneados.
( I ) Esta curva leva em consideração, por exemplo, a geometria da tubulação 
(diâmetro, comprimento, inclinação). 
4) Como são determinadas a pressão no fundo e a vazão de um poço em 
produção?
A pressão no fundo e a vazão de um poço em produção são determinadas pela 
condição de equilíbrio em regime permanente.
5) Como é definida a vazão de surgência do poço?
O ponto de interseção entre as curvas de pressão disponível e requerida define 
a vazão de surgência do poço, ou seja, a vazão produzida naturalmente, sem 
recursos auxiliares. 
6) Como é definida a vazão limite de produção e com que finalidade?
A vazão limite de produção depende das características do reservatório e é definida 
a fim de evitar a produção de areia e a formação de cones de água e gás. 
1.4. Gabarito
CORPORATIVA
35
Capítulo 1. Elevação natural
7) Com base no gráfico a seguir, responda as perguntas propostas: 
280,0
270,0
260,0
250,0
240,0
230,0
220,0
210,0
200,0
190,0 250 500 750 1000 1250 15000
CPD , Pe=221,7bara
CPD , Pe=231,5bara
CPD , Pe=241,3bara
CPR
Pr
es
sã
o 
no
 fu
nd
o 
do
 p
oç
o 
(b
ar
a)
Vazão de líquido (sm3/d)
a) Qual a vazão de surgência para cada curva de pressão disponível?
Pe=221,7 bara -> Qsurgência =400 m3/d
Pe=231,5 bara -> Qsurgência = 600 m3/d
Pe= 241,3 bara -> Qsurgência = 730 m3/d
b) Devido ao baixo grau de compactação dos grãos da matriz da formação, 
o engenheiro de reservatório definiu a vazão limite de produção dada por 
500 m3/d para evitar a produção de areia. O poço poderá produzir essa vazão? 
Se positivo, explique como. Leve em consideração a pressão estática de 241,3 
bara para sua análise.
Sim, porque a pressão disponível (CPD) é superior a pressão requerida (CPR) para 
a vazão de 500 m3/d. O poço poderá produzir por meio do fechamento da válvula 
de superfície que dissipará parte da energia do poço.
c) Como o projeto de injeção de água atrasou, a pressão estática do reservatório 
começou a ser depletada. O que devemos fazer para manter a produção de 
500 m3/d, se a pressão estática estiver em torno de 221,7 bara.
Como a pressão disponível é inferior à pressão requerida para a vazão de 
500 m3/d, o fluido produzido não tem energia suficiente para chegar até a 
superfície. Para produzir a vazão de 500m3/d é necessário utilizar um método de 
elevação artificial para complementar essa energia.
CORPORATIVA
CORPORATIVA
C
ap
ít
u
lo
 2
Gas-Lift 
Contínuo
Ao final desse capítulo, o treinando poderá:
• Conceituar Gas-Lift Contínuo;
• Correlacionar curvas típicas usadas para analisar o 
comportamento do sistema com suas respectivas definições;
• Calcular o ponto econômico de otimização das operações 
com Gas-Lift Contínuo.
CORPORATIVA
38
Alta Competência
CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo
39
2. Gas-Lift Contínuo
A elevação natural dos hidrocarbonetos em poços é um fenômeno que resulta do uso da própria energia do reservatório para trazer os fluidos da zona produtora até 
a superfície. Sob determinadas circunstâncias, porém, a energia 
(pressão) disponível não é suficiente para manter os poços com altos 
valores de produção. Nessas situações, a elevação artificial surge 
como um método para adicionar energia ao fluido, complementando 
a energia do reservatório. 
O Gas-Lift Contínuo é um método de elevação de petróleo 
largamente usado. É empregado não só em poços sem condições de 
surgência, mas também naqueles nos quais se pretende aumentar a 
produção de óleo. Consiste basicamente na injeção contínua de gás 
num determinado ponto da coluna, reduzindo a densidade média 
dos fluidos produzidos. Isso provoca uma diminuição no gradiente 
de pressão ao longo da tubulação e, conseqüentemente, menor 
pressão requerida no fundo do poço. O resultado é um aumento da 
vazão de produção. 
Embora existam variações, o esquema básico de um poço equipado 
para produzir por Gas-Lift Contínuo é mostrado na ilustração a seguir.
Válvulas 
de gas-lift
Coluna de produção
Controle de
injeção de gás
Gás
Líquido
Vaso separadorRecuperação do gás
Líquido + Gás
Cabeça 
do poço
Estação de 
compressores
Esquema básico para produção de Gas-Lift Contínuo
CORPORATIVA
40
Alta Competência
Ao longo da coluna de produção estão distribuídos alguns mandris 
de gas-lift contendo, cada um, uma válvula de gas-lift. O gás é 
normalmente injetado através do espaço anular revestimento-coluna 
de produção (setas escuras) e penetra na coluna por meio das válvulas 
especialmente desenhadas para essa finalidade.
2.1. Princípios e metodologia
Os princípios e limitações do método de elevação artificial por Gas-
Lift Contínuo podem ser compreendidos com o auxílio de alguns 
gráficos de perfil de pressão.
O gráfico a seguir apresenta uma conjugação de dois tipos diferentes 
de gráficos representados como I e II:
Psep
q
Vazão de
 líquido
gas-lift
Pwf Pe
Pressão
IPR
Válvula de
gas-lift
Pwh
Cabeça do
poço
I 
II 
L
Gráfico de perfil de pressão num poço produzindo por GLC
CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo
41
Onde: 
Pe = pressão estática;
Pwf = pressão de fundo em fluxo;
Pwh = pressão de cabeça;
IPR = pressão disponível do reservatório;
Psep = pressão de separador;
q = vazão.
O gráfico I, na parte superior, indica o gradiente de pressão entre o 
fundo do poço e a planta de processo.
O gráfico II, na porção inferior da ilustração, representa um gráfico 
de vazão de líquido contra pressão de fundo que mostra a pressão 
disponível do reservatório - IPR.
A justaposição dos gráficos com variáveis diferentes tem por 
objetivo auxiliar a compreensão da relação entre perfil de pressão, 
pressão de fundo em fluxo e vazão de líquido. 
No perfil de pressão pode-se ler o valor de pressão em cada ponto 
da coluna de produção ou de linha. Assim, por exemplo, tem-se 
que, do fundo do poço até a superfície, a pressão se reduz de Pwf 
(pressão de fundo em fluxo) até Pwh (pressão de cabeça); entre a 
cabeça do poço e a planta de processo varia de Pwh (pressão de 
cabeça) até Psep (pressão de separador). Observam-se diferentes 
inclinações da curva do perfil de pressão, isto é, diferentes gradientes 
em diferentes pontos do sistema. Dessa forma, podemos ter um 
gradiente alto (linha tracejada) entre ofundo do poço e a válvula 
de gas-lift e entre a válvula e a cabeça do poço um gradiente mais 
baixo (linha cheia). Esta diferença no gradiente de pressão constitui 
a base de funcionamento desse método.
CORPORATIVA
42
Alta Competência
O gráfico de IPR (Inflow Performance Relationship) corresponde a uma 
curva de desempenho do reservatório e mostra a relação entre a 
pressão de fundo (Pwf) e a vazão de líquido produzida (q).
O gás injetado pelo espaço anular entra na coluna de produção 
através da válvula de gas-lift. Neste ponto de injeção o gradiente 
de pressão na coluna sofre uma mudança abrupta (no cruzamento 
entre a curva cheia e a tracejada). Na coluna acima deste ponto, 
o gradiente de pressão torna-se menor (linha cheia) porque o 
gás é injetado e ao se misturar com os fluidos do poço, reduz a 
densidade média desses fluidos. Ou seja, torna a mistura de fluidos 
“mais leve” (menos densa). Abaixo do ponto de injeção, contudo, o 
gradiente de pressão é maior devido a existência de uma quantidade 
proporcionalmente maior de líquido (curva tracejada). 
Ao invés de se utilizar o perfil de pressão, conforme mostra o gráfico, 
pode-se visualizar o efeito do gas-lift através de um sistema, como 
mostra o gráfico a seguir. 
 
 
Vazão de líquido 
Pressão 
p 
ql 
IPR 
TPR com gas-lift ∆
TPR sem gas-lift 
Pe
Gráfico de curvas de pressão requerida e 
disponível no fundo do poço
Onde:
Pe = pressão estática de reservatório;
IPR = pressão disponível de reservatório;
TPR = pressão requerida pela coluna;
CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo
43
∆p = diferença de pressão entre a IPR e a TPR surgente;
ql = vazão de líquido.
Nesta ilustração temos duas curvas de pressão requerida no fundo do 
poço (TPR): a primeira com gas-lift e a outra sem. 
É assinalada também a curva de pressão disponível do reservatório 
(IPR). A interseção entre as curvas TPR e IPR indica o ponto de operação 
do sistema.
A TPR com gas-lift está abaixo da curva sem gas-lift, ou seja, a 
pressão de fundo em fluxo (Pwf) do primeiro caso é menor que a 
do segundo. 
Vê-se que para o poço em questão não há solução de equilíbrio entre 
o poço reservatório na condição sem gas-lift, isto é, não há interseção 
entre a IPR e a TPR. Resumindo, o poço não é surgente. Contudo, 
com injeção de gás, obtém-se uma solução, ou seja, um ponto de 
operação do poço. 
Resumidamente, o efeito do gas-lift pode ser compreendido pela 
interpretação dos dois tipos de gráficos:
Perfil de pressão•	 - redução do gradiente de pressão acima 
do ponto de injeção num poço produzindo por Gas-Lift 
Contínuo, promovendo uma redução de pressão ao longo de 
toda a coluna;
Curvas de sistema•	 - redução da pressão de fundo requerida, 
que pode ser percebida pela alteração no comportamento da 
curva TPR no gráfico de CPD e CPR.
Há duas variáveis com grande impacto sobre o perfil de pressão:
CORPORATIVA
44
Alta Competência
1º) A primeira delas é a profundidade de injeção de gás, cujo efeito 
pode ser observado no gráfico a seguir. Nele são apresentados 
três perfis de pressão, sendo um deles surgente (cinza) e os outros 
dois (linhas dupla e tracejada) com injeção de gás em diferentes 
profundidades. 
Va
zã
o
IPR
Pr
of
un
di
da
de
Q1 
Q2 
Q3 
PressãoPwh
Pressão
Pe
Válvulas
Efeito da profundidade de injeção sobre a vazão
Onde:
Pwh = pressão da cabeça do poço;
Pe = pressão estática de reservatório;
IPR = pressão disponível de reservatório;
Q1, Q2, Q3 = valores de vazão de líquido.
De modo geral, quanto maior a profundidade 
de injeção, menor é a pressão de fundo em fluxo; 
portanto, maior é a vazão de líquidos produzida.
Importante!
CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo
45
A primeira situação de poço surgente, ilustrada por Q1, é a que 
resulta na maior pressão de fundo em fluxo e, conseqüentemente, 
na menor vazão de líquido produzido. 
Na linha dupla Q2, o gás é injetado aproximadamente no meio da 
coluna, o que promove redução do gradiente acima deste ponto e da 
pressão de fundo. O resultado disso é uma vazão de líquido maior.
Finalmente, a linha tracejada Q3 compreende a injeção do gás 
mais próximo ao fundo do poço, levando ao maior valor de vazão 
de líquido.
2º) A segunda variável com grande impacto sobre o desempenho do 
poço é a vazão de gás injetado. Por razões práticas, é freqüente o 
uso do parâmetro razão gás-líquido de injeção (RGLI), definido pela 
equação abaixo, em substituição à vazão de gás injetado. Entretanto, 
ambos os parâmetros - RGLI e vazão de gás (Qgi) - indicam a quantidade 
ou proporção de gás que está sendo utilizado na elevação artificial.
RGLI = =
Vazão de gás injetado
Vazão de líquido (óleo e água)
Qgi
QL
O gráfico a seguir apresenta três situações sobrepostas, todas com 
injeção no mesmo ponto da coluna, sendo a primeira (Q1) com o 
poço surgente (RGLI = 0) e as demais (Q2 e Q3) com vazões de gás 
progressivamente maiores. Embora a profundidade de injeção seja 
fixa, a RGLI determina vazões diferentes e, como regra geral, valores 
maiores de RGLI implicam em maiores vazões de líquido.
CORPORATIVA
46
Alta Competência
V
az
ão
IPR
Pr
of
un
di
da
de
Q1 
Q2 
Q3 
Pressão
Pe
Pressão
Válvula
Pwh
RGLI1
RGLI2 > 0
RGLI3 > RGLI2
Gráfico de efeito da RGLI sobre a vazão
Onde:
RGLI = razão gás-líquido de injeção;
Pwh = pressão de cabeça;
IPR = pressão disponível do reservatório;
Pe = pressão estática de reservatório;
Q1, Q2, Q3 = valores de vazão de líquido.
A seguir, um exemplo de perfil de pressão para diferentes vazões de 
injeção.
CORPORATIVA
Capítulo 2. Gas-Lift Contínuo
47
Gráfico de efeito da vazão de gás injetado sobre o perfil de pressão
100
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
0 20 40 60 80
Qgi m
3/d
surgente
50 mil
100 mil
200 mil
300 mil
Pressão de separação
Válvula de gas-lift
Pressão de fundo
em fluxo
Pressão (kgf/cm2)
Pr
o
fu
n
d
id
ad
e 
(m
)
L
O aumento da vazão de injeção ocasiona a redução da pressão de 
fluxo e conseqüentemente o aumento da vazão. Porém, o incremento 
da vazão de injeção não gera uma redução proporcional da pressão 
de fundo ou aumento proporcional da vazão.
Ocorre, entretanto, que a injeção de gás em demasia introduz no 
escoamento multifásico, tanto na coluna de produção quanto na 
linha e riser, um adicional de perda de carga por fricção. O gas-lift 
aumenta a velocidade do escoamento acima do ponto de injeção, 
o que implica em aumento do gradiente de pressão por fricção. 
Estabelece-se, assim, uma contraposição entre dois efeitos:
Por um lado, o gás tende a reduzir a densidade do fluido e, • 
portanto, o gradiente gravitacional;
Por outro, faz aumentar o gradiente por fricção. Esse fato, a • 
rigor, aumenta também o gradiente por aceleração, mas este é 
usualmente de pouca importância.
Isso impõe um limite claro à eficiência do método, como ilustram os 
próximos gráficos. 
CORPORATIVA
48
Alta Competência
Os gráficos “Efeito da vazão de gás injetado (Qgi) sobre o perfil de 
pressão” e “Efeito da RGLI sobre a curva de pressão requerida obtidos 
de um poço real”, demonstram que valores excessivamente altos 
de vazão de gás injetado podem ser prejudiciais. Mais do que isso, 
valores de RGLI (razão gás-liquido de injeção) ou de Qgi (vazão de 
gás de injeção) aceitáveis para uma determinada vazão de produção 
do poço podem não ser para outras vazões. 
Deve-se observar a grande diferença entre uma curva de pressão de 
fundo requerida elaborada com RGLI constante ou com Qgi constante. 
Para o gráfico a seguir, assume-se que a quantidade de gás injetado 
é variável e proporcional à vazão

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