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BomBeio por Cavidades progressivas Autores: Benno Waldemar Assmann Nelson Shiratori Co-Autor: Gustavo Vinicius Lourenço Moisés BomBeio por Cavidades progressivas Autores: Benno Waldemar Assmann Nelson Shiratori Co-Autor: Gustavo Vinicius Lourenço Moisés Colaboradores: Fernando Jose de Paula Gurgel do Amaral Francisco de Assis Ferreira Noronha Rutácio de Oliveira Costa Ao final desse estudo, o treinando poderá: • Reconhecer a importância da elevação artificial Bombeio por Cavidades Progressivas para a Companhia; • Descrever as etapas, equipamentos e procedimentos que compõem o processo de elevação artificial Bombeio por Cavidades Progressivas. BomBeio por Cavidades progressivas Este material é o resultado do trabalho conjunto de muitos técnicos da área de Exploração & Produção da Petrobras. Ele se estende para além dessas páginas, uma vez que traduz, de forma estruturada, a experiência de anos de dedicação e aprendizado no exercício das atividades profissionais na Companhia. É com tal experiência, refletida nas competências do seu corpo de empregados, que a Petrobras conta para enfrentar os crescentes desafios com os quais ela se depara no Brasil e no mundo. Nesse contexto, o E&P criou o Programa Alta Competência, visando prover os meios para adequar quantitativa e qualitativamente a força de trabalho às estratégias do negócio E&P. Realizado em diferentes fases, o Alta Competência tem como premissa a participação ativa dos técnicos na estruturação e detalhamento das competências necessárias para explorar e produzir energia. O objetivo deste material é contribuir para a disseminação das competências, de modo a facilitar a formação de novos empregados e a reciclagem de antigos. Trabalhar com o bem mais precioso que temos – as pessoas – é algo que exige sabedoria e dedicação. Este material é um suporte para esse rico processo, que se concretiza no envolvimento de todos os que têm contribuído para tornar a Petrobras a empresa mundial de sucesso que ela é. Programa Alta Competência programa alta Competência agradecimentos Agradeço aos colegas da Petrobras que, ao longo dos últimos dez anos têm contribuído para o maior conhecimento técnico do relativamente jovem método de elevação artificial de petróleo - Bombeio por Cavidades Progressivas - especialmente aqueles do Grupo de Trabalho Permanente de BCP, responsável por integrar e divulgar o conhecimento e a experiência com o método em toda a Petrobras, organizar os encontros técnicos, elaborar normas, padrões, procedimentos e especificações, além de fazer o intercâmbio técnico com os fornecedores de equipamentos. Dentre esses, destaco os engenheiros Ageu Pasquetti, Selma Fontes de Araújo, Rogério Costa de Faria e Fernando José de Paula Gurgel do Amaral. Benno Assmann Consultor Técnico Esta seção tem o objetivo de apresentar como esta apostila está organizada e assim facilitar seu uso. No início deste material é apresentado o objetivo geral, o qual representa as metas de aprendizagem a serem atingidas. Autor Ao fi nal desse estudo, o treinando poderá: • Identifi car procedimentos adequados ao aterramento e à manutenção da segurança nas instalações elétricas; • Reconhecer os riscos de acidentes relacionados ao aterramento de segurança; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. aTerrameNTo de segUraNÇa Como utilizar esta apostila Objetivo Geral O material está dividido em capítulos. No início de cada capítulo são apresentados os objetivos específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como orientadores ao longo do estudo. No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem. Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do capítulo em questão. Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas C ap ít u lo 1 Riscos elétricos e o aterramento de segurança Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá: • Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e riscos elétricos; • Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 20 Alta Competência 21 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a quatro fatores fundamentais: Tensão;• Resistência elétrica do corpo; • Área de contato;• Duração do choque.• Os riscos elétricos, independente do tipo de • instalação ou sistema, estão presentes durante toda a vida útil de um equipamento e na maioria das instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou de continuidade operacional. Os • choques elétricos representam a maior fonte de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das medidas de engenharia para seu controle, a obediência a padrões e procedimentos de segurança. 1.4. exercícios 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems.National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. gabarito1.6. Bibliografi a Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente identifi cados, pois estão em destaque. 48 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 49 3. problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos. Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico por contato indireto e de incêndio e explosão. 3.1. Problemas operacionais Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo de aterramento são: • Falta de continuidade; e • Elevada resistência elétrica de contato. É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo admissível para resistência de contato. 56 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 57 Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm. CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade – Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. 3.5. Bibliografi a3.4. glossário Objetivo Específi co O material está dividido em capítulos. No início de cada capítulo são apresentados os objetivos específi cos de aprendizagem, que devem ser utilizados como orientadores ao longo do estudo. No fi nal de cada capítulo encontram-se os exercícios, que visam avaliar o alcance dos objetivos de aprendizagem. Os gabaritos dos exercícios estão nas últimas páginas do capítulo em questão. Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas C ap ít u lo 1 Riscos elétricos e o aterramento de segurança Ao fi nal desse capítulo, o treinando poderá: • Estabelecer a relação entre aterramento de segurança e riscos elétricos; • Reconhecer os tipos de riscos elétricos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos; • Relacionar os principais tipos de sistemas de aterramento de segurança e sua aplicabilidade nas instalações elétricas. 20 Alta Competência 21 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança A gravidade dos efeitos fi siológicos no organismo está relacionada a quatro fatores fundamentais: Tensão;• Resistência elétrica do corpo; • Área de contato;• Duração do choque.• Os riscos elétricos, independente do tipo de • instalação ou sistema, estão presentes durante toda a vida útil de um equipamento e na maioria das instalações. Por isso é fundamental mantê-los sob controle para evitar prejuízos pessoais, materiais ou de continuidade operacional. Os • choques elétricos representam a maior fonte de lesões e fatalidades, sendo necessária, além das medidas de engenharia para seu controle, a obediência a padrões e procedimentos de segurança. 1.4. exercícios 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso:A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( ) “Nas instalações elétricas de áreas classificadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. gabarito1.6. Bibliografi a Para a clara compreensão dos termos técnicos, as suas defi nições estão disponíveis no glossário. Ao longo dos textos do capítulo, esses termos podem ser facilmente identifi cados, pois estão em destaque. 48 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 49 3. problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança Todas as Unidades de Exploração e Produção possuem um plano de manutenção preventiva de equipamentos elétricos (motores, geradores, painéis elétricos, transformadores e outros). A cada intervenção nestes equipamentos e dispositivos, os mantenedores avaliam a necessidade ou não da realização de inspeção nos sistemas de aterramento envolvidos nestes equipamentos. Para que o aterramento de segurança possa cumprir corretamente o seu papel, precisa ser bem projetado e construído. Além disso, deve ser mantido em perfeitas condições de funcionamento. Nesse processo, o operador tem importante papel, pois, ao interagir diariamente com os equipamentos elétricos, pode detectar imediatamente alguns tipos de anormalidades, antecipando problemas e, principalmente, diminuindo os riscos de choque elétrico por contato indireto e de incêndio e explosão. 3.1. Problemas operacionais Os principais problemas operacionais verifi cados em qualquer tipo de aterramento são: • Falta de continuidade; e • Elevada resistência elétrica de contato. É importante lembrar que Norma Petrobras N-2222 defi ne o valor de 1Ohm, medido com multímetro DC (ohmímetro), como o máximo admissível para resistência de contato. 56 Alta Competência Capítulo 3. Problemas operacionais, riscos e cuidados com aterramento de segurança 57 Choque elétrico – conjunto de perturbações de natureza e efeitos diversos, que se manifesta no organismo humano ou animal, quando este é percorrido por uma corrente elétrica. Ohm – unidade de medida padronizada pelo SI para medir a resistência elétrica. Ohmímetro – instrumento que mede a resistência elétrica em Ohm. CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade – Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. 3.5. Bibliografia3.4. glossário Objetivo Específi co Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo abordado de um determinado item do capítulo. “Importante” é um lembrete das questões essenciais do conteúdo tratado no capítulo. 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. gabarito1.6. Bibliografi a 14 Alta Competência 15 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a primeira observação de um fenômeno relacionado com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome dado à resina produzida por pinheiros que protege a árvore de agressões externas. Após sofrer um processo semelhante à fossilização, ela se torna um material duro e resistente. Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais: 1.1. Riscos de incêndio e explosão Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma: Situações associadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera potencialmente explosiva por descarga descontrolada de eletricidade estática. Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos pessoais, materiais e de continuidade operacional. Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança durante o projeto da instalação, como por exemplo: A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado ao ambiente; A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• A correta manutenção do sistema elétrico.• O aterramento funcional do sistema elétrico tem como função permitir o funcionamento confi ável e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da sensibilização dos relés de proteção, quando existe uma circulação de corrente para a terra, provocada por anormalidades no sistema elétrico. Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados à ocorrência de incêndio e explosão: Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta dos principais pontos abordados no capítulo. Em “Atenção” estão destacadas as informações que não devem ser esquecidas. Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional! Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VoCÊ SaBIa?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! Importante! atenÇÃo É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDo... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 10435 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VoCÊ SaBIa?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! Importante! atenÇÃo É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDo... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VoCÊ SaBIa?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! Importante! atenÇÃo É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDo... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Caso sinta necessidade de saber de onde foram retirados os insumos para o desenvolvimento do conteúdo desta apostila, ou tenha interesse em se aprofundar em determinados temas, basta consultar a Bibliografi a ao fi nal de cada capítulo. Ao longo de todo o material, caixas de destaque estão presentes. Cada uma delas tem objetivos distintos. A caixa “Você Sabia” traz curiosidades a respeito do conteúdo abordado de um determinado item do capítulo. “Importante” é um lembrete das questões essenciais do conteúdo tratado no capítulo. 24 Alta Competência 25 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança CARDOSO ALVES, Paulo Alberto e VIANA, Ronaldo Sá. Aterramento de sistemas elétricos - inspeção e medição da resistência de aterramento. UN-BC/ST/EMI – Elétrica, 2007. COELHO FILHO, Roberto Ferreira. Riscos em instalações e serviços com eletricidade. Curso técnico de segurança do trabalho, 2005. Norma Petrobras N-2222. Projeto de aterramento de segurança em unidades marítimas. Comissão de Normas Técnicas - CONTEC, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5410. Instalações elétricas de baixa tensão. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Brasileira ABNT NBR-5419. Proteção de estruturas contra descargas atmosféricas. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2005. Norma Regulamentadora NR-10. Segurança em instalações e serviços em eletricidade. Ministério do Trabalho e Emprego, 2004. Disponível em: <http:// www.mte.gov.br/legislacao/normas_regulamentadoras/nr_10.pdf> - Acesso em: 14 mar. 2008. NFPA 780. Standard for the Installation of Lightining Protection Systems. National Fire Protection Association, 2004. Manuais de Cardiologia. Disponível em: <http://www.manuaisdecardiologia.med. br/Arritmia/Fibrilacaoatrial.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Educação. Disponível em: <http://mundoeducacao.uol.com.br/doencas/ parada-cardiorespiratoria.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. Mundo Ciência. Disponível em: <http://www.mundociencia.com.br/fi sica/eletricidade/ choque.htm> - Acesso em: 20 mai. 2008. 1) Que relação podemos estabelecer entre riscos elétricos e aterramento de segurança? O aterramento de segurança é uma das formas de minimizar os riscos decorrentes do uso de equipamentos e sistemas elétricos. 2) Apresentamos, a seguir, trechos de Normas Técnicas que abordam os cuidados e critérios relacionados a riscos elétricos. Correlacione-os aos tipos de riscos, marcando A ou B, conforme, o caso: A) Risco de incêndio e explosão B) Risco de contato ( B ) “Todas as partes das instalações elétricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possível prevenir, por meios seguros, os perigos de choque elétrico e todos os outros tipos de acidentes.” ( A ) “Nas instalações elétricas de áreas classifi cadas (...) devem ser adotados dispositivos de proteção, como alarme e seccionamento automático para prevenir sobretensões, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condições anormais de operação.” ( B ) “Nas partes das instalações elétricas sob tensão, (...) durante os trabalhos de reparação, ou sempre que for julgado necessário à segurança, devem ser colocadas placas de aviso, inscrições de advertência, bandeirolas e demais meios de sinalização que chamem a atenção quanto ao risco.” ( A ) “Os materiais, peças, dispositivos, equipamentos e sistemas destinados à aplicação em instalações elétricas (...) devem ser avaliados quanto à sua conformidade, no âmbito do Sistema Brasileiro de Certifi cação.” 3) Marque V para verdadeiro e F para falso nas alternativas a seguir: ( V ) O contato direto ocorre quando a pessoa toca as partes normalmente energizadas da instalação elétrica. ( F ) Apenas as partes energizadas de um equipamento podem oferecer riscos de choques elétricos. ( V ) Se uma pessoa tocar a parte metálica, não energizada, de um equipamento não aterrado, poderá receber uma descarga elétrica, se houver falha no isolamento desse equipamento. ( V ) Em um choque elétrico, o corpo da pessoa pode atuar como um “fi o terra”. ( F ) A queimadura é o principal efeito fi siológico associado à passagem da corrente elétrica pelo corpo humano. 1.7. gabarito1.6. Bibliografi a 14 Alta Competência 15 Capítulo 1. Riscos elétricos e o aterramento de segurança É atribuído a Tales de Mileto (624 - 556 a.C.) a primeira observação de um fenômeno relacionado com a eletricidade estática. Ele teria esfregado um fragmento de âmbar com um tecido seco e obtido um comportamento inusitado – o âmbar era capaz de atrair pequenos pedaços de palha. O âmbar é o nome dado à resina produzida por pinheiros que protege a árvore de agressões externas. Após sofrer um processo semelhante à fossilização, ela se torna um material duro e resistente. Os riscos elétricos de uma instalação são divididos em dois grupos principais: 1.1. Riscos de incêndio e explosão Podemos defi nir os riscos de incêndio e explosão da seguinte forma: Situaçõesassociadas à presença de sobretensões, sobrecorrentes, fogo no ambiente elétrico e possibilidade de ignição de atmosfera potencialmente explosiva por descarga descontrolada de eletricidade estática. Os riscos de incêndio e explosão estão presentes em qualquer instalação e seu descontrole se traduz principalmente em danos pessoais, materiais e de continuidade operacional. Trazendo este conhecimento para a realidade do E&P, podemos observar alguns pontos que garantirão o controle dos riscos de incêndio e explosão nos níveis defi nidos pelas normas de segurança durante o projeto da instalação, como por exemplo: A escolha do tipo de • aterramento funcional mais adequado ao ambiente; A seleção dos dispositivos de proteção e controle;• A correta manutenção do sistema elétrico.• O aterramento funcional do sistema elétrico tem como função permitir o funcionamento confi ável e efi ciente dos dispositivos de proteção, através da sensibilização dos relés de proteção, quando existe uma circulação de corrente para a terra, provocada por anormalidades no sistema elétrico. Observe no diagrama a seguir os principais riscos elétricos associados à ocorrência de incêndio e explosão: Já a caixa de destaque “Resumindo” é uma versão compacta dos principais pontos abordados no capítulo. Em “Atenção” estão destacadas as informações que não devem ser esquecidas. Todos os recursos didáticos presentes nesta apostila têm como objetivo facilitar o aprendizado de seu conteúdo. Aproveite este material para o seu desenvolvimento profi ssional! Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VoCÊ SaBIa?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! Importante! atenÇÃo É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDo... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VoCÊ SaBIa?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! Importante! atenÇÃo É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDo... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos Uma das principais substâncias removidas em poços de petróleo pelo pig de limpeza é a parafi na. Devido às baixas temperaturas do oceano, a parafi na se acumula nas paredes da tubulação. Com o tempo, a massa pode vir a bloquear o fl uxo de óleo, em um processo similar ao da arteriosclerose. VoCÊ SaBIa?? É muito importante que você conheça os tipos de pig de limpeza e de pig instrumentado mais utilizados na sua Unidade. Informe-se junto a ela! Importante! atenÇÃo É muito importante que você conheça os procedimentos específicos para passagem de pig em poços na sua Unidade. Informe-se e saiba quais são eles. Recomendações gerais • Antes do carregamento do pig, inspecione o interior do lançador; • Após a retirada de um pig, inspecione internamente o recebedor de pigs; • Lançadores e recebedores deverão ter suas reSUmInDo... NÍVEL DE RUÍDO DB (A) MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL 85 8 horas 86 7 horas 87 6 horas 88 5 horas 89 4 horas e 30 minutos 90 4 horas 91 3 horas e 30 minutos 92 3 horas 93 2 horas e 40 minutos 94 2 horas e 15 minutos 95 2 horas 96 1 hora e 45 minutos 98 1 hora e 15 minutos 100 1 hora 102 45 minutos 104 35 minutos 105 30 minutos 106 25 minutos 108 20 minutos 110 15 minutos 112 10 minutos 114 8 minutos 115 7 minutos prefácio Neste final da primeira década do século XXI, a PETROBRAS se depara com um momento de transição, no qual se apresenta o grande desafio de produzir as ricas jazidas encontradas na camada pré-sal, alterando significativamente seu patamar de produção de óleo e gás. No instante em que se prepara para este salto de produção, é fundamental que o E&P disponha de uma força de trabalho preparada para atender as demandas deste crescimento. Ao mesmo tempo, fruto da distribuição etária de seus recursos humanos, a companhia se encontra numa situação na qual uma nova geração de empregados admitidos nos últimos 10 anos necessita adquirir os conhecimentos acumulados por vários profissionais experientes, muitos dos quais já se aproximando da aposentadoria. Esta transmissão, não apenas de conhecimentos brutos, mas da "maneira PETROBRAS" de projetar e operar campos de petróleo no mar e em terra, que faz parte de nossa cultura organizacional, é fundamental para o sucesso da companhia perante os desafios que se apresentam. Neste sentido, criou-se o Alta Competência - Programa corporativo de Gestão de Competências Técnicas do E&P - que é formado por um conjunto de projetos orientados para a concretização do objetivo organizacional de Adequação da Força de Trabalho do E&P. A atuação do Alta Competência na Área de Operação está relacionada à própria origem do Programa, cuja criação se deu, dentre outras razões, em função da necessidade de apoiar o Comitê Funcional de Operação nas ações relativas à Adequação da Força de Trabalho nesta área. Assim, para qualificar os Técnicos de Operação nas atividades de produção relacionadas à Elevação e Escoamento (EE) foram mapeadas as habilidades e competências necessárias para o exercício destas tarefas na operação dos campos de petróleo e gás. Para desenvolver os módulos de treinamento de EE, os conhecimentos foram distribuídos entre especialistas nos diversos temas específicos, espalhados por todo o Brasil. Este esforço de mobilização da comunidade de EE, logrou documentar seu conhecimento técnico e possibilitou a elaboração de módulos de treinamento com alta qualidade, que buscam capacitar os Técnicos de Operaçãonas atividades de Produção de petróleo e gás. Geraldo Spinelli Gerente de Elevação e Escoamento sumáriosumário Introdução 21 Capítulo 1 - Sistema de bombeio por cavidades progressivas Objetivos 23 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivas 25 1.1. Funcionamento do sistema de bombeio por cavidades progressivas 25 1.2. Bombeio por cavidades progressivas - vantagens e desvantagens 29 1.3. Exercícios 31 1.4. Glossário 34 1.5. Bibliografia 35 1.6. Gabarito 36 Capítulo 2 - Bomba de cavidades progressivas (BCP) Objetivos 39 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 41 2.1. Uma rápida revisão de geometria 41 2.2. Bomba de cavidades progressivas 43 2.3. Característica e classificação da BCP 49 2.3.1. Tipo de instalação 49 2.3.2. Forma de distribuição da borracha 51 2.3.3. Número de lóbulos 52 2.4. Elastômero 57 2.4.1. Teste de inchamento 60 2.5. Vazão da bomba 62 2.6. Capacidade de pressão 63 2.7. Fatores que influenciam na escolha da bomba BCP 65 2.8. Teste de bancada 67 2.9. Padronização 70 2.10. Normas técnicas 71 2.11. Exercícios 74 2.12. Glossário 86 2.13. Bibliografia 88 2.14. Gabarito 89 Capítulo 3 - Cabeçote de BCP Objetivos 99 3. Cabeçote de BCP 101 3.1. Sistema de transmissão de potência 108 3.1.1. Redutor 108 3.1.2. Sistema de polias e correias 108 3.1.3. Tipo transmissão de potência 111 3.2. Sistema de vedação 113 3.3. Sistema de frenagem 115 3.3.1. Freio mecânico 116 3.3.2. Freio a disco 117 3.3.3. Freio hidráulico (orifício) 118 3.3.4. Freio de palhetas 119 3.3.5. Freio hidrodinâmico 120 3.3.6. Freio centrífugo 120 3.4. Motor 122 3.5. Codificação 126 3.6. Normas 126 3.7. Exercícios 129 3.8. Glossário 136 3.9. Bibliografia 138 3.10. Gabarito 139 Capítulo 4 - Hastes de bombeio Objetivos 145 4. Hastes de bombeio 147 4.1. Tipo de hastes 149 4.2. Fadiga nas hastes 154 4.3. Desgaste das hastes e tubos de produção 155 4.4. Instalação da coluna de hastes 158 4.5. Problemas operacionais 160 4.6. Segurança na operação 161 4.7. Cuidados e conservação 161 4.8. Haste polida 165 4.9. Exercícios 172 4.10. Glossário 174 4.11. Bibliografia 176 4.12. Gabarito 177 Capítulo 5 - Instalação e retirada do BCP Objetivos 179 5. Instalação e retirada do BCP 181 5.1. Descida da coluna de produção e estator 181 5.2. Descida da coluna de hastes 183 5.3. Instalação do cabeçote 185 5.4. Retirada do sistema BCP 190 5.5. Exercícios 193 5.6. Glossário 195 5.7. Bibliografia 197 5.8. Gabarito 198 Capítulo 6 - Acompanhamento operacional do sistema BCP Objetivos 201 6. Acompanhamento operacional do sistema BCP 203 6.1. Teste de produção 203 6.2. Registro de nível 204 6.3. Medição de pressão de sucção e de recalque da bomba 207 6.4. Exercícios 208 6.5. Glossário 211 6.6. Bibliografia 212 6.7. Gabarito 213 Capítulo 7 - Segurança operacional do sistema BCP Objetivos 215 7. Segurança operacional do sistema BCP 217 7.1. Recomendações 225 7.2. Exercícios 227 7.3. Glossário 229 7.4. Bibliografia 231 7.5. Gabarito 232 21 introdução Em 1920, Moineau inventou um tipo de bomba formada por um rotor, no formato de uma hélice externa, que, quando gira dentro de um estator moldado no formato de uma hélice dupla interna, produz uma ação de bombeio. A patente foi registrada em 1930. A partir da década de 70 esta inovação passa a receber o nome comercial de BCP – Bomba de Cavidades Progressivas – sendo usada, inicialmente, para transferência de fluidos variados e posteriormente aplicada na elevação de petróleo. Com o desenvolvimento tecnológico, o sistema de elevação artificial por bombeio de cavidades progressivas tem se mostrado muito eficiente na elevação de óleos com alta viscosidade e/ou com alta produção de areia. A Petrobras, a partir de 1982, passou a adotar este sistema em poços terrestres localizados nos estados de Sergipe, Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Ceará. Diante de uma maior demanda da aplicação desse sistema na Petrobras, cresce também a necessidade de um maior domínio do conhecimento quanto aos fundamentos teóricos e práticos do sistema BCP, que permita ao funcionário oferecer críticas e sugestões para o aperfeiçoamento desse sistema no sentido de contribuir com o aumento de sua eficiência com segurança, bem como corroborar com a redução dos custos de manutenção e a minimização dos possíveis impactos ambientais. CORPORATIVA CORPORATIVA C ap ít u lo 1 Sistema de bombeio por cavidades progressivas Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Reconhecer o que é o sistema de bombeio por cavidades progressivas e como é aplicado à elevação de petróleo em poços produtores; • Identificar o princípio de funcionamento do sistema de bombeio por cavidades progressivas; • Explicar a função das etapas e componentes do sistema de bombeio por cavidades progressivas; • Identificar as vantagens e desvantagens do sistema de bombeio por cavidades progressivas. CORPORATIVA 24 Alta Competência CORPORATIVA 25 Capítulo 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivas 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivas Nos poços surgentes, os fluidos produzidos têm potencial (energia) para alcançar a superfície sem a necessidade de auxílio por elevação artificial. À medida que um reservatório é depletado ou esgotado, a pressão estática no meio poroso diminui de tal forma que em um dado momento de sua vida produtiva a pressão de reservatório poderá tornar-se insuficiente para que ocorra a elevação natural. Neste caso, deverá se instalar no poço algum método de elevação artificial de elevação. A escolha do método de elevação artificial é complexa, pois envolve inúmeros fatores, tais como a viscosidade do fluido bombeado, o diferencial de pressão a ser elevado, a RGO, a vazão de produção, a presença de areia, gás sulfídrico - H2S, aromáticos, o BSW e a geometria do poço. O bombeio por cavidades progressivas é um sistema de elevação artificial e, como tal, visa à elevação do petróleo do fundo do poço até a superfície. 1.1. Funcionamento do sistema de bombeio por cavidades progressivas O sistema de bombeio por cavidades progressivas é baseado no funcionamento de uma bomba de cavidades progressivas. Essa bomba cria cavidades que, em sequência, vão gerando um aumento de pressão ao longo do fluxo da própria bomba. Isso significa dizer que a cavidade criada no início da sequência possui pressão inferior às posteriores. As linhas de interferência ou selagem são definidas como interfaces selantes que permitem a formação das cavidades e são formadas pelo contato entre o rotor e o estator, principais componentes da bomba de cavidades progressivas. A ilustração a seguir é útil no entendimento da variação de pressão ocorrida ao longo da bomba em relação à formação das cavidades. CORPORATIVA 26 Alta Competência Cavidade de alta pressão Cavidade de pressão média Linhas de selagem Cavidade de baixa pressão Sentido do fluxo Progressão das cavidades ao longo da bomba BCP A energia mecânica necessária ao acionamento da bomba de cavidades progressivas (estator e rotor), localizada no fundo do poço, é transferida da superfície através de uma coluna de hastes. A rotação das hastes se dá através da redução da velocidade do motor elétrico de indução utilizando-se um acoplador mecânico denominado cabeçote. CORPORATIVA 27 Capítulo 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivas Observe a ilustração a seguir, que indica os principais elementos do sistema da bomba de cavidades progressivas. Motor Cabeçote Linha de produção Coluna de produção Coluna de haste Estator Rotor Sistema BCP A bomba de cavidades progressivas (BCP) bombeia o fluido do poço parao anular existente entre a coluna de produção e a coluna de hastes e, através dele, o fluido escoa até a superfície. Para isso, a bomba de cavidades progressivas (BCP) precisa vencer o diferencial de pressão de elevação, diferença entre a pressão de recalque e a pressão de sucção. CORPORATIVA 28 Alta Competência A pressão de sucção é função da vazão bombeada, calculada pelo índice de produtividade do poço e da pressão estática do reservatório, enquanto a pres- são de recalque é o somatório das perdas de carga ocorridas no anular hastes-coluna de produção, do peso da coluna hidrostática de líquido e da pressão de superfície. Importante! É importante ressaltar que a bomba é composta por um estator, localizado na extremidade da coluna de produção e por um rotor metálico, acoplado à coluna de hastes. Observe na ilustração a seguir os componentes da bomba. Rotor Estator A coluna de hastes aciona o rotor de uma bomba de cavidades progressivas e deverá suportar os esforços nela desenvolvidos, ou seja, a carga axial e o torque, ambos função do diferencial de pressão vencido pela bomba de cavidades progressivas. O cabeçote tem que transmitir os esforços exercidos na coluna de hastes, traduzidos no somatório das forças axiais e torques desenvolvidos ao longo da mesma, além de reduzir a velocidade do motor para um valor adequado à vazão do poço. A redução acontece através de um acoplador mecânico, podendo ser formado por correias e polias. CORPORATIVA 29 Capítulo 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivas O motor elétrico deve transmitir a potência requerida pelo cabeçote para acionar a coluna de hastes, assim como as perdas no sistema de transmissão. 1.2. Bombeio por cavidades progressivas - vantagens e desvantagens O bombeio por cavidades progressivas tem sido muito utilizado para bombear poços rasos e de menor produtividade, graças às vantagens financeiras e à rapidez de implantação. Apresentamos a seguir um quadro com as vantagens e desvantagens desse sistema de elevação artificial. Vantagens Desvantagens Método de elevação artificial que apresenta elevada eficiência energética, se comparado a outros sistemas de elevação desse tipo. Limitada capacidade de bombear fluidos com elevados teores de contaminantes (aromáticos, gás sulfídrico - H2S e dióxido de carbono - CO2). Capacidade de produção com altas concentrações de areia e fluidos com elevada viscosidade e grau API baixo (<18 API). Aplicação limitada no bombeamento de fluido com alta RGL (Razão Gás Líquido), devido à baixa eficiência de bombeio. Ausência de válvulas que estão sempre sujeitas ao acelerado desgaste, facilitando a manutenção dos equipamentos. Limitação da produção (máximo de 500 m3/dia). Boa resistência à abrasividade, graças à presença de elastômeros. Limitação de elevação (máximo de 2000 m). Dimensões reduzidas dos equipamentos de superfície, oferecendo um menor impacto visual ao meio ambiente, diminuindo a poluição visual. Limitação de temperatura (máximo de 170 oC). Baixo ruído, quando comparado a outros métodos, o que representa menor agressão ao meio ambiente. Desgaste e fadiga dos equipamentos de subsuperfície (hastes) em poços desviados ou direcionados. CORPORATIVA 30 Alta Competência Principais componentes do sistema de bombeio por cavidades progressivas: • Cabeçote; • Motor; • Linha de produção; • Coluna de produção; • Coluna de hastes; • Bomba de cavidades progressivas. Principais componentes da bomba de cavidades progressivas: • Estator; • Rotor. O sistema de bombeio por cavidades progressivas é baseado no funcionamento de uma bomba de cavidades progressivas. Essa bomba cria cavidades que, em sequência, vão gerando um aumento de pressão ao longo do fluxo no interior da própria bomba. Isso significa dizer que a cavidade criada no início da sequência possui pressão inferior às posteriores. reSUmInDo... CORPORATIVA 31 Capítulo 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivas 1) Reconheça as características das terminologias a seguir: ( 1 ) Bomba de cavidades pro- gressivas ( ) Poços surgentes ( 2 ) Bombeio de cavidades pro- gressivas ( ) Bomba de cavidades progressivas ( 3 ) Poços cujos fluidos produzi- dos têm potencial (energia) para alcançar a superfície ( ) Bomba mecânica ( 4 ) Poços que para produzir necessitam de um sistema de elevação artificial ( ) Poços não surgentes ( 5 ) O rotor e o estator são seus principais componentes ( ) Método de elevação artificial 2) Identifique os principais componentes do sistema BCP: 3 2 1 5 4 7 6 8 ( ) Bomba BCP ( ) Coluna de haste ( ) Estator ( ) Rotor ( ) Motor ( ) Cabeçote ( ) Linha de produção ( ) Coluna de produção 1.3. exercícios CORPORATIVA 32 Alta Competência 3) Com relação ao princípio de funcionamento do sistema de BCP, marque V (verdadeiro) ou F (falso) para cada uma das afirmativas: ( ) A bomba de cavidades progressivas cria cavidades que, em sequência, vão gerando um aumento de pressão ao longo do fluxo da própria bomba. Isso significa dizer que a cavi- dade criada no início da sequência possui pressão inferior às posteriores. ( ) A energia mecânica necessária ao acionamento da bomba de cavidades progressivas (estator e rotor), localizada no fundo do poço, é transferida da superfície através de uma coluna de produção. ( ) A rotação das hastes se dá através da redução da velocida- de do rotor utilizando-se um acoplador mecânico, denomi- nado estator. ( ) Em função de sua elevada eficiência energética, a bomba de cavidades progressivas não precisa vencer o diferencial de pressão de elevação, diferença entre a pressão de recal- que e a pressão de sucção. ( ) A Bomba de Cavidades Progressivas é composta por um es- tator localizado na extremidade da coluna de produção e por um rotor metálico, acoplado à coluna de hastes. ( ) O cabeçote tem que reduzir a velocidade do motor para um valor adequado à vazão do poço, através de um acoplador mecânico, podendo ser formado por correias e polias. 4) Explique como se dá a transferência de energia no sistema BCP do motor até a bomba de fundo. _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ ________________________________________________________________ CORPORATIVA 33 Capítulo 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivas 5) Complete as lacunas: A pressão de ____________________ é função da ____________________, calculada pelo índice de produtividade do poço, enquanto a pressão de ____________________ é o somatório das ____________________ ocorridas no anular hastes-coluna de produção. A coluna de hastes aciona o ____________________ de uma bomba de cavidades progressivas, que deverá suportar os esforços nela desenvolvidos, ou seja, a ____________ e o ____________, ambos função do diferencial de pressão vencido pela bomba BCP. O ____________________ tem que transmitir os esforços exercidos na coluna de hastes e ____________________ a velocidade do mo- tor para um valor adequado à vazão do poço. O ____________________ deve transmitir a potência requerida pelo ____________________ para acionar a ____________________, assim como as perdas no sistema de transmissão. 6) Marque a alternativa correta: a) Qual a principal vantagem do sistema BCP quanto ao aspecto de eficiência do sistema? ( ) Elevada eficiência pela facilidadede instalação e operação. ( ) Elevada eficiência em razão da ausência de válvulas. ( ) Elevada eficiência, graças à presença de elastômeros. ( ) Elevada eficiência energética, se comparado a outros siste- mas de elevação desse tipo. b) Qual a principal vantagem do sistema BCP considerando os as- pectos relativos a sua manutenção? ( ) Utilização de elastômetos. ( ) Ausência de válvulas. ( ) Presença de rotor e estator. ( ) Desgaste e fadiga dos equipamentos de subsuperfície (has- tes) em poços desviados ou direcionados. CORPORATIVA 34 Alta Competência Anular - espaço entre a coluna de produção e a parede do poço revestido. API (ou grau API) - escala hidrométrica idealizada pelo American Petroleum Institute - API, juntamente com a National Bureau of Standards, e utilizada para medir a densidade relativa de líquidos. Aromáticos - petróleo com elevada composição de hidrocarbonetos aromáticos, ou seja, aquele que possui, em sua molécula, pelo menos um anel de benzeno. BCP - Bombas de Cavidades Progressivas. BSW (Basic Sediments and Water) - porcentagem de água e sedimentos em relação ao volume total do fluido produzido. Carga axial - carga sobre um rolamento atuando ao longo do eixo da haste. Esse tipo de carga também é chamado de carga longitudinal. Para cargas axiais pesadas, deve-se usar um rolamento axial. Coluna de produção - conjunto de tubos de produção por onde escoa a produção dos poços. Elastômero - polímero com propriedades físicas parecidas com as da borracha. Os polímeros são compostos formados por sucessivas aglomerações de grande número de moléculas fundamentais. Ex.: o polietileno, formado pela aglomeração de centenas de milhares de moléculas de etileno. Linhas de interferência ou selagem - áreas de contato entre a superfície externa do rotor e a superfície interna de um estator de uma BCP.Poço surgente - poço onde os fluidos produzidos têm potencial para alcançar a superfície sem a necessidade de auxílio por elevação artificial. Este poço pode produzir por elevação natural ou utilizar a elevação artificial para aumentar a sua produção. Poço desviado - poço perfurado de maneira não vertical. Poço surgente - poço onde os fluidos produzidos têm potencial para alcançar a superfície sem a necessidade de auxílio por elevação artificial. Este poço pode produzir por elevação natural ou utilizar a elevação artificial para aumentar a sua produção. Polia - peça mecânica muito comum a diversas máquinas, utilizada para transferir força e movimento. Uma polia é constituída por uma roda de material rígido, normalmente metal, mas outrora comum em madeira, lisa ou sulcada em sua periferia. Acionada por uma correia, corda ou corrente metálica a polia gira em um eixo, transferindo movimento e energia a outro objeto. Quando associada a outra polia de diâmetro igual ou não, a polia realiza trabalho equivalente ao de uma engrenagem. RGO (Razão Gás - Óleo) - volume de gás produzido por volume de óleo produzido, ambos medidos na condição padrão de medição. Torque - sistema de duas forças paralelas de suportes distintos, com sentidos opostos, e que atuam sobre um corpo. Medida de quanto uma força que age em um objeto faz com que o mesmo gire 1.4. glossário CORPORATIVA 35 Capítulo 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivas ASSMANN, B. W. Bombeio de Cavidades Progressivas. Apostila. Petrobras - UN- RNCE. 2008. VIDAL, F. J. T. V., Desenvolvimento de um simulador de bombeio por cavidades progressivas. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica. Natal, 2005. 1.5. Bibliografia CORPORATIVA 36 Alta Competência 1) Reconheça as características das terminologias a seguir: ( 1 ) Bomba de cavidades progressivas ( 3 ) Poços surgentes ( 2 ) Bombeio de cavidades progressivas ( 5 ) Bomba de cavidades progressivas ( 3 ) Poços cujos fluidos produzidos têm potencial (energia) para alcançar a superfície ( 1 ) Bomba mecânica ( 4) Poços que para produzir necessitam de um sistema de elevação artificial. ( 4 ) Poços não surgentes ( 5 ) O rotor e o estator são seus principais componentes ( 2 ) Método de elevação artificial 2) Identifique os principais componentes do sistema BCP: 3 2 1 5 4 7 6 8 ( 7 ) Bomba BCP ( 4 ) Coluna de haste ( 8 ) Estator ( 6 ) Rotor ( 2 ) Motor ( 3 ) Cabeçote ( 1 ) Linha de produção ( 5 ) Coluna de produção 1.6. gabarito CORPORATIVA 37 Capítulo 1. Sistema de bombeio por cavidades progressivas 3) Com relação ao princípio de funcionamento do sistema de BCP, marque V (verdadeiro) ou F (falso) para cada uma das afirmativas: ( V ) A bomba de cavidades progressivas cria cavidades que, em sequência, vão gerando um aumento de pressão ao longo do fluxo da própria bomba. Isso significa dizer que a cavidade criada no início da sequência possui pressão inferior às posteriores. ( F ) A energia mecânica necessária ao acionamento da bomba de cavidades progressivas (estator e rotor), localizada no fundo do poço, é transferida da superfície através de uma coluna de produção. Justificativa: a energia mecânica necessária ao acionamento da Bomba de Cavidades Progressivas (estator e rotor), localizada no fundo do poço, é transferida da superfície através de uma coluna de hastes. ( F ) A rotação das hastes se dá através da redução da velocidade do rotor utilizando-se um acoplador mecânico, denominado estator. Justificativa: a rotação das hastes se dá através da redução da velocidade do motor elétrico de indução utilizando-se um acoplador mecânico, denominado cabeçote. ( F ) Em função de sua elevada eficiência energética, a bomba BCP não precisa vencer o diferencial de pressão de elevação, diferença entre a pressão de recalque e a pressão de sucção. Justificativa: a bomba de cavidades progressivas precisa vencer o diferencial de pressão de elevação, diferença entre a pressão de recalque e a pressão de sucção. ( V ) A Bomba de Cavidades Progressivas é composta por um estator localizado na extremidade da coluna de produção e por um rotor metálico, acoplado à coluna de hastes. ( V ) O cabeçote tem que reduzir a velocidade do motor para um valor adequado à vazão do poço, através de um acoplador mecânico, podendo ser formado por correias e polias. 4) Explique como se dá a transferência de energia no sistema BCP do motor até a bomba de fundo. A energia mecânica necessária ao acionamento da BCP - Bomba de Cavidades Progressivas - (estator e rotor), localizada no fundo do poço, é transferida da superfície através de uma coluna de hastes. A rotação das hastes se dá através da redução da velocidade do motor elétrico de indução, utilizando-se um acoplador mecânico denominado cabeçote. 5) Complete as lacunas: A pressão de sucção é função da vazão bombeada, calculada pelo índice de produtividade do poço, enquanto a pressão de recalque é o somatório das perdas de carga ocorridas no anular hastes-coluna de produção. A coluna de hastes aciona o rotor de uma bomba de cavidades progressivas, que deverá suportar os esforços nela desenvolvidos, ou seja, a carga axial e o torque, ambos função do diferencial de pressão vencido pela bomba BCP. O cabeçote tem que transmitir os esforços exercidos na coluna de hastes e reduzir a velocidade do motor para um valor adequado à vazão do poço. O motor elétrico deve transmitir a potência requerida pelo cabeçote para acionar a coluna de hastes, assim como as perdas no sistema de transmissão. CORPORATIVA 38 Alta Competência 6) Marque a alternativa correta: a) Qual a principal vantagem do sistema BCP quanto ao aspecto de eficiência do sistema? ( ) Elevada eficiência pela facilidade de instalação e operação.( ) Elevada eficiência em razão da ausência de válvulas. ( ) Elevada eficiência, graças à presença de elastômeros. ( X ) Elevada eficiência energética, se comparado a outros sistemas de elevação desse tipo. b) Qual a principal vantagem do sistema BCP considerando os aspectos relativos a sua manutenção? ( ) Utilização de elastômetos. ( X ) Ausência de válvulas. ( ) Presença de rotor e estator. ( ) Desgaste e fadiga dos equipamentos de subsuperfície (hastes) em poços desviados ou direcionados. CORPORATIVA C ap ít u lo 2 Bomba de cavidades progressivas (BCP) Ao final desse capítulo, o treinando poderá: • Reconhecer a bomba de cavidades progressivas, seu princípio de funcionamento, classificação e características; • Avaliar o desempenho das bombas através do teste de bancada; • Identificar as principais definições da norma Petrobras para bombas de cavidades progressivas. CORPORATIVA 40 Alta Competência CORPORATIVA Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 41 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) As bombas de cavidades progressivas (BCP) são máquinas de deslocamento que impulsionam líquidos com uma ampla faixa de viscosidade, incluindo produtos com elevada concentração de sólidos. Nesse capítulo abordaremos o princípio de funcionamento e o desempenho dessas bombas. 2.1. Uma rápida revisão de geometria Uma curva plana descrita por um ponto fixo de uma circunferência que rola, sem deslizar, sobre outra circunferência fixa no mesmo plano e internamente a ela, é chamada de hipociclóide. Hipociclóide Ponto fixo Hipociclóide Uma hipociclóide é definida pelas equações a seguir em que a é o diâmetro do círculo fixo externo e b é o diâmetro do círculo móvel interno: x = (a-b) x cos () + b x cos ( a - b ) x ()b y = (a-b) x sin () - b x sin ( a - b ) x ()b A forma da hipociclóide depende de: CORPORATIVA 42 Alta Competência Diâmetro do círculo fixo externo a = 4 Hipociclóide R = 4 Ponto fixo Diâmetro do círculo móvel interno b = 1 Hipociclóide R = 4 As ilustrações a seguir descrevem hipociclóides com R = 3 e R = 12 R = 3 R = 12 Hipociclóides com R = 3 e R = 12 O envelope de uma hipociclóide é definido como sendo o lugar geométrico dos pontos equidistantes a um hipociclóide. A ilustração a seguir apresenta diversas formas de hipociclóides (linhas pontilhadas) e respetivos envelopes (linhas contínuas). R = 4R = 2R = 1 Diversas formas de hipociclóides (linhas pontilhadas) e respetivos envelopes (linhas externas cinzas). CORPORATIVA Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 43 Hélice é uma curva reversa cujas tangentes formam um ângulo constante com uma reta fixa do espaço. Curva reversa, por sua vez, é a curva com razão constante entre a curvatura e a torção. Uma helicóide é, portanto, uma superfície regrada, cuja diretriz é uma hélice. As figuras abaixo representam três tipos de helicóides com seção na forma de envelopes de hipociclóides. Tipos de helicóides com seção na forma de envelopes de hipociclóides Se o centro da seção transversal do helicóide descreve uma hélice ao longo do eixo de centro do sólido, o raio da revolução descrita é a excentricidade do helicóide. 2.2. Bomba de cavidades progressivas A bomba de cavidades progressivas é constituída, basicamente, de um estator e um rotor. Rotor Estator Bomba de cavidades progressivas Bomba de cavidades progressivas e seus componentes: estator e rotor CORPORATIVA 44 Alta Competência O rotor é constituído de material metálico cuja superfície externa é o envelope de um helicóide de R dentes com excentricidade (desalinhado ou fora de centro). O estator é composto por um tubo de aço revestido internamente com elastômero (polímero com propriedades físicas parecidas com as da borracha), cuja superfície interna é o envelope de um helicóide de R+1 dentes sem excentricidade (alinhado ou no centro). A relação entre os passos do estator e do rotor é dada pela expresão: Passo do rotor = x Passo do estatorR ( R + 1) Onde: R = número de dentes do rotor. Cavidade de alta pressão Cavidade de pressão média Linhas de selagem Cavidade de baixa pressão Sentido do fluxo Linhas de selagem ou interferência entre rotor e estatores e suas cavidades Quando o rotor é inserido dentro do estator, formam-se cavidades isoladas no espaço entre eles. As cavidades são isoladas por linhas de contato existentes entre o rotor e o estator (linhas de interferência ou selagem). O rotor, tendo um diâmetro, geralmente um pouco maior que o diâmetro interno do estator, forma um isolamento entre as cavidades contíguas. Quando o rotor é girado dentro da bomba, essas cavidades se movem numa trajetória CORPORATIVA Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 45 helicoidal da sucção para o recalque da bomba, transportando o fluido e empurrando-o contra uma pressão de recalque/descarga, promovendo a ação de bombeio. A ilustração anterior mostra a disposição tridimensional de cavidades adjacentes, identificando as linhas de selagem e a cavidade de alta e baixa pressão. As linhas de interferência ou selagem são definidas como interfaces selantes formadas a partir do contato entre o rotor e o estator, o que permite a formação das cavidades. Importante! Ao girar o rotor dentro do estator, mantido o estator parado, as cavidades se movimentam axialmente da sucção para o recalque/ descarga da bomba, promovendo a ação de bombeio. Ao mesmo tempo em que se deslocam axialmente, giram em torno do eixo do estator. Na ilustração a seguir pode-se observar o rotor e o estator em corte, bem como o movimento do fluido via cavidades da bomba. Cavidades e seu movimento axial de sucção para o recalque CORPORATIVA 46 Alta Competência Na ilustração a seguir é possível observar a formação das cavidades (A1, A2 e A3) quando o rotor está inserido dentro do estator de uma BCP multi-lobe. O1 O2 H2 H1 E2 E1 A2 A1 A3 O1 O2 H2 H1 E2 E1 A2A1 A3, , Hipocliclóide externa Hipocliclóide interna Envelope do rotor Centro da hipociclóide externa Centro da hipociclóide interna Envelope do estator e Excentricidade Áreas fechadas Linha de selagem Linha de selagem Linha de selagem e Cavidades entre o estator e o rotor (A1, A2 e A3) de uma BCP multi-lobe O movimento do rotor dentro do estator é a combinação de dois movimentos: um movimento no sentido horário do rotor em torno de seu próprio eixo e um movimento no sentido anti-horário, excentricamente em torno do eixo do estator, como pode ser depreendido na ilustração a seguir. Neste movimento, o eixo do rotor descreve uma trajetória circular em torno do eixo do estator com diâmetro igual à excentricidade. Movimento do rotor no sentido anti-horário excentricidade em torno de eixo estator Movimento do rotor no sentido horário em torno de seu próprio eixo. N N Movimento do rotor de uma bomba de cavidades progressivas single-lobe CORPORATIVA Capítulo 2. Bomba de cavidades progressivas (BCP) 47 Abaixo é apresentado o movimento, quadro-a-quadro, do rotor de uma BCP single-lobe. Movimento quadro-a-quadro do rotor de uma bomba de cavidades progressivas single-lobe A ilustração a seguir apresenta nove (9) seções transversais do rotor inserido dentro do estator ao longo de um passo do estator, representando o movimento do rotor dentro do estator. Estator (fixo) Rotor Pa ss o d o e st at o r Pa ss o d o r o to r Seção longitudinal Seções tranversais 0º 45º 90º 135º 180º 225º 270º 315º 0º Movimento do rotor ao longo do estator
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