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Sistema Reprodutor Masculino E Feminino – Embriologia Texto por: Gabrielle de Morais Henriques – Biomedicina Página 1 Sistema reprodutor Masculino O sistema reprodutor masculino é constituído por dois testículos, localizados na bolsa escrotal, túbulos seminíferos, epidídimo, ducto deferente, canal inguinal, ducto ejaculador e uretra. As células gaméticas masculinas são produzidas nos testículos pelo processo da espermatogênese. A célula primordial é a espermatogônia são as células menos especializadas da linhagem. Com o início da puberdade, antes da puberdade essas células permanecem quiescentes nos túbulos seminíferos dos testículos desde o período fetal até a puberdade. Essas células sofrem uma etapa de multiplicação que originam células do tipo “banco de reserva” e células que irão sofrer as mitoses. As células que irão sofrer mitoses apresentam um período de crescimento, e é chamado de espermatócito primário (2n). Após a mitose, cada espermatócito sofre uma divisão reducional, meiose I, que original espermatócitos secundário haploide (n). Em seguida, os espermatócitos secundários sofrem uma nova meiose, meiose II, e formam espermátides (n). As espermátides sofrem um processo de especialização celular, conhecido como espermiogênese, e formam um espermatozoide haploide maturo. O espermatozoide, por perder seu citoplasma é nutrido pelas células de Sertoli encontradas na parte basal do tecido que reveste o túbulo seminífero. Os túbulos seminíferos são compostos por células germinativas, e é revestido por um tecido conjuntivo rico em capilares sanguíneos. A primeira camada de células são as células germinativas, as células subsequentes são: Espermatócito primário, espermatócito secundário, espermátides e espermatozoide. Entre um grupo de células e outra apresentam-se as células de Sertoli, que irão fixar os espermatozoides até o fim da sua maturação. Agora vamos ver cada célula: Testículos: Produz hormônios e através deles ocorre a formação dos espermatozoides. Os testículos estão envoltos por um tecido conjuntivo denso que envolve, chamado de túnica albugínea. Túnica Albugínea: é responsável por envia septos que dividem o testículo em lóbulos testiculares. Esses septos são incompletos e há intercomunicação entre eles. Cada lóbulo é apresenta um a quatro túbulos seminíferos. Túbulos seminíferos: É envolto de tecido conjuntivo frouxo rico em vasos sanguíneos e linfáticos nervos e células intersticiais (células de leydi). Produzem as Sistema Reprodutor Masculino E Feminino – Embriologia Texto por: Gabrielle de Morais Henriques – Biomedicina Página 2 células reprodutoras masculinas, enquanto as células intersticiais secretam andrógenos(hormônios). São formados por uma parede chamada de epitélio germinativo. Tecido Intersticial: é importante local para a produção de andrógenos. Os espaços entre os túbulos seminíferos são preenchidos pelos tecido conjuntivo irrigado por capilares e contendo nervos, vasos sanguíneos e linfáticos. Os capilares permitem a passagem de macromoléculas como as proteínas do sangue. Células de Leydi: São células intersticiais que sofrem a ação do LH e estimula a secreção de testosterona. A testosterona é liberada na corrente sanguínea e disseminada pelo corpo inclusive para as células de Sertoli. Esse hormônio é responsável pelo desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários. Células de Sertoli: são encontradas na camada basal dos túbulos seminíferos. Sofrem a ação do FSH e produzem as Proteínas de Ligação a Andrógeno, que concentra a testosterona e estimula a espermatogênese. Além disso, essas células são responsáveis pela fagocitose do excesso citoplasmático do espermatozoide, impedem uma resposta imunológica do corpo contra o espermatozoide e libera o mesmo para a luz do túbulo seminífero. As células de Sertoli produzem o AMH desde o feto até a puberdade. Hormônio Anti-Mülleriano (AMH): está envolvido em processos de crescimento e diferenciação. Quando o embrião carrega o cromossomo XY, esse hormônio vai causar a regressão dos ductos de müller – que no cromossomo XX originaria as tubas uterinas - Ductos Intratesticulares: são responsáveis pela condução dos espermatozoides dos túbulos seminíferos até os ductos eferentes. Ductos eferentes: são formado por tecido epitelial cuboide não ciliado que é intercalado por um conjunto de células ciliadas. As células cuboides absorvem fluido secretado pelos túbulos seminíferos, enquanto as células ciliadas criam um fluxo que encaminham os espermatozoides até os ductos do epidídimo. Ducto do Epidídimo: é formado por um epitélio pseudo-estratificado composto de células basais arredondadas e de células colunares. Sua superfície apresenta especializações de membrana, estereocílios. São responsáveis pelo armazenamento e amadurecimento dos espermatozoides. Ductos deferentes: inicia-se no epidídimo e segue até a próstata onde se liga com a vesícula seminal e que continua até a uretra. a região mais estreita, inclusa na próstata, é o ducto ejaculador. Este ducto é revestido por um epitélio pseudo- estratificado cilíndrico com estereocílios. Fatores que influenciam na espermatogênese Um dos fatores que influenciam na espermatogênese são, obviamente, os hormônios LH e FSH secretados pela hipófise. O LH age nas células de Laydi estimulando a produção de testosterona. E o FSH age sobre a células de Sertoli estimulando síntese de proteínas ligantes de andrógeno. A espermatogênese, sobretudo, é estimulada pela testosterona e inibida pelo estrógeno e progestágenos. Outros fatores são: a temperatura, por isso se localizam no saco escrotal que mantem a temperatura amena. Sistema Reprodutor Masculino E Feminino – Embriologia Texto por: Gabrielle de Morais Henriques – Biomedicina Página 3 Sistema Reprodutor Feminino O sistema reprodutor feminino é composto por uma vagina, um útero duas tubas uterinas e dois ovários. O desenvolvimento dos gametas femininos se inicia ainda no período fetal. No homem ocorre a espermatogênese para a produção do gameta masculino, como já vimos posteriormente. Na mulher esse processo de formação do óvulo (ou ovócito II) ocorre em dois estágios do mesmo processo, a ovogenese. A ovogenese apresenta três períodos: Multiplicação Crescimento Maturação Sendo que dois desse ocorrem ainda no período embrionário. São esses a multiplicação e o crescimento do folículo. Durante o período fetal as células germinativas primordiais migram para o ovário em desenvolvimento e se diferenciam em ovogônias(2n). Essas ovogônias passam por um período de multiplicação celular. Após a multiplicação, as células passam por um período de crescimento folicular, formando células chamadas de ovócitos I (2n). O ovócito primário, ainda em estágio embrionário, sofre a primeira meiose reducional parando na prófase I. Assim, os ovócitos ficam armazenados até atingir a puberdade. Atingindo-se a puberdade um pequeno conjunto de até 5 a 12 células germinativas, mensalmente, entram no estágio de maturação, terminando a primeira meiose reducional. Na primeira meiose reducional forma-se um glóbulo polar (n) e o ovócito II (n). O ovócito II sofrerá uma meiose II, apenas após o estímulo do espermatozoide, formando um novo glóbulo polar e o óvulo. Os hormônios femininos estão diretamente relacionados à ovogenese e ao ciclo uterino. O ciclo ovariano, mencionado, está diretamente relacionado ao ciclo uterino Sistema Reprodutor MasculinoE Feminino – Embriologia Texto por: Gabrielle de Morais Henriques – Biomedicina Página 4 (crescimento do revestimento do útero). Primeiramente, vamos nos familiarizar com os hormônios produzidos pela mulher. O GnRH: O GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina) é produzido no hipotálamo e atua na hipófise estimulando a liberação de dois hormônios: FSH e LH. FSH: O FSH, ou Hormônio Folículo Estimulante, atua diretamente sobre os folículos estimulando sua maturação. Além disso, com a indução ao desenvolvimento, o folículo passa a produzir estrogênio a partir das células foliculares. LH: O LH, ou Hormônio Luteinizante, é o hormônio da ovulação. Ele induz a produção, pelo corpo lúteo e célula folicular, de progesterona. Seu pico indica o final da meiose do ovócito II. Estrogênio: É devido a um alto nível de estrogênio na corrente sanguínea que ocorre o pico de LH. Ele é o responsável pelo primeiro desenvolvimento do endométrio (fase proliferativa). Progesterona: é produzido pelo corpo lúteo. A sua atuação é principalmente na fase proliferativa do endométrio, aumentando – o de espessura. CICLOS O início do desenvolvimento dos folículos ocorre pela liberação do FSH, iniciando a maturação de 4 a 12 folículos, aonde apenas um chegará a fase final. O LH também é liberado e produzido. A medida que se aumentam os níveis de LH e FSH, a produção de estrogênio pelos folículos também vai crescendo. Com a presença de estrogênio na corrente sanguínea, uma de suas funções será fazer o endométrio entrar na fase proliferativa. Ocorre o aumento de até 3x a espessura do endométrio, o aumento de água no tecido, proliferação e crescimento de glândulas e alongamento das artérias e irrigação sanguínea. Quando atinge a fase proliferativa máxima, é o período que o embrião deve se implantar no útero, caso contrário ele não se desenvolve. Por ocorrência do feedback negativo (pelos altos níveis de estrogênio) o hipotálamo para de produzir LH e FSH. O que faz com que, após a ovulação, esses níveis caiam. Após a ovulação ocorre a formação do corpo lúteo, que induz 2 .b p .b lo g s p o t.c o m Sistema Reprodutor Masculino E Feminino – Embriologia Texto por: Gabrielle de Morais Henriques – Biomedicina Página 5 a produção de progesterona. Iniciando no útero a fase secretora. A progesterona induz o endométrio a produzir uma substancia rica em glicogênio. A partir de então podem seguir dois caminhos: 1. Se a mulher não engravidar: Ocorre a degeneração do corpo lúteo. Assim, ocorre uma queda na produção de progesterona e estrogênio. Esses hormônios davam sustentação à irrigação do endométrio, quando eles reduzem as artérias se contraem e ocorre uma descamação da camada externa do endométrio, o que ocasiona o sangramento no período menstrual. O sangramento ocorre pela descamação do endométrio, contudo não ele todo. A camada basal do endométrio tem seu próprio suprimento sanguíneo e não se desintegra. É essa camada também que irá formar uma nova camada para o próximo ciclo menstrual. Um novo ciclo se inicia no primeiro dia da menstruação, pois a baixa de estrogênio produz um feedback positivo e induza produção de estrogênio. 2. Se a mulher engravidar: Não irá continuar o ciclo menstrual. Uma vez que os níveis de progesterona e estrogênio vão permanecer altos. O corpo lúteo não é degenerado (influencia do hormônio HCG) e continua a produção de progesterona até a formação da placenta, que irá realizar seu trabalho. E inicia-se o desenvolvimento do embrião. Referências: Rev. Assoc. Med. Bras. vol.49 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2003 - Hormônio Anti- Mülleriano: importância na prática pediátrica. Junqueira, L. C. e Carneiro, José- Histologia Básica - 10ª ed., 2004. Sistema Reprodutor Masculino, Disponível em: http://histologiaembriologiaemgrupo.blogspot.com.br Sistema Reprodutor Feminino Disponível em http://oimedicina.wordpress.com/?s=sistema+reprodutor+feminino Aparelho reprodutor feminino bruna campos 2011.2 Disponível em: http://www.ebah.com.br/
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