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REFLEXÃO SOBRE OS PCNS e O ENSINO DA LÍNGUA PORTUGUESA

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Teixeira de Freitas
2017
NATASSJA SILVA SCHAPOCHNICOF
SISTEMA DE ENSINO EAD CONECTADO
LETRAS
REFLEXÃO SOBRE OS PCNS E O ENSINO DA LÍNGUA
PORTUGUESA
Teixeira de Freitas
2017
REFLEXÃO SOBRE OS PCNS E O ENSINO DA LÍNGUA
PORTUGUESA
Trabalho de Letras apresentado à Universidade Norte do
Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a
obtenção de média bimestral na disciplina de Língua
Portuguesa: Metodologias do Ensino de Língua
Portuguesa e Literatura, Literaturas de Língua
Portuguesa, Estruturalismo e Sociolinguística, Seminário
da Prática IV, Estágio Curricular Obrigatório. 
Orientador: Prof. Andressa Aparecida Lopes, Anderson
Teixeira Rolim, Ednéia de Cássia Santos Pinho, Eliane
Provate, Antonio Lemes Guerra Junior.
NATASSJA SILVA SCHAPOCHNICOF
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................3
2 O TEXTO COMO UNIDADE DE ENSINO.................................................................4
3 O TEXTO LITERÁRIO...............................................................................................5
4 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA........................................................................................6
5 ENSINO POR MEIO DE GÊNEROS DISCURSIVOS...............................................7
6 CONCLUSÃO............................................................................................................9
REFERÊNCIAS...........................................................................................................10
1 INTRODUÇÃO
Esse trabalho tem como objetivo discutir o modelo de ensino baseado nos
PCNs, para que haja uma reflexão sobre como os futuros docentes deverão se
posicionar dentro e fora das salas de aula, bem como o que é esperado de cada
aluno. É vital que o professor conheça o conteúdo dos PCNs, pois o ensino da
língua materna não é apenas um aglomerado de regras a serem decoradas pelos
educandos. O conhecimento, compreensão e utilização correta da língua dentro de
cada contexto deve ser abordado no meio de ensino. Os PCNs são guias para que o
professor reflita sobre si mesmo, sua postura em sala, e também sobre como ele
deve agir para que o receba o conhecimento desejado. 
Neste trabalho foi abordado o texto como meio de ensino de gramática, a
importância da literatura literária, bem como gêneros discursivos e variação
linguística. Todos esses elementos são fundamentais para que o ensino da Língua
Portuguesa seja pleno. 
3
2 O TEXTO COMO UNIDADE DE ENSINO
Desde a década de 70, o ensino da língua portuguesa é discutido sobre a
necessidade de melhorar a educação no Brasil. Uma das maiores dificuldades nas
escolas é ensinar ao aluno como se comunicar bem, entendendo comunicação por
falar, ler e escrever bem, dentro do contexto.
Linguagem aqui se entende, no fundamental, como ação interindividual
orientada por uma finalidade específica, um processo de interlocução que
se realiza nas práticas sociais existentes nos diferentes grupos de uma
sociedade, nos distintos momentos de sua história. Os homens e as
mulheres interagem pela linguagem tanto numa conversa informal, entre
amigos, ou na redação de uma carta pessoal, quanto na produção de uma
crônica, uma novela, um poema, um relatório profissional. (PCN, 1998, p.
20)
O PCN tem como objetivo auxiliar o educador no cumprimento de seu
trabalho juntamente aos educandos, visando assim um bom aproveitamento de
ambos; mestre e aluno. 
Um dos pontos a ser considerado é que uma gramática descontextualizada
tem em foco o que é “certo e errado”. A finalidade da educação básica como diz o
Art. 22 da LDB é; “desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum
indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no
trabalho e em estudos posteriores”. Assim sendo, a escola deve preparar o aluno
para progredir em qualquer espaço de interação. O professor precisa levar em conta
a diversidade de pontos de vista e conhecer o meio social que o aluno vive, para
poder apresentar conteúdos reais e não conteúdos feitos somente para o
aprendizado da gramática e escrita como função mecanizada. 
O objeto de ensino e, portanto, de aprendizagem é o conhecimento
linguístico e discursivo com o qual o sujeito opera ao participar das práticas
sociais mediadas pela linguagem. Organizar situações de aprendizado,
nessa perspectiva, supõe: planejar situações de interação nas quais esses
conhecimentos sejam construídos e/ou tematizados; organizar atividades
que procurem recriar na sala de aula situações enunciativas de outros
espaços que não o escolar, considerando-se sua especificidade e a
inevitável transposição didática que o conteúdo sofrerá; saber que a escola
é um espaço de interação social onde práticas sociais de linguagem
acontecem e se circunstanciam, assumindo características bastante
específicas em função de sua finalidade: o ensino. (PCN, 1998, p.22)
Percebe-se que o processo ensino-aprendizagem defendido pelos PCNs está
4
pautado na interação entre aluno, conhecimento e prática educacional do docente.
Portanto, o ensino não poderá mais partir apenas do professor, mas de uma parceria
entre todos os envolvidos em sala. 
Como forma de ampliar a competência discursiva do aluno, os estudos da
linguagem passaram por muitas alterações nas ações escolares. Os aspectos
gramaticais ganham novas formas de serem abordados, uma vez que o foco é
promover a competência do aluno à leitura e produção de textos. 
3 O TEXTO LITERÁRIO
O ensino da literatura está bem perto das competências argumentativa,
reflexiva, interpretativa, dentre outras que os alunos podem desenvolver. No entanto,
a literatura não deveser utilizada para atender deficiências de outras áreas, como da
gramática, por exemplo. A literatura existe dentro de sua essência artística e por
este motivo deve ser ministrada. 
Conforme os PCNs (2002, p. 24), é importante “recuperar, pelo estudo do
texto literário, as formas instituídas de construção do imaginário coletivo, o
patrimonio representativo da cultura e as classificações preservadas e divulgadas,
no eixo temporal e espacial”. 
O estudo da literatura precisa levar o aluno para um contexto social
vivenciado fora das escolas e dos conhecimentos repassados pela mesma. Com
isso, a aprendizagem torna- se significativa, pois o aluno acaba identificando-se com
o que a escola propõe. 
A leitura literária não finaliza na educação formal. Como modo de
conhecimento, exige uma relação constante com o leitor, da mesma forma que a
leitura do mundo. A partir das relações histórico-culturais que os caminhos que
levam o leitor ao conhecimento e à crítica são estabelecidos nas relações do homem
com o seu meio cultural impregnado de visões de mundo, por isso não se pode
negar o valor do conhecimento produzido a partir da leitura dos livros literários. 
Todo o trabalho de formação do leitor deve fornecer aos alunos os seguintes
valores e atitudes: 
- Interesse, iniciativa e autonomia para ler textos diversos adequados à condição
atual do aluno.
- Interesse pela leitura e escrita como fontes de informação, aprendizagem, lazer e
5
arte.
- Interesse pela literatura, considerando-a forma de expressão da cultura de um povo.
- Interesse por trocar impressões e informações com outros leitores, posicionando-se
a respeito dos textos lidos, fornecendo indicações de leitura e considerando os novos
dados recebidos.
- Interesse por frequentar os espaços mediadores de leitura, bibliotecas, livrarias,
distribuidoras, editoras,bancas de revistas, lançamentos, exposições, palestras,
debates, depoimentos de autores, sabendo orientar-se dentro da especificidade desses
espaços e sendo capaz de localizar um texto desejado. (BRASIL, 1998, p. 64). 
A função social da leitura, assim, terá sido mais completa se o leitor puder
atuar com maior autonomia na sociedade, onde a leitura de diferentes tipos de textos
fornece ao aluno a possibilidade de uma formação de cidadãos/leitores críticos
capazes de avaliarem o que leem. 
4 VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Os Parâmetros Curriculares Nacionais expressam a necessidade de
apresentar a linguagem aos alunos em suas situações de comunicação verbal, uma
vez que somente dessa forma é que se pode inserir o educando enquanto sujeito
em práticas sociais de uso da escrita; somente dessa maneira é que se forma não
só alunos alfabetizados, mas também sujeitos letrados, capazes de construírem de
forma mais profunda acerca da sociedade e de suas comunidades, com o auxílio da
linguagem. 
A capacidade da linguagem de “organizar” o pensamento deve ser exposta
como mais um motivo para que se direcione uma maior atenção no ensino de
Língua Portuguesa, uma vez que um sujeito que consiga lidar melhor com as
práticas sociais da linguagem também terá maior capacidade de expor suas ideias, e
mesmo entende-las de maneira mais clara, mais articulada e crítica. 
Frente aos fenômenos da variação, não basta somente uma mudança de
atitudes; a escola precisa cuidar para que não se reproduza em seu espaço
a discriminação linguística. Desse modo, não pode tratar as variedades
linguísticas que mais se afastam dos padrões estabelecidos pela gramática
tradicional e das formas diferentes daquelas que se fixaram na escrita como
se fossem desvios ou incorreções. E não apenas por uma questão
metodológica: é enorme a gama de variação e, em função dos usos e das
mesclas constantes, não é tarefa simples dizer qual é a forma padrão
(efetivamente, os padrões também são variados e dependem das situações
6
de uso). Além disso, os padrões próprios da tradição escrita não são os
mesmos que os padrões de uso oral, ainda que haja situações de fala
orientadas pela escrita […]. Para isso, o estudo da variação cumpre papel
fundamental na formação da consciência linguística e no desenvolvimento
da competência discursiva do aluno, devendo estar sistematicamente
presente nas atividades de Língua Portuguesa. (BRASIL, 1998, p. 82)
Portanto, percebe-se que a variação linguística está presente em todos os
momentos, onde o professor irá intervir para adequar a linguagem e/ou certificar-se
de que o educando conheça tais variações necessárias para o contexto. 
5 ENSINO POR MEIO DE GÊNEROS DISCURSIVOS
Os textos organizam-se a partir de “certas restrições de natureza temática,
composicional e estilística, que os caracterizam como pertencentes a esse ou aquele
gênero. Desse modo, a noção de gênero, constitutiva do texto, precisa ser tomada
como objeto de ensino” (BRASIL, 1998, p. 23). 
Para Marcuschi (2003, p.5), os gêneros textuais manifestam-se através da
oralidade e da escrita, sendo materializados através de situações comunicativas
recorrentes. Nesse sentido, trabalha-los é de suma importância para que o aluno
desenvolva a capacidade de comunicar-se adequadamente em todas as situações
dentro e fora da sala de aula. 
Nos últimos 20 anos, a reformulação e a democratização do ensino básico em
nosso país contribuíram positivamente para que um número cada vez maior de
pessoas tivesse acesso à escola, o que ocasionou a diminuição do número de
analfabetos em todo território nacional. Consequentemente, o aumento do percentual
de pessoas que sabem ler e escrever tornou a linguagem verbal ainda mais
importante nas relações sociais. 
Esse cenário, somado ao desenvolvimento tecnológico que possibilita novas
formas de comunicação, confere à sociedade do novo milênio características cada
vez mais “grafocêntricas”, o que, por sua vez, remete-nos a uma necessidade de
capacitação constante, principalmente no que diz respeito ao uso adequado das
diversas linguagens. 
7
É necessário saber lidar com os textos nas diversas situações de interação
social. É essa habilidade de interagir linguisticamente por meio de textos, nas
situações de produção e recepção em que circulam socialmente, que permite
a construção de sentidos desenvolvendo a competência discursiva e
promovendo o letramento. O nível de letramento é determinado pela
variedade de gêneros textuais que a criança ou adulto reconhecem. (SÃO
PAULO, 2008, p. 43, grifo do autor) 
Diante desse quadro, torna-se ainda mais relevante às aulas de Língua
Portuguesa o desenvolvimento de trabalhos baseados na diversidade de gêneros. 
8
CONCLUSÃO
Pode-se concluir que ensinar não é apenas um trabalho mecânico, onde
regras são decoradas. O ensino da Língua Portuguesa deve ser uma reflexão sobre o
professor, a postura que ele adota, o que ele deseja ensinar, como ele deseja
ensinar, qual o resultado que ele espera e, caso não o atinja, de que outra maneira
pode ser realizada a atividade para que o objetivo seja atingido. Os PCNs são
ferramentas essenciais que devem ser seguidas para que todo docente seja capaz
de ministrar aulas onde o foco é formar seres sociais, pensantes e letrados e não
meros conhecedores de regras.
9
REFERÊNCIAS
BRASIL. MEC. Parâmetros curriculares nacionais: Terceiros e quarto ciclo do
ensino fundamental: língua portuguesa/Secretaria de Educação Fundamental. –
Brasília: MEC/SEF, 1998. 
________. MEC. Parâmetros curriculares nacionais: Ensino Médio: Linguagens,
códigos e suas tecnologias/Ministério da Educação. – Brasília: Ministério da
Educação/Secretaria de Educação Média e Tecnologias, 1999. 
GOMES, Inara. Sobre “por que” e “como” ensinar literatura. Disponível em: 
<http://seer.ufrgs.br/index.php/NauLiteraria/article/view/16231/11688> Acesso em 24 
maio 2017. 
MARCUSCHI, Luiz Antônio. A questão dos suportes dos gêneros textuais. 
Disponível em: 
<http://www.sme.pmmc.com.br/arquivos/matrizes/matrizes_portugues/anexos/texto-
15.pdf> Acesso em 24 maio 2017.
SÃO PAULO. Proposta Curricular do Estado de São Paulo: Língua Portuguesa. 
São Paulo: SEE, 2008. Disponível em: < 
http://www.rededosaber.sp.gov.br/portais/Portals/18/arquivos/Prop_LP_COMP_red_
md_20_03.pdf> Acesso em: 18 maio 2017
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	SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÃO
	2 O TEXTO COMO UNIDADE DE ENSINO
	REFERÊNCIAS

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