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1 
EETTPPEE –– EEXXEECCUUÇÇÃÃOO TTRRAABBAALLHHIISSTTAA 
EE PPRROOCCEEDDIIMMEENNTTOOSS EESSPPEECCIIAAIISS 
 
 
RECURSOS TRABALHISTAS: 
 
 
TEORIA GERAL DE RECURSOS TRABALHISTAS: 
 
1. Conceito de Recurso: “É o meio processual que a lei coloca à disposição 
das partes, do Ministério Público, ou de um terceiro prejudicado, a viabilizar, em 
regra, dentro da mesma relação jurídica processual, a reforma, a anulação, o 
aclaramento, ou a integração da decisão judicial impugnada.” 
(NELSON NERY). 
 
Obs.1: O papel, por excelência, dos Recursos, é a reforma/anulação da decisão. 
 
Obs.2: Os papéis de aclaramento e integração da decisão judicial são específicos 
do Recurso denominado Embargos de Declaração. 
 
 
2. Atos Processuais Sujeitos à Recurso: 
 
Quanto aos Atos Processuais sujeitos à Recurso, ou melhor, acerca das 
modalidades de pronunciamento do Juiz, que admitem à interposição de Recurso, 
o Código de Processo Civil (Lei n.º 13105/2015), aplicado, subsidiariamente, à 
área trabalhista, disciplina que: 
 
“Art. 203. Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, 
decisões interlocutórias e despachos. 
 
§ 1
o
 - Ressalvadas as disposições expressas dos procedimentos especiais, 
sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento 
nos arts. 485 e 487, põe fim à fase cognitiva do procedimento comum, 
bem como extingue a execução. (ADMITE RECURSO) 
 
 
 2 
§ 2
o
 - Decisão interlocutória é todo pronunciamento judicial de 
natureza decisória que não se enquadre no § 1
o
. (ESPECIFICAMENTE 
NA JUSTIÇA DO TRABALHO NÃO ADMITE RECURSO, EM 
RAZÃO DO PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE DAS 
DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS) 
 
Obs.: Nos termos do Princípio da Irrecorribilidade das Decisões 
Interlocutórias, específico da Justiça do Trabalho, em regra, não é admitida a 
interposição de Recurso, em face das Decisões Interlocutórias, nos termos do 
§ 1º, do Artigo 893, da CLT, mas, esse tipo de decisão pode ser atacada, via 
remédio constitucional, mais especificamente, via Mandado de Segurança, nos 
termos da Súmula n.º 414, do TST, a seguir transcrita: 
 
Súmula nº 414 do TST 
MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA 
CONCEDIDA ANTES OU NA SENTENÇA (nova redação em 
decorrência do CPC de 2015) - Res. 217/2017 - DEJT divulgado em 
20, 24 e 25.04.2017 
 
I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação 
pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso 
ordinário. É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso 
ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao 
presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação 
subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015. 
 
II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida 
antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de 
recurso próprio. 
 
III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o 
objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão ou o 
indeferimento da tutela provisória. 
 
 
 
 
 
 3 
EXCEÇÃO: Em regra, na Justiça do Trabalho, as Decisões Interlocutórias 
são irrecorríveis, mas há casos de exceção, que são os dispostos na Súmula 
n.º 214, do TST, in verbis: 
 
Súmula nº 214 do TST 
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova 
redação) - Res. 127/2005, DJ 14, 15 e 16.03.2005 
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões 
interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: 
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação 
Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; 
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; 
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos 
para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo 
excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. 
 
Obs.: No caso da Alínea “c”, da Súmula n.º 214, da CLT, a Decisão 
Interlocutória proferida para julgar a Exceção de Incompetência Territorial é 
uma decisão terminativa do feito, no Juízo excepcionado, pelo que, contra ela 
cabe Recurso Ordinário, nos termos do Inciso I, do Artigo 895, da CLT. 
 
 
§ 3
o
 - São despachos todos os demais pronunciamentos do juiz 
praticados no processo, de ofício ou a requerimento da parte.” 
(NÃO ADMITE RECURSO) 
 
NOTA: Efetivamente não cabe a interposição de Recurso, em face dos 
Despachos, ocorre que, no Artigo 897, alínea “b”, da CLT, que trata do cabimento 
do Agravo de Instrumento, há um erro de terminologia, ao dizer que cabe Recurso 
de Agravo de Instrumento dos despachos que denegarem a interposição de 
recursos, pois o correto seria: “cabe Recurso de Agravo de Instrumento das 
decisões que denegarem a interposição de recursos”. Portanto, apesar de saber que 
contra Despacho não cabe a interposição de Recurso, numa Prova de Direito 
Processual do Trabalho, se for perguntado se cabe Agravo de Instrumento dos 
despachos que denegarem a interposição de recursos, a resposta correta é que 
SIM, já que na Lei está exatamente dessa forma, apesar de sabermos que na hora 
de redigir o texto legal, o legislador não se utilizou da terminologia correta. 
 
 
 4 
“Art. 204. Acórdão é o julgamento colegiado proferido pelos 
tribunais.” (ADMITE RECURSO) 
 
Obs.: Na Justiça do Trabalho também cabe Recurso em face de Decisão 
Denegatória de Seguimento de Recurso. 
 
 
3. Pressupostos Recursais: 
 
3.1- Pressupostos Objetivos ou Extrínsecos: 
 
 AAddeeqquuaaççããoo oouu CCaabbiimmeennttoo:: Recurso próprio, adequado, para que seja 
conhecido. 
 
 
 TTeemmppeessttiivviiddaaddee:: Prazo Recursal. 
 
 Regra de Contagem dos Prazos: 
 
“Art. 775. Os prazos estabelecidos neste Título serão contados em 
dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do 
vencimento.” (Alterado pela Lei n.º 13.467/2017) 
 
Obs.1: O Decreto n.º 779/1969 disciplina que a UUnniiããoo,, ooss EEssttaaddooss,, oo DDiissttrriittoo 
FFeeddeerraall,, ooss MMuunniiccííppiiooss,, aass AAuuttaarrqquuiiaass ee aass FFuunnddaaççõõeess PPúúbblliiccaass ddee qquuaallqquueerr 
eessffeerraa possuem: 
 
- Prazo em Dobro para Recorrer. 
 
Obs.2: O MMiinniissttéérriioo PPúúbblliiccoo ddoo TTrraabbaallhhoo, com base no disposto no Artigo 180, do 
CPC, tem prazo em dobro para efetivar qualquer manifestação processual. 
 
Obs.3: Litisconsortes com Procuradores distintos não possuem prazo em dobro, 
para qualquer manifestação no processo, na Justiça do Trabalho, em razão do 
disposto na OJ n.º 310, da SBDI-I, do TST, in verbis: 
 
 
 
 5 
“OJ 310 - LITISCONSORTES. PROCURADORES DISTINTOS. 
PRAZO EM DOBRO. ART. 229, CAPUT E §§ 1º E 2º, DO CPC DE 
2015. ART. 191 DO CPC DE 1973. INAPLICÁVEL AO PROCESSO 
DO TRABALHO (atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 
208/2016, DEJT divulgado em 22, 25 e 26.04.2016 
Inaplicável ao processo do trabalho a norma contida no art. 229, caput e §§ 
1º e 2º, do CPC de 2015 (art. 191 do CPC de 1973), em razão de 
incompatibilidade com a celeridade que lhe é inerente.” 
 
 PPrreeppaarroo:: 
 
a) Depósito Recursal – Garantia da Execução. Deve ser efetuado o depósito 
na conta vinculada do trabalhador, através da Guia de Depósito Judicial 
Trabalhista, devendo ser analisado o valor da condenação e o valor da 
Tabela de Valores de Depósito Recursal, instituída pelo TST, que segue 
abaixo, para se determinar o valor a ser depositado, a esse título (deveráser depositado sempre o menor valor, entre o valor da condenação e o 
valor da Tabela), que deverá ser comprovado, nos autos, dentro do prazo 
do Recurso. 
 
Acerca do Depósito Recursal, a Lei n.º 13.467/2017 (Reforma Trabalhista), 
efetivou algumas alterações e inclusões de parágrafos, no Artigo 899, da CLT, in 
verbis: 
 
“Art. 899. (...) 
 
§ 4º O depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo e 
corrigido com os mesmos índices da poupança. 
 
(...) 
 
§ 9º O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para 
entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, 
microempreendedores individuais, microempresas e empresas de 
pequeno porte. 
 
§ 10. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça 
gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação 
judicial.” 
 
 
 6 
TABELA DO TST 
VALORES LIMITE DE DEPÓSITOS PARA RECURSOS 
Período Recurso 
Ordinário 
(RO) 
RR/ RE / 
Recurso de 
Embargos 
Ato do TST Publicação 
A partir de 
01/08/2017 
 
R$ 9.189,00 
 
R$ 18.378,00 
Ato n.º 
360/SEGJUD.GP 
DEJT 
13/07/2017 
 
 
REGRAS DA SÚMULA N.º 128 DO TST ACERCA DO 
DEPÓSITO RECURSAL: 
 
“Súmula nº 128 do TST 
DEPÓSITO RECURSAL (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais 
nºs 139, 189 e 190 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
 
I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em 
relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o 
valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. 
(ex-Súmula n.º 128 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.03, que 
incorporou a OJ nº 139 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998). 
 
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para 
recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. 
Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação da 
garantia do juízo. (ex-OJ nº 189 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000). 
 
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito 
recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que 
efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide. (ex-OJ nº 190 da SBDI-
1 - inserida em 08.11.2000).” 
 
 
 
 
 
 7 
 CCoommpprroovvaaççããoo ddoo DDeeppóóssiittoo RReeccuurrssaall:: 
 
“Súmula nº 245 do TST 
DEPÓSITO RECURSAL. PRAZO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 
e 21.11.2003 
O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. 
A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal.” 
 
 MMuullttaa ppoorr LLiittiiggâânncciiaa ddee mmáá--fféé –– RReeggrraa ddaa OOJJ nn..ºº 440099,, ddaa SSBBDDII--II,, ddoo 
TTSSTT,, iinn vveerrbbiiss:: 
 
“OJ 409. MULTA POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. RECOLHIMENTO. 
PRESSUPOSTO RECURSAL. INEXIGIBILIDADE. (nova redação em 
decorrência do CPC de 2015) - Res. 209/2016, DEJT divulgado em 01, 02 
e 03.06.2016 
O recolhimento do valor da multa imposta como sanção por litigância de má-
fé (art. 81 do CPC de 2015 – art. 18 do CPC de 1973) não é pressuposto 
objetivo para interposição dos recursos de natureza trabalhista.” 
 
 
b) Custas Processuais – tem que ser efetuado o pagamento das custas 
processuais, correspondentes a 2% (dois por cento) sobre o valor da 
condenação (Reclamado), ou sobre o valor da causa (Reclamante sem 
direito à gratuidade de justiça), nos termos do Artigo 789, da CLT, que, a 
partir de Janeiro/2011, passou a ser, obrigatoriamente, recolhida através 
de GRU – Guia de Recolhimento da União, e deve ser comprovado o 
pagamento, nos autos, dentro do prazo do Recurso. 
 
Obs.: Reclamante que possui direito à gratuidade de justiça, se for recorrer, não 
paga nada, ou seja, não tem que efetivar depósito recursal, nem pagar custas 
processuais de 2% sobre o valor da causa. 
 
 
3.2- Pressupostos Subjetivos ou Intrínsecos: 
 
 Legitimidade – Partes; Ministério Público e Terceiro Prejudicado. 
 
 Interesse Recursal – está calcado no prejuízo. 
 
 
 8 
4. Compatibilidade do Recurso Adesivo com o Processo do Trabalho: 
 
O Recurso Adesivo, embora não previsto na CLT, é compatível com o 
Processo do Trabalho, por força do Artigo 769 da CLT, conforme já pacificado 
pelo TST, através da Súmula n.º 283, in verbis: 
 
“Súmula nº 283 do TST 
RECURSO ADESIVO. PERTINÊNCIA NO PROCESSO DO 
TRABALHO. CORRELAÇÃO DE MATÉRIAS (mantida) - Res. 
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo 
de 8 (oito) dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo 
de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário que a matéria nele 
veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte 
contrária.” 
 
“O Recurso Adesivo não é recurso, mas sim forma de interposição do 
recurso previsto na lei, que é aderido ao recurso da parte contrária, quando a 
parte se conforma com a decisão que lhe foi parcialmente favorável, mas, diante 
do recurso da parte contrária, resolve a ele aderir, postulando a reforma da 
decisão da parte que lhe foi desfavorável” (SSCCHHIIAAVVII,, 22001177,, ppggss.. 11005511//11005522). 
 
NOTA: A interposição de Recurso na forma Adesiva, no Processo Trabalhista, 
deve seguir as regras do Artigo 997, §§ 1º e 2º, do CPC e da Súmula n.º 283, do 
TST, que são as seguintes: 
 
aa)) sucumbência recíproca: “Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por 
qualquer deles poderá aderir o outro” (§ 1º, do Artigo 997, da CLT); 
 
bb)) somente a decisão de mérito enseja interposição de Recurso Adesivo, pelo que, 
decisão terminativa não enseja Recurso Adesivo; 
 
cc)) a parte que pretende valer-se do Recurso Adesivo não deve ter interposto o 
Recurso Principal, no prazo recursal, ou seja, tem que ter se conformado com a 
decisão; 
 
 
 
 
 9 
dd)) tempestividade: a parte deve interpor o Recurso Adesivo no prazo que tem para 
responder o Recurso Principal, isto é, no prazo para contrarrazoar o Recurso 
interposto pela parte contrária; 
 
ee)) o Recurso Adesivo deve ser interposto com todos os requisitos exigíveis para o 
Recurso Principal; 
 
ff)) o conhecimento do Recurso Adesivo fica subordinado ao conhecimento do 
Recurso Principal interposto pela outra parte. Se o Recurso Principal for 
conhecido, o Adesivo também o será. Nesse sentido, a seguinte ementa: 
 
“DESISTÊNCIA — RECURSO ADESIVO. O pedido de desistência 
do recurso principal atinge a pretensão deduzida no recurso adesivo.” 
(TRT 3ª R.- 6ª T.- Ap. n. 242/2002.112.03.00-5 – Relª. Mônica S. 
Lopes - DJMG 13.11.03-p. 14) (RDT n.1-Janeiro de 2004) 
 
gg)) na Justiça do Trabalho, o Recurso Adesivo, somente é admissível nas hipóteses 
de interposição de: 
 
 Recurso Ordinário; 
 Recurso de Revista; 
 Recurso de Embargos ao TST; e 
 Agravo de Petição. (SSúúmmuullaa nn..ºº 228833,, ddoo TTSSTT), sempre no prazo de 08 dias 
das Contrarrazões ao Recurso Principal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10 
EEMMBBAARRGGOOSS DDEE DDEECCLLAARRAAÇÇÃÃOO:: 
 
1- Cabimento: Se a Decisão proferida for omissa, contraditória ou contiver 
manifesto equívoco quanto ao exame dos pressupostos extrínsecos recursais, 
poderá a parte interessada pleitear sua correção, aclaramento e/ou integração, 
opondo Embargos de Declaração ou Declaratórios, nos termos do Artigo 897-A, 
da CLT. 
 
2- Prazo: 05 (cinco) dias, nos termos do Artigo 897-A, da CLT. 
 
3- Preparo: Os Embargos de Declaração não estão sujeitos a Preparo, nos 
termos do Artigo 1.023, do Novo CPC.4- Efeito Interruptivo: Os Embargos Declaratórios possuem efeito interruptivo, 
interrompendo assim, o prazo para a interposição de outros recursos, por 
qualquer das partes, nos termos do § 3º, do Art. 897-A, da CLT. 
 
5- Efeito Modificativo: Os Embargos de Declaração possuem efeito 
modificativo da decisão, nos casos de omissão e contradição no julgado e 
manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso, nos termos 
do Artigo 897-A, da CLT. 
 
Obs.: EEmmbbaarrggooss ddee DDeeccllaarraaççããoo ccoomm EEffeeiittoo IInnffrriinnggeennttee é justamente aquele que 
pode ter efeito modificativo da decisão, quando nele contiver alegação de 
omissão ou contradição do julgado, ou de manifesto equívoco quanto ao exame 
dos pressupostos extrínsecos recursais. 
 
“Súmula nº 278 do TST 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO NO JULGADO 
(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
A natureza da omissão suprida pelo julgamento de embargos declaratórios 
pode ocasionar efeito modificativo no julgado.” 
 
 
 
 11 
6- Intimação da Parte Contrária: No caso de Embargos de Declaração, a outra 
parte não é intimada para se manifestar quanto aos Embargos de Declaração 
opostos pelo Embargante, salvo se os Embargos puderem ter efeito modificativo 
da Decisão, quando então a parte contrária (Embargada) deverá ser intimada, 
para se manifestar quanto aos Embargos de Declaração, conforme disposto no § 
2º, do Artigo 897-A, da CLT e orientação do STF. 
 
7- Embargos de Declaração Protelatórios: O § 2º, do Artigo 1.026, do CPC 
((aapplliiccaaççããoo ssuubbssiiddiiáárriiaa aaoo PPrroocceessssoo TTrraabbaallhhiissttaa)), determina que, no caso de 
Embargos Protelatórios, o Juiz ou Tribunal, condenará o Embargante a pagar ao 
Embargado uma multa não excedente a 2% (dois por cento) sobre o valor da 
causa, e no caso de reiteração dos Embargos Protelatórios, logicamente no 
mesmo Processo, a multa será elevada até 10% (dez por cento) do valor da 
causa, ficando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao 
depósito do valor respectivo (§ 3º, do Artigo 1.026, do Novo CPC). 
 
Ademais, o § 4º, do Artigo 1.026, do CPC, disciplina que não serão 
admitidos novos Embargos de Declaração se os 02 (dois) anteriores houverem 
sido considerados protelatórios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12 
RREECCUURRSSOO OORRDDIINNÁÁRRIIOO:: 
 
1- Cabimento: Artigo 893, Inciso II, e Artigo 895, ambos da CLT. 
 
“Art. 895. Cabe recurso ordinário para a instância superior: 
 
a) das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no 
prazo de 08 (oito) dias; 
 
b) das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, 
em processos de sua competência originária, no prazo de 08 (oito) 
dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.” 
 
“Súmula nº 158 do TST 
AÇÃO RESCISÓRIA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível 
recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização 
judiciária trabalhista (ex-Prejulgado nº 35).” 
 
“Súmula nº 201 do TST 
RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA (mantida) - 
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 
Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe 
recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do 
Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de 
contrariedade.” 
 
2- Prazo: 08 dias (Artigo 895, Inciso I e II, da CLT). 
 
“Súmula nº 30 do TST 
INTIMAÇÃO DA SENTENÇA (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 
Quando não juntada a ata ao processo em 48 horas, contadas da audiência de 
julgamento (art. 851, § 2º, da CLT), o prazo para recurso será contado da data 
em que a parte receber a intimação da sentença.” 
 
 
 13 
3- Preparo: O Recurso Ordinário exige efetivação de Preparo, que corresponde 
ao Depósito Recursal, via Guia de Depósito Judicial, do valor que for menor, 
entre o valor da condenação e da tabela abaixo, e também ao pagamento das 
Custas Processuais, através de GRU, no percentual de 2% (dois por cento) sobre 
o valor da condenação, sendo que, ambos deverão ser comprovados nos autos, 
dentro do prazo do Recurso. 
 
VALOR LIMITE DE DEPÓSITO PARA RECURSO ORDINÁRIO 
Período Recurso 
Ordinário (RO) 
Ato do TST Publicação 
A partir de 
01/08/2017 
 
R$ 9.189,00 
Ato n.º 
360/SEGJUD.GP 
DEJT 
13/07/2017 
 
 
4- Juntada de Prova Documental com a Petição Recursal: Aplicada a Regra 
da Súmula n.º 8, do TST. 
 
“Súmula nº 8 do TST 
JUNTADA DE DOCUMENTO (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 
21.11.2003 
A juntada de documentos na fase recursal só se justifica quando provado o 
justo impedimento para sua oportuna apresentação ou se referir a fato 
posterior à sentença.” 
 
5- Contrarrazões: Sempre o mesmo prazo pra recorrer, ou seja, no caso do 
Recurso Ordinário, a parte recorrida terá o prazo de 08 (oito) dias para 
apresentar suas contrarrazões (Artigo 900, da CLT). 
 
6- Efeito: Geralmente o Recurso Ordinário é recebido pelo 1º Juízo de 
Admissibilidade, com Efeito Suspensivo, pelo que, enquanto não for julgado o 
Recurso, a parte até então vencedora, não poderá requerer a instauração da 
Execução Provisória. 
 
 
 
 
 14 
RREECCUURRSSOO DDEE RREEVVIISSTTAA:: 
 
1- Histórico: O Recurso de Revista era originalmente denominado, com maior 
propriedade terminológica de Recurso Extraordinário, pois, na verdade, suas 
funções se aproximam das deste recurso, limitadas, porém, ao âmbito trabalhista. 
 
A sobrevivência de decisões díspares, para solução de casos iguais, abala a 
confiança e a credibilidade dos jurisdicionados na atuação do Poder Judiciário, e 
daí surge a necessidade de eliminar as divergências de interpretação da Lei. 
Essa é a principal função do Recurso de Revista: padronizar o entendimento 
das leis. Além dessa tarefa, cabe ao TST, por meio do julgamento dos Recursos de 
Revista, zelar pela manutenção do respeito às leis, coibindo as ofensas 
eventualmente praticadas pelos Tribunais Regionais do Trabalho. 
 
 
2- Cabimento: O Recurso de Revista deve obedecer a requisitos especiais, além 
dos pressupostos subjetivos e objetivos imperantes para todos os recursos. Assim, 
cabe Recurso de Revista contra as decisões proferidas em grau de Recurso 
Ordinário, em dissídio individual, pelos TRT’s, quando: (Artigo 896, da CLT) 
 
“Art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal 
Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso 
ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do 
Trabalho, quando: 
 
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da 
que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu 
Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal 
Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência 
uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal 
Federal; (Alínea alterada pela Lei nº 13.015/2014 - DOU 22/07/2014) 
 
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva 
de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento 
empresarial de observância obrigatória em área territorial que 
exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão 
recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea ‘a’; 
 
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou 
afronta direta e literal à Constituição Federal.” 
 
 
 15 
“Súmula nº 337 do TST 
COMPROVAÇÃO DE DIVERGÊNCIAJURISPRUDENCIAL. 
RECURSOS DE REVISTA E DE EMBARGOS (redação do item IV 
alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 
185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
 
I - Para comprovação da divergência justificadora do recurso, é necessário 
que o recorrente: 
 
a) Junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a fonte 
oficial ou o repositório autorizado em que foi publicado; e 
 
b) Transcreva, nas razões recursais, as ementas e/ou trechos dos acórdãos 
trazidos à configuração do dissídio, demonstrando o conflito de teses que 
justifique o conhecimento do recurso, ainda que os acórdãos já se encontrem 
nos autos ou venham a ser juntados com o recurso. 
 
II - A concessão de registro de publicação como repositório autorizado de 
jurisprudência do TST torna válidas todas as suas edições anteriores. 
 
III - A mera indicação da data de publicação, em fonte oficial, de aresto 
paradigma é inválida para comprovação de divergência jurisprudencial, nos 
termos do item I, “a”, desta súmula, quando a parte pretende demonstrar o 
conflito de teses mediante a transcrição de trechos que integram a 
fundamentação do acórdão divergente, uma vez que só se publicam o 
dispositivo e a ementa dos acórdãos; 
 
IV - É válida para a comprovação da divergência jurisprudencial 
justificadora do recurso a indicação de aresto extraído de repositório oficial 
na internet, desde que o recorrente: 
 
a) transcreva o trecho divergente; 
 
b) aponte o sítio de onde foi extraído; e 
 
c) decline o número do processo, o órgão prolator do acórdão e a data da 
respectiva publicação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho.” 
 
3- Prazo: 08 (oito) dias (Artigo 6º, da Lei n.º 5.584/70). 
 
 
 16 
4- Preparo: O Recurso de Revista está sujeito a Preparo conforme Tabela de 
Depósito Recursal do TST, sendo que, o valor atual da Tabela do Depósito 
Recursal, referente à interposição de Recurso de Revista é de R$ 18.378,00 
(dezoito mil, trezentos e setenta e oito reais), que é o valor limite a ser recolhido, 
a título de Depósito Recursal do Recurso de Revista, sendo somente necessário o 
recolhimento de Custas Processuais, se elas ainda não foram recolhidas, na sua 
integralidade, por ocasião da interposição de Recurso anterior, ou se houver 
alteração, do valor da condenação. 
 
VALOR LIMITE DE DEPÓSITO PARA RECURSO DE REVISTA 
Período Recurso de 
Revista (RR) 
Ato do TST Publicação 
 
A partir de 
01/08/2017 
 
R$ 18.378,00 
Ato n.º 
360/SEGJUD.GP 
DEJT 
13/07/2017 
 
 
5- Efeitos: O Recurso de Revista devolve ao TST apenas a apreciação da 
matéria de direito versada no processo. O pronunciamento dos Tribunais 
Regionais sobre a prova dos fatos versados no litígio é soberano. 
 
Obs.: Como o Recurso de Revista tem apenas Efeito Devolutivo, autoriza-se, a 
requerimento, a extração de carta de sentença, para início da execução 
provisória. 
 
6- Contrarrazões: Sempre o mesmo prazo para recorrer, ou seja, no caso do 
Recurso de Revista, a parte recorrida terá o prazo de 08 (oito) dias para 
apresentar suas contrarrazões (Artigo 900, da CLT). 
 
7- Recurso de Revista no Procedimento Sumaríssimo: § 9º, do Artigo 896, da 
CLT. 
“Art. 896 (…) 
 
§ 9º. Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente 
será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de 
jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a 
súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação 
direta da Constituição Federal.” (Parágrafo inserido pela Lei nº 
13.015/2014 - DOU 22/07/2014) 
 
 
 17 
A Súmula n.º 442, do TST, quanto ao cabimento de Recurso de Revista, 
nos autos de Processo que tramita pelo Rito Sumaríssimo, dispõe que: 
 
“Súmula nº 442 do TST 
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO. RECURSO DE REVISTA 
FUNDAMENTADO EM CONTRARIEDADE A ORIENTAÇÃO 
JURISPRUDENCIAL. INADMISSIBILIDADE. ART. 896, § 6º, DA 
CLT, ACRESCENTADO PELA LEI Nº 9.957, DE 12.01.2000 
(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 352 da SBDI-1) - Res. 
185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a admissibilidade de 
recurso de revista está limitada à demonstração de violação direta a 
dispositivo da Constituição Federal ou contrariedade a Súmula do Tribunal 
Superior do Trabalho, não se admitindo o recurso por contrariedade a 
Orientação Jurisprudencial deste Tribunal (Livro II, Título II, Capítulo III, do 
RITST), ante a ausência de previsão no art. 896, § 6º, da CLT.” 
 
8- Hipóteses de Denegação de Seguimento ao Recurso de Revista, por 
decisão monocrática do Relator do Recurso no Tribunal: § 14º, do Artigo 
896, da CLT. 
 
“Art. 896 (…) 
 
§ 14º. O relator do recurso de revista poderá denegar-lhe seguimento, 
em decisão monocrática, nas hipóteses de intempestividade, deserção, 
irregularidade de representação ou de ausência de qualquer outro 
pressuposto extrínseco ou intrínseco de admissibilidade.” (PPaarráággrraaffoo 
iinnsseerriiddoo ppeellaa LLeeii nnºº 1133..446677//22001177 –– RReeffoorrmmaa TTrraabbaallhhiissttaa) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
AAGGRRAAVVOO DDEE IINNSSTTRRUUMMEENNTTOO:: 
 
1 – Regulamentação e Cabimento: O Agravo de Instrumento, na Justiça do 
Trabalho, é regulamentado pelas Instruções Normativas n.º 6/1996 e 16/1999, 
ambas do TST, e se rege pelos Artigos 897, alínea "b", §§ 2º, 4º, 5º, 6º e 7º, e 899, 
§§ 7º e 8º, ambos da Consolidação das Leis do Trabalho e demais dispositivos do 
direito processual do trabalho e, no que omisso, pelo direito processual comum, 
desde que compatível com as normas e princípios daquele, na forma da Instrução 
Normativa n.º 6/1996 do TST. 
 
No âmbito da Justiça do Trabalho, seu cabimento está limitado aos 
despachos que denegarem a interposição de recurso (Artigo 897, alínea "b", da 
CLT). 
 
 
2- Endereçamento: O Agravo de Instrumento será dirigido à autoridade 
judiciária prolatora do despacho agravado, no prazo de oito dias de sua 
intimação. Protocolizado e autuado, irá concluso ao Juiz prolator do despacho 
agravado, para reforma ou confirmação da decisão impugnada. Mantida a 
decisão agravada, o agravado será notificado para oferecer suas razões, no 
prazo de 08 (oito) dias (art. 900 da CLT), acompanhadas da procuração e demais 
peças que entender convenientes, e quando em cópias reprográficas, com a 
devida autenticação. 
 
Será certificada nos autos principais a interposição do agravo de 
instrumento e a decisão que determina o seu processamento, ou a decisão que 
reconsidera o despacho agravado. Mantida a decisão agravada e devidamente 
processado, o agravo de instrumento será encaminhado ao Juízo competente para 
apreciar o recurso cujo seguimento foi denegado. Reformada a decisão agravada 
e processado o recurso, os autos principais serão remetidos ao Juízo competente 
para sua apreciação. 
 
 
3- Prazo: 08 (oito) dias. 
 
 
 
 19 
4- Preparo: Até Julho/2010, conforme magistério de Sergio Pinto Martins, não 
havia falar-se em depósito recursal no caso de interposição do Agravo de 
Instrumento. Ocorre que fora sancionada pelo Presidente da República a Lei 
n.º 12.275 de 29 de Julho de 2.010, que alterou dispositivos da CLT, incluindo no 
Artigo 899, da CLT, o § 7º, que possui a seguinte redação: 
 
“Artigo 899… 
 
§ 7º No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito 
recursal corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do 
depósito do recurso ao qual se pretende destrancar. (Parágrafo 
incluído pela Lei nº 12.275, de 29/06/2010, DOU Edição Extra 
29/06/2010) 
 
§ 8º Quando o agravo de instrumento tema finalidade de 
destrancar recurso de revista que se insurge contra decisão que 
contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do 
Trabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação 
jurisprudencial, não haverá obrigatoriedade de se efetuar o 
depósito referido no § 7º deste artigo. (Parágrafo inserido pela Lei 
nº 13.015/2014 - DOU 22/07/2014)” 
 
5- Documentação Obrigatória - Desnecessária a Instrumentalização do 
Agravo em Processos Eletrônicos (PJe) e em Processos Físicos, quando o 
órgão julgador for o TST: 
 
A Lei n.º 11.419/2006 permitiu a informatização de todos os processos 
judiciais, tanto na esfera civil, como na penal e trabalhista. Determinou que a 
transmissão das peças processuais e a comunicação de atos, tais como a citação, 
intimação, notificação podem ser feitas por meio eletrônico. Com base na 
referida Lei, em 2.010, o TST aprovou a Resolução Administrativa n.º 1.418. O 
artigo 1º estabelece que o Agravo de Instrumento interposto de Decisão que 
negar seguimento a Recurso para o TST deve ser processado nos autos do 
recurso denegado. Assim, o Agravo de Instrumento interposto para o TST é 
processado nos próprios autos do processo, não havendo formação de 
instrumento. 
 
 
 20 
Em 2.012, através da Resolução n.º 94, o Conselho Superior da Justiça do 
Trabalho instituiu o sistema informatizado de processo judicial, o chamado PJe, 
no qual, em caso de interposição de Agravo de Instrumento, não há a necessidade 
de Instrumentalização do Agravo, já que o Processo é Digital. 
 
A petição do Agravo de Instrumento conterá a exposição do fato e do direito, 
e as razões do pedido de reforma da decisão, devendo ser instruída, 
obrigatoriamente, com os seguintes documentos, nos termos do Artigo 897, § 5º, 
Inciso I, da CLT, in verbis: (Somente em caso de Processo ainda físico, e 
somente em caso de interposição de Agravo de Instrumento da 1ª Instância para 
o TRT) 
 
“Art. 897… 
 
§ 5º - Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a 
formação do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso 
provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a 
petição de interposição: 
 
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão 
da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos 
advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da 
contestação, da decisão originária, da comprovação do depósito 
recursal e do recolhimento das custas; 
 
II - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis 
ao deslinde da matéria de mérito controvertida.” 
 
Cumpre às partes velar pela correta formação do instrumento, não 
comportando a conversão do agravo em diligência para suprir a ausência de 
peças, ainda que essenciais, sendo que, atualmente, a autenticação pode ser 
efetivada pelo próprio Advogado, afixando carimbo de “autêntica” e rubricando. 
 
 
 
 
 
 
 21 
RREECCUURRSSOO DDEE EEMMBBAARRGGOOSS:: 
 
1- Cabimento: O Recurso de Embargos é específico da Instância Especial, ou 
seja, é um recurso cabível somente no âmbito do TST – Tribunal Superior do 
Trabalho, em 02 (duas) hipóteses, quais sejam: (Artigo 894, da CLT) 
 
“Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no 
prazo de 8 (oito) dias: 
 
I - de decisão não unânime de julgamento que: 
 
a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos 
que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do 
Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal 
Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e 
 
II - das decisões das Turmas que divergirem entre si, ou das decisões 
proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula 
ou orientação jurisprudencial do TST ou súmula vinculante do 
Supremo Tribunal Federal.” 
 
Conforme o atual § 2º do Artigo 894 da CLT, com redação dada pela Lei n.º 
13.015/2014, a divergência apta a ensejar o Recurso de Embargos ao TST deve 
ser atual, assim não sendo considerada aquela que for ultrapassada por Súmula 
do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada 
por iterativa e notória jurisprudência do TST. 
 
“Súmula nº 337 do TST 
COMPROVAÇÃO DE DIVERGÊNCIA JURISPRUDENCIAL. 
RECURSOS DE REVISTA E DE EMBARGOS (redação do item IV 
alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res. 
185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012 
 
I - Para comprovação da divergência justificadora do recurso, é necessário 
que o recorrente: 
 
 
 
 22 
a) Junte certidão ou cópia autenticada do acórdão paradigma ou cite a fonte 
oficial ou o repositório autorizado em que foi publicado; e 
 
b) Transcreva, nas razões recursais, as ementas e/ou trechos dos acórdãos 
trazidos à configuração do dissídio, demonstrando o conflito de teses que 
justifique o conhecimento do recurso, ainda que os acórdãos já se encontrem 
nos autos ou venham a ser juntados com o recurso. 
 
II - A concessão de registro de publicação como repositório autorizado de 
jurisprudência do TST torna válidas todas as suas edições anteriores. 
 
III - A mera indicação da data de publicação, em fonte oficial, de aresto 
paradigma é inválida para comprovação de divergência jurisprudencial, nos 
termos do item I, “a”, desta súmula, quando a parte pretende demonstrar o 
conflito de teses mediante a transcrição de trechos que integram a 
fundamentação do acórdão divergente, uma vez que só se publicam o 
dispositivo e a ementa dos acórdãos; 
 
IV - É válida para a comprovação da divergência jurisprudencial 
justificadora do recurso a indicação de aresto extraído de repositório oficial 
na internet, desde que o recorrente: 
 
a) transcreva o trecho divergente; 
 
b) aponte o sítio de onde foi extraído; e 
 
c) decline o número do processo, o órgão prolator do acórdão e a data da 
respectiva publicação no Diário Eletrônico da Justiça do Trabalho.” 
 
2- Modalidades de Recurso de Embargos: Há 02 (duas) Modalidades de 
Recurso de Embargos no TST, quais sejam: 
 
 Embargos Infringentes, de competência da Seção de Dissídios Coletivos, e 
 
 Embargos de Divergência, de competência da Seção de Dissídios Individuais 
(SBDI-I). 
 
 
 
 23 
3- Prazo: 08 (oito) dias (Artigo 894, da CLT). 
 
4- Preparo: O Recurso de Embargos está sujeito à Preparo conforme Tabela de 
Depósito Recursal do TST, sendo que, o valor atual da Tabela do Depósito 
Recursal referente à interposição de Recurso de Embargos é de R$ 18.378,00 
(dezoito mil, trezentos e setenta e oito reais), que é o valor limite a ser recolhido, 
a título de Depósito Recursal do Recurso de Embargos ao TST. 
 
VALOR LIMITE DE DEPÓSITO PARA RECURSO DE EMBARGOS 
Período Recurso de 
Embargos 
Ato do TST Publicação 
A partir de 
01/08/2017 
 
R$ 18.378,00 
Ato n.º 
360/SEGJUD.GP 
DEJT 
13/07/2017 
 
 
5- Efeito: O Recurso de Embargos possui apenas Efeito Devolutivo, autorizando-
se, assim, a requerimento do interessado, a extração de carta de sentença, para 
início da Execução Provisória. 
 
6- Contrarrazões: Sempre o mesmo prazo para recorrer, ou seja, no caso do 
Recurso de Embargos, a parte recorrida terá o prazo de 08 (oito) dias para 
apresentar suas Contrarrazões. 
 
7- Decisão de Negativa de Seguimento do Recurso de Embargos: Nos 
termos do § 3º do Artigo 894 da CLT, com redação dada pela Lei n.º 
13.015/2014, dispõe que o Ministro Relator deve negar seguimento ao Recurso de 
Embargos nas seguintes hipóteses: 
 
a) se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula da jurisprudência 
do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ouiterativa, 
notória e atual jurisprudência do TST, cumprindo-lhe indicá-la; 
 
b) nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação 
ou de ausência de qualquer outro pressuposto recursal extrínseco de 
admissibilidade. 
 
Proferida pelo Ministro Relator, decisão que denega seguimento ao Recurso 
de Embargos no TST, é cabível Agravo, no prazo de 08 (oito) dias (Art. 894, § 4º, 
da CLT, com redação determinada pela Lei n.º 13.015/2014). 
 
 
 24 
PROCESSO DE EXECUÇÃO: 
 
 
EEMMBBAARRGGOOSS ÀÀ EEXXEECCUUÇÇÃÃOO:: 
 
1- Cabimento: O Devedor/Executado poderá opor-se à Execução por meio de 
Embargos, que serão processados nos próprios autos da Execução. Os Embargos 
constituem ação incidental à Execução (Artigo 884, da CLT). 
 
“Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o 
executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual 
prazo ao exeqüente para impugnação.” 
 
Obs.: Somente tem legitimidade para opor Embargos à Execução o Devedor que 
teve bens penhorados. Contudo, sendo mais de um Devedor, o que não teve bens 
penhorados pode apresentar Embargos à Execução em conjunto com o que teve 
bens penhorados, salvo se houver divergência entre as suas defesas. 
 
2- Restrição quanto à Matéria de Embargos à Execução: O Artigo 884, § 
1º, da CLT, estabelece que nos Embargos a matéria de defesa será restrita às 
alegações de cumprimento da decisão ou acordo, quitação e prescrição da 
dívida. Essas são, a princípio, as matérias que o Executado poderá alegar nos 
Embargos à Execução fundada em título judicial. Contudo, a própria CLT 
permite que nos Embargos o Executado impugne a Sentença de Liquidação e, ao 
se referir a Embargos à Penhora, admite que a penhora tenha sua regularidade 
questionada nos Embargos (Artigo 884, § 3º, da CLT). 
 
Obs.: É nos Embargos à Penhora que o Executado poderá atacar a avaliação do 
bem penhorado. O valor da avaliação é de suma importância, vez que serve de 
parâmetro para a sua alienação judicial ou transferência ao credor. Embora a 
CLT e o CPC não façam referência à possibilidade de impugnação do valor da 
avaliação, constitui ela mera decorrência do contraditório e da ampla defesa, 
assegurados constitucionalmente. 
 
 
 
 25 
3- Prazo: 05 (cinco) dias (Artigo 884, da CLT). 
 
Obs.: A Fazenda Pública tem prazo de 30 (trinta) dias para opor Embargos à 
Execução, uma vez que, a Medida Provisória n.º 2.180-35/2001 acrescentou ao 
Artigo 1º da Lei n.º 9.494/1997 o Artigo 1º-B, prevendo que: “O prazo a que se 
refere o caput dos arts. 730 do Código de Processo Civil, e 884 da Consolidação 
das Leis do Trabalho, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 5.452/1943, passa a ser de 
30 (trinta) dias”. 
 
4- Contagem do Prazo para oposição de Embargos à Execução: Conta-se o 
prazo para Embargos à Execução: 
 
a) do depósito da quantia executada, para a garantia da Execução; 
 
b) da assinatura do termo de nomeação de bens à penhora; 
 
c) da intimação da penhora realizada por Oficial de Justiça. 
 
5- Impugnação aos Embargos à Execução: Uma vez opostos Embargos à 
Execução, pelo Executado, o Exequente será intimado para no prazo de 05 dias, 
querendo, apresentar Impugnação aos Embargos à Execução. 
 
6- Condição à oposição de Embargos à Execução: A oposição de Embargos 
à Execução tem como pressuposto a prévia garantia do juízo (Artigo 884, da 
CLT). A Execução estará garantida quando forem penhorados bens cujo valor 
seja suficiente para a satisfação do crédito total objeto da Execução (Artigo 883 
da CLT). Sendo verificado que os bens penhorados não alcançam valor suficiente 
para a satisfação do crédito, deve o Juiz, por medida de economia processual, 
ordenar o reforço da penhora. Após serem penhorados outros bens, os Embargos 
ofertados pelo Executado deverão ser conhecidos, cumprindo que seja intimado o 
devedor para, querendo, complementá-los, mas apenas quanto à eventual 
alegação em relação à legitimidade ou validade do reforço de penhora. 
 
 
 
 
 26 
NOTA: Como o Artigo 884 da CLT condiciona a oposição de Embargos à 
Execução à prévia segurança do juízo, a Doutrina e a Jurisprudência têm 
admitido que o devedor se insurja contra a execução sem a oposição de 
Embargos e, com isto, sem a prévia segurança do juízo, por meio do incidente 
denominado EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE, que é justamente a 
defesa do Executado, em face da Execução, sem ter que previamente garantir o 
Juízo. De acordo com a Doutrina e a Jurisprudência predominantes, a 
Exceção de Pré-Executividade somente é admitida quando verse sobre questão 
de ordem pública (pressuposto material) e sua solução dispense dilação 
probatória (pressuposto formal). É neste sentido a Súmula n.º 393 do STJ: “A 
exceção de pré-executividade é admissível na execução fiscal relativamente às 
matérias conhecíveis de ofício que não demandem dilação probatória”. 
 
Portanto, se o Executado não tem condições de garantir o valor total da 
execução, para poder opor Embargos à Execução, poderá oferecer Exceção de 
Pré-Executividade, que independe de garantia do juízo, mas nesse tipo de 
“incidente”, em fase de execução, somente poderá alegar questões de ordem 
pública, como Impedimento do Juiz; Incompetência Absoluta; Prescrição; 
Decadência; ou Inexequibilidade do Título. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27 
AAGGRRAAVVOO DDEE PPEETTIIÇÇÃÃOO:: 
 
1- Cabimento: O Agravo de Petição é um Recurso específico da fase de 
Execução Trabalhista, devendo ser interposto em face das decisões que julgam os 
Embargos à Execução, ou Impugnação do Exequente, ou Exceção de Pré-
Executividade ou até Embargos de Terceiro (Artigo 897, Alínea “a”, da CLT). 
 
“Art. 897 - Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: 
 
a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções;” 
 
2- Pressupostos Específicos: O Agravo de Petição só será recebido e conhecido 
se o Agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, 
nos termos do § 1º, do Artigo 897, da CLT. 
 
O Agravante deverá fazer uma minuciosa e detalhada explicação do seu 
inconformismo, apontando o que está sendo impugnado e o motivo da sua 
insatisfação. Deve ainda justificar, cercando-se de fortes argumentos capazes de 
demonstrar a veracidade do que está alegando. 
 
A Jurisprudência também não tem admitido a indicação genérica das 
matérias e valores impugnados, conforme se constata na Ementa a seguir: 
 
“AGRAVO DE PETIÇÃO. ADMISSIBILIDADE. PRESSUPOSTOS. A 
admissibilidade dos recursos está subordinada ao preenchimento de certos 
requisitos de ordem objetiva e subjetiva comuns a todos. O recebimento do 
agravo de petição, além de pressupor todos eles, ainda se subordina aos 
pressupostos objetivos próprios e específicos determinados pelo art. 897, 
parágrafo 1º da CLT, ou seja, a delimitação da matéria e dos valores 
impugnados.” (TRT 12ª Região – 2ª. T – AP 4993/2003.018.12.00-2 – Ac. 
N. 1299/06 – Relatora: Marta Fabre – DJSC 2.2.06 –p.165). 
 
3- Prazo: 08 (oito) dias (Artigo 897, Alínea “a”, da CLT). 
 
 
 
 28 
4- Preparo: Estando o juízo garantido, a parte não precisará realizar o Depósito 
Recursal para interpor Agravo de Petição, salvo se houver elevação no valor do 
débito e reste diferença pendente de garantia, quando então o valor do Depósito 
Recursal do Agravo de Petição será apenas o valor pendente de garantia. 
 
Na prática, como o Agravo de Petição, na maioria dos casos, é interposto em 
face de Decisão de julgamento de Embargos à Execução, por ocasião da 
oposição dos Embargos à Execução, o Embargante teve que cumprir a garantia 
do juízo, quanto aovalor total da execução, para que fosse processado e julgado 
os Embargos à Execução, pelo que, no momento da interposição do Agravo de 
Petição, em face da Decisão que julgou os Embargos, o valor da execução já se 
encontra totalmente garantido, não havendo, assim, necessidade de efetivação de 
Depósito Recursal, quanto à interposição do Agravo de Petição. O Inciso II da 
Súmula n.º 128, do TST, deixa clara essa regra, senão vejamos a sua transcrição: 
 
“Súmula nº 128 do TST 
DEPÓSITO RECURSAL (incorporadas as Orientações Jurisprudenciais 
nºs 139, 189 e 190 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005 
 
I - É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em 
relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o 
valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer 
recurso. (ex -Súmula nº 128 - alterada pela Res. 121/2003, DJ 21.11.03, que 
incorporou a OJ nº 139 da SBDI-1 - inserida em 27.11.1998) 
 
II - Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para 
recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5º da CF/1988. 
Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação 
da garantia do juízo. (ex-OJ nº 189 da SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
 
III - Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito 
recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresa que 
efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide.” (ex-OJ nº 190 da 
SBDI-1 - inserida em 08.11.2000) 
 
 
 
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5- Efeito: O Agravo de Petição possui apenas Efeito Devolutivo, quanto à 
matéria e valores delimitados na Minuta do Agravo, sendo permitida a Execução 
imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de 
sentença, nos termos da parte final do § 1º, do Artigo 897, da CLT, ou seja, 
quanto aos valores não discutidos no Agravo de Petição, que são chamados de 
incontroversos, a Execução Definitiva prosseguirá, até o final, com o pagamento 
do credor/exequente. 
 
Assim, quanto à parte incontroversa da Execução, esta é Definitiva. A 
devolutividade do Agravo de Petição é restrita aos valores e matérias 
impugnados pelo Agravante. 
 
6- Contraminuta de Agravo de Petição: Sempre o mesmo prazo para agravar, 
ou seja, no caso do Agravo de Petição, a parte agravada terá o prazo de 08 (oito) 
dias para apresentar sua Contraminuta de Agravo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
 
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho. 
16ª ed. São Paulo: Saraiva, 2018. 
 
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito Processual do Trabalho. 39ª ed. São Paulo: 
Saraiva, 2017. 
 
SCHIAVI, Mauro. Manual de Direito Processual do Trabalho – De Acordo 
com o Novo CPC. 12ª Ed. São Paulo: LTR, 2017. 
 
MARTINS FILHO, Ives Gandra da Silva. Manual Esquemático de Direito e 
Processo do Trabalho. 23ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2016. 
 
KLIPPEL, Bruno. Direito Sumular - TST Esquematizado. Coordenador Pedro 
Lenza. 6ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2016.

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