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Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Mecânica dos Solos e Fundações Universidade Paulista 1 – Introdução Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 17 2 – Classificação das Rochas Rochas ígneas ou magmáticas Rochas sedimentares Rochas metamórficas São rochas formadas pela solidificação de material rochoso fundido (magma vulcânico). São rochas formadas pela transformação de rochas sólidas pré- existentes sob a influência de altas pressões e temperaturas (diagênese). São rochas formadas como produtos do soterramento de camadas de sedimentos, sejam elas depositadas em terra ou no mar. Prof. M.e Thiago Lopes dos SantosProf. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 ROCHA Corpo Sólido Natural, resultante de um processo geológico determinado, formado por agregados de um ou mais minerais, arranjados segundo as condições de temperatura e pressão existentes durante sua formação. 2.1 – Rochas ígneas Rochas ígneas intrusivas ou Plutônicas São formadas no interior da crosta terrestre. Cristais grandes crescem enquanto o magma resfria, produzindo rochas de granulação grossa; Exemplos: granito, gabro Rochas ígneas extrusivas ou Vulcânicas São formadas pelo resfriamento do magma vulcânica que chega à superfície terrestre; Possuem texturas vítreas ou de granulometria fina; Exemplos: basalto, riolito Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 17 2.1 – Rochas ígneas Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 15 2.1 – Rochas ígneas Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 18 Rochas sedimentares clásticas ou detríticas Formadas a partir de fragmentos (sedimentos) de rochas preexistentes através de consolidação por pressão de sobrecarga e/ou por cimentação. Exemplos: arenito, siltito Rochas sedimentares químicas ou bioquímicas Formadas a partir da combinação e precipitação de íons dissolvidos na água. Exemplo: calcário 2.2– Rochas sedimentares Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 20 2.2– Rochas sedimentares Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 21 Formação de arenito, situada em Coconino County, Arizona, EUA. 2.2– Rochas sedimentares Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 22 2.3 – Rochas metamórficas São provenientes de transformações sofridas por rochas ígneas, sedimentares; ou mesmo metamórficas; Para que essas transformações ocorram são necessárias condições de altas pressões e temperaturas, altas pressões, ou altas temperaturas; Exemplos: Mármore, gnaisse, ardósia, filito, xistos... Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 23 2.3 – Rochas metamórficas Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 24 2.3 – Rochas metamórficas Pedra Sabão Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 24 Filito Ciclo das rochas Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 26 3 – Aplicação das Rochas As áreas de atuação são classificadas como: Atividades de superfície (<100m): fundações, barragens, estradas e minas à céu aberto. Atividades em profundidade (>100m): minas subterrâneas, túneis, cavernas hidrelétricas, aproveitamento de energia geotérmica. Atividades especiais: engenharia do petróleo, engenharia geotécnica, armazenamentos em cavernas(petróleo, água, resíduos radioativos, etc.). Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 27 3 – Aplicação das Rochas Fundações: são um excelente material de fundação, mas podem ser fraturados e alterados. É necessário estabelecer a competência da rocha em relação a sua capacidade de suportar a carga para níveis toleráveis de deformação. Taludes: a mecânica das rochas pode identificar o risco de ruptura do talude rochoso, seja por tombamento, flexão, em cunha ou em plano; Cavernas: o projeto de construção de grandes cavernas é influenciado pela presença e distribuição das fraturas do maciço rochoso; Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 27 3 – Aplicação das Rochas Mineração: a mecânica das rochas influi sobre os métodos de mineração, com a finalidade de se obter uma maior extração de minério, utilizando-se um mínimo de suporte artificial das galerias; Túneis: a estabilidade de túneis e poços depende da estrutura da rocha, estado de tensões, regime de fluxo subterrâneo e técnica de construção; Armazenamento de rejeitos radioativos: o isolamento dos materiais radioativos em relação à biosfera requer o estudo das fraturas do maciço, capacidade de absorção das superfícies das fraturas, tensões in situ, condições de fluxo, temperatura e tempo. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 27 4 – Intemperismo É todo processo que causa a desagregação das rochas, conduzindo à desagregação dos grãos minerais antes coesos, e transformando-a em material descontínuo e friável, sem modificações na sua estrutura cristalina. Essa desagregação altera o estado da rocha e do solo Variação da temperatura; Cristalização de sais; Congelamento da água; Agentes físicos-biológicos Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 28 4.1 – Intemperismo físico A desagregação Quando física – pode ser causada pela variação da temperatura (dilatação térmica e contração das rochas), cristalização de sais, congelamento da água, etc.; Quando fisicobiológica – pode ser causada pela ação dos seres vivos, como o crescimento de raízes, escavação de animais, etc.; . Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 29 4.2 – Intemperismo químico A desagregação Quando químico – é consequência da relação química entre a rocha e as várias soluções aquosas, modificando os minerais. Quando quimicobiológica – é consequência da razão da atividade de seres vivos como bactérias do solo ou ação de ácidos vegetais. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 29 4.3 – Fatores que influenciam a formação do solo Clima: ação da água da chuva e da temperatura; Rocha de origem: Influencia na circulação interna da água e na composição mineralógica do solo; Organismos vegetais e animais: modificam as características físicas e químicas das rochas e dos solos; Relevo: interfere na dinâmica da água, no microclima e nos processos de erosão e sedimentação; Tempo: transcorrido sob ação dos demais fatores. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 31 4.3 – Fatores que influenciam a formação do solo Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 32 4.3 – Fatores que influenciam a formação do solo Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 33 4.3 – Fatores que influenciam a formação do solo Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 34 5 – Formação dos solos A formação do solo ocorre devido à decomposição das rochas, que por sua vez é consequência dos processos de intemperismo; O solo é formado por uma mistura de partículas pequenas, e o tipo de solo formado depende da composição química e dos minerais que constituíam a rocha de origem; As partículas resultantes da desagregação de rochas dependem da composição da rocha matriz; Algumas partículas maiores, dentre os pedregulhos, são constituídas frequentemente desagregações de minerais distintos. É mais comum, entretanto, que as partículas sejam constituídas de um único mineral. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 6 – Constituição mineralógica O quartzo, presente na maioria das rochas, é bastante resistente à desagregação, e irá formar grãos de silte e areia Sua composição química é simples e as partículas são equidimensionais, como cubos ou esferas. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 6 – Constituição mineralógica Os feldspatos, gipsita, calcinita e mica são os minerais mais atacados pela natureza. Estes darão origem aos argilominerais, fração mais fina dos solos, geralmente com dimensão inferior a 2 mm. Não só o reduzido tamanho mas, principalmente, a constituição mineralógica faz com que estas partículas tenham um comportamento extremamente diferenciado em relação ao dos grãos de silte e areia. Prof. M.e Thiago Lopes dosSantos 13 7 – Tipos de Solo O tipo de solo resultante depende de uma série de fatores, tais como: - Tipo de rocha matriz; - Clima; - Topografia; - Condições de drenagem; - Processos orgânicos; Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 7 – Tipos de Solo Na classificação genética, os solos são divididos em três grandes grupos: Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 Solos Orgânicos São solos que permanecem no local de decomposição da rocha. São aqueles que foram levados ao seu local atual por algum agente de transporte. Solos Residuais Solos Sedimentares Formados pela mistura do solo por sedimentos orgânicos preexistentes. 7 – Tipos de solo 7.1 – Solos residuais ou de alteração da rocha São solos de decomposição da rocha que permaneceram no próprio local de formação; Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 7 – Tipos de solo 7.2 – Solos sedimentares ou transportados São solos que foram formados em outro local, diferente daquele em que se originou. Podem ser divididos em: - Solos aluvionares: Se formam graças ao transporte de sedimentos por meio de grandes volumes de água. Exemplos: terraços fluviais, bancos de areia ao longo de rios e baixadas litorâneas. - Solos glaciais: Semelhantes aos Aluvionares, Possui sua formação de solos bastantes heterogêneos com granulometria fina e grossa. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 7 – Tipos de solo 7.2 – Solos sedimentares ou transportados São solos que foram formados em outro local, diferente daquele em que se originou. Podem ser divididos em: - Solos coluvionares: Quando o solo residual é transportado por ação da gravidade, como nos escorregamentos, a distâncias relativamente pequenas. São geralmente encontrados nos pés de encostas naturais e podem ser constituídas por solos misturados com blocos de rochas. - Solos eólicos: São solos granulares (geralmente areia fina e média) transportados pelos ventos. Exemplo: Dunas. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 7 – Tipos de solo 7.2 – Solos sedimentares ou transportados Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 7 – Tipos de solo 7.2 – Solos sedimentares ou transportados Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 7 – Tipos de solo 7.2 – Solos sedimentares ou transportados Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 7 – Tipos de solo 7.2 – Solos sedimentares ou transportados Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 7 – Tipos de solo 7.3 – Solos orgânicos São solos altamente ricos em matéria orgânica, normalmente impregnado por húmus produzidos pela decomposição de matéria orgânica; A ocorrência desse tipo de solo se dá em locais característicos, tais como áreas adjacentes aos rios e baixadas litorâneas. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 7 – Tipos de solo 7.3 – Solos orgânicos Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 7 – Tipos de solo 7.3 – Solos orgânicos Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 8 – Solos Lateríticos Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 8 – Solos Lateríticos A identificação dos solos lateríticos é de particular interesse para o Brasil, já que são típicos da evolução de solos em climas quentes, com regime de chuvas moderadas a intensas. Os solos lateríticos apresentam-se na natureza, geralmente: - Não-saturados; - De coloração avermelhada (devido elevada concentração de ferro e alumínio); - Com índice de vazios elevado Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 8 – Solos Lateríticos Quando compactados, entretanto, sua capacidade de suporte é elevada, sendo por isto muito empregado em pavimentação e em aterros. Depois de compactado, um solo laterítico apresenta contração se o teor de umidade diminuir, mas não apresenta expansão na presença de água. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 9 – Horizontes do solo A movimentação horizontal e vertical dos materiais constituintes de um solo criam camadas distintas, paralelas a superfície e conhecidas como Perfil de Solo. Essas camadas são denominadas de horizontes do solo. Um perfil de solo (completo) é constituído pelos horizontes: O, A, B e C. Alguns autores reconhecem um horizonte E, logo abaixo do A, designado de horizonte de lixiviação (lixiviado de componentes e R como sendo o horizonte final a Rocha. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 9 – Horizontes de solo Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 9 – Horizontes de solo Horizonte O – Essencialmente orgânico Horizonte A – Solo transportado ou solo intemperizado/laterítico, além do componente orgânico, componentes minerais. Horizonte E – Solo residual ou saprolítico Horizonte B – Solo residual jovem, preserva as características da rocha; Horizonte C – Rocha desintegrada Horizonte R ou D - Rocha Mãe Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 9 – Horizontes de solo Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 10 – Partículas do solo Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 Primeira característica que diferencia os solos é o tamanho das partículas que os compõem. Numa primeira aproximação, pode-se identificar que alguns solos possuem grãos perceptíveis a olho nu, como os grãos de pedregulho ou a areia. 10 – Partículas do solo Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 E que outros têm os grãos tão finos que, quando molhado, se transformam numa pasta (barro), não podendo se visualizar as partículas individualmente. 10 – Partículas do solo Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 Em resumo: Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Mecânica dos Solos e Fundações Universidade Paulista
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