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AUXÍLIO-DOENÇA AUXÍLIO-DOENÇA Trabalho Acadêmico apresentado ao Curso de Direito da Universidade Paulista, como requisito avaliativo a disciplina de Direito Previdenciário. SÃO PAULO 2016 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 1. Auxílio-doença ................................................................................................... 5 1.1. Auxílio-doença x aposentadoria por invalidez ................................................... 6 1.2. Período de carência e data de início do benefício ........................................... 7-8 1.3. Cessação do benefício ...................................................................................... 8 CONCLUSÃO ............................................................................................................ 9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 10 4 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem por finalidade apresentar detalhadamente os dispostos gerais do auxílio-doença, um dos benefícios previdenciários previsto na lei 8.213/91, bem como sua finalidade, início, cessação e etc. 5 Benefício previdenciário Auxílio-doença De acordo com a LEI 8.213/91 em seus artigos 59 até 63, o auxílio- doença é um benefício previdenciário concedido ao segurado, quando o mesmo fica incapacitado para o trabalho ou para o exercício de suas atividades habituais por mais de 15 dias consecutivos. Esse benefício previdenciário ao qual citamos, é um pagamento substitutivo do salário do rendimento do trabalhador ou de sua contribuição. Vale ressaltar, que este auxílio só será devido se a incapacidade for superior a 15 dias. Ou seja, se a incapacidade do segurado é por período inferior ou igual, não há direito ao mesmo. Pois os legisladores acreditam que o tempo inferior a este não compromete a subsistência do segurado, sendo assim, não seria caso de proteção previdenciária. Este auxílio-doença também não será devido ao segurado que se filiar ao Regime de Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa para benefício, salvo quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão. A incapacidade do segurado é verificada pelo INSS, essa verificação é feita por perícia médica disponibilizada pelo mesmo. Também há a possibilidade de realização de exames, e laudos feitos por médicos da entidade dos sindicatos, empresas ou entidades de aposentados devidamente legalizadas, que sejam conveniados ao INSS. O segurado amparado pelo auxílio-doença deverá submeter-se às perícias médicas obrigatoriamente, a processo de reabilitação profissional prescrito pelo INSS, a falta do mesmo causa pena de suspensão do benefício. O segurado que exercer mais de uma atividade abrangida pela previdência social, terá seu auxílio-doença devido mesmo no caso de incapacidade apenas para o exercício de uma delas, devendo a perícia médica ser conhecedor de todas as atividades que ele estiver exercendo. Se o segurado exerce mais de uma atividade abrangida pela Previdência Social e a incapacidade laborativa por mais de 15 dias é apenas para uma delas, o benefício de auxílio doença será concedido e calculado 6 somente em relação a essa atividade. Nessa hipótese, o auxílio-doença será concedido em relação à atividade para qual o segurado estiver incapacitado. Quando o segurado que exerce mais de uma atividade se incapacitar definitivamente para uma delas, deverá o auxílio-doença ser mantido indefinidamente, não cabendo sua transformação em aposentadoria por invalidez, enquanto essa incapacidade não se estender as demais atividades. É o que chamamos de incapacidade definitiva, mas não substancial. É definitiva a incapacidade porque não tem previsão de recuperação. Não é substancial, porque não incapacita para o exercício de toda e qualquer atividade que lhe garanta a subsistência. Diante dessa incapacidade definitiva para umas atividades e pela capacidade para outras, o auxílio- doença será mantido em relação à atividade para qual o segurado esta incapacitado. 1.1 AUXÍLIO-DOENÇA X APOSENTADORIA POR INVALIDEZ Há muitas dúvidas existentes sobre este benefício e a aposentadoria por invalidez, mas a grande diferença esta na natureza temporária da incapacidade protegida pelo auxílio doença. Na aposentadoria por invalidez, tem-se a incapacidade para qualquer tipo de atividade que garanta a subsistência do segurado, já no auxílio- doença, a incapacidade é para o trabalho e para a atividade que o segurado habitualmente desenvolvia. Da mesma forma podemos citar que na aposentadoria por invalidez, a incapacidade laboral é permanente, sem previsão de recuperação, no auxílio-doença, essa incapacidade é temporária, fica subtendido assim, que o segurado tem perspectiva de recuperação. 7 1.2 PERÍODO DE CARÊNCIA E DATA DE INÍCIO DE BENEFÍCIO O artigo 25, inciso I da LEI 8.213/91 exige o cumprimento do período de carência de 12 contribuições mensais pra que o auxílio-doença seja concedido. Mas vale ressaltar que se a incapacidade temporária para o trabalho do mesmo for decorrente de acidente, ou doença relacionada ao trabalho, o segurado especial não precisa demonstrar carência, basta comprovar que trabalhou nessas condições. O benefício é pago pelo INSS a todos os segurados que preencherem os requisitos da prestação. A prestação é calculada pela alíquota de 91%, incidente sobre seu salário de benefício. E esse valor não pode ser inferior ao salário-mínimo, nem superior ao limite-teto do salário de contribuição. A data de início do benefício é baseada na LEI 8.213/1191 em seu artigo 60, nos incisos dispostos a seguir: I – a contar do 16°dia do afastamento para o segurado empregado, exceto o doméstico, se requerido dentro de 30 dias, contados da data do afastamento. II – a contar da data do início da incapacidade, para os demais segurados, se requererem o benefício dentro de 30 dias, contados da data do afastamento. III – a contar da data da entrada do requerimento, quando requerido após 30 dias da data do afastamento. (LEI 8.213/ 1991) Como se observa, o segurado empregado tem seus 15 primeiros dias a cargo empregador, e o mesmo será responsável de pagar seu salário, conhecido também como salário-de-contribuição. Cabe a empresa, que tiver serviço médio próprio ou convênio, o exame médico e o abono de faltas correspondentes aos 15 primeiros dias. Quando a incapacidade passar dos 15 dias (como o explicado anteriormente) o segurado ficará sobre responsabilidade do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS. Existem regras que precisam ser observadas quanto a esta modalidade de benefício, uma delas é a hipótese do empregado retornar do auxílio-doença e dentro do prazo de 60 dias (contados da data da cessação do benefício anterior) o mesmo a ficar novamente incapacitado pelo mesmo motivo. Nesse caso a empresa não será obrigada a pagar os 15 primeiros dias do novo período de ausência, o auxílio-doença será concedido nesse novo período de afastamento. Observando que o novo benefício deve ser concedido em razão da mesmadoença que justificou o 8 benefício anterior, caso contrário aplica-se a regra comum, com o pagamento dos primeiros 15 dias pela empresa. Temos outra hipótese a ser observada atentamente, que acontece quando o empregado afasta-se por menos de 15 dias, retorna ao trabalho e depois volta a ficar incapacitado pela mesma doença, dentro de período de 60 dias, contados da alta. Nesse caso o segurado não chegou a obter o auxílio- doença. A empresa será somente obrigada a complementar o período de 15 dias, sendo o benefício concedido a partir da data imediata seguinte. 1.3 CESSAÇÃO DO BENEFÍCIO O auxílio-doença cessa pela recuperação da capacidade para o trabalho, pela transformação em aposentadoria por invalidez ou auxílio-acidente de qualquer natureza, neste caso se da mesma resultar sequela que implique redução da capacidade para o trabalho que exercia com habitualidade e por fim, pela morte do segurado. Todas essas hipóteses trazem o fim do benefício, pois como citamos anteriormente, esse benefício é concedido aos que estão incapacitados temporariamente, e até que isso aconteça, o INSS procura recuperá-lo para o trabalho. Se a recuperação for total, cessa a causa da prestação, o mesmo vale para a recuperação parcial, pois a ideia do benefício é parar aqueles de incapacidade total. E caso isso não seja possível, tanto a recuperação total quanto a parcial, e sua readaptação para o serviço seja falha o benefício é convertido em aposentadoria. 9 Conclusão Por todo esse trabalho apresentado podemos compreender que esse auxílio é uma forma de o segurado continuar a receber seu pagamento enquanto melhora de uma doença ou acidente. Sua característica dominante é a incapacidade temporária para o trabalho ou atividade habitual por mais de 15 dias. Como já citado no desenvolvimento, acredita-se que o segurado irá voltar ao serviço quando estiver recuperado, por isso é auxílio-doença, caso contrário poderíamos chamar de aposentadoria por invalidez. Ressaltando que a comprovação da incapacidade é dada através de um exame médico realizado pelo INSS, e para o retorno ao trabalho é realizada perícia pelo mesmo, e feito um programa de reabilitação. Se segurado se recusar de fazer algum dos requisitos disposto pelo INSS, o benefício é cortado automaticamente. 10 Referências Bibliográficas IBRAHIM, Fabio. Curso de direito previdenciário. 9. ed. Rio de Janeiro: Impetus, 2007.p 539-549.
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