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Litíase biliar Tipos de cálculos Cólica biliar X Colelitíase Colangite aguda Colecistite aguda Coledocolitíase Tipos de Cálculos Cálculos de colesterol Cálculos pigmentares Cálculos de colesterol 75% de incidência Coloração: Amarela Causa: Bile supersaturada (litogênica) Excesso de colesterol em relação a capacidade carreadora Cálculos de colesterol Fisiopatologia Supersaturação de colesterol Aumento de concentração de colesterol em relação aos fosfolipídeos e ác biliares Sozinho, não é suficiente para causar precipitação de colesterol Aceleração de nucleação Formação de cristais de mono-hidrato de colesterol Inicia: Condensação e Agregação de cristais de colesterol em partículas maiores Hipomotilidade/Estase da vesícula Esvaviamento incompleto da bile Esvaziamento lento: Gravidez, Jejum e Dietas restritivas Outros fatores: ↑Secreção de colesterol ← ↑Atividade de HMG-coA redutase Mutações no gene MDR3 – bomba de fosfolipídeos na membrana canalicular dos hepatócitos → Supersaturação de de colesterol Cálculos de colesterol Fisiopatologia Cálculos Pigmentares 25% de incidência Coloração: preta/marrom Cálculos pretos: Bilirrubinato de cálcio Pode haver carbonato/fosfato de cálcio Lama Biliar: Mucina + Bilirrubinato de cálcio + Cristais de colesterol Cálculos marrons: Sais de cálcio de bilirrubina não conjugada + Colesterol + Proteínas Cálculos Pigmentares Cálculos pigmentares Fisiopatologia Cálculos pretos Ambiente estéril Encontrados em vesícula Estados hemolíticos crônicos, Cirrose hepática, Sd de Gilbert e Fibrose cística ↑Desconjugação Cálculos marrons Infecção crônica: E coli, Bacteroides e Clostridium Encontrados em ductos biliares Enzimas: β-glucuronidase: ↑Bilirrubina não-conjugada Fosfolipase A: ↑Ác graxos Hidrolases de ác biliares: ↑Desconjugação Cálculos pretos: Hemólise crônica: ↑Bilirrubina conjugada → ↑Desconjugação Defeitos na acidificação da bile – favorece precipitação de sais de cálcio 8 Cálculos pigmentares Fisiopatologia Cólica Biliar x Colelitíase Cólica biliar Colelitíase Exames complementares Tratamento Cólica biliar Dor biliar que não é tipo cólica! Caracteres propedêuticos: Localização: QSD/Epigástrio Início: Abrupto Intensidade: Moderada a Intensa Irradiação: Escápula, Ombro D, Dorso e Abdome inferior Fatores acompanhantes: Náuseas e vômitos Fatores desencadeantes: Ingestão de alimentos gordurosos Causa: Obstrução transitória do ducto cístico/ducto biliar comum Distensão da vesícula → Dor visceral Evolução: Dor contínua que atinge seu pico em 1h e tende a se resolver gradativa// após 1 a 4h, quando o cálculo se desloca Colelitíase Cálculos na vesícula biliar, trato biliar ou ducto colédoco Maioria assintomática Dor biliar: Duração > 4h Exames complementares Exames laboratoriais: Hemograma (Leucócitos) Enzimas hepáticas Transaminases, Alanina de aminotransferase (ALT), Aspartato de aminotransferase (AST), GGT, Fosfatase Alcalina Bilirrubinas Enzimas pancreáticas (Amilase sérica) Exames de imagem: USG de abdome superior Tomografia computadorizada Colangiografia por RNM Colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) Radiografia simples do abdome Exames complementares Exames laboratoriais Análise Valor de Referência ALT < 45 U/L AST < 40 U/L Fosfatasealcalina < 130 U/L GGT Mulheres< 45 U/L Homens < 75 U/L Análise Valor de Referência Leucócitos 4500 a 11 000/mm³ Neutrófilos 45 a 70% Bilirrubina total < 1,00mg/dL Bilirrubina direta < 0,20mg/dL Bilirrubinaindireta < 0,80 mg/dL Amilase Sérica < 160 U/L Leucocitose muito alta: suspeitar de perfuração 14 Exames complementares ULTRASSONOGRAFIA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA USG: 1 ou + focos hiperecogênicos móveis c/ sombra acústica dentro da vesícula – mobilidade varia de acordo com a posição do paciente Pouca sensibilidade para obstrução extra-hepática Tc: Detecção/Exclusão de cálculos biliares 15 Exames complementares CPRE ColangioPancreatografia Retrógrada Endoscópica: Determina a obstrução e os cálculos biliares presentes nas vias biliares; Tem valor terapêutico também, útil na eliminação de cálculo e colocação de prótese, quando necessário Colangiografia por RNM: Investigação de Dilatações biliares 16 Exames complementares Radiografia simples de abdome Exclusão de causas agudas de dor abdominal: Obstrução intestinal, Perfuração visceral, Litíase renal, Pancreatite crônica calcificada Radiografia: Cálculos radiopacos na vesícula biliar (seta pequena) e ducto colédoco (seta grande) 17 Tratamento Cirurgia Método padrão: Colecistectomia videolaparoscópica (CVL) Indicação: Colelitíase sintomática Crianças Candidatos à cirurgia bariátrica Cálculos > 3 cm; Vesícula em porcelana; Pólipos > 1cm Americanos nativos Dismotilidade da vesícula Anemia falciforme Tratamento Colecistectomia videolaparoscópica Tratamento Terapia medicamentosa Dor biliar: AINEs/Derivados de opioides Agentes anti-espasmódicos: Escopolamina Cálculos pigmentados: apenas analgesia Cálculos de colesterol: Dissolução com Ác UrsoDesoxiCólico (AUDC) Elevada taxa de recorrência Colecistite aguda Quadro clínico e Exame físico Estratificação de gravidade Exames complementares Tratamento Colecistite aguda Sd dolorosa do QSD ↔ Febre e Leucocitose Caracterizada pela inflamação da vesícula biliar – relacionada à litíase biliar Agentes etiológicos: E coli, Enterococcus, Klebsiella, Enterobacter Diagnóstico definitivo: Sinal local + Sinal sistêmico + Achado sugestivo em exame de imagem Pelo menos 1 de cada Quadro clínico e Exame físico Quadro clínico Dor biliar: Intermitente Duração > 6 h Forte intensidade Sinais sistêmicos: Febre Leucocitose ↑PCR Exame físico Hipersensibilidade à palpação na região subcostal D com Contratura involuntária Sinal de Murphy Massa palpável – vesícula Icterícia leve Sd de Mirizzi Dilatação/Cálculos no colédoco Sd de Mirizzi: Obstrução do ducto hepático comum pela compressão de grande cálculo 23 Estratificação de gravidade Grau I (Leve): Inflamação leve, sem disfunção de órgão e condições Grau II (Moderado): 1 condição Leucocitose > 18 000/mm³ Massa palpável e dolorosa em QSD Duração > 72h Peritonite biliar, Abcesso pericolestático, Colecistite gangrenosa Grau III (Grave): Disfunção de órgão Hipotensão Redução do nível de consciência ↓Pressão parcial de O₂ Oligúria ou Creatinina > 2 mg/dL Plaquetopenia < 100 000/mm³ Exames complementares Exame Laboratorial Leucocitose discreta: 12 000 a 15 000/mm³ Hiperbilirrubinemia discreta: < 4mg/dL Aumento discreto de enzimas hepáticas: ↑Fosfatase alcalina e ↑ AST ↑Amilase sérica Exames complementares Exames de imagem USG Cintigrafia das vias biliares CPRE ou Colangiografia por RNM Espessamento da parede da vesícula ≥ 4 mm secundário ao edema Líquido pericolecístico Manifestação de cálculos no colo da vesícula Maior interface entre o fígado e a vesícula Exames complementares USG Tratamento Tratamento inicial: Internação hospitalar + Hidratação venosa + Analgesia + Jejum + ATB parenteral Ampicilina/Aminoglicosídeos – 7 a 10 dias Tratamento definitivo: Colecistectomia por vídeolaparoscopia Colangite aguda Colangite esclerosante primária Colangite piogênica recorrente Quadro clínico Exames complementares Estratificação de gravidade Tratamento Colangite aguda Sd clínica caracterizada pela tríade de Charcot: Febre + Icterícia + Dor biliar Causa: Estase + Infecção do trato biliar Agentes etiológicos: E coli, Klebsiella pneumoniae, Enterococcus e Bacteroides fragilis Duodeno: Bactérias → Sistema porta → Trato biliar Obstrução do trato biliar: Litíase vesicular com lama biliar Coledocolitíase Estenoses malignas: TU da cabeça do pâncreas e Carcinoma de vias biliares Estenoses benignas: Trauma pós-colecistectomia Procedimentos invasivos: Colangiografias Parasitas: Trichuris trichiura e Ascaris lumbricoides Diagnóstico definitivo: Exameanatomopatológico da vesícula biliar Colangite esclerosante primária Processo idiopático que afeta árvore biliar intra e extra-hepática Colestase crônica progressiva Comum recolite concomitante Inflamação e cicatrização da árvore biliar Fase avançada: Cirrose Falência hepática Colangite piogênica recorrente Colangio-hepatite ou Cálculos intra-hepáticos Agentes etiológicos: Clonorchis sinensis e Ascaris lumbricoides Secretam β- glucuronidase → Agem nos glucuronídeos das bilirrubinas hidrossolúveis → Formação de cálculos marrons → Obstrução parcial/total da árvore biliar → Episódios recorrentes de Colangite Fase avançada: Abcesso Cirrose Quadro clínico Dor biliar: Duração > 4h Irradiação: Dorso – em faixa Tríade de Charcot Pêntade de Reynolds: Colangite supurativa Febre com calafrios + Icterícia + Dor (Tríade de Charcot) Evolução para quadro séptico: Rebaixamento de consciência + Hipotensão Exames complementares Exame laboratorial Hemograma: Leucocitose com desvio à E Enzimas hepáticas ↑: Transaminases (AST e ALT), Fosfatase alcalina, GGT Bilirrubinas ↑: ↑Bilirrubina direta Enzimas pancreáticas: ↑Amilase sérica Hemocultura: orientação para Antibioticoterapia Exames complementares CPRE Estratificação de gravidade Grau III (Grave): Disfunção de órgão + 1 condição Grau II (Moderado): Ausência de disfunção de órgão + 1 condição Grau I (Leve): Apenas Colangite aguda Condições: Leucocitose > 11 000/mm³ ou Leucopenia < 4 500/mm³ Febre Idade ≥ 75 anos Bilirrubina total ≥ 5 mg/dL Hipoalbuminemia Disfunção de órgão Segundo às diretrizes de Tóquio (2012) Tratamento Controlar o quadro séptico: ATB (IV) Gram negativos: Aminoglicosídeos Enterococcus: Ampicilina + Gentamicina Ampicilina-sulbactam, Levofloxacino ou Imipem Cuidados intensivos Suporte de vasopressores quando necessário Tratamento definitivo Coledocolitíase Quadro clínico Exames complementares Exames de imagem x Risco Tratamento Coledocolitíase Cálculos no interior do ducto colédoco Primária: Formação de cálculos no próprio ducto colédoco Estase: Obstrução crônica da ampola de Vater e Dilatação do ducto colédoco Infecção secundária: Desconjugação bacteriana da bilirrubina E coli, Bacteroides e Clostridium Cálculos marrons Secundária: Migração do cálculo da vesícula até o colédoco Principais complicações: Icterícia obstrutiva Colangite Pancreatite Diagnóstico definitivo: Presença de cálculos + Diâmetro do ducto colédoco >7mm + Cólica biliar Quadro clínico Sintomas flutuantes Icterícia, Colúria e/ou Acolia (leve a moderada) Impactação temporária da ampola de Vater – devido a ação da válvula Dor biliar: Contínua Duração < 4h Hipersensibilidade Epigástrica/Hipocôndrio D/Dorso Suspeitar: Sintomas flutuantes Colecistectomia prévia + 1 fator de risco: Alteração do Hepatograma: Transaminases (ALT e AST), Fosfatase alcalina e Bilirrubinas Dilatação do colédoco > 7 mm em pré-operatório Pancreatite biliar Exames complementares Exame laboratorial Enzimas hepáticas ↑: Transaminases (AST e ALT) > 100 U/L (acentuado aumento) Fosfatase alcalina > 150 U/L (aumento moderado) Hiperbilirrubinemia: ↑Bilirrubina direta Bilirrubina total: 2 a 5 mg/dL Enzimas pancreáticas: ↑Amilase sérica Exames complementares USG Exames de imagem x Risco Alto risco: CPRE Sintomas flutuantes Colangite bacteriana aguda recorrente Médio risco: Colangiografia por RNM Histórico de: Colecistite/Colangite/Pancreatite Colédoco ≥ 5 mm (USG) + 2 condições Baixo risco: Colecistectomia + Colangiografia transoperatória Colédoco < 5 mm + 2 condições Muito baixo risco: CCT laparoscópica Condições: Hiperbilirrubinemia ↑ Fosfatase Alcalina ↑Transaminases Tratamento Tratamento conservador: CPRE → CCT laparoscópica Cálculos > 2 cm: Litotripsia antes da extração Em casos de coledocotomia, é obrigatória a colocação de dreno de Kehr Cirurgia aberta: Derivação biliodigestiva por meio de Coledocoduodenostomia/Coledocojejunostomia em “Y” de Roux Cálculos intra-hepáticos, Estenose do esfíncter de Oddi, Coledocolitíase primária e Falha do tratamento conservador Colecistiteaguda Colangiteaguda Coledocolitíase Quadro clínico Dor biliar Duração > 6h Intermitente Duração > 4h Contínua Duração < 4h Contínua Outros Sinal de Murphy Massa palpável Tríade deCharcot Sintomas flutuantes Diagnóstico Definitivo Sinal local + Sinal sistêmico + Achado sugestivo em exame de imagem Exame anatomopatológico da vesícula biliar Presença de cálculos + Diâmetro do ducto colédoco >7mm + Cólica biliar Exames complementares Hiperbilirrubinemia< 4mg/dL Parededa vesícula ≥ 4 mm Líquidopericolecístico Manifestação de cálculos no colo da vesícula ↑Interfaceentre o fígado e a vesícula Leucocitose com desvio àE Bilirrubina > 5 mg/dL 2mg/dL<Bilirrubina <5 mg/dL Diâmetrodo ducto colédoco >7mm Tratamento ATB (IV):Aminoglicosídeos Vasopressores CCT laparoscópica ATB (IV):Aminoglicosídeos/Ampicilina CCT laparoscópica CPRE CCTlaparoscópica
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