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Bens Reciprocamente Considerados

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BENS RECIPROCAMENTE CONSIDERADOS
Analisa o vínculo jurídico que existe entre o bem principal e o acessório.
1.BEM PRINCIPAL: é o bem que possui autonomia estrutural, existe sobre4 si mesmo abstrata ou concretamente.
2.BEM ACESSÓRIO: é aquele cuja existência supõe a do principal
Regra geral: O acessório segue o principal. O acessório adquire a natureza da coisa principal, O proprietário do principal é proprietário do acessório.
BENS ACESSÓRIOS:
1.FRUTOS: são utilidades que a coisa principal produz e não diminui sua substancia> São partes integrantes.
a.Naturais: são geradas pelo bem principal sem interferência do homem. . Decorre do desenvolvimento orgânico vegetal (laranja, soja) ou animal (crias de um rebanho).
b.Industriais: são resultado da atividade industrial humana. (produto manufaturados.)
c.Civis: são utilidades que a coisa produz viabilizando uma renda periódica. Juros, aluguel.
Quanto à ligação com a coisa principal:
1.Colhidos ou percebidos: são os frutos já destacados da coisa principal;
2.Pendentes: os que ainda se encontram ligados á coisa principal, não tendo sido destacados.
3.Percepiendos: os que deveriam ter sido colhidos e não foram.
4.Estantes: são os frutos já destacados, que se encontram estocados e armazenados para a venda.
5.Consumidos: os que já não existem mais.
II-PRODUTOS: são utilidades que a coisa principal produz cuja extração diminui sua substancia, pedras e metais que se extraem de minas e pedreiras
III-RENDIMENTOS: são os frutos civis.
IV-PERTENÇAS: é quando um bem é colocado a serviço do bem principal. São coisas acessórias destinadas a conservar ou facilitar o uso das coisas principais, mas estas NÃO são partes integrantes (máquina de uma fábrica, implementos agrícolas, provisões de combustíveis para lavoura, aparelhos de ar condicionado)
Características das pertenças: um vínculo, material ou ideal, mas sempre intencional estabelecido por quem faz uso da coisa e o fim em virtude do qual a põe a serviço da coisa principal; um destino não transitório da coisa principal; uma destinação de fato e concreta da pertença colocada a serviço do bem principal.
V-BENFEITORIAS: são obras feitas em coisa já existente. Obra realizada pelo homem na estrutura da coisa principal para conservá-la melhorá-la ou embelezá-la. Benfeitorias são sempre obra realizada pelo homem.
a.Necessárias: benfeitorias feitas para evitar a deterioração da coisa principal. ((telhado destruído, viga podre, janela apodrecida, infiltração na parede, substituição de sistema elétrico antigo ou defeituoso)).
b.Úteis: são obras realizadas com o objetivo de melhorar ou facilitar a utilização da coisa: grades nas janelas garagem coberta, piscina num clube, piscina numa academia.
c.Voluptuárias: são obras realizadas para mero deleite, para embelezar ou aformosear o bem principal. Não aumenta a utilidade da coisa. Estátua ou fonte no jardim, obras de jardinagem, torneira dourada.
O possuidor de boa-fé em direito a ser indenizado pelas benfeitorias necessárias e úteis, valendo-se inclusive do direito de retenção, facultando-se lhe, ainda, levantar as voluptuárias, se puder fazê-lo sem prejuízo da coisa principal. Estando de má-fé assiste-lhe apenas o direito de ser indenizado pelas benfeitorias necessárias, ( art. 1219 e 1220). 
O locatário salvo disposição expressa em contrário terá direito de ser indenizado, inclusive exercendo o direito de retenção, pelas benfeitorias necessárias, posto não autorizadas pelo locador, e pelo valor das úteis, devidamente permitidas. Quanto as voluptuárias, não serão indenizadas podendo ser levantadas pelo locatário desde que sua retirada não afete a estrutura e a substância do imóvel. Art.35 e 36 lei 8245.
As acessões diferenciam-se das benfeitorias, pois podem ser naturais como aluvião, avulsão.
Benfeitorias são obras ou despesas feitas em coisa já existente.
Acessões industriais são obras que criam coisas novas.
Nas acessões há considerável aumento da coisa principal.
Construções e plantações são acessões industriais ou artificiais.
Se a estrutura da casa é aproveitada e aberta uma porta que servirá de garagem é benfeitoria; caso seja construído um galpão grudado na casa será acessão.
BENS PÚBLICOS
Denominam-se bens públicos todos aqueles que pertencem às pessoas jurídicas de Direito Público, ou seja, União, Distrito Federal, Municípios, Autarquias e Fundações Públicas.Os Bens públicos classificam-se em federais, estaduais ou municipais, conforme a entidade política a que pertençam ou de acordo com a órbita do interesse do bem.
São bens públicos federais os que atualmente lhe pertencem e os que vierem a ser atribuídos; as terras devolutas; os lagos, rios e correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado ou sirvam de limites com outros países, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; as ilhas fluviais; as praias marítimas ; as ilhas oceânicas e costeiras; os recursos naturais da plataforma continental; o mar territorial e os terrenos de marinha e seus acrescidos; os potenciais de energia hidráulica e os recursos minerais, inclusive os do subsolo; as cavernas e sítios arqueológicos.
São bens públicos estaduais as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas as decorrentes de obras da União; as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem em seu domínio; as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
São bens municipais os que atualmente lhe pertencem e os que vierem a ser atribuídos; ruas praças e áreas dominiais.
O Código Civil de 2002 divide os bens públicos, segundo à sua destinação, em três categorias: Bens de uso comum do povo ou de Domínio Público, Bens de uso especial ou do Patrimônio Administrativo Indisponível e Bens dominicais ou do Patrimônio Disponível.
a.Os bens de uso comum do povo ou de Domínio Público são os bens que se destinam à utilização geral pela coletividade (como por exemplo, ruas e estradas).
b.Os bens de uso especial ou do Patrimônio Administrativo Indisponível são aqueles bens que se destinam à execução dos serviços administrativos e serviços públicos em geral (como por exemplo, um prédio onde esteja instalado um hospital público ou uma escola pública).
c. Os bens dominicais ou do Patrimônio Disponível são aqueles que, apesar de constituírem o patrimônio público, não possuem uma destinação pública determinada ou um fim administrativo específico (por exemplo, prédios públicos desativados).
A Afetação de um bem público ocorre quando o bem está sendo utilizado para um fim público determinado , seja diretamente pelo Estado, seja pelo uso de particulares em geral. A afetação poderá se dar de modo explícito ( mediante lei) ou de modo implícito (não determinado por lei). Os bens de uso comum e os bens de uso especial são bens afetados.
A desafetação é a mudança da forma de destinação do bem, ou seja, se deixa de utilizar o bem para que se possa dar à ele outra finalidade. Esta é feita mediante autorização legislativa, através de lei específica. A desafetação possibilita à Administração pública a alienação do bem, através de licitação, nas modalidades de Concorrência ou Leilão.
Os bens públicos se caracterizam pela sua Inalienabilidade (os bens públicos não podem ser alienados. Porém esta característica é relativa, pois nada impede a alienação de bens desafetados); PelaImprescritibilidade (os bens públicos não são passíveis de prescrição – usucapião); Pela Impenhorabilidade (os bens públicos não estão sujeitos a serem utilizados para satisfação do credor na hipótese de não – cumprimento da obrigação por parte do Poder Público); Pela não – oneração (os bens públicos não podem ser gravados com direito real de garantia em favor de terceiros). Estas características visam garantir o princípio da continuidade de prestação dos serviços públicos, pois estes atendem necessidades coletivas fundamentais.
Fonte:
FILHO, José dos Santos Carvalho.Manual de Direito Administrativo. 17. Ed. São Paulo. Lumen Juris. 2007.

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