Buscar

Embriologia Aula 1 10

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 256 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 256 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 256 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA - SDE0028 
Aula 1: INTRODUÇÃO À EMBRIOLOGIA e HISTOLOGIA 
Histologia e Embriologia 
Desenvolvimento Humano 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
O desenvolvimento humano se inicia quando um ovócito da mulher é fertilizado por um 
espermatozoide do homem. 
A partir desse acontecimento se inicia uma série eventos sucessivos que culminam com a formação 
do zigoto e finalmente um ser multicelular. 
Esses eventos são: 
 Divisão celular 
 Migração celular 
 Morte celular programada 
 Diferenciação celular 
 Crescimento e rearranjo celular 
Desenvolvimento Humano 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Fases do desenvolvimento humano 
 Período pré-natal: antes do nascimento. 
 Período pós-natal: após o nascimento. 
Período pré-natal: 
 Período embrionário – terceira à oitava 
semana de desenvolvimento. 
 Período fetal – a partir da nona semana 
de desenvolvimento. 
Histologia e Embriologia 
Histologia e Embriologia 
Desenvolvimento Humano 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
O período embrionário é o período em que 
ocorre a maioria das modificações visíveis. 
Histologia e Embriologia 
Desenvolvimento Humano 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Os nove meses da gestação podem ser divididos em 3 trimestres, sendo que o primeiro 
trimestre – período embrionário e início do fetal – abrange a fase mais crítica do 
desenvolvimento. 
• Grande parte dos abortos espontâneos. 
• Vulnerabilidade do embrião aos fatores do meio ambiente. 
• Malformações mais graves durante esse período. 
Histologia e Embriologia 
Desenvolvimento Humano 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
O conhecimento sobre o desenvolvimento normal e sobre as causas de defeitos congênitos é 
necessário para dar ao embrião e ao feto a maior chance possível de se desenvolver 
normalmente. 
Os defeitos congênitos são as causas mais comuns durante a infância. 
Histologia e Embriologia 
Desenvolvimento Humano 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
• A Embriologia é a ciência que estuda o desenvolvimento pré-natal de embriões e fetos – 
mudanças estruturais que ocorrem desde a fecundação até a formação do feto. 
 
• Teratologia – divisão da embriologia que estuda o desenvolvimento anormal – estudo dos 
defeitos do nascimento. 
 
Histologia e Embriologia 
Desenvolvimento Humano 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Importância da embriologia: 
 Ponte entre o desenvolvimento pré-natal e a obstetrícia, medicina perinatal, pediatria, 
e anatomia clínica. 
 Desenvolve conhecimentos sobre o início da vida e as modificações que ocorrem 
durante o desenvolvimento pré-natal. 
 Auxilia a compreensão das causas de variações na estrutura humana. 
 Evidencia a anatomia e explica como as relações normais e anormais se desenvolve. 
 Apoia pesquisas e aplicação de células-tronco para tratamento de doenças crônicas. 
Histologia e Embriologia 
Desenvolvimento Humano 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
• Estudos sobre o embrião e feto remontam 
ao ano de 3000 antes de Cristo, no antigo 
Egito. 
 
• Hipócrates de Cós (460-377 a. C.), pai da 
medicina, registrou em livros os primeiros 
estudos sobre o embrião. 
 
• Leonardo da Vinci (1452-1519) fez 
desenhos de úteros contendo fetos (figura 
ao lado). 
 
• Em 1775, Lazaro Spallanzani mostrou que 
eram necessários ovócito e espermatozoide 
para gerar um novo ser ou indivíduo. 
Histologia e Embriologia 
Desenvolvimento Humano 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Teoria celular e embriologia (1839): 
1. O corpo é composto por células e produtos 
celulares. 
2. O embrião se desenvolve a partir de uma 
célula – o zigoto. 
3. O zigoto passa por várias divisões celulares, 
formando então o embrião. 
Histologia e Embriologia 
Desenvolvimento Humano 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Envolvimento da genética: 
• Os Seres humanos possuem 46 cromossomos 
dispostos em 23 pares. Destes, 22 pares são 
semelhantes morfologicamente e portanto são 
chamados de autossomos. 
• O último par possui diferenças morfológicas e 
forma o par de cromossomos sexuais. 
Histologia e Embriologia 
Desenvolvimento Humano 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Padrão do número de cromossomos: 
• As espécies mantêm sempre o mesmo número de cromossomos – esse número não 
sofre alterações ao longo da vida. 
• Nos seres humanos são 46 cromossomos – 2 conjuntos (2n) – um conjunto materno 
(n) e outro conjunto paterno (n). 
• As células de um indivíduo são chamadas de somáticas por possuírem 2 conjuntos de 
cromossomos – todas são 2n. 
Histologia e Embriologia 
Desenvolvimento Humano 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Padrão do número de cromossomos: 
 
• Para manter esse número constante, as células 
germinativas (ovócito e espermatozoide) somente 
possuem metade do número, isto é, um conjunto (n). 
• Durante sua formação, as células que dão origem às 
células germinativas passam por várias divisões 
celulares em que o número de cromossomos é 
reduzido a um conjunto. O nome dessa divisão é 
meiose. 
Histologia e Embriologia 
Desenvolvimento Humano 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
• Quando o espermatozoide (n) 
fertiliza o ovócito (n) o padrão é 
reestabelecido – 2n. 
• A partir daí, outro tipo de divisão 
celular se inicia – a mitose – que será 
responsável pelo crescimento em 
número de células do embrião e do 
feto. 
 
Histologia e Embriologia 
Desenvolvimento Humano 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
1. Cromossomos e malformações 
2. Alguns erros podem ocorrer durante a divisão meiótica (meiose) podendo gerar 
malformações – 25% das malformações são de origem genética. 
 
Histologia e Embriologia 
Desenvolvimento Humano 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
1. Síndrome de Turner – ausência de um 
cromossomo sexual. 
2. Infantilismo sexual, em consequência da 
formação de ovários vestigiais, baixa estatura e 
pregas pterigonucais, que conferem às 
portadoras da doença o chamado pescoço de 
esfinge ou pescoço alado. A inteligência é, regra 
geral, normal. 
 
Histologia e Embriologia 
Desenvolvimento Humano 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Síndrome de Down – trissomia do par 21. 
Características físicas parecidas com outros portadores: dorso do nariz achatado, língua saliente, 
orelhas com pequenas dobras salientes, dedos curtos, com o quinto dedo curvado. 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
 Histologia – É o estudo dos tecidos do corpo e como se organizam para formar os órgãos. 
 Os tecidos são constituídos por células e matriz extracelular (MEC) que elas próprias 
produzem. 
 Há intensa interação entre as células e a MEC que, apesar de ser produzida pelas células, 
influenciam nestas direta e intensamente. 
 A MEC é constituída por fibras proteicas e polissacarídeos. 
 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
• As moléculas da matriz se ligam a 
receptores específicos na membrana 
celular e se conectam a moléculas no 
citoplasma das células. 
 
• As células e a matriz extracelular (MEC) 
funcionam em conjunto e respondem às 
necessidades do organismo. 
 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
A MEC tem como funções: 
• Rodeia as células dando suporte às mesmas e 
preenchendoos espaços; 
• Permite a interação e o contato entre as 
células; 
• Permite a migração de células; 
• Permite a difusão de substâncias como 
nutrientes ou outras; 
• Em muitos tecidos confere resistência à 
tensão e pressão. 
 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
As células são microscópicas: 
• O pequeno tamanho das 
células e da matriz torna o 
estudo dependente de 
microscópio. 
Células vermelhas 
do sangue (10,000 nm) 
0 75 150 225 300 
nm 
2500 
nm 
0 
750 
nm 
0 375 
E. coli (1000 nm x 3000 nm) 
Poliovírus 
(30 nm) Pox Vírus 
(200 nm x 300 nm) 
Bacteriófago T4 
(50 nm x 225 nm) 
Vírus mosaico do tabaco 
(15 nm x 300 nm) 
BACTERIÓFAGO 
MS2 (24 nm) 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Microscópio óptico ou de luz ou fotônico. 
• A imagem é formada após um feixe de luz atravessar alguma estrutura: camada 
delgada de tecido; células vivas; 
• Material sofre preparação para melhor observação – maior parte dos tecidos são 
espessos. 
 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Processo de preparo do material para microscopia: 
• Fixação – retirada do tecido do corpo (fragmentos) – química ou física. 
• Desidratação – banhos sucessivos em soluções de diferentes concentrações de etanol. 
• Clareamento – banho em xilol – torna o material transparente ou translúcido. Retira os 
lipídeos. 
• Inclusão – material é embebido em parafina – confere consistência rígida ao material. 
• Coloração – uso de corantes para marcar as estruturas celulares. Corantes basófilos e 
acidófilos. 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
• A amostra do tecido depois de fixada é colocada em parafina, formando um bloquete. Esse 
pequeno bloco de parafina com a amostra será “fatiada” no aparelho chamado de 
micrótomo. 
• O micrótomo faz cortes de tecidos muito finos o que permite a passagem da luz através da 
amostra. 
 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Depois de cortado, o material será corado – cada corante possui afinidade por estruturas 
determinadas. 
A afinidade, na maioria dos casos, é dada pelo pH do corante e das estruturas celulares: 
 
• Corantes basófilos – pH básico – coram estruturas ácidas como: ácidos nucleicos; 
glicosaminoglicanos; glicoproteínas ácidas. 
• Corantes acidófilos – pH ácido – coram estruturas básicas como: mitocôndrias, 
grânulos de secreção; proteínas citoplasmáticas e colágeno. 
 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Hematoxilina e eosina (HE): 
• Hematoxilina – azul ou 
violeta. É um corante 
basófilo. 
• Eosina – cor-de-rosa. É um 
corante acidófilo. 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Núcleos – roxos (hematoxilina) 
Citoplasma – cor-de-rosa (eosina) 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Aplicação médica: 
Diagnósticos laboratoriais são realizados a partir de procedimentos histoquímicos: 
• Reação de Perls para ferro: diagnóstico de hemocromatose. 
• Reação de PAS-amilase para glicogênio: glicogenoses. 
• Reação de Alcian blue para glicosaminoglicanos: esfingolipidoses. 
 
 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Método de visualização – Poder de resolução: 
• É a distância mínima que deve existir entre dois pontos para que consigamos visualizá-
los de forma discriminada; 
• Interfere na qualidade da imagem, no que diz respeito à claridade e à riqueza de 
detalhes; 
• O olho humano tem poder de resolução de 0,1 mm (100µm); 
• O poder de resolução dos microscópios variam conforme o tipo de microscópio. 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Microscópio óptico: 
• Foi o primeiro microscópio desenvolvido, que permitiu o conhecimento da célula a 
partir da sua visualização; 
• Também chamado de microscópio de luz, uma vez que esta é fundamental para a 
formação de uma imagem ampliada do objeto examinado; 
• Possui um conjunto de lentes que aumenta o objeto 1.000 a 1.500 vezes e permite sua 
visualização com um poder de resolução de 0,2µm. 
 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Microscopia eletrônica: 
• Diferente dos microscópios de luz, esta não é fundamental para a formação de uma 
imagem ampliada do objeto examinado, e sim um feixe de elétrons; 
• Permite a observação de subestruturas celulares e até de macromoléculas, com 
poder de resolução muito maior; 
• Podem ser de transmissão ou de varredura, de acordo com a forma que o feixe de 
elétrons incide sobre o material examinado. 
Tipos: 
• Transmissão 
• Varredura 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Transmissão: 
Um feixe de elétrons atravessa as estruturas e a imagem se forma a partir da dispersão dos elétrons; 
Possui poder de resolução de 3ƞm, o que permite a visualização de estruturas com aumento de até 
500.000 vezes, como a membrana plasmática e as organelas celulares. 
 
Histologia e Embriologia 
Histologia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Varredura: 
Neste tipo de microscópio, o feixe de elétrons não 
atravessa a estrutura, apenas incide sobre sua 
superfície e é refletido, formando uma imagem 
tridimensional de sua superfície; 
Possui poder de resolução de 10ƞm, o que permite 
a visualização da superfície das células e tecidos 
com alta fidelidade e riqueza de detalhes. 
Bibliografia 
AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 
Histologia e Embriologia 
Moore K L., Persaud T. V. N. Embriologia Clínica. 9. 
ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 
 
Moore, K. Embriologia Básica. 8. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier, 2013. 
 
Sadler, T. W. Langman: Embriologia Médica. 11. ed. 
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 
 
Junqueira, L. C.; Carneiro, J. Histologia Básica. 11. ed. 
Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan., 2008. 
 
Assuntos da próxima aula: 
1. Aparelho reprodutor masculino. 
2. Aparelho reprodutor feminino. 
3. Gametogênese masculina e 
feminina. 
 
SDE0028 – HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA 
Aula 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Aparelho reprodutor masculino e feminino 
O desenvolvimento é iniciado a partir do momento em que o ovócito (óvulo) é fertilizado pelo 
espermatozoide. A produção dos gametas ocorre nos tecidos especializados que formam os aparelhos 
reprodutores masculino e feminino. 
 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Aparelho reprodutor masculino 
Constituição: 
• Testículos; 
• Ductos genitais; 
• Glândulas 
acessórias; 
• Pênis. 
 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Aparelho reprodutor masculino 
Testículos: 
Cada testículo é envolvido por uma 
cápsula fibrosa denominada de 
túnica albugínea. Desta, partem 
septos incompletos para o interior 
do testículo formando cavidades –
Lóbulos. 
Os lóbulos são ocupados por cordões 
chamados de túbulos seminíferos. 
Estão localizados dentro da bolsaou 
escroto – temperatura menor que o 
corpo. 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Aparelho reprodutor masculino 
Túbulos seminíferos: 
São estruturas enoveladas que se iniciam em 
fundo cego e terminam em curtos tubos 
chamados de retos que comunicam-se com a 
rede testicular. 
São constituídos por uma parede chamada de 
epitélio germinativo onde irá ocorrer a 
produção dos gametas sexuais masculinos. 
 
Ducto 
deferente 
Cabeça do 
epidídimo 
Ducto 
epididimário 
Cauda do 
epidídimo 
Ductos eferentes 
Rede testicular 
Vasos retos 
Túbulos 
seminíferos 
Septo 
Lóbulo 
Túnica 
albugínea 
Cabeça do 
epidídimo 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Aparelho reprodutor masculino 
Epitélio germinativo: 
Corte histológico de testículo evidenciando túbulos seminíferos e tecido conjuntivo ao redor. 
 
Túbulos seminíferos 
Tecido conjuntivo frouxo 
com vasos, nervos e 
Células de Leydig 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Aparelho reprodutor masculino 
Túbulos seminíferos: 
As células de Leydig (intersticiais) estão 
localizadas no espaço entre os túbulos 
seminíferos. 
Essas células são estimuladas pelo hormônio 
luteinizante (LH) por volta da puberdade e passa 
a produzir: testosterona, androstenediona e 
dehidroepiandrosterona (DHEA). 
Durante a gravidez essas células são ativadas 
pelo hormônio gonadotrópico da placenta e 
produzem andrógenos responsáveis pela 
diferenciação embrionária da genitália 
masculina. 
células de Leydig 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Epitélio germinativo 
Separado do espaço intersticial por uma bainha de tecido conjuntivo e uma lâmina basal. 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Espermatogênese 
Dentro do epitélio germinativo existem duas células: 
• Células de Sertoli 
• Células da linhagem espermatogênica 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Células de Sertoli 
• São piramidais e envolvem 
parcialmente as células da 
linhagem espermatogênica. 
• Dão suporte, proteção e 
suprimento nutricional aos 
espermatozoides em 
desenvolvimento. 
• Fagocitam o excesso de citoplasma 
durante a espermiogênese. 
• Secretam continuamente um fluido 
carreador dos espermatozoides. 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Células de Sertoli 
• Produzem o hormônio 
antimülleriano – regressão dos 
ductos de Müller e indução de 
estruturas derivadas dos ductos de 
Wolf. Desenvolvimento do sexo 
masculino. 
• Formação da barreira 
hematotesticular. 
• São estimuladas pelo hormônio 
testosterona das células de Leydig. 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Epidídimo 
Enovelado de túbulos localizado sobre o 
testículo; 
 
Nele, ocorre o término da maturação dos 
espermatozoides que ficam armazenados 
até sua eliminação durante o ato sexual. 
 
 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Canais deferentes 
São dois tubos musculosos que partem dos 
epidídimos e sobem para o abdome, 
contornando a bexiga urinária. 
 
Forma o cordão espermático juntamente 
com: 
• Artéria espermática; 
• Plexo pampiniforme; 
• Nervos. 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Vasectomia 
Dissecção do cordão 
espermático, acesso ao ducto 
deferente. 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Glândulas acessórias 
• Vesículas Seminais 
• Próstata 
• Glândulas bulbouretrais 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Vesícula seminal 
Produzem secreção amarelada 
rica em: frutose, citrato, inositol, 
prostaglandina e proteínas – 
fonte de energia para os 
espermatozoides. 
Constitui 70% do volume 
seminal. 
Sua função é regulada pela 
testosterona. 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Próstata 
Sua secreção é liberada durante 
a ejaculação e sua função é 
controlada pela testosterona. 
 
Secreção leitosa e alcalina 
responsável pela ativação da 
motilidade dos espermatozoides 
e neutralização do pH das 
secreções vaginais. 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Próstata 
O antígeno específico da próstata 
(prostate spicific antigen, PSA) é 
um produto específico da próstata 
secretado no sangue e sua 
concentração aumenta na 
presença de tumores malignos. 
 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Glândulas Bulbouretrais (Cowper) 
Acredita-se que sua secreção clara 
atue como lubrificante e para a limpeza 
da uretra antes da ejaculação. 
 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Pênis 
Formado pela uretra e 3 corpos cilíndricos de 
tecido erétil: 
• Dois corpos cavernosos – corpo cavernoso 
dorsal do pênis. 
• Um corpo cavernoso da uretral ou corpo 
esponjoso – na sua extremidade distal se 
dilata e forma a glande do pênis. 
Ao longo da uretra peniana se encontram as 
glândulas de Littré – secretam muco. 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Pênis 
Ereção – Quando os corpos cavernosos se enchem 
de sangue. 
A glande é rica em terminações nervosas e sensível 
à estimulação sexual. 
 
 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Aparelho reprodutor feminino. 
Genitália externa 
 Vulva: 2 grandes lábios e 2 pequenos 
lábios. 
 Clitóris: rico em terminações nervosas 
e órgão receptor de estímulos. 
 
Órgãos reprodutores femininos internos: 
vagina, útero, tubas uterinas e ovários. 
 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Aparelho reprodutor feminino 
Esquema representativo do aparelho interno e externo 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Vagina 
Órgão de cópula feminino 
 
Entrada de espermatozoides e saída do 
bebê (parto normal). 
 
Bactérias da flora metabolizam o 
glicogênio e produzem ácido lático 
responsável pelo pH baixo da vagina – 
proteção. 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Citologia Esfoliativa 
Observação dos tipos celulares formam 
o tecido da vagina e do colo do útero. 
• Estado hormonal da paciente. 
• Observação de células cancerosas. 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Genitália externa ou Vulva. 
Composta por: 
• Clitóris; 
• Grandes lábios: 
• Pequenos lábios. 
 
Glândulas de Bartholin – são homólogas às 
glândulas bulbouretrais. Secretam muco. 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Útero 
Em forma de pera, sua parede é formada por 3 
camadas: 
• Adventícia (perimétrio) – mais externa – 
tecido conjuntivo. 
• Miométrio – composta de tecido muscular 
liso (mais espessa). Sofre hiperplasia e 
hipertrofia durante a gravidez. 
• Endométrio – Formado por um epitélio com 
lâmina própria e glândulas que se ramificam 
na região mais profunda, próximo ao 
miométrio. 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Útero 
• Corpo ou fundo do útero; 
• Colo do útero ou cérvix; 
Histologia e EmbriologiaAULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Endométrio 
Subdividido em duas camadas: 
• Camada basal – adjacente ao miométrio, possui a porção inicial das glândulas uterinas e 
tecido conjuntivo. 
• Camada funcional – formada por tecido conjuntivo, porção final e desembocadura das 
glândulas e epitélio superficial. 
 
A camada funcional prolifera durante a fase proliferativa ou estrogênica. 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Endométrio 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Endométrio 
Fases do ciclo menstrual 
Fase proliferativa: inicia-se com o crescimento rápido dos folículos ovarianos – quando passam 
para a fase de pré-antral e antral iniciam a produção de estrógenos que estimulam a proliferação 
do endométrio (passa de 0,5 mm para 3 mm de espessura). 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Endométrio 
Fases do ciclo menstrual 
Fase secretória ou lútea: se inicia após a ovocitação e resulta da ação da progesterona secretada 
pelo corpo lúteo. A progesterona continua estimulando as glândulas. Estimula o armazenamento 
de glicogênio – nutrição. As glândulas se tornam mais tortuosas. Máxima espessura (5mm). 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Endométrio 
Fases do ciclo menstrual 
Fase menstrual: se não houver implantação o corpo lúteo entra em atresia e deixa de produzir 
progesterona. Os níveis de estrógenos e progesterona diminuem provocando retração das artérias 
que nutrem a camada funcional. Ocorre isquemia e necrose dessa região 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Endométrio 
Se houver implantação do embrião no 
útero, as células trofoblásticas (embrião) 
produzem gonadotrofina coriônica que 
estimula o corpo lúteo a continuar 
produzindo progesterona. 
Reação decidual ou da decídua – os 
fibroblastos da lâmina própria acumulam 
glicogênio e passam a exibir características 
de células produtoras de proteínas. 
Fibroblastos 
A- Sincíciotrofoblasto 
B- Citotrofoblasto 
C- Hipoblasto 
D- Cavidade Aminiótica 
E- Epiblasto 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Tuba uterina ou ovidutos 
São tubos musculares de grande mobilidade. O 
infundíbulo é a sua extremidade aberta para a cavidade 
peritoneal próximo ao ovário. 
O infundíbulo possui as fímbrias (franjas) que auxiliam a 
captação do ovócito no momento da ovocitação. 
As células que revestem internamente possuem cílios 
que auxiliam o transporte do ovócito/embrião até o 
útero. 
É o local onde ocorre a fertilização do ovócito. 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Ovários 
Síntese de estrógenos e 
progesterona. 
Maturação dos ovócitos e 
ovocitação – formação dos 
folículos ovarianos (córtex 
ovariano). 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Folículos ovarianos 
• Antes puberdade: Folículos 
primordiais. 
• Puberdade: os folículos 
primordiais passam a folículos 
primários – completam a 
primeira fase da meiose. 
• Secreção de líquido folicular 
pelas células da granulosa – 
cavidade – crescimento. 
• Folículos secundários. 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Folículos ovarianos 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Ciclo menstrual 
O crescimento folicular é induzido pelo 
hormônio folículo estimulante (FSH) produzido 
pela hipófise. 
À medida que os folículos maturam, as células 
foliculares iniciam a conversão do hormônio 
androstenediona em estrógenos – também 
induzido pelo FSH. 
Histologia e Embriologia 
AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO 
Ovocitação 
Ruptura da parede do folículo maduro com a liberação 
do ovócito. 
Ocorre quando o hormônio hipofisário LH (hormônio 
luteinizante) atinge o seu pico. 
Após a ovocitação as células restantes do folículo irão se 
transformar em corpo lúteo pela ação do LH. Passarão, 
então, a secretar progesterona. 
Assuntos da próxima aula: 
1. Gametogênese masculina; 
2. Gametogênese feminina. 
SDE0028 – Histologia e Embriologia 
Aula 3: Gametogênese Masculina e Feminina 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Gametogênese 
É o processo de formação e 
desenvolvimento das células 
germinativas especializadas – os 
gametas (Moore, 2012, p.14). 
O desenvolvimento embrionário se 
inicia quando um ovócito é 
fertilizado por um espermatozoide, 
formando uma célula – ZIGOTO. 
O Zigoto possui 46 cromossomos 
(2n) dispostos em 23 pares. 
Formação de gametas masculinos 
(espermatozoides) e femininos 
(ovócitos ou oócitos). 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Gametogênese 
Formação de gametas masculinos (espermatozoides) e femininos (ovócitos ou oócitos) 
• Ocorre nas gônadas: ovários e testículos. 
• Existem dois tipos de divisão celular: Mitose e meiose. 
• A mitose é o tipo de divisão celular em que o número de cromossomos é mantido – células 
somáticas. 
• A meiose é o tipo de divisão celular em que o número de cromossomos é reduzido – células 
germinativas ou gametas. 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Divisão celular: Mitose x meiose 
A meiose envolve dois processos de 
divisão celular: 
• A primeira divisão meiótica é 
classificada como reducional, 
pois envolve a redução pela 
metade, do número de 
cromossomos. (2n → n) 
Diploide para haploide. 
• A segunda é equacional, isto é, 
mantém o número de 
cromossomos. 
MEIOSE MITOSE 
Célula em que ocorre Células da linha germinativa para formar 
gametas ou esporos 
Células somáticas 
Nº de divisões 2 1 
Nº de células-filhas 4 (haploides) 2 (haploides ou diploides) 
Relação do DNA Uma vez (na interfase que antecede o início 
do processo) 
Uma vez (na interfase que 
antecede o início do processo) 
Quantidade de 
cromossomas das células-
filhas em relação à célula-
mãe 
Metade Igual 
Quantidade de DNA das 
células-filhas em relação à 
célula-mãe (após 
replicação) 
¼ da célula-mãe Metade 
Qualidade dos 
cromossomos das células-
filhas 
Diferente informação genética 
relativamente à célula-mãe, devido ao 
fenômeno crossing-over e à separação ao 
caso dos cromossomas homólogos na 
anáfase I. 
A informação genética é 
idêntica à da célula-mãe. 
Emparelhamento de 
homólogos 
Ocorre (prófase I) Não ocorre 
Divisão do centrômetro Ocorre (anáfase II) Ocorre (anáfase) 
Diferenças na metáfase Ocorrem duas metáfases. Metáfase I: os 
cromossomas colocam-se aos pares na 
placa equatorial com os pontos de quiasma 
no centro e os centrômeros voltados para 
os polos. Metáfase II: Igual à metáfase 
Metáfase: os centrômeros 
estão na placa equatorial e os 
braços dos cromatídios estão 
voltados para os polos 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Divisão celular: Mitose x meiose 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Importância da meiose 
Possibilita a constância do número de 
cromossomos de geração a geração pela 
redução do número de diploide para 
haploide – gametas haploides. 
 
Possibilita o arranjo ao acaso dos 
cromossomos materno e paterno. 
 
Reposiciona os segmentos dos 
cromossomos através de cruzamentos dos 
segmentos cromossômicos – crossing-over. 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Gametogênese masculina: espermatogênese 
Sequência de eventos pelosquais as células germinativas primitivas se transformam em 
espermatozoides. 
 
Início na puberdade quando o organismo começa a secretar altos níveis de testosterona – intensa 
produção até a velhice. 
 
Ocorre no interior dos túbulos seminíferos. 
 
As células-tronco chamadas de espermatogônias são transformadas em espermatozoides. 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
• Espermatogônias 
• Espermatócito primário 
• Espermatócito secundário 
• Espermátides 
• Espermatozoides 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Espermatogênese. 
As espermatogônias ficam quiescentes até a puberdade quando são estimuladas a se proliferarem e 
crescerem. Dão origem aos espermatócitos primários (2n). 
Os espermatócitos primários entram na primeira divisão meiótica dando origem aos espermatócitos 
secundários (n). 
Os espermatócitos secundários entram na segunda divisão meiótica e dão origem às espermátides (n). 
Ao final, cada espermatogônia (2n) dará origem a 4 espermátides (n). 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Controle hormonal da espermatogênese. 
Ainda no embrião, já se inicia a produção de 
testosterona pelas células de Leydig e que é 
importante para o desenvolvimento dos 
caracteres sexuais primários e secundários. 
Por volta da puberdade, ocorre a maturação das 
células hipofisárias e se inicia a produção dos 
hormônios do eixo hipotálamo e da hipófise. 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Controle hormonal da espermatogênese. 
O hipotálamo inicia a produção do hormônio 
estimulante das gonodotrofinas (GnRH), que 
vai estimular a hipófise a produzir os 
hormônios LH e FSH – hormônios 
gonadotrópicos. 
 
LH – hormônio luteinizante 
Estimula as células de Leydig a produzir mais 
testosterona. 
 
FSH – hormônio folículo estimulante 
O FSH e a testosterona ativam as células de 
Sertoli que, por sua ve,z estimulam as 
espermatogônias a iniciarem a 
espermatogênese. 
LH 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Espermatogênese 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Espermiogênese 
A série de transformações que as espermátides sofrem até adquirirem formato de espermatozoides: 
A. Formação do 
acrossomo; 
B. Condensação do 
núcleo; 
C. Formação do colo, 
parte média e cauda; 
D. Eliminação da maior 
parte do citoplasma. 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Gametogênese feminina: ovocitogênese 
Processo que abrange a formação dos gametas femininos. Inicia-se ainda no período pré-natal e 
termina depois do fim da maturação sexual (puberdade). 
As células-tronco são as ovogônias que migraram do saco vitelino ainda no período embrionário e 
interrompem sua divisão celular na fase de prófase da meiose I. 
Dentro de cada folículo primordial existe um ovócito primário. 
No sétimo mês de desenvolvimento fetal, as ovogônias degeneram. A partir dessa fase não há mais 
formação de folículos. 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Ovogênese 
Células germinativas (2n) 
Meiose II (só se completa se ocorre fecundação) 
Período 
germinativo 
Período de 
crescimento 
Período de 
maturação 
Ovogônias (2n) 
2n 
Mitose 
Ovogônias (2n) 2n 2n 
Crescimento sem 
divisão celular 
Ovócito I (2n) 
Meiose I 
2n 
Ovócito II (n 
cromossomos 
duplicados) 
n 
Primeiro glóbulo polar (n cromossomos 
duplicados) n 
n n glóbulos polares (n) n n Óvulo (n) 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
• Aumento das células 
germinativas por mitose; 
• Crescimento das 
espermatogônias; 
• Redução do material 
germinativo por meiose; 
• Maturação estruturas e 
funcional. 
Fases da gametogênese masculina 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Espermatozoides 
Células móveis que nadam livremente. 
• Cabeça: contém núcleo haploide e é revestida pelo acrossomo (forma de capuz) que possui 
enzimas cuja a função é a penetração na corona radiata e zona pelúcida do ovócito. 
• Peça intermediária (da cauda): possui mitocôndrias – energia para o movimento da cauda. 
• Cauda: motilidade. 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Epidídimo 
Após sua produção no testículo são transportados passivamente 
até o epidídimo. 
Funções: 
• Armazenamento dos espermatozoides; 
• Reabsorção do fluido testicular e de espermatozoides 
“velhos”; 
• Maturação dos espermatozoides: motilidade progressiva e 
aptidão para fertilizar o ovócito. 
• Inserção de glicoproteínas na superfície celular e perda da 
gota citoplasmática. 
Gota citoplasmática distal – defeito do epidídimo 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Capacitação dos espermatozoides 
Ocorre durante a passagem dos espermatozoides pelas secreções do trato reprodutor feminino 
(muco cervical e fluido folicular). 
Desprendimento da cobertura superficial de glicoproteínas secretadas no epidídimo e de proteínas 
oriundas do líquido seminal; 
Aumenta a motilidade e ativa as proteínas que o ligam à zona pelúcida do ovócito. 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Gametogênese feminina 
Tem início no embrião quando células indiferenciadas migram do saco vitelino para as gônadas em 
desenvolvimento e se diferencial em ovogônias. 
As ovogônias se proliferam (mitose) durante a fase fetal. Antes do nascimento, algumas se 
diferenciam em ovócitos primários enquanto que as demais degeneram. 
Os ovócitos primários ficam parados na prófase I (meiose I). As células do estroma do ovário 
envolvem o ovócito primário formando o folículo primordial. 
A cada ciclo, vários folículos primordiais são recrutados pelos hormônios LH e FSH e iniciam a 
maturação. 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Meiose 
Ao contrário do aparelho reprodutor 
masculino em que uma 
espermatogônia dará origem a 4 
espermatozoides, uma ovogônia dará 
origem a um ovócito. 
O ovócito é uma célula grande – 
recebe uma grande quantidade de 
citoplasma. 
Durante a formação do ovócito serão 
formados 4 corpúsculos polares. 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Controle hormonal Hipotálamo 
Fatores liberadores de 
gonadotrofinas 
Adenohipófise 
Liberação de gonadotrofinas 
FSH 
Estimula os 
desenvolvimento dos 
folículos ovarianos 
LH 
Estimula a 
ovulação 
Puberdade 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Ciclo hormonal feminino 
Adaptada de: 
 http://www.educa.aragob.es/iescarin/depart/biogeo/varios/BiologiaCurtis/Seccion%207/
7%20-%20Capitulo%2050.htm 
No início, ocorrem pequenos pulsos de FSH 
e LH que recrutam um grupo de folículos 
primordiais – maturação. 
À medida que esses folículos maturam 
iniciam a produção de estrogênio. 
Um dos folículos matura primeiro 
provocando a atresia dos outros folículos. 
O estrogênio provoca um surto de LH e FSH 
o que causa a ovocitação. 
O LH, então, provoca a luteinização das 
células foliculares. 
Histologia e Embriologia 
AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA 
Ciclo hormonal 
Retirado de: 
http://www.ufrgs.br/espmat/disciplinas/midias_digitais_II/modulo_II/fisiologia2.htm 
Assuntos da próxima aula: 
1. Ciclo hormonal reprodutivo 
feminino. 
 
SDE0028 – Histologia e Embriologia 
Aula 4: Ciclo Hormonal Reprodutivo Feminino 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVOFEMININO 
Ciclo Hormonal Reprodutivo Feminino 
O ciclo menstrual na mulher adulta possui uma média de 28 dias, podendo variar entre 25 e 35 
dias. 
Importante ressaltar que as modificações que ocorrem no útero e que levam a descamação do 
endométrio (período menstrual) são regidas pelas alterações que ocorrem nos ovários – ciclo 
ovariano. 
• Ciclo ovariano – período entre duas ovulações sucessivas. 
• Ciclo uterino – alterações no útero que acompanham o ciclo ovariano para que haja 
implantação do embrião. 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Estrutura ovariana 
Os ovários são constituídos de: 
• Córtex – Folículos em diferentes 
estágios de desenvolvimento e células 
hilares (semelhantes a de Leydig). 
• Medula – Células estromais, células 
hilares, fibras de músculo liso, vasos e 
nervos. 
• Hilo – Onde penetram vasos e nervos. 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Ciclo Ovariano 
Compreende 3 fases: 
• Fase folicular – pré-ovulatória (9 a 23 dias). Desenvolvimento final do folículo ovariano. 
Predomínio do estrogênio. 
• Fase ovulatória – ocorre pico dos hormônios LH e FSH e ocorre a ovulação (1 a 3 dias). 
• Fase lútea – se inicia após a ovulação em que predomina a progesterona (14 dias) e termina 
com a menstruação. 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Ciclo Ovariano 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Desenvolvimento folicular 
Inicia-se na vida embrionária com a migração de células primordiais que se diferenciam em 
ovogônias. 
Entre as 6ª e 8ª semana embrionária as ovogônias entram em várias divisões mitóticas e aumentam 
em número. 
Entre as 11ª e 24ª semanas elas entram em um ciclo de divisões meióticas dando origem ovócitos 
primários cuja divisão fica interrompida na prófase I. 
Os ovócitos ficam quiescentes até a ovocitação. 
Esses ovócitos possuem um envoltório formado de células fusiformes do estroma e lâmina basal – 
Esse conjunto é dado o nome de folículo primordial. 
Ao nascimento existem em torno de 2 milhões de folículos primordiais que não mais se dividem. 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Desenvolvimento folicular 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Hormônios do ciclo 
Gonadotrofinas – hormônios produzidos pelo eixo 
hipotálamo e hipófise (SNC). 
O hipotálamo produz o hormônio estimulante da 
gonadotrofina (GnRH) que estimula a hipófise a 
produzir os hormônios gonadotrópicos: 
• LH – hormônio luteinizante. 
• FSH – hormônio folículo estimulante. 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Ações do FSH – hormônio folículo estimulante 
Estimula o crescimento dos ovários. 
Atua estimulando as células da granulosa dos folículos, induzindo: 
• Maturação dos folículos. 
• Produção de estrógenos. 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Ação do LH – hormônio luteinizante 
Atua induzindo a ovocitação – 
liberação do ovócito do folículo. 
Estimula a formação do corpo lúteo – 
produção de progesterona. 
FSH LH 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Controle da produção de LH e FSH. 
Os hormônios LH e FSH são produzidos pela 
hipófise, que está localizada no SNC. Está ligada 
ao hipotálamo. 
O hipotálamo juntamente com a hipófise forma o 
eixo de controle de várias funções corporais. 
O hipotálamo controla a produção dos hormônios 
da hipófise através dos hormônios estimulantes. 
O GnRH é o hormônio estimulante de 
gonadotropina produzido pelo hipotálamo. 
GnRH 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Crescimento folicular 
A partir da puberdade, a cada ciclo, um 
grupo de folículos primordiais começa o 
processo de crescimento folicular que é 
estimulado pelo FSH. 
O ovócito cresce em volume e número de 
organelas e as células foliculares e 
fibroblastos que o circundam também 
crescem. 
Folículo primário unilaminar – as células 
foliculares se dividem formando uma 
camada de células cuboides. 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Crescimento folicular 
As células foliculares continuam proliferando 
formando várias camadas – células da granulosa – 
folículo multilaminar. 
Zona pelúcida – camada espessa composta de 
várias glicoproteínas. 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Crescimento folicular 
As células da granulosa continuam a aumentar em 
número. Começa a ocorrer um acúmulo de líquido 
folicular entre essas células formando um espaço 
entre as células – antro folicular. 
O líquido folicular é rico em progesterona, estrogênio 
e andrógenos. 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Crescimento folicular 
As células ao redor da camada granulosa são 
influenciadas pelo LH e dão origem às células da 
TECA. 
As células da TECA interna produzem 
androstenediona que é transportada para as 
células da granulosa que possuem a enzima 
aromatase. 
A aromatase, presente nas células granulosas, 
converte a androstenediona em estrógeno. 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Crescimento folicular 
As células da granulosa formam o cúmulos oophorus – apoio para o ovócito e a corona radiata – 
envolve o ovócito. 
Essas estruturas são ovocitadas juntamente com o ovócito. 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Crescimento folicular 
Quando um dos folículos recrutados alcança o 
estágio de folículo de Graaf os outros folículos 
em crescimento entram em atresia. 
O ovócito e as células granulosas morrem e 
são fagocitadas. 
Fibroblastos invadem a área e produzem 
colágeno. 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Ovocitação 
É estimulada por um pico de LH estimulado pelos altos níveis de estrogênio circulante. 
Ocorre ruptura de parte da parede do folículo e o ovócito é liberado. 
A primeira divisão meiótica é completada pouco antes da ovocitação (primeiro corpúsculo polar), 
porém é interrompida na segunda divisão na fase de metáfase II. 
As células da granulosa e da TECA interna que permaneceram no ovário sofrem ação do LH e 
formam o corpo Lúteo. 
O corpo lúteo é considerado uma glândula endócrina temporária produtora de progesterona 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Corpo Lúteo 
Produz progesterona e estrógenos. 
Dura em média 10 a 12 dias se não houver fertilização do ovócito – atresia – corpo amarelo ou 
albicans. Sofre fagocitose. 
Se entre em atresia, os níveis de progesterona diminuem e outro ciclo com aumento de FSH 
começa. 
Se o ovócito é fertilizado as células trofoblásticas sintetizam o hormônio gonadotrofina coriônica 
humana (HCG) – mantém o corpo lúteo pelos 4 meses iniciais da gravidez. 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
O ciclo ovariano pode se resumir: 
• Crescimento do ovócito; 
 
• Desenvolvimento dos folículos (primordiais, primário, multilaminar, pré-antral e 
maduro – Graaf); 
 
• Degeneração de folículos (atresia folicular) ou ovulação – ruptura do folículo e 
liberação do ovócito; 
 
• Formação do corpo lúteo – regiões remanescentes do folículo rompido; 
 
• Degeneração de corpo lúteo (quando não ocorre a fertilização). 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Ciclo Menstrual 
Ocorre durante o período reprodutivo, a partir da puberdadeaté a menopausa. 
 
Processo cíclico decorrente da secreção alternada dos hormônios: LH, FSH, estrogênio e 
progesterona. 
 
O primeiro dia de menstruação é considerado o primeiro dia do ciclo – são consequência dos 
eventos ovarianos. 
 
Quando ocorre o recrutamento dos folículos primordiais para a maturação. 
 
Esses eventos produzem modificações estruturais cíclicas no útero. 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Ciclo Menstrual - fases 
O Endométrio está dividido em camada basal e funcional. 
• Fase proliferativa ou folicular ou estrogênica: Inicia-se com o crescimento rápido dos folículos 
ovarianos – quando passam para a fase de pré-antral e antral iniciam a produção de estrógenos 
que estimulam a proliferação do endométrio (passa de 0,5 mm para 3 mm de espessura). 
• Fase secretória ou luteal: Inicia-se após a ovocitação e resulta da ação da progesterona secretada 
pelo corpo lúteo. A progesterona continua estimulando as glândulas. Estimula o armazenamento 
de glicogênio – nutrição. As glândulas se tornam mais tortuosas. Máxima espessura (5mm). 
• Fase menstrual: Se não houver implantação o corpo lúteo, entra em atresia e deixa de produzir 
progesterona. Os níveis de estrógenos e progesterona diminuem provocando retração das artérias 
que nutrem a camada funcional. Ocorre isquemia e necrose dessa região. 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Ciclo Menstrual 
Histologia e Embriologia 
AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO 
Ciclo Hormonal Reprodutivo Feminino 
Com o fim do corpo lúteo, o suporte hormonal para o endométrio declina. As alterações vasculares 
ocorridas no endométrio resultam de inflamação ou de hipóxia e isquemia local, com consequente 
liberação de citocinas, morte celular e extravasamento de sangue para dentro da cavidade uterina 
resultando em sangramento vaginal. 
 
Acesse o site e veja maiores detalhes: 
http://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/acp-medicine/4456/menstruacao_normal_e_anormal.htm 
Assuntos da próxima aula: 
1. Fertilização; 
2. Primeira semana do 
desenvolvimento embrionário. 
SDE0028 – Histologia e Embriologia 
Aula 5: Fertilização e primeira semana de 
 desenvolvimento embrionário 
Histologia e Embriologia 
AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Histologia e Embriologia 
Fertilização e primeira semana de desenvolvimento embrionário 
A fertilização normalmente ocorre nas 
tubas uterinas. 
Se não houver fertilização, o ovócito vai 
alcançar o útero e sofrer degeneração. 
Sinais químicos secretados dos ovócitos e 
das células foliculares guiam os 
espermatozoides já capacitados para o 
ovócito. 
Esse processo leva em torno de 24 horas. 
Histologia e Embriologia 
AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Fases da fertilização 
1. Passagem dos espermatozoides através da corona radiata; 
2. Penetração na zona pelúcida; 
3. Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide; 
4. Término da segunda divisão meiótica do ovócito e formação do pronúcleo feminino; 
5. Formação do pronúcleo masculino; 
6. Fusão dos pronúcleos e formação da célula diploide – zigoto. 
Histologia e Embriologia 
AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Corona Radiata: Reação 
acrossômica, liberação de 
hialuronidase e dos movimentos 
da cauda. 
 
Zona pelúcida: Enzimas 
estearase, acrosina e 
neuraminidase. 
A reação zonal ocorre assim que 
o espermatozoide atravessa a 
zona pelúcida – torna 
impermeável a outros 
espermatozoides. Ocorre pela 
ativação dos grânulos corticais. 
Passagem dos espermatozoides através da corona radiata e zona pelúcida 
Histologia e Embriologia 
AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Ocorre a degeneração da cauda do 
espermatozoide e o núcleo aumenta 
para formar o pronúcleo. 
 
Nesse momento, o ovócito com dois 
pronúcleos é chamado de oótide. 
As cromátides replicam seu DNA, os 
cromossomos se agregam formando 
uma célula diploide. 
 
Os cromossomos se rearranjam em 
fuso de clivagem. 
Formação do pronúcleo masculino e do zigoto 
Histologia e Embriologia 
AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Ocorre a fusão das membranas do 
ovócito e do espermatozoide com 
liberação do núcleo do espermatozoide 
no citoplasma do ovócito. 
 
Somente o núcleo do espermatozoide 
penetra, ficando para trás todas as 
estruturas do espermatozoide, 
inclusive as mitocôndrias. 
 
A penetração do ovócito o ativa a 
completar a segunda divisão meiótica 
– ovócito maduro e segundo corpo 
polar. 
Fusão das membranas e término da divisão meiótica do ovócito 
Histologia e Embriologia 
AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
• Estimula o ovócito penetrado a completar a segunda divisão meiótica; 
 
• Restaura o número diploide de cromossomos – 46; 
 
• Variação da espécie por meio da mistura de cromossomos paternos e maternos; 
 
• Determina o sexo cromossômico do embrião; 
 
• Causa ativação metabólica da oótide e inicia a clivagem. 
 
Resultado da Fertilização 
Histologia e Embriologia 
AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
• O processo de fertilização causa a ativação metabólica do ovócito – clivagem e desenvolvimento 
embrionário. 
 
• Clivagem – repetidas divisões mitóticas do zigoto – aumento do número de células. 
 
• As células denominadas de blastômeros se dividem e tornam-se menores em tamanho a cada 
divisão. 
 
• Após 3 dias da fecundação, o estágio de 16 blastômeros (16 células) é chamado de mórula, que é 
circundada pelas células trofoblásticas. 
Clivagem 
Histologia e Embriologia 
AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Clivagem 
Histologia e Embriologia 
AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
• O embrioblasto é uma massa de 
células que surge pela compactação 
das células dentro do blastocisto. 
 
• A cavidade do blastocisto é chamada 
de cavidade blastocística ou 
blastocele. 
 
• As células que envolvem o blastocisto 
são os trofoblastos. 
Blastocisto 
Histologia e Embriologia 
AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Clivagem e blastocisto na tuba uterina 
Histologia e Embriologia 
AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Mórula 
Clivagem e blastocisto 
Histologia e Embriologia 
AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
• Formado 4 dias após a fecundação. 
• A mórula forma uma cavidade no seu interior cheia de líquido a blastocele ou cavidade 
blastocística. 
• Separação em duas partes celulares: 
– Trofoblasto – camada delgada externa, dá origem a parte embrionária da placenta. 
– Massa celular interna – Embrioblasto – central, dá origem ao embrião. 
Blastocisto 
Histologia e Embriologia 
AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Vai ocorrer após seis dias da fertilização e ocorre no lado adjacente à massa celular interna – polo 
embrionário 
Implantação ou nidação 
Histologia e Embriologia 
AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Após a implantação o trofoblasto começa a se 
proliferar intensamente formando duas camadas: 
 
• Citotrofoblasto – camada de células 
mitóticamente ativas 
 
• Sinciciotrofoblasto – massa multinuclear onde 
não são vistos os limites teciduais. Produz 
enzimas que permitem a erosão do tecido 
materno e assim a implantação do embrião.O Epiblasto aparece por volta da sétimo dia. Dará 
origem ao ectoderma. 
Implantação 
Histologia e Embriologia 
AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Implantação 
O sinciciotrofoblasto invade o endométrio através dos seus prolongamentos digitiformes na área 
conhecida como polo embrionário. Vai produzir o HCG(β). 
Histologia e Embriologia 
AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Implantação 
Após 7 dias surge o hipoblasto – endoderma primitivo – voltada para a cavidade blastocística. 
Assuntos da próxima aula: 
• Segunda semana do 
desenvolvimento embrionário. 
SDE0028 – Histologia e Embriologia 
Aula 6 – Segunda semana do desenvolvimento Humano 
Histologia e Embriologia 
AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 
Eventos importantes da segunda semana 
• Formação do disco germinativo bilaminar; 
 
• Formação da vesícula ou cavidade amniótica; 
 
• Formação da vesícula (ou saco) vitelínica ou vitela; 
 
• Início da formação da placenta; 
 
• Primeiro contato materno e embrionário. 
Histologia e Embriologia 
AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 
Término da implantação do blastocisto 
O final da implantação só ocorre ao final da segunda semana (6 a 10 dias após ovocitação). 
À medida que o blastocisto se implanta, o trofoblasto, pela interação com o endométrio se 
diferencia em: 
• Citotrofoblasto: migram para o sinciciotrofoblasto, onde suas membranas se fundem; 
• Sinciciotrofoblasto: massa multinucleada que se expande – não tem limite celular visível. 
Histologia e Embriologia 
AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 
Sinciciotrofoblasto 
O sinciciotrofoblasto invade o tecido conjuntivo 
do endométrio. 
O endométrio já sofreu reação decidual – células 
deciduais, poliédricas com acúmulo de glicogênio 
e lipídeos. 
O sinciciotrofoblasto engloba as células deciduais 
que irão fornecer nutrição embrionária. 
Produção do hormônio hCG – gonadotrofina 
coriônica humana. 
 
Para saber mais: http://w3.ufsm.br/labhisto/cadernos/caderno1.pdf 
Embrião com 8 dias 
Histologia e Embriologia 
AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 
Formação do Disco embrionário 
Com a progressão da implantação do 
blastocisto, ocorrem mudanças no 
embrioblasto que resultam na formação de 
uma placa bilaminar – o disco embrionário –
formado por duas camadas: 
• Epiblasto – mais espessa formada por 
células cilíndricas altas, voltadas para a 
cavidade amniótica. 
• Hipoblasto – formado por células 
cuboides adjacente à cavidade 
exocelômica. 
Histologia e Embriologia 
AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 
Formação da cavidade amniótica 
O epiblasto forma o assoalho da cavidade 
amniótica. 
Os amnioblastos migram e envolvem a 
cavidade formando o âmnio que forma a 
cavidade amniótica. 
Histologia e Embriologia 
AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 
Vesícula umbilical ou saco vitelino 
 Células do hipoblasto migram para formar a 
membrana exocelômica que reveste a 
superfície interna do citotrofoblasto. 
As células do endoderma do saco vitelínico 
formam o mesoderma extraembrionário, 
que circunda o âmnio e o saco vitelino. 
Membrana + Cavidade Exocelômica = 
vesícula umbilical. 
Local de origem das células germinativas 
primordiais. Vão migrar para as futuras 
gônadas (ovogônias e espermatogônias). 
Vesícula 
Umbilical 
primitiva 
Histologia e Embriologia 
AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 
Espaços celômicos 
Com o desenvolvimento, surgem espaços celômicos isolados no interior do mesoderma 
extraembrionário. 
Posteriormente, fundem-se para formar o celoma extraembrionário, que envolve o âmnio e o saco 
vitelino. 
Resquício 
da 
vesícula 
umbilical 
Histologia e Embriologia 
AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 
Redes lacunares 
No sinciciotrofoblasto começam a surgir lacunas que se fundem para formar as redes lacunares – 
aspecto esponjoso. 
A penetração do sinciciotrofoblasto no endométrio provoca erosão dos capilares que extravazam 
sangue preenchendo as lacunas – nutrição do embrião. 
Histologia e Embriologia 
AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 
Saco coriônico 
• Surgem as Vilosidades Coriônicas Primárias 
 
• Celoma Extraembrionário divide o mesoderma 
extraembrionário em camadas: 
• Mesoderma somático extraembrionário – 
reveste o trofoblasto. 
• Mesoderma esplâncnico extraembrionário – 
envolve a vesícula umbilical. 
 
• Córion – forma a parede do saco coriônico (saco da 
gestação) – formado pelo citotrofoblasto, 
sinciciotrofoblasto e mesoderma somático 
extraembrionário. 
Histologia e Embriologia 
AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 
Desenvolvimento 
• Saco coriônico 
– Embrião + Saco Amniótico + Saco Vitelino – 
Suspensos pelo pedículo (cordão umbilical). 
 
• Celoma extraembrionário = Cavidade Coriônica. 
 
• Ultrassom transvaginal usado para medir o 
diâmetro do saco coriônico. 
 
• Surgimento da Placa pré-cordal (boca/cabeça) no 
hipoblasto. 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 
Placa pré-cordal 
Área circular espessada na região do hipoblasto – embrião com 14 dias. 
Importante organizador da cabeça – indica a região da boca. 
Histologia e Embriologia 
AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 
Implantações extrauterinas 
São conhecidas como gestações ectópicas. A maior 
parte ocorre nas tubas uterinas. 
Apresenta, na maioria dos casos, sintomas de 
gravidez. 
As causas são frequentes em relação ao atraso ou 
impedimento do transporte do zigoto para o útero. 
Causa rompimento da tuba uterina. 
A gravidez abdominal ocorre quando o zigoto é 
expelido para a cavidade abdominal e se implanta na 
bolsa retouterina. 
O feto pode ser retirado com vida apesar da intensa 
hemorragia peritoneal – risco de morte materna. 
Histologia e Embriologia 
AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO 
Resumo da segunda semana 
• Transformações no endométrio (Reação da Decídua); 
 
• Formação do Disco Embrionário Bilaminar (Epiblasto e Hipoblasto); 
 
• Formação do Saco Vitelino; 
 
• Formação da Cavidade Amniótica; 
 
• Formação da Cavidade Coriônica; 
 
• Formação da Placa Pré-cordal. 
Assuntos da próxima aula: 
1. Terceira semana de 
desenvolvimento embrionário. 
 
SDE0028 – HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA 
Aula 7: Terceira semana de desenvolvimento 
 embrionário 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
• Gastrulação: formação das camadas germinativas; 
• Neurulação: formação do tubo neural; 
• Desenvolvimento dos somitos; 
• Desenvolvimento inicial do sistema cardiovascular; 
• Desenvolvimento das vilosidades coriônicas. 
Eventos da terceira semana 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
• É o processo que estabelece três folhetos germinativos; 
• A linha primitiva permitirá identificar o eixo céfalo-caudal do embrião, superfícies dorsal e 
ventral e os lados direito e esquerdo. Marca o início da gastrulação; 
• Disco bilaminar vai passar a Disco Trilaminar – ectoderma; mesoderma e endoderma; 
• Inicia com a formação da linha primitiva (epiblasto); 
• Formação do Mesênquima - Mesoderma intra-embrionário; 
• As células do epiblasto afastam o hipoblasto e gera o Endoderma Embrionário (teto do saco 
vitelino). 
Gastrulação 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
LINHA PRIMITIVA (identificar eixo cefalocaudal) 
• Resultado da proliferaçãoe migração das células do epiblasto para plano mediano do disco 
embrionário; 
 
• Linha primitiva alonga-se pela adição de células na extremidade caudal e a extremidade 
cefálica ⇨ prolifera formando o NÓ PRIMITIVO. 
 
• Dentro da linha primitiva ⇨ forma SULCO PRIMITIVO aumenta a DEPRESSÃO ⇨ e forma a 
FOSSETA PRIMITIVA. 
Linha primitiva 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Gastrulação 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Gastrulação 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Gastrulação 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Linha primitiva 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Três folhetos embrionários 
Serão formados 3 folhetos embrionários: 
• Mesoderma Intra-embrionário – células 
mesenquimais; 
• Endoderma Intra-embrionário – 
mesenquima deslocam o hipoblasto; 
• Epiblasto passa ser ectoderma intra-
embrionário. 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Formação do tubo neural 
Células mesenquimais migram do nó em direção cefálica formando o processo notocordal 
(semelhante bastão) que cresce até a placa pré-cordal. Ao se fundir com a placa pré-cordal forma 
membrana bucofaríngea (futura boca). 
 
A notocorda é um bastão celular originado pela transformação do processo notocordal. Define o 
eixo primitivo do embrião. Futuro local da coluna vertebral. 
 
A notocorda induz a placa neural (ectoderma) que irá formar o tubo neural que dá origem ao SNC. 
Surgimento das cristas neurais – SNP. 
Neurulação 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Processo notocordal 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Neurulação 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Neurulação 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
O ectoderma se espessa sobre notocorda formando placa 
neural ⇨ origem SNC ⇨ encéfalo e medula espinhal. 
 
Placa neural estende-se além da notocorda ⇨ invaginação 
⇨ sulco neural com pregas neurais (aumentam) e 
constituem sinais do desenvolvimento do encéfalo. 
 
Formação do tubo neural – fusão pregas neurais (final 3ª 
semana) 
 
Placa neural 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Tubo neural separa do ectoderma ⇨ forma células da crista 
neural – divide-se em direita e esquerda ⇨ migram do tubo 
neural. 
 
Estruturas derivadas da crista neural: 
• gânglios espinhais e do sistema nervoso autônomo; 
• gânglios dos nervos cranianos; 
• as bainhas dos nervos (células de Schwann); 
• revestimento meníngeo do encéfalo e da medula 
espinhal. 
 
Crista neural 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
• Mesoderma  somitos 
• Desenvolve-se cefalocaudalmente 
• Dão origem: 
– Esqueleto axial (ossos do crânio, 
coluna vertebral, costelas e 
esterno). 
– Músculos associados. 
– Derme adjacente. 
– Determinação da idade do 
embrião. 
 
Formação dos somitos 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Somitos e idade do embrião 
Número de somitos correlacionados com a idade aproximada em dias 
Idade aproximada (em dias) Número de somitos 
20 1 – 4 
21 4 – 7 
22 7 – 10 
23 10 – 13 
24 13 – 17 
25 17 – 20 
26 20 – 23 
27 23 – 26 
28 26 – 29 
30 34 – 35 
Fonte: SADLER, T. W. Langman – Embriologia Médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Somitos 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
• Celoma intra-embrionário divide mesoderma lateral em duas camadas: 
– Camada somática ou parietal 
– Camada esplâncnica ou visceral 
 
• Mesoderma somático e ectoderma – forma a PAREDE DO CORPO DO EMBRIÃO 
(somatopleura) 
• Mesoderma esplâncnico e endoderma – formam PAREDE DO INTESTINO DE EMBRIÃO 
(esplancnopleura). 
 
Dá origem a três cavidades: 
• Cavidades Pleurais 
• Cavidade Peritoneal 
• Cavidade Pericárdica 
 
Celoma intra-embrionário 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Celoma intra-embrionário 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
• O trofoblasto já diferenciado em vilosidades primárias – citotrofoblasto recoberto por uma 
camada sincicial. 
• O mesênquima (mesoderma extra-embrionário) cresce para dentro das vilosidades primárias 
em direção à decídua, formando vilosidades coriônicas secundárias. 
• Células mesenquimais (mesoderma extra-embrionário) das vilosidades diferenciam-se em 
capilares sanguíneos formando redes de capilares e células sanguíneas – vilosidades 
coriônicas terciárias. 
 
 Vasos ligam-se ao coração embrionário 
 
• Desenvolvimento das vilosidades aumenta a superfície de troca de nutrientes entre circulação 
– materna e fetal. 
 
Vilosidades coriônicas 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Vilosidades coriônicas 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
• Inicia mesoderma extra-embrionário do saco vitelino, do pedículo e do córion. 
 
• Formação – sangue e vasos sanguíneos no embrião e membranas extra-embrionárias. 
• Células mesenquimais se agregam formando massas celulares ⇨ ilhotas sanguíneas ⇨ 
aparecem cavidades dentro ilhotas ⇨ células se achatam formando células endoteliais ⇨ 
formando vasos. 
 
• Células do sangue ⇨ a partir células endoteliais – (5ª semana). 
 
Sistema cardiovascular primitivo 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Sistema cardiovascular primitivo 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
Alantóide 
Pequeno divertículo na parede caudal do saco 
vitelino, e se estende pelo pedículo do embrião. 
 
Função: formação inicial do sangue e da bexiga. 
 
Os vasos sanguíneos do alantoide tornam-se as 
veias e artérias umbilicais. 
Histologia e Embriologia 
AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO 
• Linha Primitiva; 
• Formação da notocorda; 
• Formação do tubo neural; 
• Formação da crista neural; 
• Formação dos somitos; 
• Formação do celoma intra-embrionário; 
• Formação dos vasos sanguíneos e sangue; 
• Término da formação das vilosidades coriônicas. 
Resumo da terceira semana 
Assuntos da próxima aula: 
1. Quarta a oitava semana de 
desenvolvimento embrionário. 
SDE0028 – HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA 
Aula 8: Noções gerais da quarta semana de desenvolvimento, 
organogênese e período fetal 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Introdução 
Da quarta até a oitava semana irão se estabelecer todas as estruturas internas e externas. 
No final da oitava semana o embrião já apresenta formato humano. 
A exposição do embrião à teratógenos nesse período – vírus e substância químicas, produz 
anomalias congênitas. 
Fases do desenvolvimento: 
• Crescimento – divisão celular e elaboração de produtos celulares; 
• Morfogênese – mudanças no tipo celular, formato da célula e no movimento celular; 
• Diferenciação – organização das células em um padrãopreciso de tecidos e órgãos para 
execução de funções. 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Dobramento do embrião 
É de fundamental importância para que se 
estabeleça o formato do corpo. 
O dobramento se dá nos planos mediano e 
horizontal. 
Os dobramentos das regiões cefálica, caudal e 
laterais ocorrem simultaneamente. 
Isso ocorre pelo rápido crescimento do embrião. 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Dobramento do embrião 
O dobramento ventral das extremidades do embrião produz as pregas cefálica e caudal, levando 
essas regiões a se deslocarem ventralmente, enquanto o embrião alonga-se cefálica e caudalmente. 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Pregas 
PREGA CEFÁLICA 
As pregas neurais se espessam para formar o primórdio do encéfalo. 
 
PREGA CAUDAL 
Crescimento da parte distal do tubo neural (primórdio da medula espinhal). 
 
PREGAS LATERAIS 
Crescimento rápido da medula espinhal e dos somitos que produzem as pregas laterais direita e 
esquerda. 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Prega cefálica 
No início, o encéfalo em desenvolvimento cresce para dentro da cavidade amniótica. 
Posteriormente, o prosencéfalo projeta-se cefalicamente, e ultrapassa a membrana bucofaríngea 
(ou orofaríngea), recobrindo o coração em desenvolvimento. 
 
Concomitantemente, o septo transverso, coração primitivo, celoma pericárdico e membrana 
bucofaríngea se deslocam para a superfície ventral do embrião. 
 
Durante o dobramento longitudinal, a parte dorsal do endoderma do saco vitelínico é incorporada 
ao embrião com o intestino anterior (primórdio do segmento inicial do sistema digestório). 
 
A prega cefálica também influencia a disposição do celoma embrionário já que após o dobramento, 
o celoma pericárdico fica em posição caudal em relação ao coração e cefálica, ao septo transverso. 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Prega cefálica 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Prega caudal 
Resulta do crescimento da parte distal do tubo neural. À medida que o embrião cresce, a região 
caudal projeta-se sobre a membrana cloacal. 
 
Durante esse dobramento, parte do Endoderma é incorporado como intestino posterior, cuja porção 
terminal dilata-se para formar a cloaca. 
 
Após o dobramento, o pedículo de fixação (ou pedículo de conexão), primórdio do cordão umbilical, 
fica preso à superfície ventral do embrião, enquanto a Alantoide é parcialmente incorporada. 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Pregas laterais 
Resulta do crescimento rápido da medula espinhal e dos somitos, formando as pregas laterais 
direita e esquerda, cujo crescimento desloca o disco embrionário ventralmente, formando um 
embrião praticamente cilíndrico. 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Derivados das camadas germinativas 
As três camadas germinativas formadas 
durante a gastrulação, dão origem aos 
primórdios de todos os tecidos e órgãos. 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Ectoderma 
• SNC 
 
• SNP 
 
• Epitélio sensorial do olho, nariz e ouvido 
 
• Epiderme e anexos(pelos e unhas) 
 
• Glândulas mamárias 
 
• Hipófise 
 
• Esmalte dos dentes 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Mesoderma 
• Tecido conjuntivo (cartilagem e osso) 
 
• Músculo estriados e liso 
 
• Coração, vasos sanguíneo e linfático 
 
• Rins e suprarrenal (córtex) 
 
• Ovários e testículos (ductos genitais) 
 
• Pericárdio, pleura e peritônio 
 
• Baço 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Endoderma 
• Revestimento epitelial (gástrico e 
respiratório) 
 
• Glândulas tireoides e paratireoides 
 
• Timo, fígado e pâncreas 
 
• Revestimento epitelial da bexiga urinária e 
uretra 
 
• Revestimento epitelial da cavidade de 
tímpano 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Estágio de Carnegie 
A classificação de Carnegie é um sistema padronizado de 23 estágios usados para fornecer uma 
cronologia unificada de desenvolvimento de vertebrados. Os estágios são delineados pelo 
desenvolvimento de estruturas e não pelo tamanho ou número de dias de desenvolvimento. 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Estágio de Carnegie 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Principais eventos da quarta semana 
O tubo neural é formado em frente aos somitos mas é amplamente aberto nas extremidades – 
neuroporos rostral e caudal. 
Com 24 dias o primeiro par de arcos faríngeos está visível – arco mandibular – mandíbula e maxila. 
O coração forma uma saliência ventral e bombeia o sangue. 
No 26º dia o neuroporo rostral já se fechou e o encéfalo anterior produz uma elevação saliente na 
cabeça. 
26º a 27º são reconhecíveis os brotos dos membros superiores, fossetas óticas (orelhas) e 
placodes do cristalino (olhos). 
Longa eminência caudal. 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Embriões na quarta semana 
Embrião com 28 dias Embrião com +24 dias 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Quinta semana 
Pequenas mudanças; 
 
Crescimento da cabeça excede o crescimento das outras regiões; 
 
Brotos dos membros superiores tem forma de remos e os dos membros inferiores tem forma de 
nadadeiras; 
 
Os brotos dos membros superiores adquirem a forma de remos, e os dos membros inferiores, de 
nadadeiras; 
 
As Cristas Nefrogênicas indicam o sítio dos Rins Mesonéfricos. 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Sexta semana 
Membros superiores: cotovelos e placas das mãos, raios digitais; 
 
Saliências auriculares: intumescência em torno do sulco ou fenda faríngea; 
 
O sulco se torna o meato acústico externo e as saliências se fundem formando o pavilhão auricular; 
 
Olho é bem evidente: formação do pigmento da retina. 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Sexta semana 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Sétima semana 
Chanfraduras entre os raios digitais das placas das 
mãos com separação parcial dos futuros dedos. 
 
Forma-se o canal vitelino (ducto estreito que 
antes formava uma comunicação entre o 
intestino primitivo e o saco vitelínico) 
 
O intestino entra no celoma extraembrionário na 
porção proximal do cordão umbilical, formando a 
hérnia umbilical fisiológica que se dá por razão de 
a cavidade abdominal ser pequena demais para 
acomodar o intestino em crescimento. 
 
Histologia e Embriologia 
AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL 
Oitava semana 
Ao final da oitava semana o embrião tem feições nitidamente 
humanas; entretanto a cabeça é proporcionalmente grande 
(metade do corpo do embrião). 
Fusão das pálpebras. 
Cauda desaparece. 
Dedos das mãos separados,

Outros materiais

Outros materiais