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HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA - SDE0028 Aula 1: INTRODUÇÃO À EMBRIOLOGIA e HISTOLOGIA Histologia e Embriologia Desenvolvimento Humano AULA 1: Introdução à embriologia e histologia O desenvolvimento humano se inicia quando um ovócito da mulher é fertilizado por um espermatozoide do homem. A partir desse acontecimento se inicia uma série eventos sucessivos que culminam com a formação do zigoto e finalmente um ser multicelular. Esses eventos são: Divisão celular Migração celular Morte celular programada Diferenciação celular Crescimento e rearranjo celular Desenvolvimento Humano AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Fases do desenvolvimento humano Período pré-natal: antes do nascimento. Período pós-natal: após o nascimento. Período pré-natal: Período embrionário – terceira à oitava semana de desenvolvimento. Período fetal – a partir da nona semana de desenvolvimento. Histologia e Embriologia Histologia e Embriologia Desenvolvimento Humano AULA 1: Introdução à embriologia e histologia O período embrionário é o período em que ocorre a maioria das modificações visíveis. Histologia e Embriologia Desenvolvimento Humano AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Os nove meses da gestação podem ser divididos em 3 trimestres, sendo que o primeiro trimestre – período embrionário e início do fetal – abrange a fase mais crítica do desenvolvimento. • Grande parte dos abortos espontâneos. • Vulnerabilidade do embrião aos fatores do meio ambiente. • Malformações mais graves durante esse período. Histologia e Embriologia Desenvolvimento Humano AULA 1: Introdução à embriologia e histologia O conhecimento sobre o desenvolvimento normal e sobre as causas de defeitos congênitos é necessário para dar ao embrião e ao feto a maior chance possível de se desenvolver normalmente. Os defeitos congênitos são as causas mais comuns durante a infância. Histologia e Embriologia Desenvolvimento Humano AULA 1: Introdução à embriologia e histologia • A Embriologia é a ciência que estuda o desenvolvimento pré-natal de embriões e fetos – mudanças estruturais que ocorrem desde a fecundação até a formação do feto. • Teratologia – divisão da embriologia que estuda o desenvolvimento anormal – estudo dos defeitos do nascimento. Histologia e Embriologia Desenvolvimento Humano AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Importância da embriologia: Ponte entre o desenvolvimento pré-natal e a obstetrícia, medicina perinatal, pediatria, e anatomia clínica. Desenvolve conhecimentos sobre o início da vida e as modificações que ocorrem durante o desenvolvimento pré-natal. Auxilia a compreensão das causas de variações na estrutura humana. Evidencia a anatomia e explica como as relações normais e anormais se desenvolve. Apoia pesquisas e aplicação de células-tronco para tratamento de doenças crônicas. Histologia e Embriologia Desenvolvimento Humano AULA 1: Introdução à embriologia e histologia • Estudos sobre o embrião e feto remontam ao ano de 3000 antes de Cristo, no antigo Egito. • Hipócrates de Cós (460-377 a. C.), pai da medicina, registrou em livros os primeiros estudos sobre o embrião. • Leonardo da Vinci (1452-1519) fez desenhos de úteros contendo fetos (figura ao lado). • Em 1775, Lazaro Spallanzani mostrou que eram necessários ovócito e espermatozoide para gerar um novo ser ou indivíduo. Histologia e Embriologia Desenvolvimento Humano AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Teoria celular e embriologia (1839): 1. O corpo é composto por células e produtos celulares. 2. O embrião se desenvolve a partir de uma célula – o zigoto. 3. O zigoto passa por várias divisões celulares, formando então o embrião. Histologia e Embriologia Desenvolvimento Humano AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Envolvimento da genética: • Os Seres humanos possuem 46 cromossomos dispostos em 23 pares. Destes, 22 pares são semelhantes morfologicamente e portanto são chamados de autossomos. • O último par possui diferenças morfológicas e forma o par de cromossomos sexuais. Histologia e Embriologia Desenvolvimento Humano AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Padrão do número de cromossomos: • As espécies mantêm sempre o mesmo número de cromossomos – esse número não sofre alterações ao longo da vida. • Nos seres humanos são 46 cromossomos – 2 conjuntos (2n) – um conjunto materno (n) e outro conjunto paterno (n). • As células de um indivíduo são chamadas de somáticas por possuírem 2 conjuntos de cromossomos – todas são 2n. Histologia e Embriologia Desenvolvimento Humano AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Padrão do número de cromossomos: • Para manter esse número constante, as células germinativas (ovócito e espermatozoide) somente possuem metade do número, isto é, um conjunto (n). • Durante sua formação, as células que dão origem às células germinativas passam por várias divisões celulares em que o número de cromossomos é reduzido a um conjunto. O nome dessa divisão é meiose. Histologia e Embriologia Desenvolvimento Humano AULA 1: Introdução à embriologia e histologia • Quando o espermatozoide (n) fertiliza o ovócito (n) o padrão é reestabelecido – 2n. • A partir daí, outro tipo de divisão celular se inicia – a mitose – que será responsável pelo crescimento em número de células do embrião e do feto. Histologia e Embriologia Desenvolvimento Humano AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 1. Cromossomos e malformações 2. Alguns erros podem ocorrer durante a divisão meiótica (meiose) podendo gerar malformações – 25% das malformações são de origem genética. Histologia e Embriologia Desenvolvimento Humano AULA 1: Introdução à embriologia e histologia 1. Síndrome de Turner – ausência de um cromossomo sexual. 2. Infantilismo sexual, em consequência da formação de ovários vestigiais, baixa estatura e pregas pterigonucais, que conferem às portadoras da doença o chamado pescoço de esfinge ou pescoço alado. A inteligência é, regra geral, normal. Histologia e Embriologia Desenvolvimento Humano AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Síndrome de Down – trissomia do par 21. Características físicas parecidas com outros portadores: dorso do nariz achatado, língua saliente, orelhas com pequenas dobras salientes, dedos curtos, com o quinto dedo curvado. Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Histologia – É o estudo dos tecidos do corpo e como se organizam para formar os órgãos. Os tecidos são constituídos por células e matriz extracelular (MEC) que elas próprias produzem. Há intensa interação entre as células e a MEC que, apesar de ser produzida pelas células, influenciam nestas direta e intensamente. A MEC é constituída por fibras proteicas e polissacarídeos. Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia • As moléculas da matriz se ligam a receptores específicos na membrana celular e se conectam a moléculas no citoplasma das células. • As células e a matriz extracelular (MEC) funcionam em conjunto e respondem às necessidades do organismo. Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia A MEC tem como funções: • Rodeia as células dando suporte às mesmas e preenchendoos espaços; • Permite a interação e o contato entre as células; • Permite a migração de células; • Permite a difusão de substâncias como nutrientes ou outras; • Em muitos tecidos confere resistência à tensão e pressão. Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia As células são microscópicas: • O pequeno tamanho das células e da matriz torna o estudo dependente de microscópio. Células vermelhas do sangue (10,000 nm) 0 75 150 225 300 nm 2500 nm 0 750 nm 0 375 E. coli (1000 nm x 3000 nm) Poliovírus (30 nm) Pox Vírus (200 nm x 300 nm) Bacteriófago T4 (50 nm x 225 nm) Vírus mosaico do tabaco (15 nm x 300 nm) BACTERIÓFAGO MS2 (24 nm) Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Microscópio óptico ou de luz ou fotônico. • A imagem é formada após um feixe de luz atravessar alguma estrutura: camada delgada de tecido; células vivas; • Material sofre preparação para melhor observação – maior parte dos tecidos são espessos. Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Processo de preparo do material para microscopia: • Fixação – retirada do tecido do corpo (fragmentos) – química ou física. • Desidratação – banhos sucessivos em soluções de diferentes concentrações de etanol. • Clareamento – banho em xilol – torna o material transparente ou translúcido. Retira os lipídeos. • Inclusão – material é embebido em parafina – confere consistência rígida ao material. • Coloração – uso de corantes para marcar as estruturas celulares. Corantes basófilos e acidófilos. Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia • A amostra do tecido depois de fixada é colocada em parafina, formando um bloquete. Esse pequeno bloco de parafina com a amostra será “fatiada” no aparelho chamado de micrótomo. • O micrótomo faz cortes de tecidos muito finos o que permite a passagem da luz através da amostra. Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Depois de cortado, o material será corado – cada corante possui afinidade por estruturas determinadas. A afinidade, na maioria dos casos, é dada pelo pH do corante e das estruturas celulares: • Corantes basófilos – pH básico – coram estruturas ácidas como: ácidos nucleicos; glicosaminoglicanos; glicoproteínas ácidas. • Corantes acidófilos – pH ácido – coram estruturas básicas como: mitocôndrias, grânulos de secreção; proteínas citoplasmáticas e colágeno. Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Hematoxilina e eosina (HE): • Hematoxilina – azul ou violeta. É um corante basófilo. • Eosina – cor-de-rosa. É um corante acidófilo. Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Núcleos – roxos (hematoxilina) Citoplasma – cor-de-rosa (eosina) Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Aplicação médica: Diagnósticos laboratoriais são realizados a partir de procedimentos histoquímicos: • Reação de Perls para ferro: diagnóstico de hemocromatose. • Reação de PAS-amilase para glicogênio: glicogenoses. • Reação de Alcian blue para glicosaminoglicanos: esfingolipidoses. Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Método de visualização – Poder de resolução: • É a distância mínima que deve existir entre dois pontos para que consigamos visualizá- los de forma discriminada; • Interfere na qualidade da imagem, no que diz respeito à claridade e à riqueza de detalhes; • O olho humano tem poder de resolução de 0,1 mm (100µm); • O poder de resolução dos microscópios variam conforme o tipo de microscópio. Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Microscópio óptico: • Foi o primeiro microscópio desenvolvido, que permitiu o conhecimento da célula a partir da sua visualização; • Também chamado de microscópio de luz, uma vez que esta é fundamental para a formação de uma imagem ampliada do objeto examinado; • Possui um conjunto de lentes que aumenta o objeto 1.000 a 1.500 vezes e permite sua visualização com um poder de resolução de 0,2µm. Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Microscopia eletrônica: • Diferente dos microscópios de luz, esta não é fundamental para a formação de uma imagem ampliada do objeto examinado, e sim um feixe de elétrons; • Permite a observação de subestruturas celulares e até de macromoléculas, com poder de resolução muito maior; • Podem ser de transmissão ou de varredura, de acordo com a forma que o feixe de elétrons incide sobre o material examinado. Tipos: • Transmissão • Varredura Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Transmissão: Um feixe de elétrons atravessa as estruturas e a imagem se forma a partir da dispersão dos elétrons; Possui poder de resolução de 3ƞm, o que permite a visualização de estruturas com aumento de até 500.000 vezes, como a membrana plasmática e as organelas celulares. Histologia e Embriologia Histologia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Varredura: Neste tipo de microscópio, o feixe de elétrons não atravessa a estrutura, apenas incide sobre sua superfície e é refletido, formando uma imagem tridimensional de sua superfície; Possui poder de resolução de 10ƞm, o que permite a visualização da superfície das células e tecidos com alta fidelidade e riqueza de detalhes. Bibliografia AULA 1: Introdução à embriologia e histologia Histologia e Embriologia Moore K L., Persaud T. V. N. Embriologia Clínica. 9. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. Moore, K. Embriologia Básica. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. Sadler, T. W. Langman: Embriologia Médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. Junqueira, L. C.; Carneiro, J. Histologia Básica. 11. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan., 2008. Assuntos da próxima aula: 1. Aparelho reprodutor masculino. 2. Aparelho reprodutor feminino. 3. Gametogênese masculina e feminina. SDE0028 – HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA Aula 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Aparelho reprodutor masculino e feminino O desenvolvimento é iniciado a partir do momento em que o ovócito (óvulo) é fertilizado pelo espermatozoide. A produção dos gametas ocorre nos tecidos especializados que formam os aparelhos reprodutores masculino e feminino. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Aparelho reprodutor masculino Constituição: • Testículos; • Ductos genitais; • Glândulas acessórias; • Pênis. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Aparelho reprodutor masculino Testículos: Cada testículo é envolvido por uma cápsula fibrosa denominada de túnica albugínea. Desta, partem septos incompletos para o interior do testículo formando cavidades – Lóbulos. Os lóbulos são ocupados por cordões chamados de túbulos seminíferos. Estão localizados dentro da bolsaou escroto – temperatura menor que o corpo. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Aparelho reprodutor masculino Túbulos seminíferos: São estruturas enoveladas que se iniciam em fundo cego e terminam em curtos tubos chamados de retos que comunicam-se com a rede testicular. São constituídos por uma parede chamada de epitélio germinativo onde irá ocorrer a produção dos gametas sexuais masculinos. Ducto deferente Cabeça do epidídimo Ducto epididimário Cauda do epidídimo Ductos eferentes Rede testicular Vasos retos Túbulos seminíferos Septo Lóbulo Túnica albugínea Cabeça do epidídimo Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Aparelho reprodutor masculino Epitélio germinativo: Corte histológico de testículo evidenciando túbulos seminíferos e tecido conjuntivo ao redor. Túbulos seminíferos Tecido conjuntivo frouxo com vasos, nervos e Células de Leydig Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Aparelho reprodutor masculino Túbulos seminíferos: As células de Leydig (intersticiais) estão localizadas no espaço entre os túbulos seminíferos. Essas células são estimuladas pelo hormônio luteinizante (LH) por volta da puberdade e passa a produzir: testosterona, androstenediona e dehidroepiandrosterona (DHEA). Durante a gravidez essas células são ativadas pelo hormônio gonadotrópico da placenta e produzem andrógenos responsáveis pela diferenciação embrionária da genitália masculina. células de Leydig Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Epitélio germinativo Separado do espaço intersticial por uma bainha de tecido conjuntivo e uma lâmina basal. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Espermatogênese Dentro do epitélio germinativo existem duas células: • Células de Sertoli • Células da linhagem espermatogênica Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Células de Sertoli • São piramidais e envolvem parcialmente as células da linhagem espermatogênica. • Dão suporte, proteção e suprimento nutricional aos espermatozoides em desenvolvimento. • Fagocitam o excesso de citoplasma durante a espermiogênese. • Secretam continuamente um fluido carreador dos espermatozoides. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Células de Sertoli • Produzem o hormônio antimülleriano – regressão dos ductos de Müller e indução de estruturas derivadas dos ductos de Wolf. Desenvolvimento do sexo masculino. • Formação da barreira hematotesticular. • São estimuladas pelo hormônio testosterona das células de Leydig. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Epidídimo Enovelado de túbulos localizado sobre o testículo; Nele, ocorre o término da maturação dos espermatozoides que ficam armazenados até sua eliminação durante o ato sexual. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Canais deferentes São dois tubos musculosos que partem dos epidídimos e sobem para o abdome, contornando a bexiga urinária. Forma o cordão espermático juntamente com: • Artéria espermática; • Plexo pampiniforme; • Nervos. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Vasectomia Dissecção do cordão espermático, acesso ao ducto deferente. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Glândulas acessórias • Vesículas Seminais • Próstata • Glândulas bulbouretrais Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Vesícula seminal Produzem secreção amarelada rica em: frutose, citrato, inositol, prostaglandina e proteínas – fonte de energia para os espermatozoides. Constitui 70% do volume seminal. Sua função é regulada pela testosterona. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Próstata Sua secreção é liberada durante a ejaculação e sua função é controlada pela testosterona. Secreção leitosa e alcalina responsável pela ativação da motilidade dos espermatozoides e neutralização do pH das secreções vaginais. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Próstata O antígeno específico da próstata (prostate spicific antigen, PSA) é um produto específico da próstata secretado no sangue e sua concentração aumenta na presença de tumores malignos. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Glândulas Bulbouretrais (Cowper) Acredita-se que sua secreção clara atue como lubrificante e para a limpeza da uretra antes da ejaculação. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Pênis Formado pela uretra e 3 corpos cilíndricos de tecido erétil: • Dois corpos cavernosos – corpo cavernoso dorsal do pênis. • Um corpo cavernoso da uretral ou corpo esponjoso – na sua extremidade distal se dilata e forma a glande do pênis. Ao longo da uretra peniana se encontram as glândulas de Littré – secretam muco. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Pênis Ereção – Quando os corpos cavernosos se enchem de sangue. A glande é rica em terminações nervosas e sensível à estimulação sexual. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Aparelho reprodutor feminino. Genitália externa Vulva: 2 grandes lábios e 2 pequenos lábios. Clitóris: rico em terminações nervosas e órgão receptor de estímulos. Órgãos reprodutores femininos internos: vagina, útero, tubas uterinas e ovários. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Aparelho reprodutor feminino Esquema representativo do aparelho interno e externo Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Vagina Órgão de cópula feminino Entrada de espermatozoides e saída do bebê (parto normal). Bactérias da flora metabolizam o glicogênio e produzem ácido lático responsável pelo pH baixo da vagina – proteção. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Citologia Esfoliativa Observação dos tipos celulares formam o tecido da vagina e do colo do útero. • Estado hormonal da paciente. • Observação de células cancerosas. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Genitália externa ou Vulva. Composta por: • Clitóris; • Grandes lábios: • Pequenos lábios. Glândulas de Bartholin – são homólogas às glândulas bulbouretrais. Secretam muco. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Útero Em forma de pera, sua parede é formada por 3 camadas: • Adventícia (perimétrio) – mais externa – tecido conjuntivo. • Miométrio – composta de tecido muscular liso (mais espessa). Sofre hiperplasia e hipertrofia durante a gravidez. • Endométrio – Formado por um epitélio com lâmina própria e glândulas que se ramificam na região mais profunda, próximo ao miométrio. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Útero • Corpo ou fundo do útero; • Colo do útero ou cérvix; Histologia e EmbriologiaAULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Endométrio Subdividido em duas camadas: • Camada basal – adjacente ao miométrio, possui a porção inicial das glândulas uterinas e tecido conjuntivo. • Camada funcional – formada por tecido conjuntivo, porção final e desembocadura das glândulas e epitélio superficial. A camada funcional prolifera durante a fase proliferativa ou estrogênica. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Endométrio Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Endométrio Fases do ciclo menstrual Fase proliferativa: inicia-se com o crescimento rápido dos folículos ovarianos – quando passam para a fase de pré-antral e antral iniciam a produção de estrógenos que estimulam a proliferação do endométrio (passa de 0,5 mm para 3 mm de espessura). Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Endométrio Fases do ciclo menstrual Fase secretória ou lútea: se inicia após a ovocitação e resulta da ação da progesterona secretada pelo corpo lúteo. A progesterona continua estimulando as glândulas. Estimula o armazenamento de glicogênio – nutrição. As glândulas se tornam mais tortuosas. Máxima espessura (5mm). Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Endométrio Fases do ciclo menstrual Fase menstrual: se não houver implantação o corpo lúteo entra em atresia e deixa de produzir progesterona. Os níveis de estrógenos e progesterona diminuem provocando retração das artérias que nutrem a camada funcional. Ocorre isquemia e necrose dessa região Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Endométrio Se houver implantação do embrião no útero, as células trofoblásticas (embrião) produzem gonadotrofina coriônica que estimula o corpo lúteo a continuar produzindo progesterona. Reação decidual ou da decídua – os fibroblastos da lâmina própria acumulam glicogênio e passam a exibir características de células produtoras de proteínas. Fibroblastos A- Sincíciotrofoblasto B- Citotrofoblasto C- Hipoblasto D- Cavidade Aminiótica E- Epiblasto Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Tuba uterina ou ovidutos São tubos musculares de grande mobilidade. O infundíbulo é a sua extremidade aberta para a cavidade peritoneal próximo ao ovário. O infundíbulo possui as fímbrias (franjas) que auxiliam a captação do ovócito no momento da ovocitação. As células que revestem internamente possuem cílios que auxiliam o transporte do ovócito/embrião até o útero. É o local onde ocorre a fertilização do ovócito. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Ovários Síntese de estrógenos e progesterona. Maturação dos ovócitos e ovocitação – formação dos folículos ovarianos (córtex ovariano). Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Folículos ovarianos • Antes puberdade: Folículos primordiais. • Puberdade: os folículos primordiais passam a folículos primários – completam a primeira fase da meiose. • Secreção de líquido folicular pelas células da granulosa – cavidade – crescimento. • Folículos secundários. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Folículos ovarianos Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Ciclo menstrual O crescimento folicular é induzido pelo hormônio folículo estimulante (FSH) produzido pela hipófise. À medida que os folículos maturam, as células foliculares iniciam a conversão do hormônio androstenediona em estrógenos – também induzido pelo FSH. Histologia e Embriologia AULA 2: APARELHO REPRODUTOR MASCULINO E FEMININO Ovocitação Ruptura da parede do folículo maduro com a liberação do ovócito. Ocorre quando o hormônio hipofisário LH (hormônio luteinizante) atinge o seu pico. Após a ovocitação as células restantes do folículo irão se transformar em corpo lúteo pela ação do LH. Passarão, então, a secretar progesterona. Assuntos da próxima aula: 1. Gametogênese masculina; 2. Gametogênese feminina. SDE0028 – Histologia e Embriologia Aula 3: Gametogênese Masculina e Feminina Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Gametogênese É o processo de formação e desenvolvimento das células germinativas especializadas – os gametas (Moore, 2012, p.14). O desenvolvimento embrionário se inicia quando um ovócito é fertilizado por um espermatozoide, formando uma célula – ZIGOTO. O Zigoto possui 46 cromossomos (2n) dispostos em 23 pares. Formação de gametas masculinos (espermatozoides) e femininos (ovócitos ou oócitos). Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Gametogênese Formação de gametas masculinos (espermatozoides) e femininos (ovócitos ou oócitos) • Ocorre nas gônadas: ovários e testículos. • Existem dois tipos de divisão celular: Mitose e meiose. • A mitose é o tipo de divisão celular em que o número de cromossomos é mantido – células somáticas. • A meiose é o tipo de divisão celular em que o número de cromossomos é reduzido – células germinativas ou gametas. Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Divisão celular: Mitose x meiose A meiose envolve dois processos de divisão celular: • A primeira divisão meiótica é classificada como reducional, pois envolve a redução pela metade, do número de cromossomos. (2n → n) Diploide para haploide. • A segunda é equacional, isto é, mantém o número de cromossomos. MEIOSE MITOSE Célula em que ocorre Células da linha germinativa para formar gametas ou esporos Células somáticas Nº de divisões 2 1 Nº de células-filhas 4 (haploides) 2 (haploides ou diploides) Relação do DNA Uma vez (na interfase que antecede o início do processo) Uma vez (na interfase que antecede o início do processo) Quantidade de cromossomas das células- filhas em relação à célula- mãe Metade Igual Quantidade de DNA das células-filhas em relação à célula-mãe (após replicação) ¼ da célula-mãe Metade Qualidade dos cromossomos das células- filhas Diferente informação genética relativamente à célula-mãe, devido ao fenômeno crossing-over e à separação ao caso dos cromossomas homólogos na anáfase I. A informação genética é idêntica à da célula-mãe. Emparelhamento de homólogos Ocorre (prófase I) Não ocorre Divisão do centrômetro Ocorre (anáfase II) Ocorre (anáfase) Diferenças na metáfase Ocorrem duas metáfases. Metáfase I: os cromossomas colocam-se aos pares na placa equatorial com os pontos de quiasma no centro e os centrômeros voltados para os polos. Metáfase II: Igual à metáfase Metáfase: os centrômeros estão na placa equatorial e os braços dos cromatídios estão voltados para os polos Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Divisão celular: Mitose x meiose Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Importância da meiose Possibilita a constância do número de cromossomos de geração a geração pela redução do número de diploide para haploide – gametas haploides. Possibilita o arranjo ao acaso dos cromossomos materno e paterno. Reposiciona os segmentos dos cromossomos através de cruzamentos dos segmentos cromossômicos – crossing-over. Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Gametogênese masculina: espermatogênese Sequência de eventos pelosquais as células germinativas primitivas se transformam em espermatozoides. Início na puberdade quando o organismo começa a secretar altos níveis de testosterona – intensa produção até a velhice. Ocorre no interior dos túbulos seminíferos. As células-tronco chamadas de espermatogônias são transformadas em espermatozoides. Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA • Espermatogônias • Espermatócito primário • Espermatócito secundário • Espermátides • Espermatozoides Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Espermatogênese. As espermatogônias ficam quiescentes até a puberdade quando são estimuladas a se proliferarem e crescerem. Dão origem aos espermatócitos primários (2n). Os espermatócitos primários entram na primeira divisão meiótica dando origem aos espermatócitos secundários (n). Os espermatócitos secundários entram na segunda divisão meiótica e dão origem às espermátides (n). Ao final, cada espermatogônia (2n) dará origem a 4 espermátides (n). Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Controle hormonal da espermatogênese. Ainda no embrião, já se inicia a produção de testosterona pelas células de Leydig e que é importante para o desenvolvimento dos caracteres sexuais primários e secundários. Por volta da puberdade, ocorre a maturação das células hipofisárias e se inicia a produção dos hormônios do eixo hipotálamo e da hipófise. Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Controle hormonal da espermatogênese. O hipotálamo inicia a produção do hormônio estimulante das gonodotrofinas (GnRH), que vai estimular a hipófise a produzir os hormônios LH e FSH – hormônios gonadotrópicos. LH – hormônio luteinizante Estimula as células de Leydig a produzir mais testosterona. FSH – hormônio folículo estimulante O FSH e a testosterona ativam as células de Sertoli que, por sua ve,z estimulam as espermatogônias a iniciarem a espermatogênese. LH Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Espermatogênese Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Espermiogênese A série de transformações que as espermátides sofrem até adquirirem formato de espermatozoides: A. Formação do acrossomo; B. Condensação do núcleo; C. Formação do colo, parte média e cauda; D. Eliminação da maior parte do citoplasma. Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Gametogênese feminina: ovocitogênese Processo que abrange a formação dos gametas femininos. Inicia-se ainda no período pré-natal e termina depois do fim da maturação sexual (puberdade). As células-tronco são as ovogônias que migraram do saco vitelino ainda no período embrionário e interrompem sua divisão celular na fase de prófase da meiose I. Dentro de cada folículo primordial existe um ovócito primário. No sétimo mês de desenvolvimento fetal, as ovogônias degeneram. A partir dessa fase não há mais formação de folículos. Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Ovogênese Células germinativas (2n) Meiose II (só se completa se ocorre fecundação) Período germinativo Período de crescimento Período de maturação Ovogônias (2n) 2n Mitose Ovogônias (2n) 2n 2n Crescimento sem divisão celular Ovócito I (2n) Meiose I 2n Ovócito II (n cromossomos duplicados) n Primeiro glóbulo polar (n cromossomos duplicados) n n n glóbulos polares (n) n n Óvulo (n) Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA • Aumento das células germinativas por mitose; • Crescimento das espermatogônias; • Redução do material germinativo por meiose; • Maturação estruturas e funcional. Fases da gametogênese masculina Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Espermatozoides Células móveis que nadam livremente. • Cabeça: contém núcleo haploide e é revestida pelo acrossomo (forma de capuz) que possui enzimas cuja a função é a penetração na corona radiata e zona pelúcida do ovócito. • Peça intermediária (da cauda): possui mitocôndrias – energia para o movimento da cauda. • Cauda: motilidade. Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Epidídimo Após sua produção no testículo são transportados passivamente até o epidídimo. Funções: • Armazenamento dos espermatozoides; • Reabsorção do fluido testicular e de espermatozoides “velhos”; • Maturação dos espermatozoides: motilidade progressiva e aptidão para fertilizar o ovócito. • Inserção de glicoproteínas na superfície celular e perda da gota citoplasmática. Gota citoplasmática distal – defeito do epidídimo Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Capacitação dos espermatozoides Ocorre durante a passagem dos espermatozoides pelas secreções do trato reprodutor feminino (muco cervical e fluido folicular). Desprendimento da cobertura superficial de glicoproteínas secretadas no epidídimo e de proteínas oriundas do líquido seminal; Aumenta a motilidade e ativa as proteínas que o ligam à zona pelúcida do ovócito. Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Gametogênese feminina Tem início no embrião quando células indiferenciadas migram do saco vitelino para as gônadas em desenvolvimento e se diferencial em ovogônias. As ovogônias se proliferam (mitose) durante a fase fetal. Antes do nascimento, algumas se diferenciam em ovócitos primários enquanto que as demais degeneram. Os ovócitos primários ficam parados na prófase I (meiose I). As células do estroma do ovário envolvem o ovócito primário formando o folículo primordial. A cada ciclo, vários folículos primordiais são recrutados pelos hormônios LH e FSH e iniciam a maturação. Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Meiose Ao contrário do aparelho reprodutor masculino em que uma espermatogônia dará origem a 4 espermatozoides, uma ovogônia dará origem a um ovócito. O ovócito é uma célula grande – recebe uma grande quantidade de citoplasma. Durante a formação do ovócito serão formados 4 corpúsculos polares. Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Controle hormonal Hipotálamo Fatores liberadores de gonadotrofinas Adenohipófise Liberação de gonadotrofinas FSH Estimula os desenvolvimento dos folículos ovarianos LH Estimula a ovulação Puberdade Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Ciclo hormonal feminino Adaptada de: http://www.educa.aragob.es/iescarin/depart/biogeo/varios/BiologiaCurtis/Seccion%207/ 7%20-%20Capitulo%2050.htm No início, ocorrem pequenos pulsos de FSH e LH que recrutam um grupo de folículos primordiais – maturação. À medida que esses folículos maturam iniciam a produção de estrogênio. Um dos folículos matura primeiro provocando a atresia dos outros folículos. O estrogênio provoca um surto de LH e FSH o que causa a ovocitação. O LH, então, provoca a luteinização das células foliculares. Histologia e Embriologia AULA 3: GAMETOGÊNESE MASCULINA E FEMININA Ciclo hormonal Retirado de: http://www.ufrgs.br/espmat/disciplinas/midias_digitais_II/modulo_II/fisiologia2.htm Assuntos da próxima aula: 1. Ciclo hormonal reprodutivo feminino. SDE0028 – Histologia e Embriologia Aula 4: Ciclo Hormonal Reprodutivo Feminino Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVOFEMININO Ciclo Hormonal Reprodutivo Feminino O ciclo menstrual na mulher adulta possui uma média de 28 dias, podendo variar entre 25 e 35 dias. Importante ressaltar que as modificações que ocorrem no útero e que levam a descamação do endométrio (período menstrual) são regidas pelas alterações que ocorrem nos ovários – ciclo ovariano. • Ciclo ovariano – período entre duas ovulações sucessivas. • Ciclo uterino – alterações no útero que acompanham o ciclo ovariano para que haja implantação do embrião. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Estrutura ovariana Os ovários são constituídos de: • Córtex – Folículos em diferentes estágios de desenvolvimento e células hilares (semelhantes a de Leydig). • Medula – Células estromais, células hilares, fibras de músculo liso, vasos e nervos. • Hilo – Onde penetram vasos e nervos. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Ciclo Ovariano Compreende 3 fases: • Fase folicular – pré-ovulatória (9 a 23 dias). Desenvolvimento final do folículo ovariano. Predomínio do estrogênio. • Fase ovulatória – ocorre pico dos hormônios LH e FSH e ocorre a ovulação (1 a 3 dias). • Fase lútea – se inicia após a ovulação em que predomina a progesterona (14 dias) e termina com a menstruação. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Ciclo Ovariano Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Desenvolvimento folicular Inicia-se na vida embrionária com a migração de células primordiais que se diferenciam em ovogônias. Entre as 6ª e 8ª semana embrionária as ovogônias entram em várias divisões mitóticas e aumentam em número. Entre as 11ª e 24ª semanas elas entram em um ciclo de divisões meióticas dando origem ovócitos primários cuja divisão fica interrompida na prófase I. Os ovócitos ficam quiescentes até a ovocitação. Esses ovócitos possuem um envoltório formado de células fusiformes do estroma e lâmina basal – Esse conjunto é dado o nome de folículo primordial. Ao nascimento existem em torno de 2 milhões de folículos primordiais que não mais se dividem. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Desenvolvimento folicular Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Hormônios do ciclo Gonadotrofinas – hormônios produzidos pelo eixo hipotálamo e hipófise (SNC). O hipotálamo produz o hormônio estimulante da gonadotrofina (GnRH) que estimula a hipófise a produzir os hormônios gonadotrópicos: • LH – hormônio luteinizante. • FSH – hormônio folículo estimulante. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Ações do FSH – hormônio folículo estimulante Estimula o crescimento dos ovários. Atua estimulando as células da granulosa dos folículos, induzindo: • Maturação dos folículos. • Produção de estrógenos. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Ação do LH – hormônio luteinizante Atua induzindo a ovocitação – liberação do ovócito do folículo. Estimula a formação do corpo lúteo – produção de progesterona. FSH LH Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Controle da produção de LH e FSH. Os hormônios LH e FSH são produzidos pela hipófise, que está localizada no SNC. Está ligada ao hipotálamo. O hipotálamo juntamente com a hipófise forma o eixo de controle de várias funções corporais. O hipotálamo controla a produção dos hormônios da hipófise através dos hormônios estimulantes. O GnRH é o hormônio estimulante de gonadotropina produzido pelo hipotálamo. GnRH Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Crescimento folicular A partir da puberdade, a cada ciclo, um grupo de folículos primordiais começa o processo de crescimento folicular que é estimulado pelo FSH. O ovócito cresce em volume e número de organelas e as células foliculares e fibroblastos que o circundam também crescem. Folículo primário unilaminar – as células foliculares se dividem formando uma camada de células cuboides. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Crescimento folicular As células foliculares continuam proliferando formando várias camadas – células da granulosa – folículo multilaminar. Zona pelúcida – camada espessa composta de várias glicoproteínas. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Crescimento folicular As células da granulosa continuam a aumentar em número. Começa a ocorrer um acúmulo de líquido folicular entre essas células formando um espaço entre as células – antro folicular. O líquido folicular é rico em progesterona, estrogênio e andrógenos. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Crescimento folicular As células ao redor da camada granulosa são influenciadas pelo LH e dão origem às células da TECA. As células da TECA interna produzem androstenediona que é transportada para as células da granulosa que possuem a enzima aromatase. A aromatase, presente nas células granulosas, converte a androstenediona em estrógeno. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Crescimento folicular As células da granulosa formam o cúmulos oophorus – apoio para o ovócito e a corona radiata – envolve o ovócito. Essas estruturas são ovocitadas juntamente com o ovócito. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Crescimento folicular Quando um dos folículos recrutados alcança o estágio de folículo de Graaf os outros folículos em crescimento entram em atresia. O ovócito e as células granulosas morrem e são fagocitadas. Fibroblastos invadem a área e produzem colágeno. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Ovocitação É estimulada por um pico de LH estimulado pelos altos níveis de estrogênio circulante. Ocorre ruptura de parte da parede do folículo e o ovócito é liberado. A primeira divisão meiótica é completada pouco antes da ovocitação (primeiro corpúsculo polar), porém é interrompida na segunda divisão na fase de metáfase II. As células da granulosa e da TECA interna que permaneceram no ovário sofrem ação do LH e formam o corpo Lúteo. O corpo lúteo é considerado uma glândula endócrina temporária produtora de progesterona Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Corpo Lúteo Produz progesterona e estrógenos. Dura em média 10 a 12 dias se não houver fertilização do ovócito – atresia – corpo amarelo ou albicans. Sofre fagocitose. Se entre em atresia, os níveis de progesterona diminuem e outro ciclo com aumento de FSH começa. Se o ovócito é fertilizado as células trofoblásticas sintetizam o hormônio gonadotrofina coriônica humana (HCG) – mantém o corpo lúteo pelos 4 meses iniciais da gravidez. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO O ciclo ovariano pode se resumir: • Crescimento do ovócito; • Desenvolvimento dos folículos (primordiais, primário, multilaminar, pré-antral e maduro – Graaf); • Degeneração de folículos (atresia folicular) ou ovulação – ruptura do folículo e liberação do ovócito; • Formação do corpo lúteo – regiões remanescentes do folículo rompido; • Degeneração de corpo lúteo (quando não ocorre a fertilização). Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Ciclo Menstrual Ocorre durante o período reprodutivo, a partir da puberdadeaté a menopausa. Processo cíclico decorrente da secreção alternada dos hormônios: LH, FSH, estrogênio e progesterona. O primeiro dia de menstruação é considerado o primeiro dia do ciclo – são consequência dos eventos ovarianos. Quando ocorre o recrutamento dos folículos primordiais para a maturação. Esses eventos produzem modificações estruturais cíclicas no útero. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Ciclo Menstrual - fases O Endométrio está dividido em camada basal e funcional. • Fase proliferativa ou folicular ou estrogênica: Inicia-se com o crescimento rápido dos folículos ovarianos – quando passam para a fase de pré-antral e antral iniciam a produção de estrógenos que estimulam a proliferação do endométrio (passa de 0,5 mm para 3 mm de espessura). • Fase secretória ou luteal: Inicia-se após a ovocitação e resulta da ação da progesterona secretada pelo corpo lúteo. A progesterona continua estimulando as glândulas. Estimula o armazenamento de glicogênio – nutrição. As glândulas se tornam mais tortuosas. Máxima espessura (5mm). • Fase menstrual: Se não houver implantação o corpo lúteo, entra em atresia e deixa de produzir progesterona. Os níveis de estrógenos e progesterona diminuem provocando retração das artérias que nutrem a camada funcional. Ocorre isquemia e necrose dessa região. Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Ciclo Menstrual Histologia e Embriologia AULA 4: CICLO HORMONAL REPRODUTIVO FEMININO Ciclo Hormonal Reprodutivo Feminino Com o fim do corpo lúteo, o suporte hormonal para o endométrio declina. As alterações vasculares ocorridas no endométrio resultam de inflamação ou de hipóxia e isquemia local, com consequente liberação de citocinas, morte celular e extravasamento de sangue para dentro da cavidade uterina resultando em sangramento vaginal. Acesse o site e veja maiores detalhes: http://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/acp-medicine/4456/menstruacao_normal_e_anormal.htm Assuntos da próxima aula: 1. Fertilização; 2. Primeira semana do desenvolvimento embrionário. SDE0028 – Histologia e Embriologia Aula 5: Fertilização e primeira semana de desenvolvimento embrionário Histologia e Embriologia AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Histologia e Embriologia Fertilização e primeira semana de desenvolvimento embrionário A fertilização normalmente ocorre nas tubas uterinas. Se não houver fertilização, o ovócito vai alcançar o útero e sofrer degeneração. Sinais químicos secretados dos ovócitos e das células foliculares guiam os espermatozoides já capacitados para o ovócito. Esse processo leva em torno de 24 horas. Histologia e Embriologia AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Fases da fertilização 1. Passagem dos espermatozoides através da corona radiata; 2. Penetração na zona pelúcida; 3. Fusão das membranas plasmáticas do ovócito e do espermatozoide; 4. Término da segunda divisão meiótica do ovócito e formação do pronúcleo feminino; 5. Formação do pronúcleo masculino; 6. Fusão dos pronúcleos e formação da célula diploide – zigoto. Histologia e Embriologia AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Corona Radiata: Reação acrossômica, liberação de hialuronidase e dos movimentos da cauda. Zona pelúcida: Enzimas estearase, acrosina e neuraminidase. A reação zonal ocorre assim que o espermatozoide atravessa a zona pelúcida – torna impermeável a outros espermatozoides. Ocorre pela ativação dos grânulos corticais. Passagem dos espermatozoides através da corona radiata e zona pelúcida Histologia e Embriologia AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Ocorre a degeneração da cauda do espermatozoide e o núcleo aumenta para formar o pronúcleo. Nesse momento, o ovócito com dois pronúcleos é chamado de oótide. As cromátides replicam seu DNA, os cromossomos se agregam formando uma célula diploide. Os cromossomos se rearranjam em fuso de clivagem. Formação do pronúcleo masculino e do zigoto Histologia e Embriologia AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Ocorre a fusão das membranas do ovócito e do espermatozoide com liberação do núcleo do espermatozoide no citoplasma do ovócito. Somente o núcleo do espermatozoide penetra, ficando para trás todas as estruturas do espermatozoide, inclusive as mitocôndrias. A penetração do ovócito o ativa a completar a segunda divisão meiótica – ovócito maduro e segundo corpo polar. Fusão das membranas e término da divisão meiótica do ovócito Histologia e Embriologia AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO • Estimula o ovócito penetrado a completar a segunda divisão meiótica; • Restaura o número diploide de cromossomos – 46; • Variação da espécie por meio da mistura de cromossomos paternos e maternos; • Determina o sexo cromossômico do embrião; • Causa ativação metabólica da oótide e inicia a clivagem. Resultado da Fertilização Histologia e Embriologia AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO • O processo de fertilização causa a ativação metabólica do ovócito – clivagem e desenvolvimento embrionário. • Clivagem – repetidas divisões mitóticas do zigoto – aumento do número de células. • As células denominadas de blastômeros se dividem e tornam-se menores em tamanho a cada divisão. • Após 3 dias da fecundação, o estágio de 16 blastômeros (16 células) é chamado de mórula, que é circundada pelas células trofoblásticas. Clivagem Histologia e Embriologia AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Clivagem Histologia e Embriologia AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO • O embrioblasto é uma massa de células que surge pela compactação das células dentro do blastocisto. • A cavidade do blastocisto é chamada de cavidade blastocística ou blastocele. • As células que envolvem o blastocisto são os trofoblastos. Blastocisto Histologia e Embriologia AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Clivagem e blastocisto na tuba uterina Histologia e Embriologia AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Mórula Clivagem e blastocisto Histologia e Embriologia AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO • Formado 4 dias após a fecundação. • A mórula forma uma cavidade no seu interior cheia de líquido a blastocele ou cavidade blastocística. • Separação em duas partes celulares: – Trofoblasto – camada delgada externa, dá origem a parte embrionária da placenta. – Massa celular interna – Embrioblasto – central, dá origem ao embrião. Blastocisto Histologia e Embriologia AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Vai ocorrer após seis dias da fertilização e ocorre no lado adjacente à massa celular interna – polo embrionário Implantação ou nidação Histologia e Embriologia AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Após a implantação o trofoblasto começa a se proliferar intensamente formando duas camadas: • Citotrofoblasto – camada de células mitóticamente ativas • Sinciciotrofoblasto – massa multinuclear onde não são vistos os limites teciduais. Produz enzimas que permitem a erosão do tecido materno e assim a implantação do embrião.O Epiblasto aparece por volta da sétimo dia. Dará origem ao ectoderma. Implantação Histologia e Embriologia AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Implantação O sinciciotrofoblasto invade o endométrio através dos seus prolongamentos digitiformes na área conhecida como polo embrionário. Vai produzir o HCG(β). Histologia e Embriologia AULA 5: FERTILIZAÇÃO E PRIMEIRA SEMANA DO DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Implantação Após 7 dias surge o hipoblasto – endoderma primitivo – voltada para a cavidade blastocística. Assuntos da próxima aula: • Segunda semana do desenvolvimento embrionário. SDE0028 – Histologia e Embriologia Aula 6 – Segunda semana do desenvolvimento Humano Histologia e Embriologia AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Eventos importantes da segunda semana • Formação do disco germinativo bilaminar; • Formação da vesícula ou cavidade amniótica; • Formação da vesícula (ou saco) vitelínica ou vitela; • Início da formação da placenta; • Primeiro contato materno e embrionário. Histologia e Embriologia AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Término da implantação do blastocisto O final da implantação só ocorre ao final da segunda semana (6 a 10 dias após ovocitação). À medida que o blastocisto se implanta, o trofoblasto, pela interação com o endométrio se diferencia em: • Citotrofoblasto: migram para o sinciciotrofoblasto, onde suas membranas se fundem; • Sinciciotrofoblasto: massa multinucleada que se expande – não tem limite celular visível. Histologia e Embriologia AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Sinciciotrofoblasto O sinciciotrofoblasto invade o tecido conjuntivo do endométrio. O endométrio já sofreu reação decidual – células deciduais, poliédricas com acúmulo de glicogênio e lipídeos. O sinciciotrofoblasto engloba as células deciduais que irão fornecer nutrição embrionária. Produção do hormônio hCG – gonadotrofina coriônica humana. Para saber mais: http://w3.ufsm.br/labhisto/cadernos/caderno1.pdf Embrião com 8 dias Histologia e Embriologia AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Formação do Disco embrionário Com a progressão da implantação do blastocisto, ocorrem mudanças no embrioblasto que resultam na formação de uma placa bilaminar – o disco embrionário – formado por duas camadas: • Epiblasto – mais espessa formada por células cilíndricas altas, voltadas para a cavidade amniótica. • Hipoblasto – formado por células cuboides adjacente à cavidade exocelômica. Histologia e Embriologia AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Formação da cavidade amniótica O epiblasto forma o assoalho da cavidade amniótica. Os amnioblastos migram e envolvem a cavidade formando o âmnio que forma a cavidade amniótica. Histologia e Embriologia AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Vesícula umbilical ou saco vitelino Células do hipoblasto migram para formar a membrana exocelômica que reveste a superfície interna do citotrofoblasto. As células do endoderma do saco vitelínico formam o mesoderma extraembrionário, que circunda o âmnio e o saco vitelino. Membrana + Cavidade Exocelômica = vesícula umbilical. Local de origem das células germinativas primordiais. Vão migrar para as futuras gônadas (ovogônias e espermatogônias). Vesícula Umbilical primitiva Histologia e Embriologia AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Espaços celômicos Com o desenvolvimento, surgem espaços celômicos isolados no interior do mesoderma extraembrionário. Posteriormente, fundem-se para formar o celoma extraembrionário, que envolve o âmnio e o saco vitelino. Resquício da vesícula umbilical Histologia e Embriologia AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Redes lacunares No sinciciotrofoblasto começam a surgir lacunas que se fundem para formar as redes lacunares – aspecto esponjoso. A penetração do sinciciotrofoblasto no endométrio provoca erosão dos capilares que extravazam sangue preenchendo as lacunas – nutrição do embrião. Histologia e Embriologia AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Saco coriônico • Surgem as Vilosidades Coriônicas Primárias • Celoma Extraembrionário divide o mesoderma extraembrionário em camadas: • Mesoderma somático extraembrionário – reveste o trofoblasto. • Mesoderma esplâncnico extraembrionário – envolve a vesícula umbilical. • Córion – forma a parede do saco coriônico (saco da gestação) – formado pelo citotrofoblasto, sinciciotrofoblasto e mesoderma somático extraembrionário. Histologia e Embriologia AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Desenvolvimento • Saco coriônico – Embrião + Saco Amniótico + Saco Vitelino – Suspensos pelo pedículo (cordão umbilical). • Celoma extraembrionário = Cavidade Coriônica. • Ultrassom transvaginal usado para medir o diâmetro do saco coriônico. • Surgimento da Placa pré-cordal (boca/cabeça) no hipoblasto. Histologia e Embriologia AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Placa pré-cordal Área circular espessada na região do hipoblasto – embrião com 14 dias. Importante organizador da cabeça – indica a região da boca. Histologia e Embriologia AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Implantações extrauterinas São conhecidas como gestações ectópicas. A maior parte ocorre nas tubas uterinas. Apresenta, na maioria dos casos, sintomas de gravidez. As causas são frequentes em relação ao atraso ou impedimento do transporte do zigoto para o útero. Causa rompimento da tuba uterina. A gravidez abdominal ocorre quando o zigoto é expelido para a cavidade abdominal e se implanta na bolsa retouterina. O feto pode ser retirado com vida apesar da intensa hemorragia peritoneal – risco de morte materna. Histologia e Embriologia AULA 6: SEGUNDA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO HUMANO Resumo da segunda semana • Transformações no endométrio (Reação da Decídua); • Formação do Disco Embrionário Bilaminar (Epiblasto e Hipoblasto); • Formação do Saco Vitelino; • Formação da Cavidade Amniótica; • Formação da Cavidade Coriônica; • Formação da Placa Pré-cordal. Assuntos da próxima aula: 1. Terceira semana de desenvolvimento embrionário. SDE0028 – HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA Aula 7: Terceira semana de desenvolvimento embrionário Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO • Gastrulação: formação das camadas germinativas; • Neurulação: formação do tubo neural; • Desenvolvimento dos somitos; • Desenvolvimento inicial do sistema cardiovascular; • Desenvolvimento das vilosidades coriônicas. Eventos da terceira semana Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO • É o processo que estabelece três folhetos germinativos; • A linha primitiva permitirá identificar o eixo céfalo-caudal do embrião, superfícies dorsal e ventral e os lados direito e esquerdo. Marca o início da gastrulação; • Disco bilaminar vai passar a Disco Trilaminar – ectoderma; mesoderma e endoderma; • Inicia com a formação da linha primitiva (epiblasto); • Formação do Mesênquima - Mesoderma intra-embrionário; • As células do epiblasto afastam o hipoblasto e gera o Endoderma Embrionário (teto do saco vitelino). Gastrulação Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO LINHA PRIMITIVA (identificar eixo cefalocaudal) • Resultado da proliferaçãoe migração das células do epiblasto para plano mediano do disco embrionário; • Linha primitiva alonga-se pela adição de células na extremidade caudal e a extremidade cefálica ⇨ prolifera formando o NÓ PRIMITIVO. • Dentro da linha primitiva ⇨ forma SULCO PRIMITIVO aumenta a DEPRESSÃO ⇨ e forma a FOSSETA PRIMITIVA. Linha primitiva Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Gastrulação Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Gastrulação Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Gastrulação Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Linha primitiva Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Três folhetos embrionários Serão formados 3 folhetos embrionários: • Mesoderma Intra-embrionário – células mesenquimais; • Endoderma Intra-embrionário – mesenquima deslocam o hipoblasto; • Epiblasto passa ser ectoderma intra- embrionário. Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Formação do tubo neural Células mesenquimais migram do nó em direção cefálica formando o processo notocordal (semelhante bastão) que cresce até a placa pré-cordal. Ao se fundir com a placa pré-cordal forma membrana bucofaríngea (futura boca). A notocorda é um bastão celular originado pela transformação do processo notocordal. Define o eixo primitivo do embrião. Futuro local da coluna vertebral. A notocorda induz a placa neural (ectoderma) que irá formar o tubo neural que dá origem ao SNC. Surgimento das cristas neurais – SNP. Neurulação Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Processo notocordal Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Neurulação Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Neurulação Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO O ectoderma se espessa sobre notocorda formando placa neural ⇨ origem SNC ⇨ encéfalo e medula espinhal. Placa neural estende-se além da notocorda ⇨ invaginação ⇨ sulco neural com pregas neurais (aumentam) e constituem sinais do desenvolvimento do encéfalo. Formação do tubo neural – fusão pregas neurais (final 3ª semana) Placa neural Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Tubo neural separa do ectoderma ⇨ forma células da crista neural – divide-se em direita e esquerda ⇨ migram do tubo neural. Estruturas derivadas da crista neural: • gânglios espinhais e do sistema nervoso autônomo; • gânglios dos nervos cranianos; • as bainhas dos nervos (células de Schwann); • revestimento meníngeo do encéfalo e da medula espinhal. Crista neural Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO • Mesoderma somitos • Desenvolve-se cefalocaudalmente • Dão origem: – Esqueleto axial (ossos do crânio, coluna vertebral, costelas e esterno). – Músculos associados. – Derme adjacente. – Determinação da idade do embrião. Formação dos somitos Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Somitos e idade do embrião Número de somitos correlacionados com a idade aproximada em dias Idade aproximada (em dias) Número de somitos 20 1 – 4 21 4 – 7 22 7 – 10 23 10 – 13 24 13 – 17 25 17 – 20 26 20 – 23 27 23 – 26 28 26 – 29 30 34 – 35 Fonte: SADLER, T. W. Langman – Embriologia Médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Somitos Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO • Celoma intra-embrionário divide mesoderma lateral em duas camadas: – Camada somática ou parietal – Camada esplâncnica ou visceral • Mesoderma somático e ectoderma – forma a PAREDE DO CORPO DO EMBRIÃO (somatopleura) • Mesoderma esplâncnico e endoderma – formam PAREDE DO INTESTINO DE EMBRIÃO (esplancnopleura). Dá origem a três cavidades: • Cavidades Pleurais • Cavidade Peritoneal • Cavidade Pericárdica Celoma intra-embrionário Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Celoma intra-embrionário Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO • O trofoblasto já diferenciado em vilosidades primárias – citotrofoblasto recoberto por uma camada sincicial. • O mesênquima (mesoderma extra-embrionário) cresce para dentro das vilosidades primárias em direção à decídua, formando vilosidades coriônicas secundárias. • Células mesenquimais (mesoderma extra-embrionário) das vilosidades diferenciam-se em capilares sanguíneos formando redes de capilares e células sanguíneas – vilosidades coriônicas terciárias. Vasos ligam-se ao coração embrionário • Desenvolvimento das vilosidades aumenta a superfície de troca de nutrientes entre circulação – materna e fetal. Vilosidades coriônicas Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Vilosidades coriônicas Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO • Inicia mesoderma extra-embrionário do saco vitelino, do pedículo e do córion. • Formação – sangue e vasos sanguíneos no embrião e membranas extra-embrionárias. • Células mesenquimais se agregam formando massas celulares ⇨ ilhotas sanguíneas ⇨ aparecem cavidades dentro ilhotas ⇨ células se achatam formando células endoteliais ⇨ formando vasos. • Células do sangue ⇨ a partir células endoteliais – (5ª semana). Sistema cardiovascular primitivo Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Sistema cardiovascular primitivo Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO Alantóide Pequeno divertículo na parede caudal do saco vitelino, e se estende pelo pedículo do embrião. Função: formação inicial do sangue e da bexiga. Os vasos sanguíneos do alantoide tornam-se as veias e artérias umbilicais. Histologia e Embriologia AULA 7: TERCEIRA SEMANA DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO • Linha Primitiva; • Formação da notocorda; • Formação do tubo neural; • Formação da crista neural; • Formação dos somitos; • Formação do celoma intra-embrionário; • Formação dos vasos sanguíneos e sangue; • Término da formação das vilosidades coriônicas. Resumo da terceira semana Assuntos da próxima aula: 1. Quarta a oitava semana de desenvolvimento embrionário. SDE0028 – HISTOLOGIA E EMBRIOLOGIA Aula 8: Noções gerais da quarta semana de desenvolvimento, organogênese e período fetal Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Introdução Da quarta até a oitava semana irão se estabelecer todas as estruturas internas e externas. No final da oitava semana o embrião já apresenta formato humano. A exposição do embrião à teratógenos nesse período – vírus e substância químicas, produz anomalias congênitas. Fases do desenvolvimento: • Crescimento – divisão celular e elaboração de produtos celulares; • Morfogênese – mudanças no tipo celular, formato da célula e no movimento celular; • Diferenciação – organização das células em um padrãopreciso de tecidos e órgãos para execução de funções. Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Dobramento do embrião É de fundamental importância para que se estabeleça o formato do corpo. O dobramento se dá nos planos mediano e horizontal. Os dobramentos das regiões cefálica, caudal e laterais ocorrem simultaneamente. Isso ocorre pelo rápido crescimento do embrião. Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Dobramento do embrião O dobramento ventral das extremidades do embrião produz as pregas cefálica e caudal, levando essas regiões a se deslocarem ventralmente, enquanto o embrião alonga-se cefálica e caudalmente. Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Pregas PREGA CEFÁLICA As pregas neurais se espessam para formar o primórdio do encéfalo. PREGA CAUDAL Crescimento da parte distal do tubo neural (primórdio da medula espinhal). PREGAS LATERAIS Crescimento rápido da medula espinhal e dos somitos que produzem as pregas laterais direita e esquerda. Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Prega cefálica No início, o encéfalo em desenvolvimento cresce para dentro da cavidade amniótica. Posteriormente, o prosencéfalo projeta-se cefalicamente, e ultrapassa a membrana bucofaríngea (ou orofaríngea), recobrindo o coração em desenvolvimento. Concomitantemente, o septo transverso, coração primitivo, celoma pericárdico e membrana bucofaríngea se deslocam para a superfície ventral do embrião. Durante o dobramento longitudinal, a parte dorsal do endoderma do saco vitelínico é incorporada ao embrião com o intestino anterior (primórdio do segmento inicial do sistema digestório). A prega cefálica também influencia a disposição do celoma embrionário já que após o dobramento, o celoma pericárdico fica em posição caudal em relação ao coração e cefálica, ao septo transverso. Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Prega cefálica Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Prega caudal Resulta do crescimento da parte distal do tubo neural. À medida que o embrião cresce, a região caudal projeta-se sobre a membrana cloacal. Durante esse dobramento, parte do Endoderma é incorporado como intestino posterior, cuja porção terminal dilata-se para formar a cloaca. Após o dobramento, o pedículo de fixação (ou pedículo de conexão), primórdio do cordão umbilical, fica preso à superfície ventral do embrião, enquanto a Alantoide é parcialmente incorporada. Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Pregas laterais Resulta do crescimento rápido da medula espinhal e dos somitos, formando as pregas laterais direita e esquerda, cujo crescimento desloca o disco embrionário ventralmente, formando um embrião praticamente cilíndrico. Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Derivados das camadas germinativas As três camadas germinativas formadas durante a gastrulação, dão origem aos primórdios de todos os tecidos e órgãos. Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Ectoderma • SNC • SNP • Epitélio sensorial do olho, nariz e ouvido • Epiderme e anexos(pelos e unhas) • Glândulas mamárias • Hipófise • Esmalte dos dentes Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Mesoderma • Tecido conjuntivo (cartilagem e osso) • Músculo estriados e liso • Coração, vasos sanguíneo e linfático • Rins e suprarrenal (córtex) • Ovários e testículos (ductos genitais) • Pericárdio, pleura e peritônio • Baço Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Endoderma • Revestimento epitelial (gástrico e respiratório) • Glândulas tireoides e paratireoides • Timo, fígado e pâncreas • Revestimento epitelial da bexiga urinária e uretra • Revestimento epitelial da cavidade de tímpano Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Estágio de Carnegie A classificação de Carnegie é um sistema padronizado de 23 estágios usados para fornecer uma cronologia unificada de desenvolvimento de vertebrados. Os estágios são delineados pelo desenvolvimento de estruturas e não pelo tamanho ou número de dias de desenvolvimento. Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Estágio de Carnegie Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Principais eventos da quarta semana O tubo neural é formado em frente aos somitos mas é amplamente aberto nas extremidades – neuroporos rostral e caudal. Com 24 dias o primeiro par de arcos faríngeos está visível – arco mandibular – mandíbula e maxila. O coração forma uma saliência ventral e bombeia o sangue. No 26º dia o neuroporo rostral já se fechou e o encéfalo anterior produz uma elevação saliente na cabeça. 26º a 27º são reconhecíveis os brotos dos membros superiores, fossetas óticas (orelhas) e placodes do cristalino (olhos). Longa eminência caudal. Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Embriões na quarta semana Embrião com 28 dias Embrião com +24 dias Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Quinta semana Pequenas mudanças; Crescimento da cabeça excede o crescimento das outras regiões; Brotos dos membros superiores tem forma de remos e os dos membros inferiores tem forma de nadadeiras; Os brotos dos membros superiores adquirem a forma de remos, e os dos membros inferiores, de nadadeiras; As Cristas Nefrogênicas indicam o sítio dos Rins Mesonéfricos. Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Sexta semana Membros superiores: cotovelos e placas das mãos, raios digitais; Saliências auriculares: intumescência em torno do sulco ou fenda faríngea; O sulco se torna o meato acústico externo e as saliências se fundem formando o pavilhão auricular; Olho é bem evidente: formação do pigmento da retina. Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Sexta semana Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Sétima semana Chanfraduras entre os raios digitais das placas das mãos com separação parcial dos futuros dedos. Forma-se o canal vitelino (ducto estreito que antes formava uma comunicação entre o intestino primitivo e o saco vitelínico) O intestino entra no celoma extraembrionário na porção proximal do cordão umbilical, formando a hérnia umbilical fisiológica que se dá por razão de a cavidade abdominal ser pequena demais para acomodar o intestino em crescimento. Histologia e Embriologia AULA 8: NOÇÕES GERAIS DA QUARTA SEMANA, ORGANOGÊNESE E PERÍODO FETAL Oitava semana Ao final da oitava semana o embrião tem feições nitidamente humanas; entretanto a cabeça é proporcionalmente grande (metade do corpo do embrião). Fusão das pálpebras. Cauda desaparece. Dedos das mãos separados,
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