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Avaliação Clínica da Função Autonômica do Coração Marília Kakumoto 12/0128934 Matheus Ravel Timo Barbosa 12/0130017 Gabriel Rodrigues 12/0118491 Iuri Primo 12/0121336 Matheus Moreira 12/0129931 João Gabriel P. C. de Andrade 12/0122022 Julio Cezar Cordeiro 12/0123606 Marina Santos 12/0129043 Lucilia Fraissat 12/0126826 Lucas Frizon Greggianin 12/0126362 Luis Daher 12/0126958 Jose Ribamar 12/0122880 João Pedro Leite Pereira 12/0122324 Brenda Sthefanía Maraví Universidade de Brasília Faculdade de Medicina Área de Clínica Médica Laboratório Cardiovascular Fisiologia Médica I - 174076 Prof. Dr. Hervaldo Sampaio Carvalho, MD, MSc, PhD. Introdução Sistema nervoso autônomo: mantém controle da vida vegetativa influencia as propriedades elementares do coração (automatismo, excitabilidade, condutibilidade e contratilidade) Transmite informações sobre o funcionamento do sistema cardiovascular até o sistema nervoso central (SNC) Introdução Introdução • Nervos simpáticos no coração - Aumento da atividade cardíaca • Nervos parassimpáticos no coração - Diminuição da atividade cardíaca Introdução Introdução As eferências do SNA não atuam de forma homogênea no coração. Nó sinusal, nó atrioventricular e miocárdio atrial recebe influencia equilibrada do simpático e parassimpático. Sistema de condução intraventricular, miocárdio ventricular e vasos coronários são predominantemente inervados por simpático. Método Materiais: - Mesa de exame - Placas e eletrodos - Braçadeiras - Pasta condutora - Gaze - Eletrocardiógrafo convencional - Bacia - Água gelada - Toalha - Tubo de Valsalva Método Estudante voluntário do gênero masculino (M.M., 1,70m,65kg, 19anos) foi convidado a se deitar em decúbito supino, com tórax desnudo, sobre cama de exame. O ambiente foi regulado para que não ocorresse interferências sonoras, visuais e mecânicas que pudessem interferir no resultado. Método Testes realizados para avaliar a função autonômica cardíaca: Teste do estresse mental Teste handgrip Manobra de Valsalva Teste da imersão da face em água Teste do estresse mental Teste do estresse mental O teste consiste em um estresse mental do tipo “Solução de Problemas” A fundamentação desse teste baseia-se na hipótese da hiper-reatividade pressórica Teste do estresse mental Método Durante o teste, o voluntário é monitorado por um ECG. Professor e outros voluntários fazem a marcação dos tempos. O voluntário deve fazer subtrações matemáticas durante o teste. O número 901 deveria ser subtraído do número 7, e assim sucessivamente. Frequência cardíaca, Pressão arterial e Frequência inspiratória são medidas. Teste do estresse mental Resultado FIGURA 1: Registro de ECG (derivação D1) antes do início do teste de aritmética mental. Frequência cardíaca média: 90 bpm. Pressão arterial sistêmica: 130 mmHg / 80 mmHg. Frequência respiratória: 23 ipm. Teste do estresse mental FIGURA 2: Registro de ECG (derivação D1) após 1 minuto da realização do teste. Frequência cardíaca média: 96 bpm. Pressão arterial sistêmica: 146 mmHg / 84 mmHg. Frequência respiratória: 28 ipm. Teste do estresse mental FIGURA 3: Registro de ECG (derivação D1) após 2 minutos da realização do teste. Frequência cardíaca média: 94 bpm. Pressão arterial sistêmica: 132 mmHg / 84 mmHg. Frequência respiratória: 24 ipm. Teste do estresse mental Teste Freq.Card. P.A.Sístole P.A.Diástole Freq.Resp. T- 0 90 130 80 23 T- 1 96 146 84 28 T - 2 94 132 84 24 Conclusão • Frequência cardíaca aumenta com o estresse mental causado pela conta matemática, em decorrência da ativação do sistema nervoso autônomo simpático • Após 2 minutos de teste essa frequência diminui. Isso ocorre devido a Adaptação Temporal, o indivíduo se acostuma com o teste, assim as respostas cardiovasculares diminuem. . Teste handgrip Teste handgrip Trata-se de um teste que realiza trabalho muscular sem que haja movimentação. Objetivo de avaliar a atividade do Sistema Nervoso Autônomo – especialmente a atividade simpática. Teste handgrip Método O voluntário deve realizar, com o auxílio de um esfigmomanômetro “adaptado”, contração máxima duas vezes. Calcula-se a força média, e solicita-se que o voluntário realize 40% da força máxima durante 2 minutos. Concomitantemente, mede-se a pressão arterial e faz-se o eletrocardiograma do paciente. Teste handgrip Resultado Figura 1) Registro do ECG (derivação D3) antes do início do teste. Frequência cardíaca média: 1500/15 = 100 batimentos/minuto. Pressão arterial sistêmica: 130 mmHg/ 80 mmHg. Teste handgrip Figura 2) Registro do ECG (derivação D3) no primeiro minuto do teste. Frequência cardíaca média: 1500/15 = 100 batimentos/minuto. Pressão arterial sistêmica: 150 mmHg / 98 mmHg. Teste handgrip Figura 3) Registro do ECG (derivação D3) no segundo minuto do teste. Frequência cardíaca média: 107 batimentos/minuto. Pressão arterial sistêmica: 150 mmHg / 100 mmHg. Teste handgrip Conclusão Contrações estáticas promovem limitação mecânica ao incremento do fluxo sangüíneo para a musculatura em atividade. O sistema cardiovascular aumenta a pressão arterial (PA) proporcionalmente à intensidade do esforço. Resposta pressórica positiva dependente da função simpática Teste handgrip Teste Freq.Card. P.A.Sístole P.A.Diástole Freq.Resp. T- 0 100 130 80 24 T- 1 100 150 98 28 T - 2 107 150 100 20 Manobra de Valsalva Manobra de Valsalva Dividida em duas fases Fase de pressão: expiração forçada mantendo-se a glote fechada. Fase de liberação: liberação do esforço, expirando o ar. Manobra de Valsalva Manobra de Valsalva Método Todo o procedimento foi monitorado por um eletrocardiógrafo. Solicita-se ao voluntário que realize: Etapa I: Inspiração rápida e profunda Etapa II: Expiração forçada contra o tubo, com a glote fechada, mantendo-se pressão média de 40 mmHg durante 20s Etapa III: Liberação brusca das vias aéreas, expulsando o ar dos pulmões Etapa IV: Respiração normal Manobra de Valsalva Observações O experimento foi realizado duas vezes, sendo que em ambas tentativas o paciente não conseguiu manter a expiração forçada no tempo adequado e apresentou sintomas como visão turva e cefaleia. Os resultados mostrados tiveram base na segunda tentativa da manobra pelo paciente, que foi inadequada, pois o paciente realizou a etapa II durante 10s (metade do tempo estimado). Manobra de Valsalva ECG (derivação aVL), frequência cardíaca basal de 100bpm. Observa-se a ocorrência de uma extrassístole ventricular Fase Inicial Manobra de Valsalva Etapa I Inspiração profunda. Frequência cardíaca de 107 bpm. Manobra de Valsalva Etapa I e início da etapa III Expiração com a glote fechada. Frequência cardíaca passa de 107 bpm para 125 bpm. Manobra de Valsalva Final da etapa III e etapa IV Observa-se bradicardia bem evidente. Frequência cardíaca média de 68bpm. Manobra de Valsalva Etapa IV Normalização da frequência cardíaca média para 94bpm. Manobra de Valsalva Manobra de Valsalva . • Índices encontrados para o paciente: RR (liberação): 400ms RR (pressão): 880 ms IV= 2,2 Manobra de Valsalva Conclusão Paciente apresenta o índice dentro da normalidade. Reflexos autonômicos são reativos tanto do ponto de vista simpático quanto parassimpático. Teste da imersão da face em água Teste da imersão da face em água Receptores faciais sensíveis a frio são ativados. Informações seguem até o núcleo do trato espinhal do trigêmio. Em seguida, alcançam o córtex (sensação de frio) e o hipotálamo (respostas autonômicas). Teste da imersão da face em água Método O voluntário encontra-se em posição sentada. Deve realizar: leve inspiração e imergir sua face em uma bacia com água. Mantém-se nessa posição durante o maior tempo que conseguir. O processo é monitorado por um ECG. Teste da imersão da faceem água Frequência cárdica média: 1500/11 = 136 batimentos/minuto Situação inicial Teste da imersão da face em água Frequência cardíaca média: 1500/17 = 88 batimentos/minuto Primeiro período de imersão Teste da imersão da face em água Segundo período de imersão Frequência cardíaca média: 1500/17 = 88 batimentos/minuto Teste da imersão da face em água Terceiro período de imersão Frequência cardíaca média: 1500/15 = 100 batimentos/minuto Teste da imersão da face em água Quarto período de imersão Frequência cardíaca média: 1500/17 = 88 batimentos/minuto Teste da imersão da face em água Quinto período de imersão Frequência cardíaca média: 1500/21 = 71 batimentos/minuto Teste da imersão da face em água Período final do teste Frequência cardíaca média: 1500/28 = 53 batimentos/minuto Teste da imersão da face em água Período de recuperação Frequência cardíaca média: 1500/15 = 100 batimentos/minuto Teste da imersão da face em água Conclusão O voluntário já havia iniciado o teste com um quadro de taquicardia decorrente da manobra de Valsalva. Ritmo juncional após inicio do teste é algo incomum. Retorno repentino ao ritmo sinusal Breve periodo de aumento de frequencia cardíaca antes de tender à bradicardia. Teste da imersão da face em água Conclusão Bradicardia observada é decorrente de influência vagal(parassimpático). Influência simpática: vasoconstrição periférica. Após a retirada da face da água a frequência cardíaca voltou a se elevar, reestabelecendo o padrão normal. Referências Guyton, AC; Hall, JE. Tratado de Fisiologia Médica (tradução). Editora Elsevier. 12°Ed. 2011. Berne, RM; Levy, MN; Koeppen, BM; Stanton. Fisiologia (tradução). Editora Elsevier. 6° Ed. 2009. Junqueira Jr, LF; Jesus, PC; Carvalho, HS. Roteiro da Avaliação Clínica da Função Autonômica Cardíaca. Junqueira Jr, LF; Soares, LD. Impaired autonomic control of heart interval changes to valsalva manoeuvre in Chagas’disease without overt manifestation. Autonomic neuroscience: basic and clinical. 2002. Junqueira Jr, LF. Teaching cardiac autonomic function dynamics employing the Valsalva maneuver. Advan in Physiol Edu. 2008. Critchley, HD e cols. Cerebral correlates of autonomic cardiovascular arousal: a functional neuroimageing investigation in humans. Journal of physiology. 2000. Loures e cols. Estresse Mental e Sistema Cardiovascular. Arquivo Brasileiro de Cardiologia. 2002 Referências WITTMERS, Lorentz; POZOS, Robert; FALL, George; BECK, Lloyd. Cardiovascular responses to face immersion (the diving reflex) in human beings after alcohol consumption. Annals of Emergency Medicine - September 1987 (Vol. 16, Issue 9, Pages 1031-1036). BRUGNARA, Laura. Avaliação da resposta autonômica simpática à exposição da face ao frio de indivíduos normais e de pacientes com Diabetes Mellitus com e sem microangiopatia.(Monografia). FOGOROS, Richard N. Supraventricular Tachycardia (SVT). Disponível em: <http://heartdisease.about.com/od/palpitationsarrhythmia /a/Supraventricular-Tachycardia-Svt.htm>. Acesso em: 12 julho 2013. http://www.proac.uff.br/lace/sites/default/files/ac_arq_bras_cardiol_1992_testes_autonomicos_cardiovasculares._uma_revisao_critica._parte_ii.pdf
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