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* SISTEMA TEGUMENTAR * SISTEMA TEGUMENTAR PELE DERIVADOS EPIDÉRMICOS OU ANEXOS: PÊLOS GLÂNDULAS SEBÁCEAS GLÂNDULAS SUDORÍPARAS UNHAS * FUNÇÕES Protege contra: o dano e a invasão bacteriana a perda de água por evaporação o atrito os raios ultravioleta do sol Grande receptor para as sensações gerais: dor pressão tato temperatura . * FUNÇÕES Colabora na termorregulação do corpo Participa na excreção de substâncias O precursor 7-desidrocolesterol, pela ação da luz ultravioleta, é convertido em Vit.D3 Absorve certas substâncias lipossolúveis (fins terapêuticos) Importante para o exame físico A pele pode ser substituída por enxertos de pele de outras áreas A pele não é impermeável a tudo * PELE (TEGUMENTO, CÚTIS) É o maior órgão do corpo Forma sua cobertura externa 16% do peso corporal Divisão da Pele EPIDERME DERME ATENÇÃO: Hipoderme = Tecido celular subcutâneo. * Característica da pele Difere na maior parte do corpo (em textura e espessura = < 1 mm a > 5 mm). Em dois lugares há diferença marcante: palma das mãos planta (sola) dos pés * Classificação * * * * ESTRUTURA DA EPIDERME Apresenta 5 camadas/estratos (pele espessa): 1 - Estrato basal (estrato germinativo) 2 - Estrato espinhoso 3 - Estrato granuloso 4 - Estrato lúcido 5 - Estrato córneo 1 + 2 = Camada de Malpighi. * * * * * * * * * * * EPIDERME Origem: Ectoderma Epitélio pavimentoso estratificado queratinizado: Queratinócitos Melanócitos Células de Langerhans Células de Merkel Espessura depende da região (vide classificação) * QUERATINÓCITOS Origem: Ectodérmica São as células mais numerosas da epiderme Presentes em todas as camadas da epiderme Constantemente renovados na camada de Malpighi Atividade mitótica princ. à noite Síntese de queratina Barreira impermeabilizante * * * Síntese de Queratina Muitos dos ribossomas livres se dedicam à síntese de queratina A queratina vai se agrupando em filamentos de queratina Esses filamentos são classificados em filamentos intermediários, chamados de Tonofilamentos Esses filamentos se agrupam em feixes designados de Tonofibrilas ( dão a cor eosinofílica ao citoplasma da células na medida que vão acumulando as tonofibrilas) * * * Grânulos de querato-hialina Tem forma irregular e tamanhos variados. Intensamente basofílicos, facilmente vistos em cortes histológicos de rotina. Sintetizados pelos ribossomas livres da parte superior do estrato espinhoso e vistos nos queratinócitos da camada granulosa. Contém as duas principais proteínas: filagrina e tricoialina, que promovem a agregação de filamentos de queratina a tonofibrilas (queratinização) = transformando as células da granulosa em queratinizadas da camada córnea. Célula cornificada = (queratinizada) envolve também decomposição do núcleo e de organelas e espessamento da membrana plasmática. As células que vão descamar acumulam fosfatase ácida que é considerada participante da exfoliação dessas células queratinizadas. * * * * * Formação dos corpos lamelares São revestidos de membrana e contém glicoesfingolipídios, fosfolipídios e ceramidas São formados pelo aparelho de Golgi O conteúdo é liberado por exocitose nos espaços intercelulares entre o estrato granuloso e o estrato córneo A organização em lamelas lipídicas intercelulares é responsável pela formação da Barreira hídrica epidérmica necessária para os epitélios “secos” dos mamíferos. * * MELANÓCITOS Origem: Crista Neural Células arredondadas Prolongamentos citoplasmáticos longos Principalmente no estrato basal e sem adesão (desmossomos) com os queratinócitos Número igual nas diversas raças mas varia nas diferentes regiões do corpo Responsável pela síntese de melanina * * * * SÍNTESE DA MELANINA Enzima tirosinase (sintetizada ao nível do REG e acumulada em vesículas = pré-melanosomos) ↓ Tirosina (que chega pelos capilares sanguíneos e penetra no melanócito) ↓ Dopa (3,4-diidroxifenilalanina) ↓ MELANINA (grãos) → QUERATINÓCITOS * * * Grãos de Melanina (melanossomos): CAUCASIANOS menores e em pouca quantidade, concentrados mais nos queratinócitos próximos da camada basal nas proximidades do núcleo do queratinócito degradados rapidamente pelos lisossomas NEGROS grandes e numerosos em todas as camadas da epiderme, incluindo a camada córnea espalhados por todo citoplasma do queratinócito resistentes à degradação pelos lisossomas * CORRELAÇÃO CLÍNICA LUZ ULTRAVIOLETA Escurece a melanina e acelera a síntese de tirosinase, aumentando a produção de melanina. DOENÇA DE ADDISON Produção insuficiente de cortisol pelo córtex da suprarrenal e, com isso, o ACTH é produzido em excesso, o que leva à hiperpigmentação. ALBINISMO Alteração genética da síntese de tirosinase = não há produção de melanina. Os melanossomas estão presentes, mas os melanócitos não produzem tirosinase. DEFICIÊNCIA DA EXPRESSÃO DO GENE Bc 12 Causa apoptose das células tronco de melanócitos e consequente diminuição dos melanócitos. OBS. : A idade também diminue o número de melanócitos. Pessoas com mutação do gene Bc 12 = tornam-se prematuramente grizalhas. * CÉLULAS DE LANGERHANS Origem: MO (SFM) 2 a 4% da população da epiderme (estrato espinhoso) São células ramificadas (com prolongamentos dendríticos semelhantes ao melanócito estrelado) Evidenciadas através de técnicas especiais (impregnação pelo ouro) Apresentadoras de antígenos às células T (desencadeamento de hipersensibilidade por contato cutâneo) = dermatite alérgica por contato * CÉLULAS DE MERKEL Origem: Crista Neural Dispersas entre os queratinócitos basais, prolongamentos aderidos a eles por desmossomas Base em contato com a terminação amielínica de uma fibra nervosa sensitiva, formando um receptor especial, que funciona como mecanorreceptor Pode liberar substância semelhante a neurotransmissores = sugere atividade relacionada ao DNES * * DERME Origem: Mesoderma Tecido conjuntivo sobre o qual se apóia a epiderme comunicando-a com a hipoderme Divisão da Derme PAPILAR RETICULAR Junção dermoepidérmica Obs. Dermatologia * * * * DERIVADOS EPIDÉRMICOS (ANEXOS) PÊLOS GLÂNDULAS SEBÁCEAS GLÂNDULAS SUDORÍPARAS UNHAS * PÊLOS Origem: invaginação da epiderme (folículo piloso) Estruturas delgadas, queratinizadas COR, TAMANHO, DISPOSIÇÃO: variável com a raça e região do corpo LOCALIZAÇÃO: em toda cobertura do corpo EXCETO: regiões laterais e palmares das mãos, correspondentes dos pés, lábios, glande do pênis e do clitóris, e nas regiões circunvizinhas dos orifícios urogenitais CRESCIMENTO: Descontínuo (cíclico) intercalado com fases de repouso Padrão mosaico (não há sincronização com o dos pêlos vizinhos) * * * Estrutura do folículo piloso (fase de crescimento = plenitude total = estrutura completa). 1 - Bainha radicular (epitelial) externa Porção mais externa do folículo piloso que se origina da epiderme Apresenta sua espessura constituída de várias camadas de células na maior parte do folículo piloso 2 - Bulbo Expansão (dilatação) que o folículo piloso faz na sua extremidade profunda Revestido por única camada de células * * * * Estrutura do folículo piloso 3 - Papila dérmica Corresponde a uma invaginação de tecido conjuntivono bulbo Tem ação indutora sobre o epitélio que recobre Lesão da papila = ausência de pêlo 4 - Raiz do pêlo (matriz) Constituída de células que recobrem a papila dérmica Estas células da matriz vão constituir: as camadas do pêlo as camadas da bainha radicular interna * * * Estrutura do folículo piloso 5 - Pêlo (três camadas) Medula Formada por células centrais da matriz que se tornam grandes, vacuolizadas e fracamente queratinizadas Vista em certos pêlos grossos Córtex Formada por células da matriz que se tornam mais queratinizadas, dispostas compactamente, e vão circundar a medula do pêlo Cutícula do pêlo Surge de células mais externas da matriz que se apresentam fortemente queratinizadas, envolvendo o córtex como escamas Admite-se que esta camada contribua muito para a resistência do pêlo. * * * * * Estrutura do folículo piloso 6 - Bainha radicular (epitelial) interna Cutícula justaposição de células semelhantes a escamosas. Camada de Huxley uma ou mais camadas de células achatadas. Camada de Henle única camada de células cúbicas. OBS. A bainha radicular interna, constituída de queratina mole, desaparece na altura da região onde desembocam as glândulas sebáceas no folículo piloso, ou seja, ela é dissolvida pela secreção dessas glândulas. * * * * * * Estrutura do folículo piloso 6 - Membrana vítrea: membrana basal espessada que separa o folículo piloso da bainha de tecido conjuntivo. 7 - Bainha de tecido conjuntivo: conjuntivo mais espesso onde se insere o músculo eretor do pêlo. * * * MÚSCULO ERETOR DO PÊLO (PILOERETOR) Disposto obliquamente e constituído de fibras musculares lisas Insere-se de um lado na bainha de tecido conjuntivo e do outro na camada papilar da derme. Sua contração promove o eriçamento do pêlo, daí o seu nome Pêlo – queratina dura = células não descamam Pele – queratina mole = células descamam continuamente * * * PIGMENTAÇÃO DO PÊLO Processa-se a partir de melanócitos que se dispõem entre a papila e o epitélio da matriz Análogo ao que ocorre na epiderme * * * GLÂNDULAS SEBÁCEAS ORIGEM surgem como proliferação da bainha radicular epitelial externa do folículo piloso (nos 2/3 a partir do bulbo). LOCALIZAÇÃO: derme de praticamente toda a superfície do corpo, exceto palma das mãos e planta dos pés. ESTRUTURA: acinar ramificada simples. * * * * GLÂNDULAS SEBÁCEAS Ducto: Epitélio estratificado pavimentoso. É curto e desemboca no folículo piloso, exceto na glande e pequenos lábios que ocorre diretamente na superfície da pele. Ácinos: Formados por uma camada externa de células epiteliais achatadas que repousam sobre uma lâmina basal. Estas células proliferam, tornam-se arredondadas e acumulam o produto da secreção de natureza lipídica (oleosa = sebo). As células mais centrais vão perdendo os núcleos, morrem e se rompem, fazendo parte da secreção (holócrina). Excesso de secreção = ACNE. * * * GLÂNDULAS SUDORÍPARAS 1 - ÉCRINA Importante papel na regulação da temperatura do corpo pelo resfriamento resultante da evaporação do suor. 2 - APÓCRINA Em certos animais, produzem odores característicos que permitem o reconhecimento entre eles. * GLÂNDULA SUDORÍPARA ÉCRINA ORIGEM: invaginação da epiderme. LOCALIZAÇÃO: Na profundidade da derme de todos os locais EXCETO lábios, glande Numerosas na pele espessa das mãos e pés ESTRUTURA: Glândula simples tubulosa enovelada. * * GLÂNDULA SUDORÍPARA ÉCRINA Ducto: Diâmetro menor que da parte secretora, constituído de um epitélio cúbico simples biestratificado sobre uma lâmina basal Células menores e mais escuras do que as da porção secretora Começa na região secretora de forma espiralada, atravessa a derme como espiral suave e volta a espiralar-se ao atravessar a epiderme, onde penetra através da crista interpapilar Na epiderme o ducto não possui parede própria e seu orifício é visível na impressão digital * * * * GLÂNDULA SUDORÍPARA ÉCRINA Porção secretora: Células mioepiteliais, células claras e células escuras (M.E.) As células escuras estão adjacentes à luz e as claras estão entre as escuras e mioepiteliais Entre as células claras há canalículos que conduzem a secreção para a luz As células claras apresentam características de células que transportam íons e água (secreção aquosa do suor) As células escuras possuem grânulos com glicoproteínas * * * * Características do suor: Líquido extremamente fluido, pobre em proteínas, rico em cloreto de sódio, uréia, ácido úrico e amônia em quantidade variável Alterações podem indicar estados patológicos * GLÂNDULA SUDORÍPARA APÓCRINA ORIGEM: a partir da mesma invaginação que origina o folículo piloso, acima da desembocadura da glândula sebácea LOCALIZAÇÃO: Derme profunda e hipoderme Distribuição limitada no humano: axilas, aréola e mamilo da glândula mamária, região circum-anal OBS: As glândulas de Moll das margens das pálpebras e as glândulas ceruminosas do canal auditivo são consideradas glândulas apócrinas modificadas * GLÂNDULA SUDORÍPARA APÓCRINA ESTRUTURA: tubulares e enoveladas, podendo ser ramificadas Ácino: Um só tipo de célula, cúbica ou cilíndrica baixa eosinófila Diferentemente da écrina, possui luz ampla Também possui células mioepiteliais adjacentes à membrana basal Ducto Excretor: Parece como da écrina, mas em vez de desembocar na epiderme, elimina seu conteúdo no folículo piloso no nível acima da glândula sebácea Sua secreção é mais viscosa, contendo proteína * * * Inervação das glândulas sudoríparas Écrina: fibras colinérgicas (parassimpático do SNA) Respondem ao calor e às pressões nervosas (transpiração abundante nas palmas das mãos e testa, em resposta ao stress agudo) Apócrina: fibras adrenérgicas (simpático do SNA) Respondem aos estímulos emocionais e sensoriais, mas não ao calor * UNHAS São placas queratinizadas (ou córneas), transparentes, ligeiramente curvas, que recobrem a superfície dorsal das porções terminais dos dedos das mãos e dos pés. 1. Leito ungueal Superfície do dedo que é recoberta pela unha A unha repousa sobre este leito que tem estrutura típica de pele. 2. Raiz da unha Porção proximal da unha que fica incluída numa prega cutânea (dobra da pele). É nesta região que se observa a formação da unha. * R * * * UNHAS 3. Matriz da unha: Constituída pelas células do leito ungueal situadas sob a raiz da unha. Estas células se dividem, migram para a raiz da unha e nesta região, diferenciam-se e produzem a queratina dura (placa córnea) da unha. Crescimento da unha: se dá no sentido distal do membro, deslizando sobre o leito ungueal, pelo constante acréscimo de células queratinizadas (escamas córneas compactas fortemente aderidas) oriundas da raiz da unha. * * * UNHAS 4. Lúnula: Vista de cima, corresponde à área clara, em forma de crescente, na raiz da unha. Reflexo da queratinização parcial. 5. Cutícula ou eponíquio: Borda da dobra cutânea que recobre a raiz da unha. 6. Hiponíquio: Espessamento da epiderme que se une à borda livre da placa ungueal, sob sua superfície inferior. * * * INERVAÇÃO DA PELE A pele é o receptor sensorial mais extenso do corpo. 1 - Terminações nervosas livres Amielínicas Localizadas na epiderme, folículos pilosos e glândulas, São sensíveis ao toque, pressão, dor, temperatura, coceira eoutras sensações. Obs. Vibrissas do gato: folículos pilosos (órgãos táteis importantes). * * INERVAÇÃO DA PELE 2 - Terminações nervosas encapsuladas – 2.2 - Corpúsculos de Pacini: Grandes (1 a 4mm x 2mm), ovóides, na derme e hipoderme dos dedos das mãos e nas mamas. Contém terminação de 1 fibra nervosa mielinizada que perde a cobertura de mielina ao penetrá-lo. A fibra nervosa ocupa a posição axial. A bainha endoneural (endoneuro) é contínua com a cápsula do corpúsculo (camadas ou lamelas de células achatadas com espaços entre elas cheio de líquido) semelhante a face da cebola cortada (fatiada). Pressão, toque e vibração. * * * * * Corpúsculos de Meissner Cilindros nas papilas dérmicas das porções glabas (sem pêlos) dos dedos e nas palmas das mãos. Terminações não mielinizadas e células de Schwann modificadas de sustentação que ziguezaqueiam pelo corpúsculo. Receptores táteis. Corpúsculos de Ruffini Distensão e pressão. Bulbo terminal de Krause Mecanorreceptor encapsulado presente na camada papilar da derme. Função desconhecida (antes frio). * * FIM
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