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Didática
Profa. Therezinha Conde
Aula 08
Planejamento didático, procedimentos de ensino e os recursos como meios auxiliares da prática 
 
O QUE SÃO PROCEDIMENTOS DE ENSINO?
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São meios para alcançar objetivos gerais e específicos do ensino, ou seja, ao “como” do processo de ensino, englobando as ações a serem realizadas pelo professor e pelos alunos para atingir objetivos e conteúdos. É o caminho para se alcançar objetivos (LIBANEO, 2013). Segundo o autor, estamos sempre perseguindo objetivos e estes não se realizam por si mesmos, sendo necessária a atuação docente, ou seja, a organização de ações para atingi-los.
São procedimentos que colocam o aluno em contato direto com coisas, fatos ou fenômenos que lhes possibilitem modificar sua conduta, em função dos objetivos previstos. Dizem respeito às formas de intervenção na sala de aula; são ações, processos ou comportamentos planejados pelo professor, de modo que o aluno entre em contato direto com a ciência, com o conhecimento científico (HAYDT, 2006). 
O método de ensino deve ser entendido como caminho para a promoção de ações pedagógicas conscientes, organizadas criticamente, com a finalidade de tornar o trabalho docente e discente mais fácil e mais produtivo para o alcance das metas desejadas e necessárias para o desenvolvimento integral dos educandos (RAYS, 2011). 
Espera-se que o professor em formação se aproprie criticamente, resgatando sua condição de professor pesquisador, sujeito autônomo de sua prática, de modo que não adote um método pelo método, uma técnica pela técnica sem saber o que está fazendo e porque está adotando tal prática. 
A ideia, aqui, não é que vocês reproduzam mecanicamente estratégias ou ações realizadas, apontadas por outros, mas, que busquem caminhos, tomem decisões com consciência, dando conta de suas práticas em caso de questionamentos por parte de alunos ou colegas de trabalho e superiores. É preciso argumentar sobre o que se está fazendo e porque se está fazendo; é preciso adotar uma prática fundamentada.
“Eu fujo de nomes e métodos, pois penso que o professor de história que veste a camisa de um método, corre o risco de se fechar no desafio que cada turma, a cada aula, costuma apresentar. Afinal, ele lida com pessoas e elas nos surpreendem sempre. A história explica isso. A sala de aula é um nascedouro de raciocínios que fazem uma aula nunca ser igual a outra. O que importa é despertar o interesse do aluno, levá-lo à reflexão e ao espírito crítico... Se isso é método, então é o que eu sigo” (Lucy Valentini, 2001). 
ALGUMAS POSSIBILIDADES DE PROCEDIMENTOS DE ENSINO
Método da desmistifação da ciência, dos fatos, da realidade:
Método da Problematização, da Conscientização (Paulo Freire)
TEMAS GERADORES DE DISCUSSÃO
Método da Contradição (Alonso Rays)
Essa abordagem se trata de enfrentarmos os paradoxos entre a teoria e a prática no processo de aprendizagem. Para o autor, o professor deve proporcionar ao educando um modo significativo de assimilação crítica da ciência representada na escola pela matéria de ensino e o confronto desta com as necessidades sócio-culturais dos diferentes grupos sociais que frequentam a mesma escola. O ensino como fenômeno da realidade concreta é um processo que se desenvolve dialeticamente. Para tanto, torna-se premente a interrelação entre a informação acabada (a cultura elaborada) e a produção do conhecimento.
A professora Regina teve que pensar num ' mini discurso' para falar de diferenças de mundo, da 'farsa' das ilustrações dos livros, da ideologia dominante por trás daquilo tudo e acrescentou que parecia até “novela das oito” com aquelas mesas com 12 lugares e aquele café da manhã de hotel 5 estrelas. Ao tratar desse assunto em um dos fóruns de didática, ela fez o seguinte questionamento: “Agora, imagine só se eu tentasse apresentar o termo sem ter tido essa preocupação? O que passaria pela cabeça dos meus alunos? Eu falando inglês fluentemente, em cima do meu salto alto, dizendo que o 'normal' é a pessoa jantar no seu ‘dinning room’ e os alunos comendo no chão?” 
Apesar da contradição entre teoria e prática, entre conhecimento científico, escolarizado e conhecimento popular, não significa dizer que a professora não deveria ensinar os termos, o vocabulário sofisticado, pois, como contribuir, então, para a libertação da condição de opressão? Como contribuir para transformar realidades sociais? 
Método da aula prática/aula-passeio; 
Método do aprender fazendo (J. Dewey) 
“Agir como uma meta é agir inteligentemente. Aprender fazendo”. Ação precede o conhecimento e o pensamento. “Antes de existir como um ser pensante, o homem é um ser que age”. Trata-se de um método ativo que valoriza a experiência concreta do aluno que observa, manipula materiais, objetos, experimenta, pesquisa. Considerado como método da descoberta, pois, o aluno fica em contato direto com o meio natural, tendo como objetivo o desenvolvimento espontâneo e intelectual. A ideia é fazer com que o aluno aprenda atuando e não mais, apenas ouvindo seu professor dissertar sobre conteúdos de ensino. O trabalho do aluno deve estar orientado para um fim prático bem definido como construir um brinquedo, o que levou o educador progressista como Libâneo (2013) denomina-lo de pragmatista, progressivista, escolanovista ou, ainda, escola ativa. 
Método da interdisciplinaridade 
“O ensino interdisciplinar nasce da proposição de novos objetivos, de novos métodos, de uma nova pedagogia, cuja tônica primeira é a supressão do monólogo e a instauração de uma prática dialógica. Para tanto, faz-se necessário a eliminação das barreiras entre as pessoas que pretendem desenvolvê-las” (FAZENDA, 1991, p.33). “Não significa desrespeitar a ‘verdade’ de cada disciplina; é uma relação dialógica em que a posição é de construção do conhecimento”. “A atitude interdisciplinar nos ajudam a viver o drama da incerteza e da insegurança. Possibilita-nos dar um passo no processo de libertação do mito do porto seguro” (JAPIASSU citado por FAZENDA, 1991, p.35). 
“Outros” Métodos/estratégias:
Dedutivo – é aquele que vai do geral para o particular; 
Indutivo – aquele que vai do particular; para o geral; e analógico – é aquele que faz a integração dos outros dois). 
Estudo dirigido, aula expositiva, jogos, dramatizações, de projetos, Estudo de casos, Foruns, Chats, Teleaulas, Mapas conceituais
Mapas conceituais
São diagramas indicando relações entre conceitos, ou entre palavras usadas para representar conceitos [...]Embora normalmente tenham uma organização hierárquica e, muitas vezes, incluam setas, tais diagramas não devem ser confundidos com organogramas ou diagramas de fluxo, pois não implicam sequência, temporalidade ou direcionalidade, nem hierarquias organizacionais ou de poder. Mapas conceituais são diagramas de significados, de relações significativas; de hierarquias conceituais, se for o caso [...]Mapas conceituais não buscam classificar conceitos, mas sim relacioná-los (MOREIRA, 1997). 
RECURSOS DIDATICOS
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Tipos de Recursos Didáticos:
Recursos materiais:
Naturais: animais, plantas, água;
Inanimados: equipamentos: data show, TV, vídeo, retroprojetor, slides, gravuras, quadro, jornal, revista, cartaz, fotos, computador, textos, etc.
Recursos humanos: aluno, professor, pessoal da escola, comunidade.
Didática
Profa. Therezinha Conde
Atividade
Produzindo texto com autonomia
O que você poderia dizer, escrever respaldado na perspectiva progressista/crítica da educação sobre o professor que respalda a prática na perspectiva tradicional de ensino? Produza seu texto, de modo queapareça a palavra prática pedagógica.
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