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Guia de Estudos da Unidade 1 - Introdução à Pedagogia

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Introdução à Pedagogia
UNIDADE 1
2
INTRODUÇÃO A PEDAGOGIA
UNIDADE I
Para início de conversa
Olá, aluno(a), seja muito bem-vindo a nossa primeira unidade desta disciplina de Introdução a Pedagogia, 
conto com seu comprometimento em nossa jornada de estudos. 
orientações da disciPlina
Antes de darmos início aos nossos estudos, é importante fazer alguns comentários sobre como vamos 
conduzir nossa descoberta a essa disciplina!
Vamos dar início ao estudo da Pedagogia, desde sua definição até as etapas da evolução histórica da pro-
fissão. Na disciplina, além deste guia de estudo, está disponível um livro-texto e é de suma importância 
que o mesmo seja lido de forma integral, desta forma, o seu aprendizado será mais aprofundado e mais 
significativo.
Também estão disponíveis as aulas em vídeos e os diversos materiais para leitura complementar, cujos 
links estão ao longo do texto abaixo. Todo esse material de ensino-aprendizagem poderá ser solicitado 
nas atividades avaliativas no AVA e provas presenciais. Caso tenha alguma dúvida, envie uma mensagem 
para seu tutor, ele está apto para esclarecer quaisquer dúvidas.
Tudo certo? Vamos começar nossos estudos?
Confira os conteúdos que iremos abordar em várias passagens deste guia e que ao final da unidade I, você 
poderá estar familiarizado com os seus principais aspectos:
ü	NOÇÕES GERAIS DA PROFISSÃO: Definição e Histórico;
ü	FORMAÇÃO ACADÊMICA DO PROFISSIONAL;
ü	A PROFISSÃO DENTRO DA ÁREA DE ATUALIZAÇÃO: Regional, Nacional e Mundial.
É com muito prazer que convido você aluno de graduação a embarcar neste mar de descobertas, onde 
irei apontar as principais áreas de atuação, as principais tendências e campos de atuação. Desta forma, 
poderemos descrever o percurso que será percorrido por você nesta profissão tão emblemática, vamos 
começar?
3
deFiniçÃo e conceito
A pedagogia é a ciência que se dedica ao conjunto de saberes competente a educação, como a didática e 
o conjunto de técnicas que facilitam o ensino-aprendizagem, porém, a pedagogia necessita do suporte de 
outras ciências como a psicologia, a antropologia, história e filosofia, entre outras. Existem ainda alguns 
autores que defendem a pedagogia não como uma ciência, mas, como um saber, uma arte, em sua maioria 
esses autores são filósofos.
O termo Pedagogia vem do grego antigo “paidagogós”, onde paidós (criança) e gogia (conduzir ou acom-
panhar) faz referência aos escravos que conduziam as crianças à escola, estes escravos eram submissos 
as crianças, porém, tinham a habilidade de conduzi-las a escola cuidando e supervisionando seu apren-
dizado.
você sabia?
A Grécia é considerada como o berço da Pedagogia, assim como foi o berço das princi-
pais ciências que conhecemos. Dentre suas maiores contribuições para a nossa disci-
plina, podemos deixar em evidência os principais filósofos gregos que revolucionaram o 
mundo com sua maneira de pensar e seu jeito de chegar à verdade, você sabe de quem 
estamos falando?
Sim, Sócrates, Platão e Aristóteles, são os pais da filosofia ocidental. Os pensamentos 
desses filósofos serviram como base para toda a filosofia da idade média, renascentis-
ta, moderna e contemporânea. Porém, Aristóteles foi o que se ocupou da psicologia e 
da ideia de aprendizado, em oposição ao seu mestre Platão.
Existem inúmeros conceitos a respeito da pedagogia, entre eles o que ela é um conjunto de técnicas, 
princípios, métodos e estratégias da educação e do ensino, é o ramo do saber que se preocupa em com-
preender o processo da educação como um todo, em todo o contexto. Os mais atuais tendem a apresentar 
a pedagogia geral que está relacionada com questões universais e globais sobre a investigação da edu-
cação e as pedagogias específicas que sistematiza o conhecimento em função das diversas realidades no 
desenvolvimento em sociedade. 
Hoje, a Pedagogia é como diz Libâneo, no livro “Pedagogia e pedagogos, para quê?”: “[...] o campo do 
conhecimento que se ocupa do estudo sistemático da educação, isto é, do ato educativo, da prática 
educativa concreta que se realiza na sociedade como um dos ingredientes básicos da configuração da 
atividade humana” (p.30).
Apenas com a modernidade é que a pedagogia passou a ser reconhecida como ciência, ciência esta que 
relaciona o contexto social do aluno e da comunidade ao qual a escola está inserida. 
o contexto Histórico da Pedagogia no brasil
Prezado(a) estudante, agora que você já aprendeu a definição e o conceito da Pedagogia, vamos fazer uma 
breve viagem no tempo aprendendo o contexto histórico. 
Fique atento!
No Brasil, a discussão em torno da criação de um curso de Pedagogia só veio à tona 
a partir da década de 30 do século XX, tendo em vista que nesse período existia uma 
grande discussão em torno da educação. 
???
http://www.infoescola.com/filosofia/socrates/
http://www.suapesquisa.com/platao/
http://www.infoescola.com/filosofia/aristoteles/
http://umolharnaeducacao2013.blogspot.com.br/2013/06/jose-carlos-libaneo-biografia.html
4
Nos anos 30, foi aberto um grande debate em torno das questões educacionais. De um lado, os moderni-
zantes que solicitavam uma reforma educacional consistente e transformadora, do outro lado, os tradicio-
nais que queriam manter a todo custo uma educação para realização da função ideológica, conforme os 
seus princípios para a sociedade brasileira.
Esse período foi marcado pelo crescimento da economia brasileira, pelo aumento da indústria nacional, 
onde houve mudança em vários setores sociais, econômicos e políticos da época, tornando o mercado 
de trabalho mais exigente, praticamente obrigando a população a possuir uma maior escolarização como 
uma das condições de acesso ao emprego, levando a população trabalhadora a se organizar e reivindicar 
a educação formal ofertada pelas instituições de ensino.
leitura comPlementar
Como leitura complementar a respeito do contexto histórico da pedagogia no Brasil, 
recomendo o artigo RECONSTITUINDO AS ORIGENS DO CURSO DE PEDAGOGIA onde 
não é de caráter obrigatório a sua leitura na íntegra, você aluno pode manter o foco nas 
páginas 79 a 82 e 90 a 91. Boa leitura!
Pedagogia tradicional x Pedagogia contemPorânea
A pedagogia tradicional é introduzida no contexto escolar de forma mais evidente, no final do século XIX. 
Sua máxima é que o professor é um ser detentor de todo o conhecimento, sendo dele a autoridade máxi-
ma, onde todo conteúdo apresentado não pode ser contestado e o mesmo deve ser repetido por diversas 
vezes até ser “decorado” como verdade absoluta. Tais conteúdos são apresentados de maneira solta, sem 
nenhuma relação com o cotidiano dos alunos. 
Na educação da pedagogia tradicional é de maior valor a memória e não o aprendizado, aqui o contexto 
de ensino-aprendizagem não existe e a educação é considerada um processo externo e o que prevalece é 
a transmissão do conhecimento, resumindo, o professor é um vidro cheio de informações em um pedestal 
e na outra extremidade há o aluno, um vidro vazio onde será depositado o conhecimento, sendo assim, a 
educação era baseada em regras rígidas, nas quais os exercícios de fixação e memorização eram o que o 
aluno precisava desenvolver para lograr êxito. 
Podemos destacar como sendo um dos precursores deste estudo o filósofo inglês John Locke, as suas 
ideias sobre a mente humana são conhecidas pela expressão “tábula rasa”. A ideia defende que todos 
nós nascemos sem sabedoria alguma, mas, com um imenso potencial para aprender e se tornar o que 
desejar.
Ao fim do século XIX surge à iniciativa de renovação da pedagogia, a escola nova apresenta uma proposta 
de inovação das formas de ensino onde passa a oportunizar ao aluno o desenvolvimento psicológico e o 
transforma em agente ativo do processo, os conteúdos passam a ser significantes, priorizando a experiên-
cia do aluno e a realidade social. O professor assume o papel de um facilitador do ensino-aprendizagem, 
guiando, incentivando o aluno a criar, dando importância ao que ele já conhece e deixando de ser o deten-tor do conhecimento, o professor passa a promover a preparação do indivíduo para viver em sociedade.
Ainda podemos destacar na pedagogia contemporânea o fato dela se preocupar em entender como o alu-
no aprende e, para isso acontecer foi levado em consideração à maturação e desenvolvimento cognitivo 
da criança. Retomamos assim, ao princípio de que a pedagogia foi formada com a ajuda de várias outras 
ciências, pois, para poder contrariar a pedagogia tradicional, se fez necessário o estudo e aprofunda-
http://catolicadeanapolis.edu.br/revmagistro/wp-content/uploads/2013/05/6-RECONSTITUINDO-AS-ORIGENS-DO-CURSO-DE-PEDAGOGIA-.pdf
https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Locke
5
mento do desenvolvimento das correntes biológicas, sociológicas e psicológicas, essas correntes serão 
abordadas mais a frente, ok? 
Pronto para continuar? Vamos lá!
Assim que o professor passou a ser considerado um mediador do conhecimento, o aluno passou a ganhar 
espaço na escola para expor seu conhecimento prévio e caminhar junto com seus professores para as 
descobertas proporcionadas pela escola nova, portanto, caro aluno, para isso acontecer foi preciso um 
estudo aprofundado das correntes contemporâneas da Psicologia.
Inspirados pelos filósofos, pelas investigações em sala de aula e pela prática da psicologia, vários pensa-
dores modernos foram muito influentes na área da pedagogia. Alguns nomes são mais conhecidos, como: 
Jean Piaget e Vygotsky, e termos como o construtivismo e o sociointeracionismo ganham mais notorie-
dade e espaço, ao mesmo tempo outros trabalhos e propostas são mais restritos ou no mínimo menos 
divulgados, como as obras de Skinner e Wallon. Mais tarde voltamos para esses filósofos tão importantes 
para a pedagogia, ora, vamos destacar as principais correntes da psicologia que serviram como pilar de 
sustentação para a nossa disciplina.
De modo geral, podemos falar de cinco correntes principais da psicologia da educação que merecem 
destaque, são elas:
ü	Escola Nova – onde ocorre uma revisão das práticas e dos currículos tradicionais.
ü	Pedagogia psicológica e experimental – fundamentada nos trabalhos de Piaget e Emília Ferreiro.
ü	Comportamentalista ou tecnicista – baseada nos estudos de um dos pais da psicologia behavio-
rista BF Skinner.
ü	Sociointeracionista – baseada nas descobertas e ideias de Vygotsky.
ü	Humanista – inspiradas em bases filósofas e psicológicas.
a escola nova e o Foco na atividade dos alunos
O movimento da Escola Nova, também chamado de Escola Ativa ou Escola Progressiva, foi responsável 
pelo maior impacto na renovação dos métodos de ensino e de organização da escola tradicional. A Escola 
Nova representou uma enorme crítica à estrutura tradicional da escola que conhecíamos, chamada de es-
cola burguesa, ou seja, uma escola que ofertava um currículo e disciplina rígidos, como você leu anterior-
mente, a escola tradicional conferia autoridade inquestionável aos professores e se preocupava em for-
mar “certa classe de cidadãos” que pudessem servir a sociedade (médicos, engenheiros, advogados) ou 
cidadãos que reproduzissem sua configuração: operários e trabalhadores, elite e dirigentes da sociedade.
O movimento da Escola Nova ganhou força na primeira metade do século XX, sendo responsável por 
grandes reformas nos sistemas escolares de inúmeros países. No Brasil, as primeiras ideias do movimen-
to chegaram em 1882, por intermédio do escritor e político Rui Barbosa, e influenciaram mudanças no 
ensino a partir dos anos 1920. Em 1932, surgi o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, que defendia 
o ensino público, gratuito e laico. Entre os principais signatários do manifesto estava Anísio Teixeira, 
que é considerado o “inventor da escola pública no Brasil”. Os métodos e técnicas da Escola Nova eram 
centrados na atividade dos alunos; desenvolvimentos de projetos, pesquisas, foco em área de interesse 
individual e atividades em equipe. Entre os principais nomes da escola Nova, podemos destacar, dentre 
muitos, o trabalho de Maria Montessori ao qual você saberá mais detalhadamente a seguir.
6
Maria Montessori (1859 – 1952) foi à primeira mulher a se formar em medicina na Itália e levou sua ex-
periência com crianças portadoras de deficiência mental para a educação. Montessori defendia a apren-
dizagem de acordo com o estágio de desenvolvimento mental e biológico do ser humano, dividindo ele 
em três fases:
ü	De 0 a 6 anos – fase sensório-motora, referente ao desenvolvimento dos sentidos e controle 
dos movimentos.
ü	De 6 a 12 anos – fase do pensamento abstrato. 
ü	De 12 anos em diante – fase de objetivações e realizações, momento de definir objetivos, 
planejar e realizar. 
A metodologia de Montessori tinha como objetivo o desenvolvimento do pensamento da criança e não 
nos conteúdos a serem ensinados.
Maria Montessori foi um nome de grande influência na pedagogia e sua fama ultrapassa os currículos 
escolares, mas, sua metodologia raramente é utilizada como alternativa prática, uma vez que ela requer 
um conhecimento muito profundo por parte do educador. Ainda assim, acredita-se que existam cerca de 
100 escolas com inspiração montessoriana no Brasil.
Vamos agora para uma abordagem sucinta para a descoberta das características psicológicas da infância: 
a pedagogia psicológica e experimental.
A pedagogia psicológica e experimental concentra o conhecimento do suíço Édouard de Claparède e Jean 
Piaget com práticas de Emília Ferreiro, que se inspirou nos estudos de Jean Piaget sobre o desenvolvi-
mento da criança.
O médico suíço Édouard de Claparède desenvolveu uma teoria científica sobre as fases do desenvol-
vimento da criança. Ele tinha uma abordagem funcionalista da psicologia e, nesse sentido, formulou a 
lei da necessidade e do interesse, na qual a criança realiza uma atividade movida pela necessidade de 
satisfazer o seu próprio interesse. Surge então a observação do foco principal das atividades individuali-
zadas e socializadoras. Além de abordagens científicas e de melhor formação dos professores, Claparède 
defendia um currículo mínimo comum a todos e um outro currículo elaborado de acordo com o interesse 
dos alunos.
O trabalho de Claparède influenciou o trabalho de Piaget, este foi seu discípulo e o de Montessori.
Jean Piaget 
O biólogo suíço Jean Piaget tem seu nome diretamente relacionado à pedagogia, apesar de nunca ter 
criado um método de ensino. Piaget como discípulo de Claparède, criou o termo “epistemologia genética” 
para o estudo do desenvolvimento motor e cognitivo da criança. Genética neste caso toma o sentido de 
gênese ou formação. Segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo é o modo como nos adaptamos ao 
ambiente. Em seu entendimento, como as crianças são motivadas a conhecer e interpretar o mundo, elas 
se entregam facilmente a essa interação. Em outras palavras, são participantes ativas na criação de uma 
interpretação própria sobre o mundo.
Em sua teoria, Piaget defende a existência de quatro estágios de desenvolvimento cognitivo: sensório-
-motor, pré-operacional, operacional-concreto e operacional-formal, sendo assim de suma importância a 
sua colaboração para nossa disciplina vamos discorrer um pouco sobre cada estágio, são eles:
7
ü	Sensório-motor de 0 a 2 anos – estende-se do nascimento até por volta do final do segundo ano 
de vida da criança. É nessa fase que ocorre a exploração sensorial do mundo ao redor, é a época 
que a criança se relaciona com o mundo através do tato, dos sentidos e começa a se desenvolver 
as primeiras ações de movimento (descobrimento dos braços e pernas, aprender a sentar, enga-
tinhar e andar). Começa a distinguir objetos e pensar neles, traça estratégias para alcança-los. 
Esta é uma fase egocêntrica e imagina o mundo somente a partir do seu ponto de vista.
ü	Pré-operacional de 2 a 7 anos – nesse período, ocorre o desenvolvimento da inteligência simbóli-
ca e fase pré-lógica, a criança aumenta sua capacidade de representação e consegue pensar de 
forma mais elaborada em objetose situações que não estão presentes.
ü	Operacional-concreto de 7 a 11 anos – a criança passa a lidar com conceitos, relações e números. 
É a terceira fase do desenvolvimento infantil onde elas aprendem a realizar as primeiras operações 
lógicas. Aprendem a contar os objetos, mas, ainda precisam da presença deles para realizar a 
operação. Neste período, já consegue fazer a ordenação dos objetos e iniciam a distinção entre 
a fantasia e a realidade e se tornam menos egocêntricas. 
ü	Operacional-formal a partir dos 11 anos – é nesta fase que começa o desenvolvimento do 
raciocínio lógico e sistemático. A criança começa a ter maior capacidade de abstração, ela já 
não precisa do objeto concreto para organizar as ideias. É o início de um processo que levará o 
pensamento infantil a atingir os patamares do pensamento do adulto.
Essa breve descrição não chega nem perto de esgotar a amplitude que alcançaram as pesquisas de Pia-
get, porém, é o suficiente para percebermos sua importância, principalmente no campo da educação. Para 
Piaget, a criança buscava um equilíbrio em seus processos cognitivos. Diante disso, ele criticou o beha-
viorismo e defendia que o aprendizado era uma consequência do desenvolvimento e que o conhecimento 
era construído pelas crianças. 
E então aluno(a), espero que esteja gostando do nosso conteúdo! Vamos concluir essa abordagem com 
a apresentação de uma das mais importantes colaboradoras da reformulação da educação brasileira? 
Vamos lá!
emilia Ferreiro
A psicolinguista de origem argentina Emilia Ferreiro foi aluna de Piaget e levou os estudos dele sobre a 
cognição da criança para o campo da leitura e da alfabetização. Atualmente, Ferreiro é conhecida como 
uma das mais importantes autoridades mundiais em alfabetização. 
Ferreiro observa que a criança desenvolve hipóteses sobre as palavras, a formação das sílabas e sua 
relação com os sons que representam. Suas ideias inspiram, por exemplo, a reformulação dos currículos 
de educação básica do Brasil na década de 1990, quando foram criados os PCNs (Parâmetros curriculares 
Nacionais).
o construtivismo
Uma palavra que virou moda hoje nas escolas, porém, poucos sabem que o trabalho de Piaget e Emilia 
Ferreiro foi chamado de construtivismo, embora nenhum dos dois tenha criado nem proposto um método 
de educação utilizando esse rótulo. O que ambos defendiam era que a criança constrói seu conhecimento 
por meio das experiências vividas e de acordo com as fases de cognição de sua mente, assim como foi 
8
visto anteriormente. O termo construtivismo, no entanto, entrou no vocabulário dos educadores e surgi-
ram livros e manuais que apresentavam e discutiam práticas pedagógicas construtivistas. 
Mas, não demorou muito para surgirem às críticas, tanto contra a abordagem como também as desco-
bertas de Piaget, que outros pesquisadores tentaram reproduzir em laboratório, tanto quanto ocorreram 
críticas à influência das ideias de Piaget e Emilia Ferreiro nas abordagens de ensino adotadas pelas es-
colas ou prescritas pelo governo, essas críticas se concentram na lentidão do processo de alfabetização 
baseado no construtivismo, na percepção de que os baixos índices de rendimento escolar seriam fruto da 
adoção do método dos dois pensadores, sendo assim, passou-se a impressão de que ao se basear nessas 
ideias, o Ministério da Educação estaria deixando os professores sem um norteador ou presos a uma 
utopia metodológica.
skinner e a instrução programada do pensamento comportamentalista e tecnicista
As propostas do norte-americano Burrhus Frederic Skinner são baseadas na observação científica do com-
portamento. Um dos principais nomes da psicologia behaviorista e criador do behaviorismo radical, Skin-
ner foi um grande crítico do sistema educacional norte-americano e desenvolveu o conceito de “máquina 
de aprendizado”, este conceito consistia em uma forma de organização do material didático, de modo 
que o aluno estudasse sozinho, sendo estimulado à medida que apresentava progresso no conhecimento.
O behaviorismo clássico do russo Ivan Palov tratava do conceito de condicionamento respondente: onde 
um ser era condicionado a ter um comportamento não voluntário em frente a um estímulo neutro. 
Em experimentos com ratos e outros animais, Skinner descobriu um novo tipo de condicionamento, este 
não podia ser descritos como os experimentos de Palov, o condicionamento operante. 
O condicionamento operante de Skinner o animal aprendia um comportamento que não fazia parte do seu 
repertório de comportamentos. Em um exemplo prático, Palov condicionou seu cão a salivar quando ouvia 
uma campainha tocar, já no condicionamento operante de Skinner, um rato era condicionado a apertar 
uma alavanca para receber seu alimento. Desta forma, Skinner desenvolveu também a ideia de reforço, 
onde favorecia a ocorrência do comportamento desejado. Para a educação, ele imaginou métodos para 
reforçar a busca por respostas corretas. Para o psicólogo behaviorista, os alunos precisavam de estímulos 
para estudar. 
o sociointeracionismo de vygotsky
Vamos conhecer agora um pouco sobre as ideias do psicólogo russo Lev Vygotsky, ele defendia uma “nova 
psicologia” contrária ao empirismo de John locke e ao idealismo de Kant.
Vygotsky acreditava que o ser humano se tornava humano pela interação social, no campo da educação 
foi crítico de Piaget e defendeu a importância de uma maior interação e atuação do professor com o aluno. 
Um dos conceitos centrais de Vygotsky é a Zona de conhecimento Proximal (ZDP), que seria um campo 
entre o conhecimento real do aluno (conhecimento prévio) e o conhecimento potencial (o que ele pode vir 
a aprender). Contudo, o professor deveria dedicar maior atenção a ZDP, na medida em que a criança ainda 
não sabe o que vai aprender, ou seja, a escola deveria ser capaz de se antecipar em relação aos alunos.
De acordo com Vygotsky, são os processos de aprendizagem que movimentam o desenvolvimento, que 
ocorre de fora para dentro, pela interiorização de processos que são interpsicológicos. Além disso, temos 
de considerar que as metas e os processos de desenvolvimento dos indivíduos dependem da cultura em 
que eles estão inseridos.
9
imPortante!
Observe aluno(a), que é de grande importância para a educação a maneira que Vygotsky 
enfatiza o papel dos outros membros do grupo social como mediadores entre a cultura 
e os indivíduos. Ele encara o desenvolvimento mental como um processo de assimila-
ção e/ou apropriação das experiências que a humanidade acumulou ao longo de sua 
história.
A obra de Vygotsky foi censurada pelo regime soviético logo após a sua morte em 1934, sendo descoberta 
décadas depois. Jean Piaget conheceu as ideias de Vygotsky e as críticas realizadas por ele à sua obra, 
e lamentou não ter conhecido o autor ainda em vida. Atualmente, a obra de Vygotsky é uma das mais 
discutidas nas escolas de pedagogia, e o psicólogo russo tem sido apontado como a maior influência na 
educação depois de Piaget.
E para finalizarmos, vamos ver de forma sucinta, como ocorre a Escola Humanista.
A última grande corrente contemporânea da psicologia que influenciou diretamente a educação é inspira-
da no pensamento de filósofos, principalmente sobre as questões de realização em busca da felicidade. 
Essa corrente agrupa pensadores e educadores de grande peso como Alexander Surtherland Neill, Carl 
Rogers e Henri Wallon. Por ora, vamos conhecer um pouco mais sobre as contribuições realizadas por 
Wallon a educação, consequentemente a pedagogia. 
A obra do médico, psicólogo e filósofo francês Henri Wallon é fundamentada na ideia de campos funcio-
nais (afetividade, motricidade e cognição), por onde a criança distribui suas atividades e forma o seu “eu”. 
Para Wallon, a importância da emoção e da afetividade, vistas como uma atividade social entre o “eu” e 
o “outro”. A escola, portanto, seria responsável por proporcionar um local de forte aprendizado para os 
educadores.
Não poderíamos encerrar a parte de embasamento teóricode nossa disciplina, sem lhe apresentar o mais 
famoso e importante pedagogo da atualidade no Brasil: Paulo Freire!
a Pedagogia crítica de Paulo Freire
Paulo Freire (1921-1997) é o educador brasileiro mais conhecido no Brasil e no mundo. Teve suas obras 
traduzidas para diversas línguas, professor de português, porém se interessou e estudou a fundo a alfa-
betização de adultos, mais amplamente a educação popular. Nascido em Recife, Paulo freire acumulou 
experiências na alfabetização de adultos em áreas urbanas e rurais próximas de Recife, foi assim que 
testou na prática diversos métodos, técnicas e processos de comunicação. 
Para isso, localizava e recrutava analfabetos que moravam nas localidades próximas onde seus métodos 
seriam aplicados, os adultos eram inscritos em círculos de leitura (turmas) e eram entrevistados por sua 
equipe. Nessas entrevistas, os trabalhadores respondiam sobre as experiências vividas no trabalho, na 
família e em atividades sociais variadas: religiosas, políticas, recreativas... As respostas eram anotadas 
letra por letra pela equipe de Freire, o que fazia com que fosse possível levantar os termos mais usados 
pelos trabalhadores. Essa lista, que continha aproximadamente 17 palavras e eram consideradas como o 
universo vocabular local do qual se retirava as palavras geradoras de Freire.
Uma vez extraídas essas palavras, se organizavam os programas e atividades. Elas também serviam como 
norteador para os debates que ocorriam no círculo de cultura. Entre as mais frequentes, podemos citar: 
voto, eleição, governo, povo, panela, cozinha, enxada e tijolo. Depois de definidas, estas palavras eram 
divididas em sílabas e a partir delas se formavam outras palavras, debatendo em seguida as situações 
10
associadas com as palavras geradoras, as pessoas podiam tomar consciência de suas próprias realidades. 
Desta forma, o processo de alfabetização se tornava mais significativo e eficiente para os trabalhadores, 
pois, não era alheio ao universo dos educandos.
Em 1961, o método de Freire estava estruturado e foi posto em prática em Recife, inicialmente. No ano 
seguinte, foi apresentado em João Pessoa – PB e em Natal – RN. Contudo, a experiência que deu no-
toriedade e projeção internacional a Freire, aconteceu na cidade de Angicos – RN no ano de 1962. Ali a 
pedido do governo estadual, ele coordenou uma equipe composta por jovens monitores que conseguiu 
alfabetizar, em quarenta e cinco dias, trezentos trabalhadores rurais daquela localidade. O feito chamou a 
atenção do governo federal, que começou uma campanha de erradicação do analfabetismo no Brasil em 
1964, porém, esse movimento foi interrompido pelo golpe militar. 
Paulo freire foi preso e exilado, passou quatorze anos morando no Chile, voltando ao Brasil apenas em 
1979, já com sua experiência de atuação em programas de alfabetização na América latina e África e 
dado aula em universidades norte-americanas, retomou suas atividades universitárias e políticas no Bra-
sil com maior afinco, foi nomeado secretário da Educação na cidade de São Paulo de 1989 a 1991.
O processo de alfabetização de Freire é o da alfabetização significativa, partindo da realidade social e 
cultural do aluno, somado aos debates coordenados pelos monitores, os alunos se apropriam e compre-
endem a realidade, passam a ler com compreensão e não apenas memorizar as informações. 
Freire escreveu uma grande quantidade de livros, podemos citar como suas principais obras: Educação 
como prática de liberdade, Pedagogia do oprimido e Pedagogia da autonomia, neste último afirmou que 
“Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos, apesar das diferenças que os co-
notam, não se reduzem à condição de objeto um do outro. Quem ensina aprende e quem aprende ensina 
a aprender” (FREIRE, 1997, p. 25 apud GADOTTI, 2007, p. 32).
Em todos os livros, Freire abordou em algum momento dois temas que eram muito caros a ele: a utopia e 
o sonho. Em Pedagogia da tolerância, afirmou que seu sonho era uma sociedade menos feia, na qual fosse 
possível amar e ser amado. Para Freire, o educador é um realizador de sonhos, segundo ele:
Uma das tarefas mais importantes da prática educativo-crítica é propiciar as condições em que os edu-
candos em suas relações uns com os outros e todos com o professor, ou, a professora ensaia a experiência 
profunda de assumir-se. Assumir-se como ser social e histórico, como ser pensante, comunicante, trans-
formador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque é capaz de amar (FREIRE, 1997 apud 
GADOTTI, 2007, p. 18).
Partindo do pressuposto de que as ciências filosóficas, as psicologias da educação, da aprendizagem e do 
desenvolvimento e a sociologia, contribuíram de maneira incontestável para o surgimento da pedagogia. 
Teremos agora a apresentação da formação acadêmica necessária para você atuar como profissional 
nesta área tão abrangente. 
FormaçÃo acadêmica do Pedagogo
A escolha pela profissão pode ser feita por identificação “dom” ou mesmo pelo amplo leque de possibili-
dades de atuação no mercado de trabalho.
O curso de graduação de pedagogia tem a duração de quatro anos e possui uma grade curricular vasta, 
sendo desta forma, possível formar um profissional capaz de atuar de maneira crítica em várias áreas, 
tanto no meio escolar como em outros campos. Para que isso possa acontecer o curso superior oferece 
ao aluno disciplinas bem específicas para seu aprimoramento, podemos dar ênfase as disciplinas obriga-
11
tórias de Ludicidade na Educação Infantil, Psicomotricidade, Educação Infantil, Metodologias do ensino 
de Português, Matemática, geografia e Ciências, Educação de Jovens e Adultos, Didática e Ensino a 
Distância (EaD). 
A fase de estágios obrigatórios também são de extrema importância para a capacitação do pedagogo, 
ele atua como estagiário na educação infantil, no ensino fundamental, no ensino médio, na educação de 
jovens e adultos (EJA) e ainda na educação especial.
Você aluno(a), já pode identificar aqui o leque de possibilidade que existe na profissão correto?
O principal papel do pedagogo é melhorar a qualidade do ensino, partindo da premissa de que a educação 
ocorre em toda parte e todos os dias, o pedagogo será o mediador e transformador de toda essa educação 
(formal, informal e não formal). 
Um bom pedagogo tem que possuir a habilidade de articular um trabalho teórico prático, neste mundo 
globalizado, cheio de novas perspectivas de aprendizagem, esse profissional tem que estar sempre atua-
lizado para poder surpreender seus alunos de forma criativa. É imprescindível saber conciliar os saberes 
curriculares, pedagógicos e as experiências do cotidiano, uma das principais características do pedagogo 
é saber identificar as especificidades de cada aluno, sabendo que cada um aprende de um jeito e no seu 
tempo, o profissional busca alternativas de otimizar o ensino-aprendizagem. 
sou Pedagogo e agora?
O profissional e o campo de atuação: além das vertentes que o pedagogo vivencia ainda como estagiário 
na sua formação acadêmica, o profissional também pode atuar como monitor escolar, coordenador peda-
gógico ou planejar a condução de assuntos educacionais. A rotina do pedagogo é voltada para a sala de 
aula, desde sua formação até a sua plena atuação. No início tudo é parte do treinamento, desenvolvimen-
to de suas habilidades e até mesmo do domínio sobre as disciplinas e a condução da sala de aula, até que 
passa a atuar como professor regente, não mais como o auxiliar.
Mas caro(a) aluno(a), a função do pedagogo não é limitada apenas ao contexto escolar e à docência, 
existe um campo bastante amplo para o exercício da profissão, vejamos alguns deles. 
ü	Pedagogia empresarial: o pedagogo atua na formação ou aprimoramento do material humano 
da empresa, preparando, oferecendo e/ou melhorando treinamentos corporativos, ambientes de 
ensino-aprendizagem e monitorando um processo de formação continuada.
ü	Prédios Públicos: o pedagogo pode atuar em repartiçõespúblicas como prefeituras, por exemplo, 
na elaboração, melhoria e execução de algum projeto voltado para a arte e educação.
ü	Pedagogia Hospitalar: o pedagogo também pode atuar em hospitais com crianças que ficam inter-
nadas por tempo prolongado e isso ocasiona risco ao seu desenvolvimento educacional, exemplo, 
crianças acometidas pelo câncer.
ü	Andragogia: É a ciência de ensino-aprendizagem voltada exclusivamente aos adultos. 
O perfil do pedagogo é a paixão pela educação, é ter o objetivo de melhorar o nosso futuro hoje, atuando 
de forma ética e com responsabilidade para com o outro.
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veJa o vídeo!
Para concluir esta parte tão rica da disciplina Introdução a Pedagogia, gostaria de indi-
car um vídeo para melhor acomodação de todo esse conteúdo apresentado, ok? O vídeo 
tem tempo aproximado de 5 minutos e 46 segundos e também será útil para descanso 
da leitura. Clique aqui.
Palavras do ProFessor
Bom, chegamos ao fim desta primeira unidade. Espero que tenha gostado do conteúdo proposto, é um 
conteúdo simples e foi apresentado de forma direta para que você possa se apropriar de maneira prática 
e rápida. 
Não esqueça que, você pode solicitar a ajuda do seu tutor em caso de dúvidas, o tutor está pronto para 
atendê-lo no que for preciso, a qualquer tempo, pode contar! 
Na próxima unidade vamos abordar as entidades de classe, os níveis e áreas de atuação do pedagogo e 
irei argumentar um pouco mais sobre o importante papel deste profissional.
acesse o ambiente virtual
Agora chegou o momento de acessar o ambiente e responder a atividade e o fórum 
avaliativo.
Veremos-nos em breve, até lá!
https://www.youtube.com/watch?v=GZfZC4ikGRU

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