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EMPRESARIAL AULA 1 A 16 Casos concretos

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CONCEITO: FALÊNCIA
A falência é o procedimento judicial cujo objeto é afastar o empresário da administração de suas atividades, preservando o patrimônio da sociedade para que posteriormente seja utilizado para garantir a satisfação de seus credores; trata-se, pois, de um procedimento jurídico completo, que, pode ser conceituado sob três óticas: processual, material e econômico.
Sob o prisma processual, a falência é um processo judicial de execução coletiva, em grupo, modernamente chamado de concurso de credores, em face de um devedor empresário ou sociedade empresária.
É sabido que o patrimônio do devedor responde por suas dívidas. Assim, enquanto o devedor for solvente, a execução sofrida por ele deve ser individual, Isto é, movida por um determinado credor. Tornando-se, porém, insolvente, a execução individual revela-se injusta, porquanto os credores mais pacientes, que se abstiveram de mover eventual ação, bem como os credores com créditos ainda não vencidos, são preteridos porque o credor que primeiro move a execução se beneficia com exclusividade do restante do patrimônio do insolvente. É isto a igualdade dos credores, que justifica a execução coletiva, na qual se rateia proporcionalmente o patrimônio do devedor em favor de todos os credores da mesma categoria. Assim, na falência, em vez de um único credor receber tudo, todos recebem um pouco, de forma proporcional ao seu crédito.
Sob o aspecto material, a falência, inaugurada a partir da sentença que a decreta, consiste em um conjunto de normas jurídicas especiais, que afasta a incidência dos preceitos comuns aos demais devedores. De fato a falência cria uma situação jurídica nova, conferindo ao empresário ou sociedade empresária um novo status, o estado de falido, justificando-se uma disciplina especial. A prescrição, por exemplo, quando o falido figura como devedor, e suspensa com a decretação da falência, retomando o seu (luxo só após o trânsito em julgado da sentença de encerramento da quebra.
Outro exemplo marcante diz respeito aos juros – legais ou contratuais – que deixam de fluir após a sentença de falência, uma vez que é suspensa. O contrário ocorre para os devedores não falidos, pois a fluência dos juros se estende até a data do pagamento.
Finalmente, sob o aspecto econômico, revela-se a falência como sendo um saneamento da atividade econômica. Se bem que as desvantagens da falência são evidentes: o devedor é privado dos seus bens, os credores talvez não recebam a integralidade de seus créditos, os empregados, em regra, terão os contratos de trabalho rescindidos e o Fisco, por sua vez, perderá um contribuinte, sofrendo queda na arrecadação dos impostos.
Por isso, a falência é uma medida excepcional, decretável só quando for inevitável. Para afastá-la, criou-se o instituto da recuperação judicial da empresa, que a lei anterior chamava de concordata.
DIREITO EMPRASARIAL – AULA 1 A 16
Carlos Eduardo é aposentado e possui suas reservas aplicadas no Banco APHA S/A, onde foi verificado por meio de auditoria enorme desfalque o que gerou grande crise de desconfiança e consequentemente uma crise de liquidez no Banco. Carlos procura você advogado especialista em Direito Empresarial questionando se haveria o risco do banco solicitar falência de acordo com a legislação vigente.
Resposta: Não. O Banco não sofre falência por ter legislação específica.
As instituições financeiras estão excluídas das regras da lei de falências. São entidades que não podem atuar quando insolventes por questões de ordem pública. Essas entidades devem ser imediatamente suspensas pelo Banco Central.
Questão Objetiva: 
Entende-se por principal estabelecimento o
D) lugar onde o empresário centraliza as suas atividades, administração de seu negócio e maior volume de negócios.
Aula 2
Administrador judicial entrega ata da assembleia da Avestruz Máster 03/05/2006 ? Notícia disponível no site do CDL de Goiânia: O administrador judicial da Avestruz Master, Sérgio Crispim, entrega hoje ata da assembleia geral dos credores da Avestruz Master ao juiz Carlos Magno Rocha da Silva, da 11ª Vara Cível de Goiânia. A votação ocorreu na última sexta-feira (28), no Estádio Serra Dourada. No documento consta um resumo de tudo que ocorreu durante o evento e os números obtidos. Os dados são essenciais para que Carlos Magno possa avaliar se houve regularidade na assembleia. A partir do momento em que receber a ata, o magistrado terá 48 horas para homologar, ou não, o resultado da votação dos credores, que foi favorável ao plano de recuperação apresentado pelas empresas do grupo. Se o juiz homologar o plano, Sérgio continuará na administração judicial da empresa por mais dois anos. 
a) Quais os requisitos que o Sr. Sérgio Crispim certamente cumpriu para desempenhar a função de administrador judicial ? 
R. O administrador judicial será profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica especializada. (art. 21 da lei 11.101/05).
 b) Quais as consequências da não apresentação do relatório no prazo estabelecido em Lei ? 
R. O administrador judicial será intimado pessoalmente a fazê-lo no prazo de 5 (cinco) dias, sob pena de desobediência, se decorrido o prazo da intimação e o relatório não for apresentado, o juiz destituirá o administrador judicial e nomeará substituto para elaborar relatórios ou organizar as contas, explicitando as responsabilidades de seu antecessor. (art. 23 da lei 11.101/05). 
Questão Objetiva: 
E) aprovação, rejeição ou modificação do plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor.
 R. letra E falsa.
Aula 3
Marcos Henrique, empresário individual no ramo de confecções de roupas e acessórios passava por grave crise financeira tendo em vista a forte concorrência dos produtos chineses. Em março de 2011, após meses de luta contra uma doença rara, morre, deixando apenas a esposa Maria Amélia como herdeira. Oriente Sra. Maria Amélia de acordo com a legislação atual sobre a recuperação judicial no que diz respeito a legitimidade e requisitos para recuperação judicial.
 R. A recuperação judicial de empresas é uma ação que tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômica financeira da empresa, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, dos empregados e dos interesses dos credores, promovendo a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente: 
a) não ser falido e, se estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;
 b) não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;
 c) não ter, há menos de 8 (oito) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial para microempresas e empresas de pequeno porte;
 d) não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos na Lei falimentar. A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente.
Questão Objetiva: 
Poderá requerer a recuperação judicial o devedor que estiver no regular exercício de suas atividades há mais de: 
02 (dois) anos e não tiver, há menos de 05 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial.
Aula 4
Credores aprovam plano de recuperação da Casa & Vídeo Fonte: Valor Econômico ? 10.09.2009 RIO – 
Com direito à claque de mais de cem pessoas vestidas de amarelo, a bolo de parabéns e a vídeos dos funcionários pedindo que as empresas votassem sim, a assembleia de credores aprovou ontem o plano de reestruturação da Casa & Vídeo. A festa era tanta que até o dono da empresa, Luigi Fernando Milone, fez sua primeira aparição pública desde novembro, quando foi preso pela Polícia Federal. Passadoo sufoco, os planos são grandiosos: se tornar a maior empresa de varejo do país, afirmou Milone. Já o novo presidente da companhia, Flávio Carvalho, que era advogado do escritório Alvarez e Marçal responsável pela estruturação da rede de lojas, é mais cauteloso. "Nosso objetivo primeiro é terminar a reestruturação da empresa, equalizar a operação. Mas claro, nós queremos ser os maiores " , confirmou Flávio Carvalho. Dos 540 credores presentes, que representam R$ 280 milhões em dívidas, 488 votaram a favor e 44 contra. Como o que pesa na aprovação é o volume de crédito, a reestruturação foi aprovada por 74,54% dos credores. No entanto, grandes companhias, como Motorola, Sony Ericsson e Philips votaram contra. Um fundo de investimento em participação, o FIP Controle, gerido pelo Bank of New York Mellon, para capitalizar a nova empresa e reduzir sua dívida. Esse fundo terá uma oferta inicial de R$ 43 milhões a investidores qualificados e a credores do banco. Cerca de R$ 23,4 milhões virão dos credores com dívida de mais de R$ 1,5 milhão que terão ainda deságio de 50%. Como serão participantes de um fundo, não estarão na gestão da empresa. Com a estruturação do fundo, a empresa passará ser auditada, como se fosse uma companhia aberta e vai divulgar balanços semestrais. Além disso, adotará governança corporativa nos níveis do Novo Mercado da BMF & Bovespa. A empresa pagará aos outros credores em até 30 anos. Primeiro recebem aqueles que detêm créditos de até R$ 80 mil. O pagamento será em 12 vezes com desconto de 40%. Os credores maiores que concordaram com um abatimento de 30%, chamados de classe A, receberão em 16 parcelas semestrais a partir de julho de 2012. Já aqueles que quiserem ter a dívida paga integralmente terão a devolução em 32 semestrais, também a partir de julho de 2012. 
A) Qual o prazo que a sociedade empresária certamente cumpriu para apresentação do Plano de Recuperação Judicial? Qual a consequência jurídica se a Casa & Vídeo apresentasse o Plano fora do prazo?
 R. Como determina o art.53, da lei 11.101/2005 (falências), o plano de recuperação será apresentado pelo devedor em juízo no prazo improrrogável de 60 dias da publicação da decisão que deferir o processamento da recuperação judicial, sob pena de convolação em falência. As consequências jurídicas no caso de apresentação de plano fora do prazo é o juiz decretar a falência durante o processo de recuperação judicial.
 B) Em relação ao conteúdo do Plano de Recuperação Judicial a Lei 11.101/2005 prevê algum impedimento? Sob qual fundamento? 
R. Segundo o art. 54 da LRE, o plano de recuperação judicial não poderá prever prazo superior a 1 (um) ano para pagamento dos creditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho ate a data do pedido de recuperação judicial. E mais, o plano não poderá, ainda, prever prazo superior a 30 dias para o pagamento, ate o limite de 5 salários mínimos Por trabalhador,dos creditos de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 meses anteriores ao pedido de recuperação judicial.
 Questão Objetiva: Em relação ao Plano de Recuperação Judicial, assinale a alternativa INCORRETA: 
E) O plano de recuperação judicial poderá prever prazo superior a 2 (um) ano para pagamento dos créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho vencidos até a data do pedido de recuperação judicial. 
R. letra E, incorreta. 
Aula 5
 Caso Concreto: O sócio administrador da empresa WYZ Indústria e Comércio de Artefatos de Metal LTDA credora da empresa JCK Comércio de Peças LTDA informa a você especialista em Direito Falimentar que foi convocada pelo administrador judicial assembléia geral de credores, em edital publicado em 01.05.2011 e a reunião ocorreu em 12.01.2011. Analise a questão de acordo com a legislação falimentar em vigor.
 R. Determina o art. 36, da lei de falências que a assembleia geral de credores será convocada pelo juiz por edital publicado no órgão oficial e em jornais de grande circulação nos locais da sede e filiais, com antecedência mínima de 15 dias, o qual conterá:
 I – local, data e hora da assembléia em 1a (primeira) e em 2a (segunda) convocação, não podendo esta ser realizada menos de 5 (cinco) dias depois da 1a (primeira);
 II – a ordem do dia; 
III – local onde os credores poderão, se for o caso, obter cópia do plano de recuperação judicial a ser submetido à deliberação da assembléia. § 1o Cópia do aviso de convocação da assembléia deverá ser afixada de forma ostensiva na sede e filiais do devedor. § 2o Além dos casos expressamente previstos nesta Lei, credores que representem no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) do valor total dos créditos de uma determinada classe poderão requerer ao juiz a convocação de assembléia-geral. § 3o As despesas com a convocação e a realização da assembléia-geral correm por conta do devedor ou da massa falida, salvo se convocada em virtude de requerimento do Comitê de Credores ou na hipótese do § 2o deste artigo. 
Questão Objetiva: 
Na Lei 11.101/2005 a assembléia-geral de credores possui papel fundamental no interesse dos credores, assim não podemos afirmar que seja uma de suas atribuições deliberar na recuperação judicial:
fiscalizar a administração das atividades do devedor, apresentando, a cada 30 (trinta) dias, relatório de sua situação; 
Aula 6
O sócio administrador de uma determina empresa consulta o seu Departamento Jurídico, informando que a sociedade empresária passa por notórias dificuldades financeiras, deixando de cumprir com suas obrigações por dispor, no momento, de escasso capital de giro. Possui 20 anos no mercado de confecção de roupas e possui 50 empregados. Indaga o que se segue:
 A ) Em sendo o faturamento anual bruto da empresa é da ordem de R$ 220.000,00, a legislação falimentar possui instituto especial para esta empresa? 
Sim, a Lei de falências institui condições especiais para recuperação judicial para micro-empresas e empresas de pequeno porte, devendo ser requerida na petição inicial.
B) Quais os requisitos e condições especiais disponíveis para esta empresa em notória dificuldade financeira? 
O plano de recuperação deverá ser apresentado em até 60 dias, limitando-se aos créditos quirografários, excetos os oficiais, parcelamento em até 36 meses devidamente corrigidos, pagamento da primeira parcela em até 180 dias da distribuição do pedido de recuperação, e dependerá de autorização judicial para contratar funcionários ou aumentar despesas.
 Questão Objetiva: 
De acordo com a Lei 11.101/2005 no que se refere ao plano de recuperação judicial para microempresas e para empresas de pequeno porte: 
C) estabelece a necessidade de autorização do juiz, após ouvidos o administrador judicial e o comitê de credores, para o devedor aumentar despesas ou contratar empregados.
RESPOSTA: LETRA C. Art. 71, IV.
Aula 7
A empresa MCK Indústria e Comércio de Roupas LTDA credora da empresa IPO Comércio de Roupas Infantis LTDA pergunta a você especialista em Direito Falimentar sobre as consequências do não cumprimento de obrigação assumida no Plano de Recuperação Judicial.
Resposta: Nos termos do Artigo 73, IV, Art 61 §1º da Lei 11.101/05, o descumprimento de qualquer obrigação assumida no plano de recuperação ensejará a convolação da recuperação judicial em falência. 
Questão Objetiva:
Em relação as hipóteses de convolação da recuperação judicial em falência é incorreto afirmar:
a rejeição do plano de recuperação judicial não acarreta a convolação; art 73
Aula 8
Recuperação extrajudicial evita falência da Moura Schwark. Sem liquidez, construtora recorreu à nova Lei de Falências e negociou com credores dívida de R$ 30 milhões. 
A Moura Schwark Construções quase fechou suas portas em 2007, após 60 anos de atividade. Na época, a empresa perdeu sua liquidez ao ver sua dívida, distribuída entre cerca de 600 credores, atingir R$ 30 milhões. Os primeiros sinais de recuperação da empresa foram dados no dia 10 de setembro de 2008, quando o tribunal homologoua recuperação extrajudicial.
O rombo nas finanças da Moura Schwark se iniciou com obras deficitárias entre 2005 e 2006. "Conduzíamos tranquilamente a empresa, que estava crescendo, com empréstimos bancários", afirma Martin Schwark, presidente da construtora. Os problemas se agravaram com o rompimento de um contrato da execução de uma planta de papel e celulose no município baiano de Camaçari. "As perdas com esse projeto foram de R$ 10 milhões e deixamos de enfrentar problemas de engenharia e passamos a não conseguir crédito", relembra o presidente, que contratou a KPMG Corporate Finance e a MHMK - Sociedade de Advogados para estruturar um plano de recuperação.
A construtora recorreu à nova Lei de Falências (Lei 11.101) para realizar seu plano de reestruturação de dívida. Em vigor desde 2005, apenas 12 empresas buscaram a recuperação extrajudicial desde então. Além da própria construtora, a Varig e a Parmalat são as únicas empresas em operação que utilizaram esse método. 
(Disponível em< http://www.piniweb.com.br/index.asp>) 
Com base na notícia acima e nas discussões da Lei 11.101/2005, responda:
 
Quais os requisitos subjetivos e objetivos que certamente a Moura Schwark cumpriu para ter homologado seu Plano de Recuperação extrajudicial ? 
REQUISITOS SUBJETIVOS:
a)exercer sua atividade empresarial regularmente a pelo menos 2 anos;
b)não ser falido, ou se foi, terem sido declaradas extintas suas obrigações por sentença transitada em julgado;
c)não ter sido condenado ou não ter como administrador ou controlador pessoa condenada por crime falimentar;
d)não lhe ter sido concedida, há menos de 2 anos, recuperação judicial ou extrajudicial.
REQUISITOS OBJETIVOS:
a)não pode ser previsto o pagamento antecipado de nenhuma divida;
b)todos os credores sujeitos ao plano devem receber tratamento paritário, vedado o favorecimento de alguns ou o desfavorecimento apenas por parte deles;
c)não pode abranger senão aos créditos constituídos até a data do pedido de homologação;
d)só pode contemplar a alienação de bem gravado ou a supressão ou a substituição de garantia real se com medida concordar expressamente o credor garantido; 
Questão Objetiva:
De acordo com a Lei 11.101/2005 no que se refere a Recuperação Extrajudicial não podemos afirmar que estão afastados do seu âmbito de incidência:E) créditos quirografários. Art 161, §1º
Aula 9
Decretada falência da Brasil Ferrovias. Empresa controlada pela Previ e Funcef é acusada de não honrar dívida de R$ 5,6 milhões com credor. A Brasil Ferrovias S.A., controlada por dois fundos de pensão que estão sendo investigados pela CPI dos Correios, a Previ (funcionários do Banco do Brasil) e a Funcef (funcionários da Caixa Econômica Federal), teve a falência decretada pelo juiz da 2ª Vara de Falência de Recuperações do Fórum de São Paulo , Caio Marcelo Mendes de Oliveira. A decisão ainda não foi publicada no Diário Oficial e é passível de recurso ao Tribunal de Justiça. A partir desta semana, quando for compromissado um administrador judicial, a ferrovia "terá as atividades paralisadas com a lacração das portas de seus estabelecimentos e arrecadação de seus bens". O juiz, no entanto, acolheu integralmente as razões do advogado do credor, Scala Participações e Negócios Ltda., Elias Katudjian, que entrou com o pedido de quebra em novembro do ano passado, a partir de uma nota promissória de R$ 5,6 milhões com base em nova promissória não paga e protestada no mês de setembro. O advogado requerente da falência , Elias Katudjian, entende que a Brasil Ferrovias agiu com " irresponsabilidade e imprudência". A empresa limitou-se a contestar o pedido de falência , mas não efetuou em juízo o depósito de R$ 5,6 milhões. Com a rejeição da contestação, houve a decretação. (Em 13.03.2006, Disponível em http://alertabrasiltextos.blogspot.com/2006/03/decretadafalncia-da-brasil-ferrovias.html). Com base na Legislação Falimentar e na reportagem apresentada, informe qual a conseqüência jurídica caso a Brasil ferrovia depositasse o valor de R$ 5,6 milhões? Estamos diante de qual figura jurídica? Fundamente. 
Trata-se de depósito elisivo, conforme lei falimentar. Neste caso, o juiz fica impedido de decretar a falência, pois houve a perda do objeto.
Questão Objetiva: Respeitando as normas da legislação falimentar, podemos afirmar que Podem falir: 
b)As sociedades empresárias
Aula 10
O sócio administador da sociedade empresária ABC Comércio de Roupas LTDA questiona você, especialista em Direito Falimentar se, uma vez decretada a falência da sociedade haverá a paralização total de suas atividades imediatamente. 
A lacração do estabelecimento ou a continuação provisória das atividades será definida pelo juízo na própria sentença.
Questão Objetiva: De acordo com as normas de Direito Falimentar é correto afirmar que o termo legal da falência é: 
A) Fixado pelo juiz
Aula 11
Caso Concreto: Marcelo da Silva, sócio administrador da sociedade empresária Companhia de Tecidos do Brasil S/A, já com a falência decretada, questiona sobre a possibilidade de viajar aos Estados Unidos para acompanhar a cirurgia da filha mais nova. Analise a questão à luz da legislação falimentar vigente. 
A legislação veda a ausência de sócio administrador de empresa com falência decretada, sem justo motivo; sendo necessária a devida autorização do juízo. No caso em tela, atendidas essas premissas, Marcelo poderá acompanhar a filha na viagem.
Questão Objetiva: Respeitando as normas de Direito falimentar não podemos afirmar que a decretação da falência impõe ao falido os seguintes deveres: 
D) apresentar, no prazo fixado pelo administrador judicial, a relação de seus credores.
Aula 12
A sociedade empresária Pão de Queijo de Minas S/A credora da sociedade Interior Comércio de Pães LTDA ao cobrar dívida não paga consubstanciada em uma duplicata, verifica que os sócios sem nenhuma notificação efetuam trespasse do estabelecimento. Sabendo que a empresa passa por notórias dificuldades financeiras e uma avalanche de protestadas e já com pedido de falência, pergunta a você sobre a validade do trespasse de acordo com a legislação falimentar vigente.
 O citado trespasse é ineficaz por ter sido realizado em desacordo com os termos da lei falimentar, em seu artigo 129, VI, já que deveria ter tido o consentimento ou pagamento de todos os credores. No caso em tela é cabível a interposição de ação revocatória para estabelecer a ineficácia dos atos.
 
Questão Objetiva:
A ação revocatória de ato praticado pelo falido, com a intenção de prejudicar credores, provando-se o conluio entre o devedor e o terceiro que com ele contratar e o efetivo prejuízo sofrido pela massa falida, deverá ser proposta no prazo de:
b)03 (três) anos, contados da decretação da falência;
Aula 13
Dentro do estudo de Direito Empresarial, temos a alienação do ativo da empresa, onde o juiz, ouvido o administrador judicial ordena a alienação de acordo com os incisos do artigo 142 da Lei 11.101/2005. Assim, caracterize as 3 modalidades de alienação do ativo.
As 3 modalidades de alienação do ativo, previstas na lei falimentar, são: leilão - que é a venda do ativo em hasta pública; proposta fechada – modalidade em que se obtem as propostas de concorrentes em envelopes lacrados, optando-se pela de melhor preço; e pregão – em que são obtidas propostas ou ainda por lances orais.
Questão Objetiva:
Considerando as normas vigentes em Direito Falimentar sobre a alienação dos bens, analise as afirmativas abaixo:
I - Uma das formas de alienação dos bens é a alienação dos bens individualmente considerados.
II - Uma das formas de alienação dos bens é a alienação da empresa, com a venda de seus estabelecimentos em bloco;
III - A alienação da empresa terá por objeto o conjunto de determinados bens necessários à operação rentável da unidade de produção, que poderá compreender a transferência de contratos específicos.
D) apenas a alternativa IV está incorreta; Art 140, §2º
Aula14
Marcos Gomes, administrador judicial pela primeira vez no processo de Falência da sociedade empresária QWE Indústria e Comércio de Artigos Esportivos LTDA, pergunta a você especialista em Direito Falimentar questionando como será feita a remuneração dele enquanto administrador judicial e das eventuais custas judiciais relativas às ações e execuções em que a massa falida tenha sido vencida.
Tanto a remuneração do administrador judicial quanto as custas judiciais são considerados créditos extra concursais, sendo pagos com precedência pela massa falida em relação aos demais débitos. (art 84, I e IV da LF)
Questão Objetiva:
(Prova Magistratura - MG - 2009 - Adaptada). No procedimento falencial, a restituição em dinheiro será precedida do pagamento:
A) dos créditos trabalhistas de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 meses anteriores à decretação da falência, até o limite de 5 salários-mínimos por trabalhador; art 86, PU da LF
Aula 15
Caso Concreto:
Processada a falência da sociedade empresária OIT Indústria e Comércio de Roupas LTDA com o fim dos pagamentos aos credores, pela ordem estabelecida na Lei 11.101/2005, os credores quirografários nada receberam, em razão dos finitos recursos. Passados 5 anos, contados do encerramento da falência, o falido ingressa em juízo com pedido de declaração de extinção de suas obrigações, visando a sua reabilitação. O pleito do falido pode ser acolhido pelo juiz? Fundamente.
Sim,, já que a lei falimentar define a extinção das obrigações do falido após o prazo de 5 anos contados do encerramento da falência, se o falido não tiver cometido nenhum dos crimes ali previstos. 
 
Questão Objetiva:
Respeitando as normas de direito falimentar não podemos afirmar em relação a extinção das obrigações do falido:
c) o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado do encerramento da falência, se o falido tiver sido condenado por prática de crime previsto na legislação falimentar extingue as obrigações; (art 158, IV LF)
Aula 16
DUDONY - MP-PR denuncia empresário por crimes falimentares e formação de quadrilha
Dono de empresa do ramo de móveis e eletrodomésticos é acusado de enriquecer às custas de credores; rombo inicial é de R$ 308 milhões
O Ministério Público em Maringá apresentou denúncia criminal contra Antônio Donisete Busíquia, conhecido em todo país por ser proprietário da rede de móveis e eletrodomésticos Dudony. O MP-PR sustenta que o empresário gerencia um esquema criminoso que envolve a apropriação de lucros em detrimento do pagamento de credores, públicos e particulares. A dívida aproximada estaria em R$ 308.235.494,14, sem contar débitos eventualmente existentes perante a Receita Federal e Municipal. No final de 2008, Busíquia conseguiu na Justiça a recuperação judicial da Dudony, nome fantasia das empresas DISMAR - Distribuidora Maringá de Eletrodomésticos Ltda. e Markoeletro Comércio de Eletrodomésticos Ltda.
Além da ação penal, o Ministério Público ingressou com pedido de prisão preventiva do empresário e sequestro de bens ? o Juízo local não acatou a prisão, mas deferiu o segundo pedido. A Promotoria vai ingressar com recurso. O responsável pelo caso é o promotor de Justiça Maurício Kalache, que investiga o grupo Dudony desde o ano passado.
Na denúncia o Ministério Público descreve em detalhes o sistema que teria sido adotado por Busíquia e resultado no enriquecimento do empresário e de seus familiares, bem como relaciona os bens que teriam sido adquiridos com o esquema. Basicamente, ele deixava de pagar fornecedores, assumia empréstimos bancários que não honrava e gastava os lucros que tinha com a aquisição de dezenas de imóveis de alto padrão, veículos de luxo e outros bens. Além disso, criava outras empresas para desviar dinheiro e aparentar legalidade a suas ações ? a Promotoria descobriu pelo menos sete empresas ligadas diretamente a ele. ?É um exemplo nocivo de ascensão econômica garantida às custas dos credores e do patrimônio público?, diz o promotor Maurício Kalache. ?Se somarmos hoje todos os valores questionados em ações penais que tratam de crimes contra o patrimônio no Estado não chegaremos nem perto do rombo causado pelo responsável pelo grupo Dudony?, afirma.
Também são acusados por participação no esquema a mulher do empresário, Ana Márcia Messias Busíquia; seus filhos Leonardo Messias Busíquia e Fernando Messias Busíquia; seu irmão Paulo Sérgio Busíquia; Geraldo Luiz Gonçalves e José Ramil Poppi, que teriam sido usados como ?laranjas?; Júlio Gonçalves Neto, contador, e os funcionários da rede Mauro José de Farias e Eldo Moreno. O MP-PR acusa os denunciados de crime falimentar e formação de quadrilha. 
(disponível em http://www.mp.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=878, acesso em 20.06.2011)
Tendo por base a Lei 11.101/2005, elencar de acordo com os fatos narrados na reportagem os crimes praticados.
No caso em tela, à luz da lei falimentar, temos os crimes de fraude a credores (168), indução a erro (171) e desvio, ocultação ou apropriação de bens (173) 
Questão Objetiva:
Considerando as normas vigentes de direito falimentar, analise dentre as questões abaixo a (s) que está (ão) em desacordo com aos efeitos da condenação por crime falimentar: 
I - a inabilitação para o exercício de atividade empresarial;
IV - Transitada em julgado a sentença penal condenatória, será notificado o Registro Público de Empresas para que tome as medidas necessárias para impedir novo registro em nome dos inabilitados.
B) as afirmativas II e III estão incorretas; (art 181, II e III da LF)

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