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Projeto de intervenção

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
CURSO DE SERVIÇO SOCIAL
FRANCISCA MAYARA ALVES ABREU
QUALIFICANDO A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO ATENDIMENTO ÀS MÃES ADOLESCENTES E SEUS FAMILIARES
RIO DE JANEIRO 
2017
FRANCISCA MAYARA ALVES ABREU
QUALIFICANDO A INTERVENÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL NO ATENDIMENTO AS MÃES ADOLESCENTES E SEUS FAMILIARES
 Projeto de intervenção apresentado à disciplina de Estágio II, como requisito para obtenção de nota na avaliação 
Orientadora Claudete Veiga
Rio de Janeiro
2017
SUMÁRIO
1 – IDENTIFICAÇÃO__________________________________________________4
2 – NOME DO PROJETO______________________________________________4
3 – APRESENTAÇÃO_________________________________________________4
4 – JUSTIFICATIVA_________________________________________________________6
5 – OBJETIVOS____________________________________________________________8
 5.1 OBJTIVO GERAL _______________________________________________8
 5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS_______________________________________8
6 – PÚBLICO ALVO________________________________________________________8
7 – METODOLOGIA________________________________________________________9
8 – RECURSOS____________________________________________________________10
9 – CRONOGRAMA________________________________________________________11
10 – RESULTADOS ESPERADOS____________________________________________12
11- BIBLIOGRAFIA________________________________________________________13
 IDENTIFICAÇÃO:
Órgão / Instituição Responsável: Hospital Maternidade Carmela Dutra 
Endereço: Rua Aquidabã nº 1037 - Lins de Vasconcelos
Telefone: 3311-6765
Email: servicosocial.hmcd9@gmail.com
Equipe Responsável: Simone Marçal Brasil dos Passos
 Betania Nunes de Carvalho
Supervisora de campo: Simone Marçal
Supervisora Acadêmica: Claudete Veiga 
NOME DO PROJETO
Qualificando a intervenção do Serviço Social no atendimento às mães adolescentes e seus familiares.
APRESENTAÇÃO 
Fundado com o objetivo de atender funcionários do SESC e seus dependentes o Hospital Maternidade Carmela Dutra foi fundado em 1949. Em 1973 a Maternidade é repassada ao Ministério da Saúde e com a nova Constituição de 1988, ela estende seu público alvo, atendendo a todas as mulheres de forma universal. Atualmente a diretoria do Hospital conta com a direção geral da Doutora Silvia Eurides Soares Veiga e a direção técnica do Doutor Sidney Rocha de Mattos Junior e sua infra-estrutura é composta por três (3) prédios. O ambulatório no prédio inferior, no intermediário é localizado o Centro de Estudos e no prédio superior fica a Maternidade e a Emergência.
A Instituição atende gestantes referenciados do Méier e arredores. É, também, referência para gestações de alto risco. Além disso, a maternidade possui uma unidade neonatal com uma “unidade intermediária” (UI) e uma “unidade de tratamento intensivo” (UTI), capazes de acolher e atender bebês com risco. Bebês que nascem prematuramente e com baixo peso, após a alta hospitalar, são acompanhados pelo Núcleo de Atenção Interdisciplinar ao Recém-Nascido de Risco (NAIRR) até completar os seis ou cinco anos de vida. O NAIRR fica localizado no ambulatório da maternidade.
São atores da instituição, os profissionais (médicos, enfermeiros, enfermeiros obstetra, pediatras neonatologistas, dentistas, auxiliares de limpeza, assistentes sociais, fonoaudiólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, técnico de patologia, técnico de RX, médico(a) ultrassonografista, administrativos, cozinheiro(a), maqueiro(a), dentre outros); usuários (pacientes e seus familiares) 
.
JUSTIFICATIVA
A identificação desta demanda se deu ao longo dos atendimentos realizados na Maternidade junto às adolescentes com idade de 14 até 16 anos que, geralmente, ocorrem a partir da solicitação de parecer social. Estes atendimentos são realizados através de uma entrevista social com perguntas semiestruturadas que nos permite conhecer de forma mais particular a situação social, econômica e familiar onde ela está inserida e onde o bebê será recebido, alem de fazer algumas orientações quanto às rotinas hospitalares e licenças.
Quando identificamos situação com provável exposição à situação de risco social, avaliamos as possibilidades de intervenção, com vistas à construção de uma rede de apoio (como por exemplo, encaminhamento do caso ao Conselho Tutelar de referencia onde a adolescente reside, à clínica da família, ao CREAS, entre outros que se fizer necessário, conforme a avaliação social realizada). É importante citar que quando os encaminhamentos são necessários é direcionado ao lugar mais próximo da residência da adolescência. 
O que se nota na Maternidade, é uma deficiência na intervenção profissional da temática. Vemos que a adolescente no puérperio não é vista com singularidade necessária tendo em vista que somente os casos mais extremos são passados para o Serviço Social. Esta situação impossibilita o atendimento a todas as adolescentes e suas famílias. Outro fator que mantém a precarização dos serviços é a falta de assistentes sociais, já que as aposentadorias das assistentes sociais não houve renovação do quadro de funcionários do serviço social. 
Almeida e Trindade (2003) ressaltam a importância da família na inserção dessas meninas no mercado de trabalho e no retorno à sala de aula, eles constatam que o grau de escolaridade destas meninas predominante é o Ensino Fundamental e associam isso à falta de colaboração de seus companheiros e/ ou familiares. 
É possível perceber que os fatores sociais interferem na gestação na adolescência quem vem se reproduzindo socialmente pela população de baixa renda. Pinheiro (2000; p. 247. apud Frediani et al; 1997 e Desser; 1993) descreve dados de pesquisa que associam a maternidade na adolescência com evasão escolar, a instabilidade de relacionamentos e à restrição de melhores condições de vida e oportunidades de inserção no mercado de trabalho. 
Quando perguntamos sobre a gravidez, elas dizem que a gestação foi planejada, mas não sabem o porquê ou não planejaram, mas também não usavam um contraceptivo. Almeida e Trindade (2003) levantam algumas hipóteses que devem ser consideradas na análise da gravidez na adolescência, tais como a possibilidade de autonomia pessoal no domicílio, mudanças de status, entre outros. Heilborn (1993) reforça a questão da autonomia pessoal e levanta a hipótese de status social como estimulo para a gravidez na adolescência. . 
Assim, esse projeto tem como objetivo geral promover a qualificação do atendimento às mães adolescentes e suas famílias na Maternidade. Entende-se assim, a necessidade de um acompanhamento mais especifico que atenda a todas as mães adolescentes com ações inclusivas que respondam à intervenção frente às situações de vulnerabilidade social, promovendo redes de apoio mediante acionamento das demais políticas públicas no acompanhamento posterior à alta hospitalar; incentivando o retorno da adolescente aos estudos e à profissionalização e refletindo sobre a gravidez não planejada e sobre a inserção no planejamento familiar.
É ao projeto social aí implicado que se conecta o projeto profissional do Serviço Social - e cabe pensar a ética como pressuposto teórico-político que remeterá ao enfrentamento das contradições postas à profissão, a partir de uma visão crítica, e fundamentada teoricamente, das derivações ético-políticas do agir profissional.
Objetivos:
5.1 Objetivo geral: 
 Promover o fortalecimento das mães adolescentes, através da inclusão social destas, nas políticas públicas de referência.
Objetivos Específicos:- Identificar situações de vulnerabilidade social 
 - Promover redes de apoio mediante acionamento das demais políticas públicas no acompanhamento posterior à alta hospitalar
 - Incentivar o retorno aos estudos e à profissionalização
 - Refletir sobre a gravidez não planejada e sobre a inserção no planejamento familiar
Publico Alvo
Adolescentes com idade entre 12 e 18 anos e seus familiares 
Metodologia 
Para a realização do que se pretende neste projeto será utilizada a entrevista previamente elaborada com perguntas direcionadas as adolescentes e sua família que o profissional conheça a realidade familiar, econômica e social em que vive a adolescente e brevemente o recém-nascido, trazendo assim mecanismo que permitirá ao usuário a exposição de suas necessidades em um processo de comunicação direta entre o usuário e o Assistente Social (Souza, 2008) e qualificando os serviços prestados. Esse instrumento permitirá ao profissional: Identificar situações de vulnerabilidade social; promover redes de apoio mediante acionamento das demais políticas públicas de acordo com a necessidade, são elas o CAD único, bolsa família, encaminhamento para participação do Planejamento Familiar, entre outros programas. no acompanhamento posterior à alta hospitalar; incentivar o retorno da adolescente aos estudos e à profissionalização; refletir sobre a gravidez não planejada e sobre a inserção no planejamento familiar. 
 Esta proposta também será vinculada aos projetos de intervenções que já há na maternidade e do plantão no Serviço social, são atendimentos às mães da unidade neonatal, existem às mulheres do pós-abortamento e do atendimento no leito. No campos o estagiário será inserido nos projetos, atuando inicialmente como observador e, depois, como entrevistador para realizar as intervenções necessárias em cada caso. 
	No plantão, o atendimento se dá por demanda espontânea, situação esta em que o estagiário prestará as orientações e encaminhamentos necessários. Nos demais projetos, a aproximação com a usuária se dá basicamente por entrevista estruturada – alguns projetos têm entrevista própria como, por exemplo, pós-abortamento, atendimento às mães/familiares da unidade neonatal. Todos os relatos são registrados em prontuários e no livro do Serviço Social, e depois arquivados.
Recursos
Ficha de atendimento social
Livro de Ocorrências dos atendimentos realizados
Caneta
Prancheta
Obs: Tais recursos estão disponíveis no Setor de Serviço Social da Maternidade
1 Psicologa
Equipe médica (diversas especialidades)
2 Assistentes Sociais
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CRONOGRAMA
	Atividades desenvolvidas
	AGOSTO
	SETEMBRO
	OUTUBRO
	NOVEMBRO
	DEZEMBRO
	Elaboração do projeto
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	Execução do projeto
	
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	Apresentação do projeto a docente
	
	
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	Reunião com a equipe multidisciplinar 
	
	
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	Abertura da caixa de sugestões/reclamações
	
	
	
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	Avaliação do projeto
	
	
	
	
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 Resultados esperados
O presente trabalho será apresentado no Hospital Maternidade Carmela Dutra, onde estou inserida como estagiária, com o objetivo geral de promover qualificação à intervenção do Serviço Social no atendimento às mães adolescentes e seus familiares e atender aos objetivos específicos: identificar situações de vulnerabilidade social; promover redes de apoio mediante acionamento das demais políticas públicas no acompanhamento posterior à alta hospitalar; incentivar o retorno da adolescente aos estudos e à profissionalização; refletir sobre a gravidez não planejada e sobre a inserção no planejamento familiar.
 Referências:
ALMEIDA, Ana Maria de; Trindade, Ruth França Cizino de Trindade; Gomes, Flávia Azevedo ; Nielsen, Loren . Maternidade na adolescência: um desafio a ser enfrentado. IN.: Scielo, Rev. bras. enferm. vol.56 no.5 Brasília Sept./Oct. 2003
SOUZA, Charles Toniolo. A prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção profissional. IN.: Emancipação, Ponta Grossa, 8(1): 119-132,2008. 
PINHEIRO, Verônica de Sousa Repensando a maternidade na adolescência. IN.: Scielo, Estudo de psicologia (Natal) vol.5 no.1 Natal Jan./June 2000
MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
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