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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA .... ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BAURU – SP CAIPIRA HORTALIÇAS LTDA - ME, microempresa inscrita no CNPJ/MF sob o nº. ............, sediada e estabelecida em Bauru/SP, na rua .................., nº. .............., bairro ..................., com endereço eletrônico ............................., neste ato representada por seu procurador, Dr ................, com endereço profissional na rua .............., bairro ................, cidade/estado, interpor nos termos dos artigos 186, 187, 402 a 405 e artigo 927 e seguintes do Código Civil Brasileiro, a presente de AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR PERDAS E DANOS MATERIAIS Em face da VIAÇÃO METEORO LTDA, empesa inscrita no CNPJ/MF sob o nº ..........., sediada e estabelecida em São Paulo/SP, na rua ...................., nº........, bairro ..................., com endereço eletrônico ......................, pelos relevantes fatos e fundamentos jurídicos a seguir articulados: I - DOS FATOS No dia 11/02/2017, o sr. Barnabé retornava a Bauru/SP conduzindo a sua Pick-up após mais um dia cansativo de trabalho. Naquela noite, chovia muito e a estrada estava escorregadia, e havia também muita neblina. Ocorre que, quando trafegava na curva do km 447 da rodovia BR-345, no município de Jaú/SP, o sr. Barnabé perdeu o controle do seu veículo. Os pneus traseiros derraparam, e o veículo rodopiou por sua pista, ficando atravessado na pista, sem, contudo, invadir a pista contrária. No entanto, um ônibus da Viação Meteoro Ltda., que trafegava na pista contrária, assustou-se com a manobra efetuada pelo Senhor Barnabé, e pisou no freio. Como a pista estava escorregadia e com um pouco de óleo, o motorista perdeu o controle do seu veículo e bateu de frente na pick-up ranger. Com o impacto, a pick-up foi arremessada por cerca de10 (dez) metros, e bateu no barranco da pista. Com o impacto, o sr. Barnabé feriu-se gravemente, apresentando um corte na testa, fratura nas pernas e nos braços. O veículo pick-up ranger, com o impacto, ficou todo amassado, com danos no chassi e por toda a lataria. Pelo lado do ônibus, com o impacto, cinco passageiros, os senhores Lino, Cláudio, Ribamar, Jorge Bráulio, que não estavam utilizando cinto de segurança, sofreram lesões. Após se submeter a cirurgias nos seus braços e pernas e tomar pontos na sua testa, embora agradecido por ter sobrevivido, o sr. Barnabé estava preocupado agora com a situação envolvendo o seu veículo e o seu sustento. Como o senhor Barnabé trabalhava sozinho, não sabia como fazer para sobreviver no período de recuperação do acidente, e também como faria para transportar as hortaliças. Analisando o balanço mensal da empresa Caipira Hortaliças constatou se que esta possuía um faturamento mensal de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), sendo que o lucro líquido mensal chegava ao montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais). No período de três meses, necessário ao restabelecimento da saúde do senhor Barnabé, a empresa zerou o seu faturamento, e ficou em dificuldades com o locador da loja, bem como com seus fornecedores, acumulando um prejuízo de R$ 10.000,00. II - DO DIREITO Segundo o artigo 186 do código civil afirma que: “Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.” Assim, de acordo com as normas positivadas em nosso ordenamento jurídico, o dano causado ao autor é proveniente de ato ilícito, gerando a obrigação de indenizar. Seguindo o raciocínio do artigo exposto o código de trânsito brasileiro no o artigo 28 e 34 diz que: “Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito” “Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.” Não há dúvidas que no caso em questão o dano causado ao autor se revestiu de ação voluntaria, em que o motorista pisou no freio, perdendo o domínio de seu veículo invadindo a pista contraia causando a colisão de seu veículo com o do senhor Barnabé. Também preceitua o art. 927 do Código Civil: “Aquele que, por ato ilícito (art. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.” Em se tratando da obrigação de reparar o dano pela ré, a responsabilidade é atribuída à empresa jurídica demandada por força do art. 932, inciso III que assim prescreve: “Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: III – o empregador ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele.” Tendo em vista o amparo legal, bem como os fatos narrados, verifica-se a legitimidade da parte autora, a possibilidade jurídica e a necessidade do pedido. III - DOS PEDIDOS Ante o exposto, requer a Vossa Excelência: a) Determinar a citação do Requerido e querendo, conteste a presente ação sob pena de revelia e confissão; b) A designação de data para realização de audiência de conciliação; c) Condenar o Requerido ao pagamento ao Autor no valor de R$ 90.000,00 (noventa mil reais), com os acréscimos de juros e correção monetária na forma da lei; d) A condenação do Réu ao pagamento das custas, despesas processuais, nos termos da Lei; e) Finalmente a procedência dos pedidos inicias. Protesta por derradeiro pela produção de todas as provas em direito admitidas, incluindo, testemunhais, periciais, juntada de novos documentos e outros mais que necessários forem à cabal comprovação dos fatos alegados. Dá-se à causa o valor de R$ 90.000,00 (noventa mil reais). BAURU/SP ............ de .......... de .............. ..................................... OAB ..........................
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