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TEORIA GERAL DOS RECURSOS

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TEORIA GERAL DOS RECURSOS
RECURSOS EM ESPÉCIE NOVO CPC
·	CONCEITO
A origem da palavra Recurso vem do latim recursus, que significa voltar atrás. Em uma decisão que não lhe agrada, solicita-se uma nova analise, ou seja, ir por outro caminho no judiciario, geralmente em outra instância superior.
Recurso é o pedido de um reexame da decisão judicial, reforma, invalidação, esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna, é uma possibilidade de melhora do resultado de uma ação judicial.
Para DIDIER Jr.,o recurso é: "o	meio ou instrumento destinado a provocar o reexame da decisão judicial, no mesmo processo em que proferida, com a finalidade de obter-lhe a invalidação, a reforma, o esclarecimento ou a integração".
Para Wambier luiz Rodrigues e Talamani Eduardo, Recurso é "como uma -extensão do próprio direito de ação ou de defesa. Trata-se de uma ação inpugnação, realizada voluntariamente pela parte, de uma decisão que lhe é desfavorável, em um processo em curso"
·	OBJETIVO DO RECURSO
O pedido do recurso tem o objetivo de uma reforma, invalidação, esclarecimento ou integração de uma decisão.
1) reformar (inverter a sucumbência); só é possível em se tratando de “error in judicando”)
2) invalidar ;cabível no “error in procedendo” ;retroage-se ao momento do vício e os atos são repraticados.
3) esclarecer ; tornar claro algo obscuro ou contraditório (por meio de Embargos de Declaração).
4) integrar; completar uma omissão (também por meio de Embargos de Declaração).
Enquanto os objetos dos recursos são os pronunciamentos com carga decisória que gerem prejuízo para uma das partes ou para ambas.
Todos e qualquer recurso tem previsão legal, o recuso é um complemento do mesmo processo, dessa forma, o recuso não gera um processo novo, ele inpugna a decisão do processo que foi proferida.
·	CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS
RECURSO PARCIAL OU TOTAL; o art. 505 diz que a sentença pode ser impugnada no todo ou em parte. 
-Recurso parcial é o recurso que inpugna apenas uma parte da decisão.
-Recurso total à abrange todo o conteúdo impugnável da decisão recorrida.
- Se o recorrente não especificar a parte em que impugna a decisão, entender-se-á total o recurso.
FUNDAMENTAÇÃO LIVRE
Fundamentação livre, poderá ser alegado qualquer vicio, qualquer problema que a parte tenha sobre a decisão. 
Ex: Apelação e agravo.
VINCULADA 
A vinculada, exige fundamentação predeterminada pelo legislador. Ex.: embargos de declaração, recurso especial e recurso	extraordinário. Quando o recurso é de fundamentação vinculada, tem de constar no recurso uma das hipóteses típicas de cabimento.
Ex.: afirmada a omissão/obscuridade/contradição na decisão recorrida, os embargos de declaração são cabíveis. 
·	PRINCIPIOS
PRINCIPIO DA CORRESPONDÊNCIA
No direito brasileiro atual, existe uma correspondência bastante expressiva entre os tipos de recurso e os tipos de decisão. Esta a principal razão em função da qual é relevante a classificação, para a possibilidade de identificação, dos pronunciamentos judiciais.
Para cada decisão deverá haver um recuso especifico. Sendo assim diante de um deferimento de uma medida liminarmente requerida, o recurso especifico à situação é o agravo que pode ser o retido ou de instrumento, a depender da demonstração ou não da urgência e ameaça de grave e irreparável dano.
Para cada pronunciamento judicial recorrível existe, somente um recurso previsto, esse é o principio da correspondência, existindo total relação entre os pronunciamentos judiciais e os tipos de recursos, de acordo com Tereza Alvim Wambier.
PRINCIPIO DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO
Este principio esta relacionado com o objetivo dos recursos que é a impugnação e o reexame de uma decisão judicial, dá para a parte prejudicada a possibilidade de uma reavaliação, por orgão superior. Ou seja, uma reavaliação por outros juizes, garantindo assim uma avaliação melhor do caso.
Para todas as causas sempre existirá a possibilidade de uma dupla revisão em relação ao mérito, garantidos pela Constituição Federal art. 5º, XXXV, garante a todos o direito à tutela jurisdicional tempestiva.
PRINCIPIO DA TAXATIVIDADE
Só há os recursos previstos pela lei federal, porém nada impedirá que existam recursos previstos por outras leis federais, fora do sistema de Código de Processo Civil (leis esparsas).
PRINCIPIO DA UNICIDADE
Contra uma decisão só caberá um recurso ou um por vez. Havendo uma excessão quando for recursos especiais e recurso extraordinário, devem ser interpostos concomitantemente, sob pena de preclusão. Nesse caso o recurso especial deverá ser julgado antes do recurso extraordinário.
PRINCIPIO DA FUNGIBILIDADE
Um recuso poderá ser recebido por outro segundo algumas condições; só poderá aplicar o principio se não houver má fé e se o erro não for grosseiro, porém segundo a melhor doutrina o único que poderá ser exigido é o de erro não for grosseiro.
Outra exigência que é inadimissivel é de que o recurso interposto, se tiver um prazo eventualmente maior do que aquele outro que poderia ter sido interposto, seja interposto no prazo do menor. De acordo com a melhor doutrina é inadimissivel pelos seguintes motivos:
1) Não se proporcionaria a parte a garantia constitucional do due process of law, abreviando-se o prazo do recurso.
2) Não se estaria aplicando realmente o principio da fungibilidade recursal, pois se há duvida, e optaram por recursos isso deveria ser atendido integralmente.
PRINCIPIO DA PROIBIÇÃO DA REFORMA IN PEIUS
No direito Brasileiro é proibido a Reforma in peius, isto é, o recorrente nunca correrá o risco de ver a sua situação piorada, em resultado de recursos. A decisão poderá se manter como esta ou melhorar, porém piorar não.
A única hipotese em que é permitida a piora da decisão será quando a necessidade de um orgão ad quem decidir matéria de ordem píblica.
PRINCIPIO DE COISA JULGADA
O princípio da coisa julgada é originário do art. 5º,XXXVI,[13] da CF e é ratificado pela norma infraconstitucional, a qual prevê a sua imutabilidade, segundo prescreve o art. 463 do CPC. Este dispositivo admite, na esfera recursal, os embargos de declaração, o que representa certa relativização da coisa julgada.
·	EFEITOS RECURSAL
O presente trabalho incluirá os três efeitos convenientes.
O primeiro consiste em obstar a ocorrência da preclusão e a formação da coisa julgada, pelo menos com relação a parte da decisão que se esta recorrendo.
O segundo efeito, consiste em que todo recurso tem efeito devolutivo. É ultrapassada a idéia que so se ocorre o efeito devolutivo quando a materia a ser reexaminada pelo judiciario seja devolvida para um orgão superior aquele de que veio a decisão. Há devolutiva ainda que seja para o mesmo orgão, como os embargo de declaração ou o agravo, quando há juízo de retratação.
O terceiro que iremos abordar trata-se do efeito suspensivo, é aquele que tem o condão de obstar o inicio da execução, Não havendo esse efeito a execução provisória poderá ter inicio.
RECURSOS EM ÉSPECIE NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIIVL
Nesse trabalho será abordado os sistemas recursais do Novo Codigo de Processo Civil.
·	Adesivo;
·	Apelação
·	Agravo de instrumento;
·	Agravo interno;
·	Embargos de declaração;
·	Recurso ordinário;
·	Recurso especial;
·	Recurso extraordinário;
·	Agravo em recurso especial ou extraordinário;
·	Embargos de divergência.
RECURSO ADESIVO
O recurso adesivo não é exatamente um tipo de recurso, ele possibilita ao recorrido interpor recurso fora do prazo normal, ou seja, tardiamente. Não havia intenção de recorrer, porém, em virtude de recurso interposto pela parte contrária, apresenta junto com as contra-razões, o recurso adesivo que irá contestar apenas a parte da decisão em que foi sucumbente.
Art. 500. 
Cada parte interporá o recurso, independentemente, no prazo e observadas as exigências legais. Sendo, porém, vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir a outra parte. O recurso adesivo fica subordinado ao recurso principal e serege pelas disposições seguintes:
I - será interposto perante a autoridade competente para admitir o recurso principal, no prazo de que a parte dispõe para responder;
II - será admissível na apelação, nos embargos infringentes, no recurso extraordinário e no recurso especial;
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal, ou se for ele declarado inadmissível ou deserto.
Parágrafo único. Ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras do recurso independente, quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superior.
APELAÇÃO
	Recurso cabível contra as sentenças de primeira instância, visando anulá-la ou reformá-la a favor da parte apelante. Recebeu poucas mudanças no Novo Código de Processo Civil.
	É a partir da apelação que se exercita o duplo grau de jurisdição, permitindo o reexame da causa pelo órgão de segunda instância
	No art. 1009 do NCPC, a apelação serve para impugnar uma setença e também decições interlocutórias não agravavéis.
	A apelação poderá ser interposta por ambas as partes e solciitada através de uma petição escrita para o juízo de 1º grau que será encaminhada para o órgão ad quem, com indicações de apelante e apelado.
	O apelante deverá por obrigação apresentar petição que inclua a matéria de fato e de direito, o pedido de reforma ou de decretação de nulidade da sentença, sendo obrigatório descrever o erro que considera presente nesta sentença interlocutória. 
	No tribunal, os autos serão sorteados e levados à conclusão do relator, que este julgará sozinho ou solicitará uma data para que seja julgado em grupo. 
Efeitos da Apelação
	Continuará sendo regra da apelação o efeito suspensitvo, seus efeitos só serão produzidos após julgamento em segunda instância e o trânsito em julgado.
	A apelação é um mecanismo para que as ações de primeira instância sejam analisadas novamente pelo tribunal, que “rejulgará” a causa, com as mesmas provas apresentadas no primeiro grau.
	No Novo CPC a apelação continua sendo um recurso cabível contra sentenças e, agora, contra as decisões interlocutórias não impugnáveis via agravo de instrumento, devendo ser interposto em até 15 dias úteis.
Art. 1009.
Da sentença cabe apelação.
§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
§ 2º Se as questões referidas no § 1º forem suscitadas em contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias, manifestar-se a respeito delas.
§ 3º O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as questões mencionadas no art. 1.015 integrarem capítulo da sentença.
Art. 1010.
A apelação, interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau, conterá:
I - os nomes e a qualificação das partes;
II - a exposição do fato e do direito;
III - as razões do pedido de reforma ou de decretação de nulidade;
IV - o pedido de nova decisão.
§ 1º O apelado será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias.
§ 2º Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar contrarrazões.
§ 3º Após as formalidades previstas nos §§ 1º e 2º, os autos serão remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade.
Art. 1011.
Recebido o recurso de apelação no tribunal e distribuído imediatamente, o relator:
I - decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V;
II - se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do recurso pelo órgão colegiado.
Art. 1012.
A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:
I - homologa divisão ou demarcação de terras;
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição.
§ 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de cumprimento provisório depois de publicada a sentença.
§ 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º poderá ser formulado por requerimento dirigido ao:
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la;
II - relator, se já distribuída a apelação.
§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
Art. 1013.
A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da matéria impugnada.
§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485;
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de primeiro grau.
§ 5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela provisória é impugnável na apelação.
Art. 1014.
As questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.
AGRAVO DE INSTRUMENTO
	Uma das novidades do NCPC, é a possibilidade de separar-se a apreciação do mérito do processo, sendo uma resolvida por decisão interlocutória e outra na sentença.
	O Agravo de Instrumento é interposto diretamente no tribunal de instancia superior, devendo notificar, no prazo de 3 dias, por meio de petição, o tribunal de primeira instância.
	É necessário que haja uma petição de interposição com os nomes das partesa exposição do fato e do direito, as razões do pedido e o pedido em si de reforma ou invalidação da decisão agravada e informações dos advogados.
	Existem peças obrigatórias e peças facultativas.
	O juiz de primeira instância poderá reconsiderar uma decisão sendo ele provocado pela parte do agravante.
	O agravo de instrumento, autuado em separado, é sorteado e recebido pelo relator, que avaliará se o recurso deve ser rejeitado liminarmente por decisão única e solicitar um dia para julgamento, se não for o caso, o relator determinará a intimação do agravado, por meio de seu advogado, para apresentação de respostas.
Art. 1015.
Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:
I - tutelas provisórias;
II - mérito do processo;
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação;
VI - exibição ou posse de documento ou coisa;
VII - exclusão de litisconsorte;
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1º;
XII - (VETADO);
XIII - outroscasos expressamente referidos em lei.
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo de execução e no processo de inventário.
AGRAVO INTERNO
	É o recurso contra todas as decisões monocráticas proferidas no tribunal pelo relator ou Presidente e sempre será julgado pelo órgão colegiado que o relator (ou Presidente) se vincula.
deverá impugnar a fundamentação da decisão monocrática de maneira específica, não podendo reproduzir os fundamentos do recurso anterior.
Art. 1021.
Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.
§ 1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará especificadamente os fundamentos da decisão agravada.
§ 2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze) dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta.
§ 3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo interno.
§ 4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do valor atualizado da causa.
§ 5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4º, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao final.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
	No novo Código de Processo Civil uma das principais alterações foi a a presunção absoluta de omissão no julgado quando “deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento”. Outra mudança está no modo de se compreender a omissão.
	Resolveu no NCPC uma discussão antiga que é a possibilidade de omissão a manifestação sobre questão que o juiz deveria ter se manifestado de oficio. Quando o Tribunal deixa de enfrentar aqui que deveria ter se manifestado por imposição de oficio.
	Outra mudança é que fica expresso que cabe Embargos de Declaração em caso de erro material, o juiz pode corrigir o erro material depois.
	Em um sistema de precedentes obrigatórios permite que o Tribunal aplique, distinga ou supere o precedente, não podendo ignorar um precedente. Caso o tribunal ignora um precedente obrigatório cabe Embargos de Declaração por Omissão.
Art. 1022.
Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º.
Art. 1023.
Os embargos serão opostos, no prazo de 5 (cinco) dias, em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, e não se sujeitam a preparo.
§ 1º Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229.
§ 2º O juiz intimará o embargado para, querendo, manifestar-se, no prazo de 5 (cinco) dias, sobre os embargos opostos, caso seu eventual acolhimento implique a modificação da decisão embargada.
Art. 1024.
O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias.
§ 1º Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente.
§ 2º Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente.
§ 3º O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5 (cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021, § 1º.
§ 4º Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de declaração.
§ 5º Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e julgado independentemente de ratificação.
Art. 1025.
Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
Art. 1026.
Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.
§ 1º A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação.
§ 2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa.
§ 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.
§ 4º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.
RECURSO ORDINÁRIO
	Não houveram grandes alteraçãos para o Recurso Ordinário. É o recurso que deve ser dirigido diretamente para o Superior Tribunal de Justiça (“STJ”) e para o Supremo Tribunal Federal (“STF”). Nele, podem ser suscitadas questões de fato e de direito.
	Na decisão desfavorável ao autor há a possibilidade de um recurso ordinário, o qual exercerá função parecida com à da apelação, ambas permitindo o reexame integral da causa especificada. Os requisitos de admissibilidade são os mesmos tanto para a apelação quanto para o Recurso Ordinário.
Art. 1027.
Serão julgados em recurso ordinário:
I - pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão;
II - pelo Superior Tribunal de Justiça:
a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País.
§ 1º Nos processos referidos no inciso II, alínea "b", contra as decisões interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido ao Superior Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1.015.
§ 2º Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013, § 3º, e 1.029, § 5º.
Art. 1028.
Ao recurso mencionado no art. 1.027, inciso II, alínea "b", aplicam-se, quanto aos requisitosde admissibilidade e ao procedimento, as disposições relativas à apelação e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.
§ 1º Na hipótese do art. 1.027, § 1º, aplicam-se as disposições relativas ao agravo de instrumento e o Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça.
§ 2º O recurso previsto no art. 1.027, incisos I e II, alínea "a", deve ser interposto perante o tribunal de origem, cabendo ao seu presidente ou vice-presidente determinar a intimação do recorrido para, em 15 (quinze) dias, apresentar as contrarrazões.
§ 3º Findo o prazo referido no § 2º, os autos serão remetidos ao respectivo tribunal superior, independentemente de juízo de admissibilidade.
 RECURSO ESPECIAL
 	O recurso especial é o meio processual utilizado para contestar, perante o Superior Tribunal de Justiça, uma decisão judicial proferida pelo Tribunal de Justiça Estadual ou pelo Tribunal Regional Federal.
É cabível contra decisão que contrarie ou negue vigência a lei federal ou a tratado,Contra decisão que julgue válido ato de governo local que possa ser contestado em face de lei federal, Contra decisão que contrarie a interpretação jurisprudencial comum.
	Os recursos especiais deverão preencher tantos aos pressupostos gerais quanto aos especiais, onde a decisão deve ser proferida por um tribunal, Devem ter sido esgotados todos os recursos ordinários, A matéria e objeto do recurso devem ter sido expressamente examinados pelo tribunal,Deve se tratar somente de matéria de direito,Deve se tratar somente de direito federal.
Tem a finalidade de aplicar a lei federal.
 
Art. 1029.
O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições distintas que conterão:
I - a exposição do fato e do direito;
II - a demonstração do cabimento do recurso interposto;
III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
§ 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
§ 2º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)
Lei 13.256/16 altera a redação original do NCPC antes da sua entrada em vigor. «§ 2º Quando o recurso estiver fundado em dissídio jurisprudencial, é vedado ao tribunal inadmiti-lo com base em fundamento genérico de que as circunstâncias fáticas são diferentes, sem demonstrar a existência da distinção.»
§ 3º O Supremo Tribunal Federal ou o Superior Tribunal de Justiça poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo ou determinar sua correção, desde que não o repute grave.
§ 4º Quando, por ocasião do processamento do incidente de resolução de demandas repetitivas, o presidente do Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça receber requerimento de suspensão de processos em que se discuta questão federal constitucional ou infraconstitucional, poderá, considerando razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, estender a suspensão a todo o território nacional, até ulterior decisão do recurso extraordinário ou do recurso especial a ser interposto.
§ 5º O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido:
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo; (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016)
Lei 13.256/16 altera a redação original do NCPC antes da sua entrada em vigor. «I - ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a interposição do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo;»
II - ao relator, se já distribuído o recurso;
III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037. (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) 
Lei 13.256/16 altera a redação original do NCPC antes da sua entrada em vigor. «III - ao presidente ou vice-presidente do tribunal local, no caso de o recurso ter sido sobrestado, nos termos do art. 1.037.»
RECURSO EXTRAORDINÁRIO
	O Recurso extraordinário é a maneira utilizada para se impugnar perante o Supremo Tribunal Federal uma decisão judicial proferida por um tribunal estadual ou federal, ou por uma Turma recursal de um juizado especial.
	O Recurso extraordinário é cabível nas hipoteses: Contra decisão que contrarie dispositivo ou princípio da Constituição, Declarar inconstitucionalidade de tratado ou lei federal utilizados na decisão, Contra decisão que julgue válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição,Contra decisão que julgue válida lei local contestada em face de lei federal, Os recursos extraordinários se dão perante o STF, A finalidade do recurso extraordinário é manter a autoridade e a unidade da Constituição Federal.
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL OU EXTRAJUDICIARIO
	É impugnável, por agravo em recurso especial ou extraordinário, a decisão que indeferir o pedido de inadmissão do RExt ou REsp que estivesse sobrestado e seja intempestivo. A petição do agravo é diretamente ao presidente ou vice presidente do tribunal de origem que tenha prolatado a decisão agravada.
	O agravante tem por obrigação, demonstrar a intempestividade do recurso e a existência de distinção do caso em análise pelos tribunais e o precedente invocado na decisão,caso contrário seu agravo poderá não ter conhecimento.
Art. 1.042. 
Cabe agravo contra a decisão de presidente ou vice-presidente do tribunal que:
I. indeferir o pedido formulado com base no art. 1.035, § 6º, ou no art. 1.036, § 2º, de inadmissão do recurso especial ou extraordinário intempestivo;
II. inadmitir, com base no art. 1040, inciso I, recurso especial ou extraordinário sob fundamento que o acórdão recorrido coincide o com a orientação do tribunal superior;
III. inadmitir recurso extraordinário, com base no art. 1.035, § 8º, ou no art. 1.039, § único, sob fundamento que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a inexistência de repercussão geral da questão constitucional discutida.
 
EMBARBOS DE DIVERGÊNCIA
	Os Embargos de divergências, tem por sua finalidade sanar uma divergência de setenças, ações iguais com resultados diferentes.Os embargos sanam divergências entre as turmas de julgamento.
	Elpídio Donizetti aponta que “os embargos de divergência visam eliminar divergência no seio do próprio tribunal.” (DONIZETTI, Elpídio. Curso didático de direito processual civil. 16ª Ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 788).
	Os embargos de divergência têm cabimento quando o acórdão, em RE ou REsp, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia. 
 	Os embargos de divergência tem como finalidade favorecer a necessidade de uniformização da jurisprudência nos tribunais de superposição.
Art. 1043.
É embargável o acórdão de órgão fracionário que:
I - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito;
II - (Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016)
III - em recurso extraordinário ou em recurso especial, divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo tribunal, sendo um acórdão de mérito e outro quenão tenha conhecido do recurso, embora tenha apreciado a controvérsia;
IV - (Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016)
§ 1º Poderão ser confrontadas teses jurídicas contidas em julgamentos de recursos e de ações de competência originária.
§ 2º A divergência que autoriza a interposição de embargos de divergência pode verificar-se na aplicação do direito material ou do direito processual.
§ 3º Cabem embargos de divergência quando o acórdão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão embargada, desde que sua composição tenha sofrido alteração em mais da metade de seus membros.
§ 4º O recorrente provará a divergência com certidão, cópia ou citação de repositório oficial ou credenciado de jurisprudência, inclusive em mídia eletrônica, onde foi publicado o acórdão divergente, ou com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores, indicando a respectiva fonte, e mencionará as circunstâncias que identificam ou assemelham os casos confrontados.
§ 5º (Revogado pela Lei nº 13.256, de 2016)
Art. 1044.
No recurso de embargos de divergência, será observado o procedimento estabelecido no regimento interno do respectivo tribunal superior.
§ 1º A interposição de embargos de divergência no Superior Tribunal de Justiça interrompe o prazo para interposição de recurso extraordinário por qualquer das partes.
§ 2º Se os embargos de divergência forem desprovidos ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso extraordinário interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de divergência será processado e julgado independentemente de ratificação.
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
(DONIZETTI, Elpídio. Curso didático de direito processual civil. 16ª Ed. São Paulo: Atlas, 2012, p. 788).
RODRIGUES, Luiz Wambier. Curso Avançado de Processo Civil. 12º edição. Editora: RT.
DIDIER	 JR.,	Fredie;	 CUNHA,	 Leonardo	 Carneiro	 da.	Curso	 de	 direito	 processual	 civil.	Vol.	 3.	Salvador:	Ed.	Juspodivm,	2016.
BUENO, Cássio Scarpinella. Novo Código de Processo Civil Anotado. Ed Saraiva, 2015.
WAMBIER, Teresa Arruda Alvim. Sistema recursal. Porto Alegre: TRF – 4ª Região, 2009 Caderno de Direito Processual Civil: módulo 7. Disponível em: <www2.trf4.jus.br/ trf4/upload/editor/rlp_AULA_INAUGURAL_nova.pdf>. Acesso em: 05/11/2017.
THEODORO JÚNIOR, Humberto. Curso de Direito Processual Civil. Volume 2. 56ª ed. São Paulo: Forense, 2015.

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