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Psicologia nas Políticas Públicas de Saúde

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Universidade Estácio de Sá
ORGANIZAÇAO DE POLÍTICAS DA SAÚDE
 CURSO PSICOLOGIA
TURMA 11015
PSICOLOGIA NAS POLITICAS PÚBLICAS DE SAÚDE
LETICIA AZEVEDO
LETICIA SOUZA
 YARA LARISSA
YASMIN P
PAULA ABRAHAO
SHEILA RAYANE
RIO DE JANEIRO
04/2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 3
2 DESENVOLVIMENTO........................................................................................................ 5
3 CONCLUSÃO........................................................................................................................ 7
9
1. INTRODUÇÃO
 
 A história do psicólogo quanto profissional no Brasil é muito recente, apesar da prática da psicologia vir desde a década de 30, somente em 1962 a mesma passou a ser reconhecida como profissão. Grande parte desses profissionais, se inseriram na saúde pública no final da década de 70, época onde se iniciavam movimentos buscando uma reforma no setor de saúde mental, com a proposta de mudança da cultura de hospitalização do doente psiquiátrico. 
       
  	 Na mesma década, deu-se inicio ao movimento sanitarista, sendo esse um grande marco para a saúde dos brasileiros. A sociedade ansiava por mudanças em todo o setor saúde, visando melhorias para as condições de vida da população, que até então contavam com um sistema ineficiente e inadequado.
Através da histórica 8 Conferencia, no ano de 1986 e com a promulgação da Constituição Federal em 1988, a saúde foi incluída no capítulo da seguridade social, sendo possível a criação de um sistema, posteriormente regulamentado e nomeado como Sistema Unificado de Saúde (SUS) pelas leis 8080/1990 e 8142/1990. A partir de então, a saúde passou a ser direito de cidadania e dever do estado. 
 Uma visão nova da política de saúde pública brasileira surgia, influenciada pelos princípios do movimento sanitarista, pela consolidação da reforma psiquiátrica e por todo o processo de reorganização que o setor saúde sofreu com a implementação de um Sistema Unificado. Tais fatores possibilitaram a expansão do número de profissionais no sistema público de sáude, dentre ele os psicólogos.
2. DESENVOLVIMENTO
 	 A inserção do psicólogo no setor público de saúde surgiu em um momento em que a assistência médica se encontrava em decadência. A Reforma Psiquiátrica teve seu inicio no final da década de 70, foi um dos principais fatores responsáveis pela inserção desses profissionais, criticando a idéia do hospital psiquiátrico como única alternativa de tratamento para as pessoas com transtornos mentais. Esse movimento propunha novas formas de abordagens aos serviços de saúde mental, onde fosse possível uma intervenção multiprofissional, contribuindo para a melhora da qualidade de assistência. 
 
Outros Fatores que também somaram para atrair a atenção desses profissionais, foram: a crise econômica da época, que impulsionou os psicólogos a buscar novos campos de estabilidade. A realização dos concursos públicos em instituições municipais, estaduais e federais, nos anos 80. Seguido das reformas no sistema de saúde brasileiro, através da implementação do Sistema Unico de saúde, com seus principios de valorização ao trabalho em equipe.
O trabalho do psicólogo dentro da perspectiva da saúde coletiva, tem a necessidade de considerar os princípios do SUS (Sistema Único de Saúde) fundamentados na universalidade, equidade e integralidade. Sendo assim fundamental a noção de “rede” de saúde.
Os níveis de atenção a saúde dentro do SUS se caracterizam, em : Nível primário ou básico, que configura-se na trama da vida cotidiana, oferecidos pelos postos de saúde. O secundário, onde há os centros de Atenção Psicossocial (CAPs), focados muitas vezes em tratamentos de dependência química (sem internação), alguns casos de psicose e crianças com dificuldades psicológicas mais graves. E o nível terciário, que abrange os casos mais graves e atendidos pelos hospitais. 
Importante ressaltar que se torna necessário incorporar, nas ações do profissional, aspectos de interdisciplinaridade e capacidade de relacionar conhecimentos da psicologia social com a psicologia clínica, bem como focar a promoção em saúde mental como eixo das intervenções relacionadas ao campo e na perspectiva do diálogo entre os 3 níveis de atenção descritos. 
2. ENTREVISTA COM PROFISSIONAL DA AREA
Nome do entrevistado: Claúdio Francisco Cruz Psicologo, graduado pela Estácio, pós-graduado pelo ipub e com mestrado em psicanalise e saúde pública. Local de trabalho: Cap’s AD Raul Seixas. Entrevista:
 1- Qual seu tipo de abordagem? 
R: Psicanálise.
 2- Quais foram as razões que te levaram a ingressar no sistema publico de sáude e quanto tempo de atuação nessa unidade?
 R: Estou a 8 anos nessa unidade, fiz estágio na prefeitura e outro no primeiro caps, do rj em Irajá. Desde o início queria trabalhar na área clinica e a saúde mental foi uma paixão que surgiu. Comecei a acompanhar pacientes nos 2 lugares num espaço de crise. Depois de 2 meses de estagio no caps pensei, eu não vou trabalhar com isso, os caras não melhoram o que eu vou fazer num lugar como esse? Era muito angustiante, mas depois de 4 meses de acompanhar alguns casos, inclusive de pacientes que passavam por experiências de desospitalização (a pessoas que passaram 10, 20, 30 anos internados em hospitais psiquiátricos), eu peguei o final desse trabalho e fiquei encantado ao acompanhar os pacientes com essa experiência. Então algo que era uma angústia se tornou uma paixão.
 3- Como psicologo como se caracteriza a sua atuação dentro do sistema público de sáude?
 R: Primeiramente seguir uma ética psicanalitica, secundariamente é você construir um
 trabalho em rede, uma vez que existe um conjunto de outras formações de colegas profissionais, é necessário criar e construir uma linguagem em comum, para construir um caso clinico. Reconhecer a particularidade de cada caso e primar isso na experiência do trabalho em equipe, porque enfermeiros, medicos, assistentes socials, tem outras perspectivas e a nossa perspectiva aqui é somar. O diferencial do trabalho da psicanalise é você ter essa sacada de quem está trabalhando com você também é um sujeito. A sua intervenção pode inclusive fazer com que os colegas possam redirecionar aquela leitura mais inclinada ao reducionismo social ou biológico. Dizer “não o problema que ele tem é de esquizofrenia”, de uma patologia , de uma desordem e ajudar muitas vezes o medico a construir uma relativação dessa leitura, ajudar o medico a fazer com que ele possa reconhecer aquela experiência singular e particular daquele paciente. 
4- Como funcionam os atendimentos?
 R: Temos atendimentos individuais, grupos terapêuticos e oficinas. Nos grupos terapêuticos temos pacientes com características especificas os quais os colocamos juntos para interagir tentando assim produzir identificações e também desidentificações. Há também atendimentos individuais com a participação de alguns colegas atendendo (medico, assistente social), estratégias de escuta como ouvir o familiar escutar o familiar e etc. 
5-Quais são os principais pedidos atendidos?
 R: Os pedidos feitos são relacionados ao impacto do uso de drogas na vida, esse impacto é de toda ordem. Temos pessoas que perderam a familia, o trabalho, perderam a confiança dos pais, dos amigos. Enfim, ouve uma experiencia de degradação psiquica ao ponto dessa degradação impactar na vida social daquela pessoa. Nós temos pacientes que a familia desistiu, que os amigos desistiram e tambem ha agravos do corpo. Situações de feridas, de DSTs, ou mesmo de situações de degradação do corpo como ossos quebrados, sendo esses citados os casos mais graves. Mas também a casos em que o familiar faz uma serie de relatos e se começa a tratar os pacientes em função desses relatos, poiso proprio paciente nao reconhece a sua propria experiencia de sofrimento, e com o tempo e com o trabalho da equipe eles começam a descolar um pouco ou deslocam muito ou entram efetivamente na experiencia de tratamento. Aqui tem uma demanda de poder falar sobre esse excesso que reduziu a vida subjetiva dele a só isso. Na medida que ele pode falar mais dessa experiencia ele pode criar estranhamento sobre essa escolha que fixa nesse ponto de insatisfação ou de redução do desprazer, por que nem sempre quem usa dogras de forma excessiva usa pela busca do prazer. No caso das psicoses a discussão é reduzir ou evitar o desprazer psiquico que é constitucional da sua propria estrutura. O que constitucional da sua propria estrutura? È o funcionamento psiquico que ele quando esta por si proprio, seja com seus processos de pensamentos, sentimentos ele acaba encontrando na droga uma forma de corte com algo que ele não sabe lidar. No caso das psicoses a droga funciona como um recurso subjetivo.
 7- Como ocorre o trabalho em conjunto com outros profissionais?
 R: O psicólogo precisa trabalhar em rede, você cria com outras equipes, com outras instituições um acompanhamento que diz respeito aquilo que é possivel pelo paciente. Cria estratégias. Muitos pacientes chegam sem querer ser paciente, por exemplo chegam pelo uso da droga e muitas vezes nao é possível pra ele reconhecer que o excesso da droga ta produzindo tal problema. você pode criar um tipo de acompanhamento, onde você vai conseguir fazer como que ele vá por exemplo ao posto de saúde tratar de uma ferida, onde durante esse acompanhamento você vai escutar aquela experiencia e vai fazer com que ele se vincule a você. que isso pode gerar a médio ou ate curto prazo algum tipo de demanda de questionamento da sua experiência de excessos, de interrogar porque ele so vive naquele ambiente, pq não pode frequentar um ambiente diferente. tudo isso implica em um acompanhamento ético da experiência daquelas pessoas.
 8- Quais são as dificuldades de trabalhar no SUS? 
R: Queixas e mais queixas e pedidos de solideriedade aos estudantes porque hoje o sus não interessa aos nossos governantes no nivel federal, estadual e municipal. O SUS surge como ameaça a uma politica neoliberal, que espera que o estado nao responda por praticamente nada, do ponto de vista dos cuidados da população, como se todos tivessem a capacidade de responder por si e fossem capazes de trabalhar e conseguir os recursos para sobreviver. Inclusive hoje a constituição é totalmente violada a nivel municipal, estadual e federal e isso tem um impacto importante no nosso trabalho. Hoje na prefeitura do Rio são menos de 27.000 contratados, trabalhadores do sus, e menos de 24.000 concursados, servidores contratados. São as mesmas formações, os mesmos titulos, mas são pessoas que posssuem tratamentos muito difenciados. Pessoas ficaram durante muito tempo sem receber salário, agora está mais ou menos normalizado, nao recebemos insumos necessarios para que os serviços possam funcionar. As estrututuras de estão muito sucateadas, questão de ratos, questão de falta de luz por conta de atraso de pagamento, questao da alimentação que é algo básico. Em serviços como esse em muitos casos a porta de entrada, de pacientes graves é a alimentação. Como começar a fazer um trabalho se voce nao alimenta essa pessoa? Voce começa a construir para o paciente gradativamente outras pesperctivas de vida. Problemas relacionados a continuidade dos profissionais de saude, como os salarios nao sao muito atrativos a uma alta rotatividade e isso acaba interferindo muito no trabalho já que é um processo demorado, que se dá a partir da confiança e de um aperfeiçoamento do vinculo de um estudo de caso, da supervisão do trabalho de equipe. O proprio paciente vai precisar de tempo pra reelaborar sua posiçao. A experiencia politica que deveria sustentar, proteger e dar complexidade a serviços como esse ficam frageis. Hoje um dos principais problemas é tentativa de determinados politicos de empoderamento de comunidades terapeuticas, que sao instituiçoes de orientaçao religiosa que nao usam tecnologias da formaçao psicologica, e nao só isso a também o incentivo a violação de direitos e da liberdade, que inclusive vai contra a Lei 10.216.
3. CONCLUSÃO
 Existem muitas falhas dentro do sistema unico de saude, seu funcionamento esta bem distante da proposta almejada pela reforma. Problemas como desvio de recursos, gestão, atrasos de salário, falta de manutenção e infra estrutura comprometem a efetivação do Sus de acordo ao plano apresentado na constituição. Observamos que a atuação do psicólogo dentro desse sistema, exige um embasamento de diversas areas de conhecimento, é necessário que esse profissional tenha uma postura dinamica, visando intervenções em grupo, nao apenas individual, como foi relatado pelo profissional entrevistado em relação aos grupos terapeuticos. É de extrema importância salientar o trabalho em rede, de maneira que os profissionais estejam integrados, complementando o trabalho um do outro e criando de estratégias no trabalho em equipe.
Dessa forma a organização do trabalho é feita de acordo com a singularidade de cada paciente, de acordo com cada patologia, visando promover o bem estar físico e mental do mesmo. O psicologo acompanha o tratamento, tendo como uma das principais preocupações a intervenção na interface do individuo, dentro do sistema de saude e da sociedade além disso tem seu niveis de atenção, serviços primario,secundario e terciario, o nivel primario sob o controle das prefeituras, e o secundario e terciario, seria controlado pelo estado, e forma de tratamento fe acordo, com cada experiencia e vivencia..muitos serviços públicos visa qualidade da sociedade
. Tem bastante eficacia no tratamento das doenças de acordo,com cada diagnóstico, usando de metodo científicos, e analise e aprimoramento,
De acordo com o que foi desenvolvido acima e com a experiência da entrevista, fomos capazes de ver os múltiplos campos da atuação do psicólogo. Tendo em vista a carência desse serviço que tem grande impacto no cotidiano dos pacientes não atendidos e na demora de um tratamento.
 Ao ouvirmos um profissional nesta área foi possível entender como funciona os atendimentos no dia-a-dia. Dando importância ao diálogo entre os profissionais sejam eles de qualquer especialidade, para a construção, prevenção e tratamento do bem estar do paciente. 
O fato que ainda continuamos como sistema de grande carência de boa gestão mas temos e vemos muita vontade da parte dos profissionais na area em que escolheram atuar. Trabalham na esperança de fazer sua parte, seu trabalho e acreditando em uma mudança 
REFERÊNCIAS
Livro a psicologia em dialogo com o sus 
https://books.google.com.br/books?id=BEmqs32h0QYC&pg=PA179&lpg=PA179&dq=sebastiani+psicologia+1980+concurso&source=bl&ots=aGffzS3l4s&sig=v7q1oMfICG0eVBk4Rys2iKbDGl0&hl=pt-BR&sa=X&ved=2ahUKEwjzrMDWhrbaAhVGHpAKHbYZDX8Q6AEwAnoECAAQSQ#v=onepage&q&f=false ver pagina 178 ate 185
http://www.scielo.br/pdf/epsic/v3n1/a04v03n1.pdf (a partir da pagina 62)
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2009000100013 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932009000100006
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98931989000100003
http://conselho.saude.gov.br/apresentacao/historia.htm MINISTERIO DA SAUDE
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932016000300534&lang=pt
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-71822011000400002&lang=pt--

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