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MEDIDAS DE OCORRÊNCIA DAS DOENÇAS (INDICADORES DE SAÚDE) II 2017/1 INDICADORES DE SAÚDE MEDIDAS DE MORTALIDADE SISTEMA DE ESTATÍSTICAS VITAIS VALORES ABSOLUTOS Os dados colhidos diretamente de fontes de informação, ou gerados através de observações controladas, são “dados não-trabalhados”, denominados “valores absolutos”. Para comparar as “frequências de mortalidade e morbidade” é necessário transformá-las em “valores relativos”. COEFICIENTES Relações entre o número de eventos reais e os que poderiam acontecer. São medidas de risco São medidas de probabilidade SISTEMA DE ESTATÍSTICAS VITAIS Compreende o estudo dos “eventos vitais”: - nascimentos - óbitos Sistemas de Informações de Estatísticas Vitais: - SINASC – Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (DNV) - SIM – Sistema de Informações sobre Mortalidade (DO) Importantes para os estudos no campo da saúde ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE PRINCIPAIS IMPLICAÇÕES A descrição das condições de saúde da população possibilita: - a identificação de grupos da comunidade mais afetados por determinado agravo. - definir prioridades - o planejamento de alocação de recursos - acompanhar a condição de saúde de uma população ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE PRINCIPAIS IMPLICAÇÕES A investigação epidemiológica possibilita ainda: - a identificação dos problemas de maior magnitude - a identificação das prioridades de investigação na área da saúde - a identificação dos segmentos populacionais com perda prematura de vidas - a investigação das possíveis causas relacionadas ao agravo sob estudo - a avaliação da eficácia de medicamentos, distribuição de alimentos e programas de controle de câncer ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE COEFICIENTE GERAL DE MORTALIDADE (taxa bruta ou global de mortalidade) Nº total de óbitos, em determinado período População total Coeficiente geral de mortalidade = X 1000 ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR SEXO Nº total de óbitos de um dado sexo, em determinado período População total do mesmo sexo Coeficiente de mortalidade por sexo = X 1000 O padrão de maior mortalidade masculina é encontrado em praticamente todas as idades. ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR CAUSAS Nº total de óbitos por determinada causa (ou grupo de causas), em determinado período População total Coeficiente de mortalidade por causa = X 100.000 MORTALIDADE PROPORCIONAL POR CAUSAS Nº total de óbitos por determinada causa (ou grupo de causas), em determinado período N° total de óbitos no período Mortalidade proporcional por causas = X 100 - As causas apontadas nos atestados de óbitos permitem conhecer “de que morrem” as pessoas ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE MORTALIDADE POR CAUSAS Por que as informações podem ter “erros”? - Erro no preenchimento da “causa básica” na Declaração de Óbito - Erro de diagnóstico por insuficiência de recursos tecnológicos ou por deficiência pessoal - Desconhecimento do modo de preencher a declaração de óbito - Atenção dada ao preconceito familiar em relação à doenças estigmatizantes - Divergência de nomenclatura utilizada para a causa da morte Causa básica do óbito: A doença ou lesão que iniciou uma sucessão de eventos que levaram à morte; ou, no caso de acidentes ou violências, as suas circunstâncias ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE MORTALIDADE POR CAUSAS ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE COEFICIENTE DE MORTALIDADE MATERNA Nº total de óbitos por causas ligadas à gravidez, parto e puerpério, em determinado período N° total de nascidos vivos, no período Coeficiente de mortalidade materna = X 100.000 Brasil, 2010: 68 óbitos/100.000 nascidos vivos COEFICIENTE DE MORTALIDADE POR IDADE Nº total de óbitos no grupo etário, em determinado período População total do mesmo grupo etário Coeficiente de mortalidade por idade = X 100.000 ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE - a probabilidade de morrer está muito relacionada à idade - as informações sobre a distribuição da mortalidade por faixa etária estão habitualmente disponíveis para análise. ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL Nº total de óbitos de crianças menores de 1 ano, em determinado período N° total de nascidos vivos, no período Coeficiente de mortalidade infantil = X 1000 É o indicador mais empregado para medir o nível de saúde e de desenvolvimento social de uma região. Mede o risco de um nascido vivo morrer no seu primeiro ano de vida. Classificação: - Baixo: Coeficiente de mortalidade infantil abaixo de 20 óbitos/1000 nascidos vivos - Médio: Coeficiente de mortalidade infantil entre 21 óbitos/1000 nascidos vivos e 49 óbitos/1000 nascidos vivos - Elevado: Coeficiente de mortalidade infantil acima de 50 óbitos/1000 nascidos vivos ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE COEFICIENTE DE MORTALIDADE INFANTIL Brasil, 2010: 16 óbitos/1000 nascidos vivos. ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE COEFICIENTE DE MORTALIDADE NEONATAL Nº total de óbitos de crianças com até 27 dias de vida, em determinado período N° total de nascidos vivos, no período Coeficiente de mortalidade neonatal = X 1000 COEFICIENTE DE MORTALIDADE PÓS-NEONATAL Nº total de óbitos de crianças de 28 dias de vida até 364 dias, em determinado período N° total de nascidos vivos, no período Coeficiente de mortalidade pós-neonatal = X 1000 ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE COEFICIENTE DE MORTALIDADE NEONATAL PRECOCE Nº total de óbitos de crianças com até 6 dias de vida, em determinado período N° total de nascidos vivos, no período Coeficiente de mortalidade neonatal precoce = X 1000 COEFICIENTE DE MORTALIDADE NEONATAL TARDIA Nº total de óbitos de crianças entre 7 e 27 dias de vida, em determinado período N° total de nascidos vivos, no período Coeficiente de mortalidade neonatal tardia = X 1000 ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE MORTALIDADE PROPORCIONAL DE MENORES DE UM ANO Nº total de óbitos de crianças menores de 1 ano, em determinado período N° total de óbitos no período Mortalidade proporcional de menores de um ano = X 100 ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE Mortalidade Infantil no Brasil • O componente pós-neonatal predominou até os anos 1980 • Fatores relacionados à redução da TMI nos últimos 30 anos - BR: • Queda da taxa de fecundidade • Acesso a saneamento básico • Acesso a serviços de saúde • Aumento da prevalência de aleitamento materno • Ações de imunizações • Antibioticoterapia • Reidratação oral, etc Mortalidade Neonatal • Exerce maior peso na mortes infantil • Fatores relacionados às mortes neonatais: • Prematuridade • Infecções • Asfixia/hipóxia • Malformações congênitas, etc. * O aumento da mortalidade neonatal ocorre simultaneamente com a queda da mortalidade fetal (UTI, assistência em gravidez de alto risco => aumento da viabilidade fetal) ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE MORTALIDADE PROPORCIONAL DE 50 ANOS OU MAIS - Índice de Swaroop & Uemura Nº total de óbitos de maiores de 50 anos, em determinado período N° total de óbitos no período Mortalidade proporcional de 50 anos ou mais = X 100 Quanto mais elevado este índice, melhor são as condições de saúde e outras condições sociais e econômicas. Classificação: 1º Grupo: índice igual ou superior a 75% 2º Grupo: índice entre 50% e 74% 3º Grupo: índice entre 25% e 49% 4º Grupo: índice igual ou inferior a 24% ESTATÍSTICAS DE MORTALIDADE COEFICIENTE DE LETALIDADE Nº total de óbitos por determinada doença, em determinado período N° total de casos da mesma doença Coeficientede letalidade = X 100 Revela a “gravidade do agravo” As taxas de letalidade (L), mortalidade (M) e incidência (I) estão relacionadas pela fórmula: L = M/I OUTROS INDICADORES: IDH e GINI • IDH - Elaborado pelo Programa de Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), mede o grau de desenvolvimento social dos países, com base em: • esperança de vida (saúde) • grau de escolarização (educação) • Renda (economia) IDH • O índice varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) até 1 (desenvolvimento humano total), sendo os países classificados deste modo: • Muito elevado (0,800 a 1) • Elevado(0,700 a 0,799) • Médio (0,550 a 0,699) • Baixo (0 a 0,549) Ranking IDH Global País IDH 2014 Muito Elevado Desenvolvimento Humano 1 Noruega 0,944 2 Austrália 0,935 3 Suíça 0,930 4 Dinamarca 0,923 5 Países Baixos 0,922 6 Alemanha 0,916 7 EUA 0,915 8 Canadá 0,913 9 Nova Zelândia 0,913 9 Singapura 0,912 79 Brasil 0,755 Elevado Desenvolvimento Humano ÍNDICE DE GINI • É uma medida de desigualdade na distribuição de renda. • Varia de 0 a 1: • 0= total igualdade de renda, onde todos têm o mesmo, • 1= completa desigualdade de renda, onde uma só pessoa tem tudo e o resto não tem nada. Carga Tributária x coeficiente de Gini MORBIDADE – informações adicionais • Influenciam a mortalidade Ex: declínio da taxa de mortalidade por doenças cardiovasculares em países desenvolvidos - Redução da incidência (prevenção) - Redução letalidade (melhor tratamento) MEDIDAS DE MORBIDADE As frequências de morbidade variam em função do aspecto, que é levado em conta na aferição. São dois aspectos básicos: • morbidade referida – relatada durante uma entrevista (sintomas, incapacidade física, uso de serviços, automedicação) • morbidade observada – diagnosticada por um profissional de saúde, nível superior, com métodos apropriados (alterações laboratoriais, diagnósticos clínicos, sinais de doença) MORBIDADE REFERIDA x MORBIDADE OBSERVADA • Morbidade Referida - influenciada por aspectos socioculturais • Morbidade Observada - influenciada por critérios de anormalidades empregados, habilidade e experiência USOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE • Indicador indireto de morbidade • Inferência de morbidade • Influenciada por numerosos fatores => uso cuidadoso! • Pacientes com febre alta ou acidentados x psicossomáticos USOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE • Análise da demanda atendida • Diagnóstico e tratamentos mais comuns • Cirurgias e atendimentos de maternidade • Orientar objetivos • Formação de pessoal • Temas prioritários para pesquisa USOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE • Inquéritos • Para informações não disponíveis em registros de demanda • Determinar o perfil de morbidade (usuários do serviço ou não) FONTES DE DADOS PARA O CONHECIMENTO DA MORBIDADE • “Levantamentos” – prontuários • Inquéritos – contato com as pessoas PREPARO CIENTÍFICO DE ESTATÍSTICAS • Cobertura das Informações • Necessidade de incorporar novas populações • Qualidade das Informações • Varia de acordo com o cuidado que o profissional adota para registrar em prontuário USOS DA INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA • Escolha entre incidência e prevalência • Agudas = incidência Ex: sarampo e coqueluche • Crônicas = prevalência Ex: HAS, alcoolismo USOS DA INCIDÊNCIA • É a medida mais importante em epidemiologia • Pesquisas etiológicas • Estudos de prognósticos • Verificação de ações terapêuticas e preventivas USOS DA PREVALÊNCIA • Útil em planejamento e administração de serviços e de programas Ex: Para fornecer óculos a escolares com deficiência visual – necessário conhecer a quantidade de escolares não possuidores de óculos TIPO DE AMOSTRA • Representativa (não viciada) • Amostragem aleatória ou por recenseamento • Não representativa (viciada) • Estatísticas em um hospital, habitualmente viciada OBRIGADA!!
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