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Faculdade de Ciências Agrárias e Exatas - FCAE APOSTILA Anatomia Vegetal 2 Anatomia vegetal Conteúdo MERISTEMAS ............................................................................................................ 3 Meristemas Apicais: ................................................................................................ 3 Meristemas Laterais: ............................................................................................... 4 SISTEMA FUNDAMENTAL ........................................................................................ 6 PARÊNQUIMA ........................................................................................................ 6 COLÊNQUIMA ........................................................................................................ 9 ESCLERÊNQUIMA ................................................................................................. 9 SISTEMA DE REVESTIMENTO ............................................................................... 10 Epiderme ............................................................................................................... 11 SISTEMA VASCULAR .............................................................................................. 12 XILEMA ................................................................................................................. 13 FLOEMA................................................................................................................ 15 3 Anatomia vegetal MERISTEMAS Após a fecundação a célula ovo ou zigoto divide-se várias vezes para formar o embrião. No início, todas as células do corpo embrionário se dividem, mas com o crescimento e desenvolvimento do vegetal, as divisões celulares vão ficando restritas à determinadas regiões do corpo do vegetal (Figuras 1 e 2). Assim, no vegetal adulto, algumas células permanecem embrionárias, isto é, conservam sua capacidade de divisão e multiplicação e a estes tecidos que permanecem embrionários, damos o nome de meristemas (do grego meristos = dividir). As células meristemáticas não são especializadas, mas contêm elementos para a edificação das células diferenciadas. Os meristemas originam tecidos primários, através de divisões anticlinais (perpendicular a superfície do órgão) e periclinais (paralela a superfície do órgão) de células denominadas iniciais. As novas células são chamadas de derivadas. * Características Gerais: Apresentam tamanho reduzido, apenas parede primária, muitos vacúolos pequenos, plastídios não diferenciados (proplastídios), citoplasma denso e núcleo grande. *Funções: crescimento e cicatrização de injúrias. Meristemas Apicais: Localizam-se nas extremidades de caules e de suas ramificações e de raízes e suas ramificações. Originam tecidos primários, sendo, portanto, responsáveis pelo crescimento primário da planta, que é um crescimento vertical. Suas células possuem citoplasma denso, núcleo grande e forma aproximadamente isodiamétrica. 1.1- Tecidos primários originados dos meristemas apicais: - Protoderme: camada mais externa originará a epiderme. - Procâmbio: origina os tecidos vasculares primários e o câmbio - Meristema fundamental: origina parênquima, colênquima e esclerênquima. Figura 1. Meristemas apicais Meristemas Laterais: Ocorrem em plantas com crescimento secundário, isto é, com crescimento em espessura. Esse crescimento ocorre por adição de tecidos vasculares ao corpo primário da planta. O câmbio e o felogênio são conhecidos como meristemas laterais, devido à posição que ocupam (paralela aos lados do caule e raiz). Portanto, o câmbio e o felogênio formam o corpo sec 2.1. Câmbio Vascular: instala tecidos vasculares secundários. Quando em atividade, são células altamente vacuoladas, com núcleo pequeno. A porção diferenciada a partir do procâmbio formará os elementos de situações uma parte do câmbio se origina a partir de periciclo, que produzirá raios iniciais fusiformes que têm formato alongado e extremidades afiladas e originarão os sistemas axiais do xilema e floema secundários; e b) As iniciais radiais que variam de formato, de pouco alongado a quase isodiamétrico, e originarão os sistemas radiais (de constituição pare Em corte transversal, as iniciais fusiformes se apresentam de contorno retangular e estreito e as radiais apesar de semelhantes são um pouco mais largas. 2.2. Felogênio: É o meristema lateral que origina a periderme, um tecido secundário que substitui a epiderme em muitas dicotiledôneas e gimnospermas lenhosas. Pode ser observado em cortes transversais, como uma faixa mais ou menos contínua e suas células iniciais são retangulares. Têm origens diversas. Obs.: Periciclo: tecido primário que origina o felogênio e a parte do câmbio (câmbio interfascicular, em frente aos pólos de protoxilema) que origina os raios parenquimáticos (presentes entre o xilema). Figura 2. Corte longitudinal de detalhes dos meristemas apical e subapical do caule e raiz, respectivamente Ocorrem em plantas com crescimento secundário, isto é, com crescimento em mento ocorre por adição de tecidos vasculares ao corpo primário da planta. O câmbio e o felogênio são conhecidos como meristemas laterais, devido à posição que ocupam (paralela aos lados do caule e raiz). Portanto, o câmbio e o felogênio formam o corpo secundário da planta. instala-se entre os tecidos vasculares primários produzindo os tecidos vasculares secundários. Quando em atividade, são células altamente vacuoladas, com núcleo pequeno. A porção diferenciada a partir do procâmbio formará os elementos de condução (xilema e floema) (Figura 3). Em algumas câmbio se origina a partir de outro meristema, chamado , que produzirá raios parenquimáticos. Possui dois tipos celulares: a) As que têm formato alongado e extremidades afiladas e originarão os sistemas axiais do xilema e floema secundários; e b) As iniciais radiais que variam de formato, de pouco alongado a quase isodiamétrico, e originarão os sistemas radiais (de constituição parenquimática) do xilema e floema secundários. Em corte transversal, as iniciais fusiformes se apresentam de contorno retangular e estreito e as radiais apesar de semelhantes são um pouco mais largas. : É o meristema lateral que origina a periderme, um tecido secundário que substitui a epiderme em muitas dicotiledôneas e gimnospermas lenhosas. Pode ser observado em cortes transversais, como uma faixa mais ou menos contínua e tangulares. Têm origens diversas. Obs.: Periciclo: tecido primário que origina o felogênio e a parte do câmbio (câmbio interfascicular, em frente aos pólos de protoxilema) que origina os raios parenquimáticos (presentes entre o xilema). 4 Corte longitudinal de detalhes dos meristemas apical e subapical do caule e raiz, Ocorrem em plantas com crescimento secundário, isto é, com crescimento em mento ocorre por adição de tecidos vasculares ao corpo primário da planta. O câmbio e o felogênio são conhecidos como meristemas laterais, devido à posição que ocupam (paralela aos lados do caule e raiz). Portanto, se entre os tecidos vasculares primários produzindo os tecidos vasculares secundários. Quando em atividade, são células altamente vacuoladas, com núcleo pequeno. A porção diferenciada a partir do procâmbio 3). Em algumas outro meristema, chamado . Possui dois tipos celulares: a) As que têm formato alongado e extremidades afiladas e originarão os sistemas axiais do xilema e floema secundários;e b) As iniciais radiais que variam de formato, de pouco alongado a quase isodiamétrico, e originarão os sistemas nquimática) do xilema e floema secundários. Em corte transversal, as iniciais fusiformes se apresentam de contorno retangular e estreito e as radiais apesar de semelhantes são um pouco mais largas. : É o meristema lateral que origina a periderme, um tecido secundário que substitui a epiderme em muitas dicotiledôneas e gimnospermas lenhosas. Pode ser observado em cortes transversais, como uma faixa mais ou menos contínua e Obs.: Periciclo: tecido primário que origina o felogênio e a parte do câmbio (câmbio interfascicular, em frente aos pólos de protoxilema) que origina os raios Figura 3. A. Caule com crescimento secundário. B. A rescimento secundário. B. Caule com anéis de crescimento B 5 Caule com anéis de crescimento O parênquima, colênquima e o esclerênquima são tecidos simples sistema fundamental e se originaram do meristema fundamental. PARÊNQUIMA No corpo primário da planta, as como um agregado contínuo formando o O parênquima forma-se a part fundamental (ápice de caule e raiz). *CARACTERÍSTICAS: Suas células freqüentemente são arredondadas e isodiamétricas e há espaços intercelulares (Figura 4). As células são capazes de retomar a atividade meristemática, diferenciando originar, inclusive, uma planta inteira. É encontrado em todos os órgãos da planta, córtex e medula de caule, córtex de raiz, mesofilo da folha). *FUNÇÕES: - Desempenham importante papel na regeneração e na cicatrização de lesões. - Dão origem às estruturas adventícias (ex: raízes adventícias que se formam em estacas caulinares). - Estão envolvidas em atividades tais como fotossíntese, armazenamento secreção. - Têm função no movimento da água e no transporte de substâncias nas plantas. Figura 4. Parênquima de preenchimento medular. Fonte: http://professores.unisanta.br SISTEMA FUNDAMENTAL O parênquima, colênquima e o esclerênquima são tecidos simples pertencentes ao sistema fundamental e se originaram do meristema fundamental. No corpo primário da planta, as células parenquimáticas comumente dispõem como um agregado contínuo formando o tecido parenquimático. se a partir da diferenciação de células do meristema fundamental (ápice de caule e raiz). Suas células freqüentemente são arredondadas e isodiamétricas e há espaços . As células são capazes de retomar a atividade emática, diferenciando-se novamente em outros tipos de células e podendo originar, inclusive, uma planta inteira. É encontrado em todos os órgãos da planta, formando um tecido contínuo (ex córtex e medula de caule, córtex de raiz, mesofilo da folha). Desempenham importante papel na regeneração e na cicatrização de lesões. Dão origem às estruturas adventícias (ex: raízes adventícias que se formam em Estão envolvidas em atividades tais como fotossíntese, armazenamento Têm função no movimento da água e no transporte de substâncias nas plantas. . Parênquima de preenchimento medular. Fonte: http://professores.unisanta.br Espaços intercelulares 6 ertencentes ao comumente dispõem-se ir da diferenciação de células do meristema Suas células freqüentemente são arredondadas e isodiamétricas e há espaços . As células são capazes de retomar a atividade se novamente em outros tipos de células e podendo formando um tecido contínuo (ex: Desempenham importante papel na regeneração e na cicatrização de lesões. Dão origem às estruturas adventícias (ex: raízes adventícias que se formam em Estão envolvidas em atividades tais como fotossíntese, armazenamento e Têm função no movimento da água e no transporte de substâncias nas plantas. Espaços intercelulares 7 * CLASSIFICAÇÃO: De modo geral, podem-se distinguir três tipos básicos de parênquima, como segue abaixo: 1. Parênquima de Preenchimento: Encontrado no córtex e medula do caule e no córtex da raiz. Suas células podem ter formatos variáveis - poliédricas, isodiamétricas, cilíndricas ou esféricas. Podem conter cloroplastos, amiloplastos, cristais e várias substâncias secretadas. 2. Parênquima Clorofiliano ou clorênquima: Sua principal função é realizar fotossíntese, em razão de possuir muitos cloroplastos. A forma das células pode ser variável, dependendo do órgão e da espécie em que ele está presente, bem como do ecossistema em que a planta está inserida. As células do parênquima clorofiliano podem dispor-se de modo a favorecer uma grande superfície de contato com as outras células, facilitando a captação da energia luminosa e dos elementos gasosos necessários à fotossíntese. O vacúolo é grande e empurra os numerosos cloroplastos que formam uma camada uniforme destas organelas na periferia d célula, facilitando a absorção de gás carbônico. Esse tipo de tecido é encontrado no mesofilo foliar ocorrendo também em caules jovens e outros órgãos fotossintetizantes. Podem ser: • Parênquima Paliçádico: Encontrado principalmente no mesofilo, constituído de um ou mais estratos celulares, poucos espaços intercelulares, muitos cloroplastos, “lembrando palitos” (Figura 5). • Parênquima Esponjoso ou Lacunoso: Células com formatos irregulares, normalmente com espaços intercelulares mais amplos que os do paliçádico. (Figura 5). • Parênquima Plicado: Possui reentrâncias, assemelhando-se a dobras, daí seu nome, que significa pregueado. É encontrado em plantas que com área foliar ou mesofilo reduzido, como nas acículas de Pinus sp e em folhas de bambu (Bambusa sp.) tendo com função aumentar a superfície de contato. Figura 5. Mesofilo dorsiventral no limbo de Coffea arábica Fonte: (Souza, 2003). 3. Parênquima de Reserva: Sua principal função é armazenar substâncias provenientes do metabolismo primário das plantas. Está distribuído em órgãos de plantas que podem ser utilizadas como alimento, por exemplo, raízes, rizomas, folhas, frutos e sementes de parênquima pode funcionar como meio para a planta evitar o estresse de determinado ecossistema, constituindo um tecido que desempenha importante função, em espécies adaptadas a ambientes xéricos e ambien armazenando água e ar respectivamente. • Parênquima Aquífero: As células são relativamente grandes e são especializadas em armazenar água.Presente em plantas suculentas, como bromeliáceas e cactáceas. (Fig • Parênquima Aerífero: Con intercelulares, que têm a função de facilitar a circulação de gases e a flutuação. Ocorre principalmente em órgão de plantas aquáticas. (Fig • Parênquima Amilífero: Os plastos das células acumulam amido (amiloplastos), proteínas (proteínoplastos) ou lipídios (elaioplastos). bastante frequente em órgãos de reserva. Assim, o parênquima amilífero pode ser facilmente encontrado em tubérculos e raízes tuberosas. (Solanum tuberosum vacúolos e de muitas organelas, para dar lugar às substâncias de reserva. (Figura 6C). Figura 6. A.Parênquima Aquífero A folhas, frutos e sementes de várias espécies de interesse comercial. Porém, este parênquima pode funcionar como meio para a planta evitar o estresse de determinado ecossistema, constituindo um tecido que desempenha importante função, em espécies adaptadas a ambientes xéricos e ambien armazenando água e ar respectivamente. ífero: As células são relativamente grandes e são especializadas em armazenar água.Presente em plantas suculentas, como bromeliáceas e cactáceas. (Figura 6A). Parênquima Aerífero: Conhecido por aerênquima. Possui grandes espaços intercelulares, que têm a função de facilitar a circulação de gases e a flutuação. Ocorre principalmente em órgão deplantas aquáticas. (Fig Parênquima Amilífero: Os plastos das células acumulam amido (amiloplastos), proteínas (proteínoplastos) ou lipídios (elaioplastos). bastante frequente em órgãos de reserva. Assim, o parênquima amilífero pode ser facilmente encontrado em tubérculos e raízes tuberosas. Solanum tuberosum). Neste caso, costuma haver o desaparecimento dos vacúolos e de muitas organelas, para dar lugar às substâncias de reserva. Aquífero, B. Parênquima Aerífico, C. Parênquima Amilífero. B C 8 várias espécies de interesse comercial. Porém, este parênquima pode funcionar como meio para a planta evitar o estresse de determinado ecossistema, constituindo um tecido que desempenha importante função, em espécies adaptadas a ambientes xéricos e ambientes aquáticos, ífero: As células são relativamente grandes e são especializadas em armazenar água.Presente em plantas suculentas, como hecido por aerênquima. Possui grandes espaços intercelulares, que têm a função de facilitar a circulação de gases e a flutuação. Ocorre principalmente em órgão de plantas aquáticas. (Figura 6B) Parênquima Amilífero: Os plastos das células acumulam amido (amiloplastos), proteínas (proteínoplastos) ou lipídios (elaioplastos). É bastante frequente em órgãos de reserva. Assim, o parênquima amilífero pode ser facilmente encontrado em tubérculos e raízes tuberosas. Ex.:batata stuma haver o desaparecimento dos vacúolos e de muitas organelas, para dar lugar às substâncias de reserva. Amilífero. COLÊNQUIMA É um tecido homogêneo, com função básica de sustentação de espécies herbáceas ou subarbustivas. Ocorre em órgãos jovens, sendo usualmente periférico no caule. Nas folhas, ocorre no pecíolo, na nervura central ou na borda do limbo. Nas raízes raramente são encontrados. Possui plasticidade (o que possibilita o crescimento do órgão ou tecido até atingir a maturidade), conferindo resistência a ações ambientais, principalmente de ventos e correntezas de água (em caso de plantas aquáticas). As paredes primárias são desigualmente espessadas, e de acordo com o espessamento da parede, distinguem *CARACTERÍSTICAS: Células vivas, com formatos variáveis, podem conter cloroplastos, com parede primária bem espessada Como o parênquima, o colênquima é capaz de retomar a atividade meristemática. Figura 7. CT do caule de taraxacum Fonte: Appezzato-da-Glória, 2003. ESCLERÊNQUIMA O termo esclerênquima é derivado do grego principal característica das células do esclerênquima é a presença de parede secundária espessa e comumente lignificada. Devido à presença dessa parede, as células do esclerênquima são elementos importantes na resistência e sustentação nas partes das plantas que já cessaram o alongamento. *TIPOS: É um tecido homogêneo, com função básica de sustentação de espécies herbáceas ou subarbustivas. Ocorre em órgãos jovens, sendo usualmente periférico no caule. Nas folhas, ocorre no pecíolo, na nervura central ou na borda do limbo. Nas raízes encontrados. Possui plasticidade (o que possibilita o crescimento do órgão ou tecido até atingir a maturidade), conferindo resistência a ações ambientais, principalmente de ventos e correntezas de água (em caso de plantas aquáticas). As ão desigualmente espessadas, e de acordo com o espessamento da parede, distinguem-se diferentes padrões estruturais. *CARACTERÍSTICAS: Células vivas, com formatos variáveis, podem conter parede primária bem espessada (Figura 7), de mane Como o parênquima, o colênquima é capaz de retomar a atividade meristemática. taraxacum sp. Colênquima. CO-colênquima; PA-parênquima Glória, 2003. O termo esclerênquima é derivado do grego skleros, que significa “duro”, e a principal característica das células do esclerênquima é a presença de parede secundária espessa e comumente lignificada. Devido à presença dessa parede, as do esclerênquima são elementos importantes na resistência e sustentação nas partes das plantas que já cessaram o alongamento. Colênquima Floema Xilema 9 É um tecido homogêneo, com função básica de sustentação de espécies herbáceas ou subarbustivas. Ocorre em órgãos jovens, sendo usualmente periférico no caule. Nas folhas, ocorre no pecíolo, na nervura central ou na borda do limbo. Nas raízes encontrados. Possui plasticidade (o que possibilita o crescimento do órgão ou tecido até atingir a maturidade), conferindo resistência a ações ambientais, principalmente de ventos e correntezas de água (em caso de plantas aquáticas). As ão desigualmente espessadas, e de acordo com o se diferentes padrões estruturais. *CARACTERÍSTICAS: Células vivas, com formatos variáveis, podem conter , de maneira desigual. Como o parênquima, o colênquima é capaz de retomar a atividade meristemática. parênquima , que significa “duro”, e a principal característica das células do esclerênquima é a presença de parede secundária espessa e comumente lignificada. Devido à presença dessa parede, as do esclerênquima são elementos importantes na resistência e sustentação • Esclereídes ou Esclerócitos: podem ocorrer isoladamente ou em grupos no tecido fundamental. São relativamente curtas. El constituição dos envoltórios de muitas sementes, das cascas das nozes e dos caroços das drupas (ex. pêssego), e dão às peras a textura arenosa (Figura 8). • Fibras: são células afiladas, longas e comumente ocorrem em cordões ou feixes. As denominadas fibras liberianas (ex. cânhamo, juta e linho) derivadas do caule de eudicotiledôneas. Outras fibras economicamente importantes como o abacá são extraídas de folhas de monocotiledôneas. Figura Figura 9. Fibras de cânhamo. SISTEMA DE REVESTIMENTO Originando-se da camada mais externa dos meristemas apicais (protoderme a epiderme reveste o corpo do vegetal em crescimento primário, podendo ser substituída pela periderme, durante o crescimento secundário. Está sujeita a várias modificações estruturais, devido a fatores ambientais. Esclereídes ou Esclerócitos: podem ocorrer isoladamente ou em grupos no tecido fundamental. São relativamente curtas. Elas fazem parte da constituição dos envoltórios de muitas sementes, das cascas das nozes e dos caroços das drupas (ex. pêssego), e dão às peras a textura arenosa (Figura Fibras: são células afiladas, longas e comumente ocorrem em cordões ou enominadas fibras liberianas (ex. cânhamo, juta e linho) derivadas do caule de eudicotiledôneas. Outras fibras economicamente importantes como o abacá são extraídas de folhas de monocotiledôneas. Figura 8. Esclereídes (células pétreas) da pêra. . SISTEMA DE REVESTIMENTO se da camada mais externa dos meristemas apicais (protoderme a epiderme reveste o corpo do vegetal em crescimento primário, podendo ser substituída pela periderme, durante o crescimento secundário. Está sujeita a várias modificações estruturais, devido a fatores ambientais. 10 Esclereídes ou Esclerócitos: podem ocorrer isoladamente ou em grupos no as fazem parte da constituição dos envoltórios de muitas sementes, das cascas das nozes e dos caroços das drupas (ex. pêssego), e dão às peras a textura arenosa (Figura Fibras: são células afiladas, longas e comumente ocorrem em cordões ou (Figura 9) são derivadas do caule de eudicotiledôneas. Outras fibras economicamente importantes como o abacá são extraídas de folhas de monocotiledôneas. se da camada mais externa dos meristemas apicais (protoderme), a epiderme reveste o corpo do vegetal em crescimento primário, podendo ser substituída pela periderme, durante o crescimento secundário. Está sujeita a várias 11 Anatomia vegetal Os tecidosde revestimentos têm como principal função revestir e proteger o corpo do vegetal. Esta proteção resulta de diferentes mecanismos, que representam geralmente adaptação ao meio em que a planta vive. Pela disposição compacta das células, protege contra choques mecânicos, invasão de patógenos e perda d’água. Desempenha outras funções, como, trocas gasosas (estômatos), absorção de água e sais (pêlos radiculares e tricomas) e proteção contra radiação solar. Epiderme A epiderme constitui o sistema dérmico ou de revestimento de folhas, partes florais, frutos e sementes, além de caules e raízes, até que estes apresentem um crescimento secundário considerável. É composta por células geralmente de formato tabular; intimamente unidas; vivas, altamente vacuoladas. As paredes das células epidérmicas das partes aéreas são recobertas por uma cutícula, que minimiza a perda de água. A cutícula consiste principalmente em cutina e cera. Em muitas plantas, a cera é exsudada sobre a superfície da cutícula dando um aspecto brilhante de algumas folhas e frutos. Pode- se também encontrar lignina (ex.: folhas de coníferas). Geralmente é formada por uma única camada de células (Figura 10A), mas pode ser pluriestratificada, como na folha da falsa-seringueira (Ficus elástica) ou nas orquídeas – velame (Figura 10B). Na epiderme ocorrem os aparelhos estomáticos (estômatos) (Figura 11A), constituídos de aberturas limitadas por duas células, denominadas células-guarda; estes são usualmente encontrados nas partes aéreas, especialmente nas folhas e em caules jovens, estando relacionados com as trocas gasosas. As células-guarda regulam a abertura estomática controlando o movimento dos gases, incluindo vapor d’água, possibilitando sua entrada e saída da planta. Ocorrem também outras células especializadas, destacando-se os tricomas (pêlos) (Figura 11B). Os tricomas têm muitas funções. Os pêlos radiculares facilitam a absorção de água e nutrientes minerais do solo. Estudos de plantas de regiões áridas indicam que um aumento da pubescência (aumento de tricomas) resulta em um aumento na refletância da radiação solar, diminuição da temperatura e menor taxa de perda de água. Os tricomas também podem atuar na defesa contra insetos. Por exemplo, em algumas espécies existe uma correlação positiva entre a pilosidade e a resistência a insetos. Nas plantas carnívoras, os tricomas têm papel importante na captura de suas presas. Os tricomas secretores (glandulares) podem fornecer defesa química. Figura 10. A. Epiderme simples. B. CT da raiz de Fonte: Anatomia Vegetal Appezato Figura 11. A. Tricoma tector de Tradescantia pallida. Fonte: Laboratório de Anatomia vegetal A conquista dos ambientes terrestres por parte dos vegetais tornou possível a partir do desenvolvimento de um sistema eficiente de distribuição de água A A e a resistência a insetos. Nas plantas carnívoras, os tricomas têm papel importante na captura de suas presas. Os tricomas secretores (glandulares) podem fornecer . A. Epiderme simples. B. CT da raiz de Cattleya sp. evidenciano o velame (V) Fonte: Anatomia Vegetal Appezato-da-Glória. Figura 11. A. Tricoma tector de Leonotia nepetifolia. B. Complexo estomádico de Laboratório de Anatomia vegetal - DXB - IBILCE - UNESP. SISTEMA VASCULAR A conquista dos ambientes terrestres por parte dos vegetais tornou possível a partir do desenvolvimento de um sistema eficiente de distribuição de água B B 12 e a resistência a insetos. Nas plantas carnívoras, os tricomas têm papel importante na captura de suas presas. Os tricomas secretores (glandulares) podem fornecer evidenciano o velame (V). B. Complexo estomádico de A conquista dos ambientes terrestres por parte dos vegetais tornou-se possível a partir do desenvolvimento de um sistema eficiente de distribuição de água 13 Anatomia vegetal e nutrientes (feita por dois tipos de tecidos: o xilema e o floema) e de absorção de água do solo. Esse sistema está presente por todo o corpo do vegetal. XILEMA Trata-se de um tecido complexo por ser composto por diferentes tipos celulares. Localiza-se em diferentes posições dependendo do órgão, em raízes (Figura 12), por exemplo, está alternado com o floema e em caules (Figura 13) é oposto e interno ao floema. O xilema primário é originado a partir do procâmbio e o xilema secundário, a partir do câmbio. O xilema primário pode apresentar as seguintes células, elementos traqueais, células esclerenquimáticas, células parenquimáticas. 1. Elementos Traqueais: são as principais células de condução do xilema. Quando maturas são desprovidas de protoplasto. São de dois tipos: as traqueídes e os elementos dos vasos (Figura 14). Tanto traqueídes quanto os elementos do vaso são células alongadas com paredes secundárias que não têm protoplasto na maturidade. Os dois tipos celulares podem exibir pontuações nas paredes. Além das pontuações, nos elementos do vaso, pode haver perfurações nas paredes (áreas destituídas das paredes primárias e secundárias). São orifícios e ocorrem geralmente nas paredes terminais, mas podem aparecer nas laterais. A parte da parede que possui a perfuração é denominada placa perfurada. Os elementos do vaso reúnem-se formando longas colunas contínuas ou tubos, denominados vasos. De modo geral, acredita-se que os elementos do vaso constituem condutores de água mais eficazes que as traqueídes, pois a água pode fluir mais livremente de um elemento para outro através das perfurações. Nas traqueídes, o fluxo de água é mais lento, pois a água tem que atravessar as paredes de duas células com pontuações. 2. Células Esclerenquimáticas: Fibras: Células longas, com paredes secundárias geralmente lignificadas e pontoações simples. Têm função de sustentação e eventualmente armazenamento. Eventualmente o xilema pode apresentar esclereides (Figura 15). 3. Células Parenquimáticas função de reserva de carboidratos, óleos, fenóis, cristais, etc., e translocação de substâncias a curta distância Figura 12. Corte transversal de raiz de uma dicotiledônea, elementos vasculares (xilema e floema). Figura 13. Corte transversal de caule de uma dicotiledônea, evidenciando a posição dos elementos vasculares (xilema e floema). Xilema Floema Células Parenquimáticas: São células parenquimáticas comuns, com reserva de carboidratos, óleos, fenóis, cristais, etc., e translocação de substâncias a curta distância (Figura 15). . Corte transversal de raiz de uma dicotiledônea, evidenciando a posição dos elementos vasculares (xilema e floema). . Corte transversal de caule de uma dicotiledônea, evidenciando a posição dos elementos vasculares (xilema e floema). Xilema Floema Floema Feixe vascular 14 : São células parenquimáticas comuns, com reserva de carboidratos, óleos, fenóis, cristais, etc., e translocação de evidenciando a posição dos . Corte transversal de caule de uma dicotiledônea, evidenciando a posição dos Xilema Floema Xilema Floema Figura 14. Elementos traqueais: Fonte: http://www.herbario.com.br/ Figura 15. Macerado de Xilema Fonte: Castro, N. M FLOEMA Embora corretamente caracterizado como principal tecido condutor de substâncias orgânicas nas plantas vasculares, o muito maior na vida da planta. Além de açúcares, um grande número de outras substâncias é transportado no floema, incluindo aminoácidos, lipídios, micronutrientes,estímulos florais e numerosas proteínas e RNA, algumas das quais atuam como moléculas sinalizadoras. Certamente, a sinalização a grandes distâncias nas plantas ocorre predominantemente por meio do floema. Do mesmo modo que no xilema primário , o flo procâmbio. As principais células de condução do fl dois tipos: as células crivadas também composto por células parenquimáticas, fibras e esclereídes. Portanto, assim como o xilema, o floema é um tecido A B . Elementos traqueais: A. Traqueídes; B. Elementos de vaso. http://www.herbario.com.br/ . Macerado de Xilema Aristolochia sp. Castro, N. M. Embora corretamente caracterizado como principal tecido condutor de substâncias orgânicas nas plantas vasculares, o floema desempenha um papel muito maior na vida da planta. Além de açúcares, um grande número de outras substâncias é transportado no floema, incluindo aminoácidos, lipídios, micronutrientes, estímulos florais e numerosas proteínas e RNA, algumas das quais como moléculas sinalizadoras. Certamente, a sinalização a grandes distâncias nas plantas ocorre predominantemente por meio do floema. Do mesmo modo que no xilema primário , o floema primário tem origem na As principais células de condução do floema são os elementos crivados células crivadas e os elementos dos tubos crivados também composto por células parenquimáticas, fibras e esclereídes. Portanto, assim como o xilema, o floema é um tecido complexo, com muitos tipos celulares. B 15 Embora corretamente caracterizado como principal tecido condutor de desempenha um papel muito maior na vida da planta. Além de açúcares, um grande número de outras substâncias é transportado no floema, incluindo aminoácidos, lipídios, micronutrientes, estímulos florais e numerosas proteínas e RNA, algumas das quais como moléculas sinalizadoras. Certamente, a sinalização a grandes distâncias nas plantas ocorre predominantemente por meio do floema. ema primário tem origem na elementos crivados, de elementos dos tubos crivados. O floema é também composto por células parenquimáticas, fibras e esclereídes. Portanto, assim tipos celulares. 16 Anatomia vegetal O termo crivado refere-se aos grupos de poros (áreas crivadas) através dos quais os protoplastos de elementos crivados adjacentes estão interconetados. Nas células crivadas os poros são estreitos e as áreas crivadas possuem estrutura bastante uniforme sobre todas as paredes. A maioria das áreas crivadas concentra- se nas extremidades adjacentes das células longas e delgadas. Nas paredes terminais dos elementos dos tubos crivados as áreas crivadas recebem o nome de placa crivada (Figura 16 e 17). Assim, a principal distinção entre os dois tipos de elementos crivados é a presença de placas crivadas nos elementos de tubo crivados e sua ausência nas células crivadas. A célula crivada é mais primitiva do que o elemento de tubo crivado. Em plantas vasculares inferiores e gimnospermas o único tipo de célula condutora de alimento é a célula crivada enquanto que nas angiospermas ocorrem também os elementos de tubo crivados. Ao contrário dos elementos traqueais do xilema, os elementos crivados (células crivadas e elementos do tubo crivado) possuem protoplasma vivo na maturidade. O protoplasma dos elementos crivados maduros é único entre as células vivas da planta, pelo fato de ser anucleado ou conter apenas remanescentes do núcleo. Há plastídios e mitocôndrias, mas ribossomos, Golgi e microtúbulos estão ausentes. Os elementos do tubo crivado são associados a células parenquimáticas especializadas, denominadas células companheiras (Figura 16 A, B, C e 17) que contém todos os componentes normalmente encontrados nas células vegetais vivas, inclusive núcleo. Os elementos do tubo crivado e suas células companheiras associadas estão estreitamente relacionados quanto ao seu desenvolvimento e possuem numerosas conexões entre si. Do ponto de vista funcional, as células companheiras são muito importantes, pois são responsáveis pela ativa secreção de substâncias no interior dos elementos do tubo crivado e sua remoção a partir deles. As células crivadas das gimnospermas também se encontram associadas a células parenquimáticas especializadas, denominadas células albuminosas. Quando os elementos crivados morrem, suas células companheiras ou albuminosas associadas também morrem, o que comprova a dependência entre esses tipos celulares. Figura 16. Esquemas de cortes de Figura 17. Corte longitudinal de floema, mostrando sua estrutura. Fonte: Raven et al., 2007. . Esquemas de cortes de floema. de floema, mostrando sua estrutura. 17
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