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Comunicação Efetiva Módulo II – Falar nem sempre significa se comunicar com eficácia Unidade 1 – Como se comunicar melhor Neste módulo, vamos aprender a diferenciar conceitualmente informação e conhecimento. Além disso, teremos a oportunidade de conhecer algumas dicas do que deve ser evitado para alcançar a eficácia na comunicação. Conheceremos melhor o conceito de feedback e seu importante papel no desenvolvimento profissional. Boa aula! A diferença entre informação e conhecimento Todos os dias recebemos um turbilhão de informações pelo jornal impresso, pela TV, pelo rádio e pela internet. São narrativas de fatos, tragédias, mudanças, fofocas, dicas para isso, para aquilo, receitas culinárias, entre tantos assuntos. Mas, vamos refletir: • Da quantidade de informação que recebemos quanto, de fato, vira conhecimento? O excesso de informação não significa muito conhecimento, pois se não pudermos utilizar, colocar em prática ou mesmo compreender, a informação não será transformada em conhecimento. • É importante diferenciar as duas coisas: informação são todos os dados que, direta ou indiretamente recebemos. E de tudo que chega, o que retemos? É impossível reter tudo que recebemos, em termos de informação. Precisamos de um filtro criterioso que nos ajude a avaliar o que é importante e o que é descartável. • O que utilizamos, de verdade? Às vezes, a informação é tão superficial que, mesmo que você queira utilizar, colocar em prática, não é possível. • O que agrega valor à nossa vida pessoal ou profissional? Conhecimento é fundamental, mas, se não traz nenhum benefício, automaticamente descartamos. • O que podemos passar para outras pessoas com segurança? Esta é uma questão chave: a origem da informação deve ser conhecida ou questionada, principal- mente para passar adiante. A diferença entre informação e comunicação é que a primeira tem utilidade limitada, restrita a um momento específico ou a algo que pode ser descartado e a segunda diz respeito à utilidade, ou seja, aquilo que podemos utilizar, que ganha valor e contribui em algum aspecto, seja no campo pessoal ou profissional. Por exemplo: você lê na internet que o governo federal aumentará a tributação sobre produtos importados, a fim de valorizar os nacionais. Em uma reunião no trabalho seu gerente diz que avalia- rá a possibilidade de substituir alguns fornecedores por outros mais rentáveis, que comercializam produtos importados. Você diz que talvez não seja uma boa estratégia, e explica o que sabe, pois leu uma reportagem sobre o assunto e está informado. Nesse caso, a informação foi aplicada, gerou conhecimento. É importante destacar também que o conhecimento tem um peso muito grande no processo de comunicação, pois é ele que fundamenta o conteúdo e o objetivo de quem comunica. Imagine um processo de comunicação sem conteúdo? Poderíamos classificar como comunicação vazia. E, para que possamos passar adiante e até mesmo compreender, transformar em conhecimento aquelas informações, precisamos ser eficazes no processo de comunicação. Isso significa colocar em prática sua habilidade de ouvir, evitar as barreiras que dificultam o pro- cesso de comunicação, estar atento à linguagem corporal, ou seja, buscar a efetividade na comunicação. Você viu que para comunicar existe uma série de fatores e comportamentos. Um deles está relacionado ao seu comprometimento com o receptor e o objetivo da sua mensagem. Leia algumas dicas para melhorar a comunicação e torná-la eficaz: • Conhecer e vencer as barreiras mais comuns no processo de comunicação (você estudou no módulo I as barreiras que dificultam a comunicação e como superá-las). • Desenvolver o hábito da leitura. • Saber ouvir, interpretar e, principalmente, perceber. • Melhorar o vocabulário. • Aprender a variar a tonalidade da voz. • Escrever de acordo com a norma padrão da língua portuguesa, de forma coesa e coerente. • Conhecer os segredos da linguagem corporal. Sabendo o que fazer, concentre-se em eliminar ou evitar: • Usar a comunicação como forma de poder. Se você domina um assunto, aproveite para fazer um exercício de humildade e compartilhe sua sabedoria com o outro. • Ser egocêntrico, arrogante ou subserviente. Novamente: aprenda a ser humilde. • Esquecer o valor da empatia. Coloque-se no lugar do outro, pensando como cada situação está sendo vista por ele. Evite também: • Ser irônico e sarcástico. Quais são seus objetivos? Avalie sempre e entenda que o outro poderá interpretá-lo como alguém que quer briga e querer chegar às vias de fato. • Não ouvir o outro. O diálogo acontece com duas pessoas, se apenas um fala é um monólogo. Ouvir o outro faz parte do processo de comunicação, é o que se chama feedback. • Falar algo de que não tem certeza ou ensinar algo que não domina. Melhor não arriscar, se você tem dúvida sobre um assunto que tal aproveitar a conversa com o outro para aprender? Procure não: • Ser inflexível. Criticar ou dizer que é absolutamente contra alguma ideia é arriscado, pode ser que seu interlocutor seja simpatizante do seu objeto de crítica. Evite radicalismos e ouça o que o outro tem a dizer. • Partir para conflitos interpessoais. Comunicar é muito diferente de brigar. Pessoas de opiniões diferentes que sabem conviver em paz são civilizadas. • Receber perguntas como ofensa pessoal. Caso se sinta ofendido, mude discretamente de assunto e evite levar para o lado pessoal, é um sinal de civilidade. • Gesticular demais – contenha-se. • Não faça gestos indecorosos. • Falar de braços cruzados ou com a mão no bolso. Demonstra insegurança, descaso com o outro ou mesmo sarcasmo. • Falar mascando chicletes, balas ou comendo não é educado. • “Dar lição de moral” no outro. O ser humano está em constante aprendizado, mas isso não significa que um bom comunicador deva aproveitar sua habilidade para humilhar o outro ou lhe aplicar uma lição de moral que o deixará desconcertado. Se for realmente necessário fazer alguém refletir, faça isso sutilmente e somente se tiver certeza de que isso trará algo positivo para quem te ouve. Nesta unidade você viu que comunicar, embora pareça simples, tem lá seus percalços, e conhecê- los é uma estratégia para vencê-los. Viu também que há diferença entre informação e conhecimento, importante para fundamentar o conteúdo da nossa fala. Além disso, conheceu as dicas do que pode ser feito para melhorar a comunicação, o que devemos evitar ou mesmo eliminar para obtermos um processo de comunicação eficaz.
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