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ADM GERAL Marco APOSTILA 539959

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ADMINISTRAÇÃO GERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARCO FERRARI 
2016 
ADMINISTRAÇÃO GERAL www.energiaconcursos.com.br 1
	
  
Assistente	
  em	
  Administração	
  –	
  UFSC	
  
	
  
Professor	
  Marco	
  Ferrari	
  
	
  
professormarcoferrari@gmail.com	
  
	
  
Tópicos	
  
	
  
1.	
  Administração	
  geral:	
  evolução	
  das	
  teorias	
  da	
  
administração,	
  ideias	
  e	
  conceitos	
  fundamentais.	
  	
  
2.	
  Organização	
  do	
  trabalho:	
  departamentalização,	
  
planejamento,	
  tomada	
  de	
  decisão,	
  objetivos,	
  
gráficos	
  de	
  organização,	
  controle,	
  ambiente	
  
externo.	
  
	
  3.	
  Relações	
  humanas	
  no	
  trabalho:	
  motivação,	
  
comunicação,	
  chefia	
  e	
  liderança,	
  grupos	
  e	
  equipes	
  
a	
  organização	
  formal	
  e	
  informal.	
  	
  
4.	
  Gestão	
  de	
  Pessoas.	
  
	
  5.	
  Administração	
  de	
  compras,	
  administração	
  de	
  
materiais.	
  	
  
6.	
  Arquivo	
  e	
  documentação.	
  
	
  
1.	
  TEORIA	
  GERAL	
  DA	
  ADMINISTRAÇÃO	
  (TGA)	
  
	
  
1.	
  CONCEITO	
  DE	
  ADMINISTRAÇÃO	
  
	
  
Segundo	
   Chiavenato	
   (1997,	
   p.	
   10),	
  
administração	
   é	
   a	
   aplicação	
   de	
   técnicas	
   com	
   o	
  
intuito	
   de	
   estabelecer	
   metas	
   e	
   operacionalizar	
   o	
  
seu	
  alcance	
  pelos	
  colaboradores	
  participantes	
  das	
  
organizações	
  a	
   fim	
  de	
  que	
   se	
  obtenha	
   resultados	
  
que	
   satisfaçam	
   as	
   necessidades	
   de	
   seus	
   clientes	
  
assim	
   como	
   às	
   suas	
   próprias.	
   Silva	
   (1977,	
   p.16)	
  
coloca	
  que	
  “não	
  se	
  pode	
  imaginar	
  a	
  existência	
  de	
  
uma	
   empresa	
   (visando	
   lucros)	
   ou	
   entidade	
   (sem	
  
fins	
   lucrativos)	
   sem	
  o	
  concurso	
  da	
  administração,	
  
pois	
   não	
   podemos	
   alcançar	
   um	
   fim	
   sem	
   usar	
   os	
  
meios,	
   e	
   uma	
   das	
   vias	
   que	
   nos	
   conduzem	
   ao	
  
objetivo	
   das	
   empresas	
   ou	
   entidades	
   é	
   a	
  
administração”.	
   Levando-­‐se	
  em	
  consideração	
  que	
  
vivemos	
   numa	
   época	
   de	
   complexidades,	
  
mudanças	
  e	
  incertezas,	
  a	
  administração	
  tornou-­‐se	
  
uma	
   das	
   mais	
   importantes	
   áreas	
   da	
   atividade	
  
humana.	
   Maximiano	
   (2002,	
   p.25),	
   um	
   estudioso	
  
de	
   administração,	
   diz	
   que	
   essa	
   palavra	
   “é	
   usada	
  
tão	
  freqüentemente	
  no	
  dia-­‐a-­‐dia,	
  que	
  parece	
  não	
  
haver	
  dúvidas	
  com	
  relação	
  a	
  seu	
  significado”.	
  Mas	
  
para	
   começarmos	
   o	
   entendimento	
   do	
   que	
   é	
  
administração,	
  devemos	
  levar	
  em	
  conta	
  o	
  fato	
  de	
  
que	
   encontraremos	
   muitas	
   definições	
   diferentes	
  
em	
  várias	
  apostilas,	
   livros,	
  sites,	
   textos	
  e	
  revistas,	
  
sendo	
  todas,	
  no	
  geral,	
  variações	
  do	
  mesmo	
  tema.	
  
De	
   acordo	
   com	
   Chiavenato	
   (1997,	
   p.	
   12):	
   “a	
  
palavra	
   administração	
   vem	
   do	
   latim	
   ad	
   (direção	
  
para,	
   tendência)	
   e	
   minister	
   (subordinação	
   ou	
  
obediência)	
   e	
   significa	
   aquele	
   que	
   realiza	
   uma	
  
função	
   abaixo	
   do	
   comando	
   de	
   outrem,	
   isto	
   é,	
  
aquele	
  que	
  presta	
  serviço	
  a	
  outro”.	
  Uma	
  definição	
  
mais	
  atual	
  nos	
  é	
  dada	
  por	
  Stoner	
  (2000,	
  p.4),	
  onde	
  
a	
   administração	
   é	
   o	
   “processo	
   de	
   planejar,	
  
organizar,	
   dirigir	
   e	
   controlar	
   o	
   trabalho	
   dos	
  
membros	
   da	
   organização,	
   e	
   	
   usar	
   todos	
   os	
  
recursos	
  disponíveis	
  da	
  organização	
  para	
  alcançar	
  
objetivos	
  estabelecidos”.	
  Já	
  para	
  Kwasnicka	
  (1981)	
  
administração	
  é	
  a	
  atividade	
  que	
  utiliza	
  métodos	
  da	
  
ciência	
   para	
   tomar	
   decisões	
   e	
   estabelecer	
   cursos	
  
de	
  ação.	
  Ou	
  ainda,	
  conforme,	
  Maximiano	
  (1995,	
  p.	
  
60)	
  onde	
  administrar	
  “é	
  o	
  processo	
  que	
  tem	
  como	
  
finalidade	
   garantir	
   a	
   eficiência	
   e	
   eficácia	
   de	
   um	
  
sistema	
  ou	
  organização”.	
  
	
  
	
  
Assistente	
  em	
  Administração	
  –	
  UFSC	
  
	
  
Professor	
  Marco	
  Ferrari	
  
	
  
professormarcoferrari@gmail.com	
  
	
  
Tópicos	
  
	
  
1.	
  Administração	
  geral:	
  evolução	
  das	
  teorias	
  da	
  
administração,	
  ideias	
  e	
  conceitos	
  fundamentais.	
  	
  
2.	
  Organização	
  do	
  trabalho:	
  departamentalização,	
  
planejamento,	
  tomada	
  de	
  decisão,	
  objetivos,	
  
gráficos	
  de	
  organização,	
  controle,	
  ambiente	
  
externo.	
  
	
  3.	
  Relações	
  humanas	
  no	
  trabalho:	
  motivação,	
  
comunicação,	
  chefia	
  e	
  liderança,	
  grupos	
  e	
  equipes	
  
a	
  organização	
  formal	
  e	
  informal.	
  	
  
4.	
  Gestão	
  de	
  Pessoas.	
  
	
  5.	
  Administração	
  de	
  compras,	
  administração	
  de	
  
materiais.	
  	
  
6.	
  Arquivo	
  e	
  documentação.	
  
	
  
1.	
  TEORIA	
  GERAL	
  DA	
  ADMINISTRAÇÃO	
  (TGA)	
  
	
  
1.	
  CONCEITO	
  DE	
  ADMINISTRAÇÃO	
  
	
  
Segundo	
   Chiavenato	
   (1997,	
   p.	
   10),	
  
administração	
   é	
   a	
   aplicação	
   de	
   técnicas	
   com	
   o	
  
intuito	
   de	
   estabelecer	
   metas	
   e	
   operacionalizar	
   o	
  
seu	
  alcance	
  pelos	
  colaboradores	
  participantes	
  das	
  
organizações	
  a	
   fim	
  de	
  que	
   se	
  obtenha	
   resultados	
  
que	
   satisfaçam	
   as	
   necessidades	
   de	
   seus	
   clientes	
  
assim	
   como	
   às	
   suas	
   próprias.	
   Silva	
   (1977,	
   p.16)	
  
coloca	
  que	
  “não	
  se	
  pode	
  imaginar	
  a	
  existência	
  de	
  
uma	
   empresa	
   (visando	
   lucros)	
   ou	
   entidade	
   (sem	
  
fins	
   lucrativos)	
   sem	
  o	
  concurso	
  da	
  administração,	
  
pois	
   não	
   podemos	
   alcançar	
   um	
   fim	
   sem	
   usar	
   os	
  
meios,	
   e	
   uma	
   das	
   vias	
   que	
   nos	
   conduzem	
   ao	
  
objetivo	
   das	
   empresas	
   ou	
   entidades	
   é	
   a	
  
administração”.	
   Levando-­‐se	
  em	
  consideração	
  que	
  
vivemos	
   numa	
   época	
   de	
   complexidades,	
  
mudanças	
  e	
  incertezas,	
  a	
  administração	
  tornou-­‐se	
  
uma	
   das	
   mais	
   importantes	
   áreas	
   da	
   atividade	
  
humana.	
   Maximiano	
   (2002,	
   p.25),	
   um	
   estudioso	
  
de	
   administração,	
   diz	
   que	
   essa	
   palavra	
   “é	
   usada	
  
tão	
  freqüentemente	
  no	
  dia-­‐a-­‐dia,	
  que	
  parece	
  não	
  
haver	
  dúvidas	
  com	
  relação	
  a	
  seu	
  significado”.	
  Mas	
  
para	
   começarmos	
   o	
   entendimento	
   do	
   que	
   é	
  
administração,	
  devemos	
  levar	
  em	
  conta	
  o	
  fato	
  de	
  
que	
   encontraremos	
   muitas	
   definições	
   diferentes	
  
em	
  várias	
  apostilas,	
   livros,	
  sites,	
   textos	
  e	
  revistas,	
  
sendo	
  todas,	
  no	
  geral,	
  variações	
  domesmo	
  tema.	
  
De	
   acordo	
   com	
   Chiavenato	
   (1997,	
   p.	
   12):	
   “a	
  
palavra	
   administração	
   vem	
   do	
   latim	
   ad	
   (direção	
  
para,	
   tendência)	
   e	
   minister	
   (subordinação	
   ou	
  
obediência)	
   e	
   significa	
   aquele	
   que	
   realiza	
   uma	
  
função	
   abaixo	
   do	
   comando	
   de	
   outrem,	
   isto	
   é,	
  
aquele	
  que	
  presta	
  serviço	
  a	
  outro”.	
  Uma	
  definição	
  
mais	
  atual	
  nos	
  é	
  dada	
  por	
  Stoner	
  (2000,	
  p.4),	
  onde	
  
a	
   administração	
   é	
   o	
   “processo	
   de	
   planejar,	
  
organizar,	
   dirigir	
   e	
   controlar	
   o	
   trabalho	
   dos	
  
membros	
   da	
   organização,	
   e	
   	
   usar	
   todos	
   os	
  
recursos	
  disponíveis	
  da	
  organização	
  para	
  alcançar	
  
objetivos	
  estabelecidos”.	
  Já	
  para	
  Kwasnicka	
  (1981)	
  
administração	
  é	
  a	
  atividade	
  que	
  utiliza	
  métodos	
  da	
  
ciência	
   para	
   tomar	
   decisões	
   e	
   estabelecer	
   cursos	
  
de	
  ação.	
  Ou	
  ainda,	
  conforme,	
  Maximiano	
  (1995,	
  p.	
  
60)	
  onde	
  administrar	
  “é	
  o	
  processo	
  que	
  tem	
  como	
  
finalidade	
   garantir	
   a	
   eficiência	
   e	
   eficácia	
   de	
   um	
  
sistema	
  ou	
  organização”.	
  
	
  
ADMINISTRAÇÃO GERAL www.energiaconcursos.com.br 2
	
  
Administração	
  é	
  planejar,	
  organizar,	
  dirigir	
  e	
  
controlar	
   os	
   esforços	
   de	
   um	
   grupo	
   de	
  
indivíduos	
   para	
   realizar	
   os	
   objetivos	
   da	
  
organização,	
  bem	
  como	
  de	
  seus	
  membros.	
  Sendo	
  
um	
   complexo	
   processo	
   de	
   tomar	
   decisões	
   a	
  
respeito	
  de	
   recursos	
   e	
   de	
  objetivos	
   a	
   serem	
   com	
  
ele	
   alcançados.	
   Para	
   melhor	
   entendermos	
   o	
  
conceito	
   de	
   Administração,	
   destacamos	
   a	
   seguir	
  
os	
   pontos	
   principais	
   em	
   relação	
   às	
   diferentes	
  
teorias	
   sobre	
   o	
   assunto.	
   Existem	
   semelhanças	
  
fundamentais	
  que	
  devem	
  ser	
  observadas:	
  	
  
	
  
1)	
  A	
  	
  Administração	
  concentra	
  a	
  atenção	
  nos	
  alvos	
  
a	
   serem	
   atingidos,	
   ou	
   seja,	
   nos	
   objetivos,	
   nos	
  
cursos	
   de	
   ação	
   necessários	
   para	
   concretizar	
   os	
  
resultados	
  organizacionais;	
  
2)	
   É	
   composta	
   de	
   ferramentas,	
   instrumentos,	
  
métodos	
  científicos,	
  os	
  quais	
  possibilitam	
  a	
  gestão	
  
organizacional;	
  
3)	
   Está	
   diretamente	
   relacionada	
   às	
   pessoas,	
   aos	
  
grupos	
   de	
   indivíduos,	
   aos	
   participantes	
  
organizacionais.	
  
	
  
Relacionadas	
   às	
   semelhanças	
   fundamentais	
  
entre	
   os	
   diferentes	
   conceitos	
   de	
   administração,	
  
podemos	
   ainda	
   definir	
   a	
   administração	
   segundo	
  
suas	
   características,	
   que	
   segundo	
   o	
   modelo	
   de	
  
Scholz	
   (1976)	
   são:	
   a)	
   objetividade	
   –	
   o	
   requisito	
  
primordial	
   da	
   administração	
   é	
   a	
   definição	
   de	
  
objetivos	
   e	
   o	
   sucesso	
   da	
   administração	
   está	
  
implícito	
  em	
  alcançá-­‐los;	
  
a)	
   situação	
   de	
   permeio	
   –	
   a	
   administração	
   é	
   um	
  
importante	
   meio	
   através	
   do	
   qual	
   se	
   exerce	
   um	
  
impacto	
  decisivo	
  sobre	
  a	
  vida	
  humana.	
  Através	
  da	
  
administração	
   pode-­‐se	
   estimular	
   ou	
   frustrar	
   o	
  
desempenho	
  das	
  pessoas	
  de	
  uma	
  organização;	
  
b)	
   esforço	
   grupal	
   -­‐	
   a	
   administração	
   é	
  
intrinsecamente	
  associada	
  ao	
  esforço	
  grupal,	
  pois	
  
não	
   há	
   possibilidade	
   de	
   se	
   administrar	
   sozinho,	
  
haja	
  vista	
  que	
  o	
  esforço	
   integrado	
  é	
   fundamental	
  
para	
  o	
  sucesso	
  das	
  organizações;	
  
c)	
   ser	
   conseguida	
   através	
   de	
   pessoas	
   -­‐	
   o	
   sucesso	
  
da	
   administração	
   depende	
   da	
   capacidade	
   de	
  
formular	
   objetivos	
   e	
   conseguir	
   canalizar	
   os	
  
esforços	
  das	
  pessoas	
  para	
  atingi-­‐los;	
  
d)	
  impessoalidade	
  –	
  a	
  administração	
  é	
  atividade	
  e	
  
não	
  uma	
  pessoa	
  ou	
  grupo	
  de	
  pessoas;	
  
	
  
a)   requerer	
   o	
   uso	
   de	
   conhecimentos	
   -­‐	
   a	
  
administração	
   eficiente	
   requer	
   o	
   uso	
   de	
  
conhecimentos,	
  habilidades	
  e	
  vivência.	
  A	
   teoria	
  e	
  
a	
  prática	
  não	
  podem	
  ser	
  dissociadas;	
  
b)   intangibilidade	
   –	
   a	
   administração	
   é	
  
intangível,	
   pois	
   existe	
   uma	
   invisibilidade	
   na	
  
atividade	
   que	
   só	
   é	
   evidenciada	
   pelos	
   resultados	
  
alcançados.	
  
	
  
Considerando	
  a	
  complexidade	
  das	
  organizações	
  
nos	
  dias	
  de	
  hoje,	
   a	
   tarefa	
  de	
   administrar	
   	
   requer	
  
um	
  aparato	
  de	
  pessoas	
  estratificadas	
  em	
  diversos	
  
níveis	
   hierárquicos	
   que	
   se	
   ocupam	
   de	
  
incumbências	
  diferentes.	
  	
  
	
  
Existem	
   três	
   níveis	
   de	
   atuação	
   do	
  
administrador,	
  a	
  saber:	
  
	
  
I	
   –	
   Estratégico	
   (institucional)	
   –	
   de	
   caráter	
  
gerencial,	
  está	
  relacionado	
  a	
  alta	
  administração	
  da	
  
empresa.	
  
II	
   –	
   Tático	
   (intermediário)	
   –	
   departamental,	
  
intermediário,	
  gerentes;	
  
III	
  –	
  Operacional	
  –	
  nível	
  de	
  execução.	
  
	
  
A	
  fim	
  de	
  obter	
  eficácia	
  no	
  desempenho	
  de	
  suas	
  
funções,	
   nos	
   distintos	
   níveis	
   de	
   atuação,	
   o	
  
administrador	
   necessita	
   de	
   habilidades	
  
específicas.	
  
	
  
Neste	
   contexto,	
   Robbins	
   (2005,	
   p.34),	
   afirma	
  
que	
   “habilidades	
   gerenciais	
   são	
   aptidões	
   ou	
  
comportamentos	
   fundamentais	
   ao	
   sucesso	
   num	
  
cargo	
   gerencial”,	
   complementando	
   que	
   essa	
  
abordagem	
   começa	
   com	
   a	
   identificação	
   de	
  
habilidades	
  gerais	
  e,	
  em	
  seguida,	
  passa	
  a	
  busca	
  de	
  
habilidades	
  específicas	
  relacionadas	
  à	
  eficácia.	
  
	
  
Em	
  relação	
  às	
  habilidades	
  gerais,	
  são	
  elencadas	
  
quatro	
  áreas	
  de	
  habilidades,	
  nas	
  quais	
  os	
  gerentes	
  
devem	
   ser	
   proficientes,	
   são	
   elas:	
   habilidades	
  
conceituais	
   que	
   dizem	
   respeito	
   à	
   capacidade	
  
intelectual	
   de	
   compreender	
   e	
   de	
   lidar	
   com	
  
situações	
   complexas;	
   habilidades	
   interpessoais,	
  
que	
   incluem	
   a	
   capacidade	
   de	
   se	
   trabalhar	
   em	
  
equipe,	
  compreender	
  suas	
  necessidades,	
  motivar,	
  
entender	
   as	
   outras	
   pessoas;	
   habilidades	
   técnicas	
  
que	
   envolvem	
   a	
   aplicação	
   do	
   conhecimento	
  
especializado	
  ou	
  a	
  experiência,	
  o	
  entendimento	
  da	
  
organização	
   em	
   gerale	
   a	
   utilização	
   dos	
  métodos	
  
necessários	
   para	
   realização	
   das	
   tarefas	
   e	
  
habilidades	
   políticas	
   para	
   ampliar	
   sua	
   posição,	
  
construir	
   uma	
   base	
   de	
   poder	
   e	
   fazer	
   contatos	
  
ADMINISTRAÇÃO GERAL www.energiaconcursos.com.br 3
	
  
corretos	
  (ROBBINS,	
  2005).	
  Outro	
  autor	
  que	
  não	
  se	
  
pode	
  desconsiderar	
  quando	
  se	
  fala	
  em	
  habilidades	
  
é	
   Robert	
   L.	
   Katz	
   (1986),	
   que	
   escreveu	
   o	
   texto	
  
“Skills	
   of	
   na	
   Effective	
   Administrator”	
   (As	
  
habilitações	
   de	
   um	
   Administrador	
   Eficiente),	
  
publicado	
   originalmente	
   pela	
   Harvard	
   Business	
  
Review	
   (Biblioteca	
   de	
   Harvard)	
   de	
   Administração	
  
de	
   Empresas	
   no	
   desempenho	
   de	
   uma	
   gerência	
  
eficaz.	
   Trata-­‐se	
   de	
   um	
   trabalho	
   clássico	
   que	
   tem	
  
fundamentado	
   a	
   política	
   de	
   desenvolvimento	
  
gerencial	
  de	
  numerosas	
  organizações	
  (AMATUCCI,	
  
2002).	
  
	
  
Katz	
   (1986,	
   p.	
   60)	
   afirma	
   que	
   “o	
   principal	
  
critério	
  de	
  habilitação	
  deve	
  ser	
  uma	
  ação	
  eficiente	
  
em	
   diversas	
   circunstâncias.”	
   Deste	
   modo,	
   Katz	
  
(1955	
   apud	
  MAXIMIANO,	
   2002,	
   p.	
   65)	
   corrobora	
  
da	
  idéia	
  de	
  que	
  a	
  administração	
  eficiente	
  se	
  apóia	
  
em	
  três	
  habilidades	
  básicas,	
  são	
  elas:	
  	
  
	
  
a)	
  habilidade	
  técnica:	
  relaciona-­‐se	
  com	
  a	
  atividade	
  
específica	
   do	
   gerente	
   caracterizada	
   pelos	
  
conhecimentos,	
   métodos	
   e	
   equipamentos	
  
necessários	
  para	
  a	
  realização	
  das	
  tarefas;	
  	
  
b)	
   habilidade	
   humana:	
   que	
   abrange	
   a	
  
compreensão	
   das	
   pessoas	
   e	
   suas	
   necessidades,	
  
interesses	
  e	
  atitudes.	
  	
  
c)	
  habilidade	
  conceitual	
  que	
  envolve	
  a	
  capacidade	
  
de	
   compreender	
   e	
   lidar	
   com	
   a	
   complexidade	
   de	
  
toda	
   a	
   organização	
   e	
   de	
   usar	
   o	
   intelecto	
   para	
  
formular	
   estratégias.	
   Criatividade,	
   planejamento,	
  
raciocínio	
   abstrato	
   e	
   entendimento	
   do	
   contexto	
  
são	
  manifestações	
  da	
  habilidade	
  conceitual.	
  
	
  
Diante	
   dessas	
   habilidades,	
   Katz	
   (1986,	
   p.	
   85,)	
  
menciona	
   os	
   requisitos	
   essenciais	
   para	
   o	
  
administrador,	
   sendo	
   eles:	
   “suficiente	
   aptidão	
  
técnica	
   para	
   entender	
   a	
   mecânica	
   de	
   seu	
   cargo;	
  
suficiente	
   habilidade	
   humana	
   para	
   ser	
   capaz	
   de	
  
cooperar	
  no	
  esforço	
  comum	
  da	
  equipe	
  que	
  dirige;	
  
suficiente	
   habilidade	
   conceitual	
   para	
   conseguir	
   o	
  
máximo	
   de	
   vantagem	
   para	
   a	
   organização	
   em	
  
geral”.	
   No	
   entanto,	
   é	
   importante	
   ressaltar	
   que	
  
esta	
  divisão	
  é	
  utilizada	
  por	
  diversos	
  autores	
  e	
  que	
  
estas	
  habilidades	
  estão	
  intimamente	
  relacionadas,	
  
mas	
   ainda	
   assim	
   é	
   interessante	
   analisá-­‐las	
  
separadamente,	
   já	
  que	
  apresentam	
  uma	
  variação	
  
de	
   importância	
   em	
  diferentes	
   níveis	
   da	
   estrutura	
  
hierárquica.	
  Nesse	
  sentido,	
  três	
  são	
  as	
  habilidades	
  
necessárias	
   para	
   que	
   o	
   administrador	
   possa	
  
trabalhar	
   eficazmente.	
   Já	
   Mintzberg	
   (1973,	
   apud	
  
MAXIMIANO	
   2002,	
   p.67)	
   identifica	
   um	
   maior	
  
número	
   de	
   habilidades,	
   subdividindo-­‐as	
   em	
   oito	
  
categorias:	
   habilidades	
   de	
   relacionamento	
   com	
  
colegas,	
   habilidades	
   de	
   liderança,	
   habilidades	
   de	
  
resolução	
   de	
   conflitos,	
   habilidades	
   de	
  
processamento	
   de	
   informações,	
   habilidades	
   de	
  
tomar	
   decisões	
   em	
   condições	
   de	
   ambigüidade,	
  
habilidades	
   de	
   alocação	
   de	
   recursos,	
   habilidades	
  
de	
   empreendedor,	
   habilidades	
   de	
   introspecção.	
  
Para	
   entender	
   o	
   que	
   significa	
   administração,	
   é	
  
preciso	
   ir	
   além	
   da	
   interpretação	
   da	
   palavra.	
   É	
  
preciso	
   também	
   compreender	
   o	
   que	
   é	
   uma	
  
organização.	
  Segue,	
  então,	
  outro	
  tópico.	
  
	
  
1.1	
   As	
   organizações:	
   Uma	
   organização,	
  
segundo	
   Lacombe	
   e	
   Heilborn	
   (2003),	
   é	
   formada	
  
por	
   um	
   grupo	
   de	
   pessoas	
   que	
   se	
   articulam	
   de	
  
forma	
   organizada	
   para	
   atingir	
   objetivos	
   comuns.	
  
Já	
   na	
   visão	
   de	
   Robbins	
   (2005,	
   p.31),	
   “uma	
  
organização	
  é	
  um	
  arranjo	
   sistemático	
  de	
  duas	
  ou	
  
mais	
   pessoas	
   que	
   cumprem	
   papéis	
   formais	
   e	
  
compartilham	
   um	
   propósito	
   comum”.	
   Para	
  
Maximiano	
   (1992),	
   uma	
   organização	
   é	
   uma	
  
combinação	
   de	
   esforços	
   individuais	
   que	
   tem	
   por	
  
finalidade	
   realizar	
   propósitos	
   coletivos.	
   Por	
   meio	
  
de	
  uma	
  organização	
  torna-­‐se	
  possível	
  perseguir	
  e	
  
alcançar	
   objetivos	
   que	
   seriam	
   inatingíveis	
   para	
  
uma	
   pessoa.	
   Uma	
   grande	
   empresa	
   ou	
   uma	
  
pequena	
   oficina,	
   um	
   laboratório	
   ou	
   o	
   corpo	
   de	
  
bombeiros,	
  um	
  hospital	
  ou	
  uma	
  escola	
   são	
   todos	
  
exemplos	
  de	
  organizações.	
  Já	
  para	
  Robbins	
  (1990),	
  
a	
   organização	
   é	
   "uma	
   entidade	
   social	
  
conscientemente	
   coordenada,	
   com	
  uma	
   fronteira	
  
relativamente	
   identificável,	
   que	
   funciona	
   numa	
  
base	
   relativamente	
   contínua	
   para	
   alcançar	
   um	
  
objetivo	
  ou	
  objetivos	
  comuns".	
  	
  	
  Uma	
  organização	
  
é	
   formada	
   pela	
   soma	
   de	
   pessoas,	
   máquinas	
   e	
  
outros	
   equipamentos,	
   recursos	
   financeiros	
   e	
  
outros.A	
   organização	
   então	
   é	
   o	
   resultado	
   da	
  
combinação	
  de	
  todos	
  estes	
  elementos	
  orientados	
  
a	
  um	
  objetivo	
  comum.	
  Logo,	
  podemos	
  concluir	
  as	
  
organizações	
   como	
   uma	
   combinação	
   de	
   esforços	
  
individuais	
   que	
   tem	
   por	
   finalidade	
   realizar	
  
propósitos	
   coletivos.	
   Exemplo:	
   empresas,	
  
associações,	
  órgãos	
  do	
  governo,	
  ou	
  seja,	
  qualquer	
  
entidade	
   pública	
   ou	
   privada.	
   Para	
   os	
   fins	
   que	
   se	
  
destinam	
  esta	
  apostila,	
  aos	
  quais	
  compreendem	
  o	
  
significado	
   e	
   estudo	
   da	
   administração,	
   neste	
  
momento,	
  discorreremos	
  acerca	
  da	
  teoria	
  geral	
  da	
  
administração.	
  
	
  
ADMINISTRAÇÃO GERAL www.energiaconcursos.com.br 4
	
  
2.	
  TEORIA	
  GERAL	
  DA	
  ADMINISTRAÇÃONeste	
   tópico	
   estudaremos	
   as	
   diversas	
   Teorias	
   de	
  
Administração,	
   a	
   contribuição	
  de	
   cada	
  uma	
  delas	
  
para	
  a	
  Ciência	
  da	
  Administração,	
  seus	
  enfoques	
  e	
  
variáveis.	
   	
   Pode-­‐se	
   perceber,	
   no	
   processo	
  
evolutivo	
  da	
  teoria	
  das	
  organizações,	
  que	
  a	
  teoria	
  
da	
   administração	
   foi	
   marcada,	
   em	
   cada	
   uma	
   de	
  
suas	
   fases,	
   por	
   um	
   conjunto	
   de	
   teorias,	
   escolas,	
  
paradigmas,	
   idéias,	
   enfoques,	
   abordagens,	
   sobre	
  
como	
   as	
   organizações	
   funcionam	
   e	
   o	
   que	
   as	
   faz	
  
funcionar	
   melhor.	
   	
   Para	
   Motta	
   e	
   Vasconcelos	
  
(2002,	
  p.2),	
  a	
  teoria	
  das	
  organizações	
  é	
  composta	
  
por	
   diversas	
   peças,	
   como	
   um	
   grande	
   mosaico.	
   E	
  
esse	
  sistema	
  está	
  continuamente	
  em	
  movimento:	
  
surgem	
   novos	
   elementos	
   que	
   alteram	
   a	
  
compreensão	
   dos	
   sistemas,	
   levando-­‐nos	
   a	
  
questionar	
   ao	
   menos	
   parcialmente	
   as	
   certezas	
   e	
  
crenças	
  anteriores.	
  A	
  busca	
  desse	
  entendimento	
  é	
  
contínua:	
   novos	
   elementos	
   surgem	
   e	
   nos	
  
desafiam.	
   	
   	
   Motta	
   (1980)	
   apresenta	
   sete	
  
abordagens	
   da	
   teoria	
   geral	
   da	
   administração,	
   a	
  
saber:	
  o	
  movimento	
  de	
  administração	
  científica;	
  o	
  
movimento	
  de	
  relações	
  humanas;	
  o	
  behaviorismo;	
  
o	
   estruturalismo;	
   a	
   abordagem	
   dos	
   sistemas	
  
abertos,	
   o	
   desenvolvimento	
   organizacional	
   e	
   a	
  
contingência.	
   	
   Partindo	
   de	
   um	
   ponto	
   de	
   vista	
  
semelhante	
  ao	
  do	
  autor	
  acima	
  citado,	
  	
  Chiavenato	
  
(1983),	
   afirma	
   que	
   existem	
   sete	
   principais	
  
abordagens	
   da	
   administração	
   que	
   se	
   desdobram	
  
em	
  teorias,	
  as	
  quais	
  são:	
  	
  
	
  
1º)	
   Abordagem	
   clássica	
   da	
   administração,	
   a	
   qual	
  
se	
   desdobra	
   na	
   administração	
   científica	
   e	
   teoria	
  
clássica	
  da	
  administração;	
  
2º)	
  Abordagem	
   humanística	
   da	
   administração,	
   a	
  
qual	
  manifesta-­‐se	
  na	
  teoria	
  das	
  relações	
  humanas	
  
e	
   suas	
   decorrências,	
   motivação,	
   liderança,	
  
comunicação,	
   organização	
   informal,	
   dinâmica	
   de	
  
grupo.	
  
3º)	
  Abordagem	
  neoclássica	
  da	
  administração,	
  tem	
  
como	
  cerne	
  a	
  teoria	
  neoclássica	
  da	
  administração,	
  
os	
  tipos	
  de	
  organização,	
  departamentalização,	
  e	
  a	
  
administração	
  por	
  objetivos	
  (APO);	
  	
  
4º)	
  Abordagem	
  estruturalista	
  da	
  administração	
  se	
  
desdobra	
   na	
   teoria	
   da	
   burocracia	
   e	
   na	
   teoria	
  
estruturalista	
  da	
  administração;	
  
5º)	
  Abordagem	
   comportamental	
   da	
  
administração,	
   subdividida	
   na	
   teoria	
  
comportamental	
   da	
   administração	
   e	
   teoria	
   do	
  
desenvolvimento	
  organizacional	
  (D.O.);	
  
6º)	
  Abordagem	
  sistêmica	
  da	
  administração	
  centra-­‐
se	
   no	
   conceito	
   de	
   cibernética	
   para	
   a	
  
administração,	
   a	
   teoria	
   matemática	
   da	
  
administração	
  e	
  a	
  teoria	
  de	
  sistemas;	
  
7º)	
  	
  Abordagem	
   contingencial	
   da	
   administração,	
  
desdobrada	
  na	
  teoria	
  da	
  contingência.	
  
	
  
As	
   teorias	
   ainda	
  podem	
  ser	
  divididas,	
  por	
   sua	
  
ênfase	
   em	
   determinado	
   componente	
  
organizacional.	
  No	
  que	
  à	
   tange	
  ênfase	
  em	
  alguns	
  
dos	
   componentes	
   organizacionais,	
   a	
   teoria	
   da	
  
administração	
  surgiu	
  com	
  a,	
  ênfase	
  nas	
  tarefas,	
  a	
  
partir	
   da	
   escola	
   da	
   administração	
   científica	
   de	
  
Taylor,	
   	
   dentro	
   de	
   uma	
   abordagem	
   de	
   sistema	
  
fechado,	
  preocupada	
  exclusivamente	
   com	
  o	
  nível	
  
operacional	
  da	
  empresa.	
  Quase	
  simultaneamente,	
  
foi	
   enriquecida	
   com	
   a	
   ênfase	
   na	
   estrutura	
  
decorrente	
   da	
   abordagem	
   anatômica	
   	
   de	
   Fayol	
  
(teoria	
  clássica),	
  com	
  a	
  abordagem	
  burocrática	
  de	
  
Weber	
  (teoria	
  da	
  burocracia)	
  e	
  com	
  a	
  abordagem	
  
estruturalista	
   (teoria	
   estruturalista),	
   mais	
  
recentemente.	
  A	
  reação	
  humanística	
  surgiu	
  com	
  a	
  
escola	
  das	
   relações	
  humanas,	
   transferindo	
  toda	
  a	
  
ênfase	
   para	
   as	
   pessoas,	
   no	
   que	
   também	
   foi	
  
seguida	
   pela	
   escola	
   do	
   comportamento	
  
organizacional	
   e	
   pelo	
   movimento	
   do	
  
desenvolvimento	
   organizacional	
   (D.O.),	
   ambos	
  
realçando	
   as	
   características	
   eminentemente	
  
humanas	
   e	
   democráticas	
   das	
   organizações	
   bem	
  
sucedidas.	
  A	
  partir	
  da	
  teoria	
  de	
  sistemas,	
  surgiu	
  a	
  
ênfase	
   no	
   ambiente,	
   cujo	
   apogeu	
   ocorreu	
   com	
   a	
  
teoria	
   da	
   contingência.	
   Esta	
   trouxe	
   também	
   a	
  
ênfase	
  na	
  tecnologia	
   (CHIAVENATO,	
  1994,	
  p.35).o	
  
ponto	
   de	
   vista	
   da	
   interação	
   e	
   interdependência	
  
entre	
   cinco	
   variáveis	
   principais:	
   tarefa,	
   estrutura,	
  
pessoas,	
  tecnologia	
  e	
  ambiente.	
  	
  
	
  
A	
   TGA	
   estuda	
   a	
   Administração	
   das	
  
organizações	
   e	
   empresas.	
   Na	
   ilustração	
   a	
   seguir	
  
pode-­‐se	
  observar	
  as	
  escolas	
  de	
  administração,	
  sua	
  
ênfase	
  e	
  os	
  principais	
  enfoques	
  dos	
  diversos	
  focos	
  
de	
  análise.	
  
ADMINISTRAÇÃO GERAL www.energiaconcursos.com.br 5
	
  
	
  
Ênfase	
   Teoria	
  Administrativa	
   Principais	
  enfoques	
  
Nas	
  tarefas	
   Administração	
  Cientifica	
   Racionalização	
   do	
   trabalho	
   no	
   Nível	
  
Operacional	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
Na	
  estrutura	
  
Teoria	
  Clássica	
  
Teoria	
  Neoclássica	
  
Organização	
  formal.	
  
Princípios	
  Gerais	
  da	
  Administração	
  
Funções	
  do	
  administrador.	
  
Teoria	
  Burocrática	
   Organização	
  Formal	
  Burocrática.	
  
Racionalidade	
  organizacional.	
  
Teoria	
  Estruturalista	
   Múltipla	
  abordagem:	
  
Organização	
  formal	
  e	
  informal	
  
Análise	
  Infra-­‐Organizacional	
  
Análise	
  Interorganizacional	
  
	
  
	
  
	
  
Nas	
  pessoas	
  
Teoria	
  das	
  relações	
  humanas	
   Organização	
  Informal.	
  
Motivação,	
  liderança,	
  comunicações	
  
e	
  dinâmica	
  de	
  grupo.	
  
Teoria	
  do	
  Comportamento	
  
Organizacional	
  
Estilos	
  de	
  Administração.	
  
Teoria	
  das	
  decisões.	
  
Integração	
  dos	
  Objetivos	
  
Organizacionais	
  e	
  Individuais.	
  
Teoria	
  do	
  Desenvolvimento	
  
Organizacional	
  
Mudança	
  Organizacional	
  Planejada.	
  
Abordagem	
  de	
  Sistema	
  Aberto.	
  
	
  
	
  
No	
  ambienteTeoria	
  Estruturalista	
  
Teoria	
  Neo-­‐estruturalista	
  
Análise	
  Infra-­‐Organizacional	
  e	
  
Análise	
  Ambiental	
  
Abordagem	
  do	
  Sistema	
  Aberto	
  
Teoria	
  da	
  Contingência	
   Análise	
  Ambiental	
  (imperativo	
  
ambiental)	
  
Abordagem	
  de	
  Sistema	
  Aberto	
  
Na	
  tecnologia	
   Teoria	
  da	
  Contingência	
   Administração	
  da	
  Tecnologia	
  
(imperativo	
  tecnológico)	
  
	
  
	
  
A	
   seguir	
   aprofundaremos	
   nossos	
   estudos	
   e	
   discorreremos	
   acerca	
   de	
   cada	
   uma	
   das	
   teorias	
   da	
  
administração.	
  
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2.1	
  ADMINISTRAÇÃO	
  CIENTÍFICA	
  TAYLOR	
  
	
  
Taylor	
  operacionalizou	
  os	
  estudos	
  de	
  tempos	
  e	
  
movimentos	
   sugeridos	
   por	
   Babbage	
   meio	
   século	
  
antes,	
   ao	
   estabelecer	
   operações	
   cientificamente	
  
elaboradas	
   preconizando	
   o	
   desempenho	
   das	
  
ações	
  dos	
  operários	
  e	
  desenvolvendo	
  estudos	
  que	
  
instituíram	
   a	
   padronização	
   das	
   atividades	
  
operacionais	
   dos	
   trabalhadores.	
   Diante	
   disso,	
  
ficou	
   conhecido	
   como	
   o	
   pai	
   da	
   Administração	
  
Científica,	
  movimento	
  denominado	
  também	
  como	
  
Taylorista	
   ou	
   Taylorismo.No	
   que	
   se	
   refere	
   à	
  
contribuição	
  de	
  Frederick	
  Winslow	
  Taylor	
  à	
  escola	
  
clássica,	
  Koontz	
  e	
  O’Donnell	
   (1978,	
  p.20)	
  colocam	
  
que,	
  “as	
  raízes	
  de	
  seus	
  princípios	
  de	
  administração	
  
são	
  encontradas	
  em	
  escritos	
  anteriores.	
  Como	
  em	
  
outras	
   esferas	
   de	
   conhecimento,	
   os	
   princípios	
   de	
  
administração	
   científica	
   foram	
   descobertos	
   à	
  
medida	
   que	
   as	
   ocasiões	
   para	
   sua	
   utilização	
  
surgiram	
   (...)”.Guida	
   citado	
   em	
   (LESSA,	
   1997)	
  
corrobora	
   com	
   a	
   exposição	
   anterior	
   ao	
   afirmar	
  
que	
  Taylor	
  operacionalizou	
  os	
  estudos	
  de	
  tempos	
  
e	
  movimentos	
  sugeridos	
  por	
  Babbage	
  meio	
  século	
  
antes,	
   ao	
   estabelecer	
   operações	
   cientificamente	
  
elaboradas	
   preconizando	
   o	
   desempenho	
   das	
  
ações	
  dos	
  operários	
  e	
  desenvolvendo	
  estudos	
  que	
  
instituíram	
   a	
   padronização	
   das	
   atividades	
  
operacionais	
   dos	
   trabalhadores.	
   Diante	
   disso,	
  
ficou	
   conhecido	
   como	
   o	
   pai	
   da	
   Administração	
  
Científica,	
  movimento	
  denominado	
  também	
  como	
  
Taylorista	
   ou	
   Taylorismo.A	
   proposição	
   de	
   Taylor	
  
centra-­‐se	
   na	
   idéia	
   de	
   que	
   maximizando	
   a	
  
eficiência,	
   se	
   maximizarão	
   também	
   os	
  
rendimentos,	
   quer	
   de	
   trabalhadores	
   quer	
   de	
  
empresários,	
  eximindo	
  o	
  conflito	
  entre	
  o	
  capital	
  e	
  
o	
   trabalho.	
  Deste	
  modo,	
   o	
   pressuposto	
   é	
   de	
   que	
  
bastam	
   recompensas	
   financeiras	
   para	
  motivar	
   os	
  
trabalhadores	
   e	
   que	
   os	
   administradores	
   se	
  
conformariam	
   a	
   ver	
   o	
   seu	
   papel	
   reduzido	
   à	
  
organização	
   "científica"	
   do	
   processo	
   produtivo,	
  
recorrendo	
  à	
  uniformização	
  de	
  tarefas	
  e	
  à	
  divisão	
  
do	
  trabalho.	
  	
  
	
  
Diferentemente,	
   segundo	
   Motta	
   (1980)	
   as	
  
idéias	
   de	
   Taylor,	
   centradas	
   na	
   forma	
   como	
   as	
  
tarefas	
  são	
  executadas,	
  têm	
  como	
  principal	
  base	
  a	
  
ética	
  protestante	
  do	
  trabalho	
  árduo,	
  racionalidade	
  
econômica	
   e	
   individualismo.	
   São	
   assim,	
   uma	
  
orientação	
  pragmática	
  para	
  aumentar	
  a	
  eficiência	
  
do	
   trabalho	
   baseada	
   na	
   experiência	
   pessoal	
   de	
  
Taylor	
   na	
  Midvale	
   Steel	
   Company,	
   na	
   Bethlehem	
  
Steel	
   Company	
   e	
   em	
   outras	
   empresas	
   com	
   as	
  
quais	
  colaborou	
  como	
  consultor.	
  	
  
	
  
Além	
  das	
   idéias	
   acima	
   citadas,	
   existem	
  ainda,	
  
quatro	
   pontos	
   que	
   constituem	
   a	
   essência	
   da	
  
Administração	
  Cientifica.	
  Estes	
  foram	
  delineados	
  a	
  
partir	
   da	
   aplicação	
   do	
   sistema	
   desta	
   forma	
   de	
  
gestão	
   ao	
   oficio	
   de	
   pedreiro,	
   os	
   quais	
   segundo	
  
Taylor	
   (1982)	
   são:	
   (1)	
   o	
   desenvolvimento	
   (pela	
  
direção	
   e	
   não	
   pelo	
   operário)	
   da	
   forma	
   de	
  
trabalhar,	
   com	
  normas	
   rígidas	
   para	
  o	
  movimento	
  
de	
  cada	
  homem,	
  aperfeiçoamento	
  e	
  padronização	
  
de	
  todas	
  as	
  ferramentas	
  e	
  condições	
  de	
  trabalho;	
  
(2)	
   a	
   seleção	
   cuidadosa	
   e	
   subseqüente	
  
treinamento	
  dos	
  operários	
  entre	
  os	
  trabalhadores	
  
de	
  primeira	
  ordem,	
  com	
  a	
  eliminação	
  de	
  todos	
  os	
  
que	
   se	
   recusarem	
   ou	
   forem	
   incapazes	
   de	
   adotar	
  
os	
   novos	
   métodos;	
   (3)	
   a	
   adaptação	
   do	
   operário	
  
deve	
   ser	
   feita	
   mediante	
   constante	
   ajuda	
   e	
  
vigilância	
  da	
  direção,	
  que	
  pagará,	
  bonificações	
  ao	
  
trabalho	
   feito	
   segundo	
   as	
   instruções	
   de	
   forma	
  
mais	
   rápida;	
   (4)	
  divisão	
   igual	
  de	
   responsabilidade	
  
e	
  trabalho	
  entre	
  operário	
  e	
  direção.	
  
A	
   administração	
   como	
   ciência	
   proposta	
   por	
  
Taylor,	
   trouxe	
   ainda,	
   na	
   visão	
   do	
   autor	
   acima	
  
citado	
  a	
  idéia	
  de	
  organização	
  racional	
  do	
  trabalho,	
  
a	
  qual	
  é	
  constituída	
  pelos	
  seguintes	
  componentes	
  
básicos:	
  
	
  
1.	
  análise	
  do	
  trabalho	
  e	
  estudos	
  dos	
  tempos	
  e	
  
movimentos;	
  
2.	
  estudo	
  da	
  fadiga	
  humana;	
  
3.	
   divisão	
   do	
   trabalho	
   e	
   especialização	
   do	
  
operário;	
  
4.	
  desenho	
  de	
  cargos	
  e	
  tarefas;	
  
5.	
  incentivos	
  salariais	
  e	
  prêmios	
  de	
  produção;	
  
6.	
  conceito	
  de	
  homo	
  economicus	
  	
  
7.	
  condições	
  de	
  trabalho;	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
8.	
  padronização;	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
9.	
  supervisão	
  funcional.	
  
No	
   entanto,	
   a	
   abordagem	
   taylorista	
   é	
   parcial	
  
na	
   forma	
  como	
  encara	
  a	
  gestão,	
  pois	
  considera	
  a	
  
empresa	
   como	
   uma	
   organização	
   fechada	
   e	
   se	
  
debruça	
  apenas	
  sobre	
  o	
  processo	
  produtivo	
  em	
  si,	
  
esquecendo,	
  por	
  exemplo,	
   a	
  estrutura	
  da	
  própria	
  
empresa	
   (MOTTA,	
   1980;	
   KWASNICKA	
   1995;	
  
CHIAVENATO,	
  1999).	
  	
  
Por	
   fim,	
   enquanto	
   Taylor	
   concentrou	
   seus	
  
esforços	
   na	
   administração	
   científica	
   do	
   trabalho,	
  
naracionalização	
   do	
   trabalho	
   operário,	
   na	
  
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coordenação	
   de	
   esforços	
   dentro	
   de	
   uma	
  
sistematização	
   dos	
   métodos	
   de	
   produção	
   com	
  
vistas	
  à	
  obtenção	
  de	
  eficiência	
  dos	
  seres	
  humanos	
  
e	
   das	
   máquinas,	
   através	
   do	
   estudo	
   de	
   tempo	
   e	
  
movimentos,	
  Fayol	
  dirigiu	
  sua	
  atenção	
  aos	
  líderes	
  
organizacionais	
  e	
  tentou	
  melhorar	
  a	
  racionalização	
  
e	
  gerenciamento	
  empresarial.	
  
	
  
2.2	
  TEORIA	
  CLÁSSICA	
  FAYOL:	
  	
  
	
  
A	
  teoria	
  clássica,	
  talvez	
  a	
  percussora	
  das	
  obras	
  
fundamentais	
  de	
  administração	
  de	
  empresas,	
  teve	
  
grande	
   parte	
   de	
   seu	
   desenvolvimento	
   provocado	
  
pela	
   publicação	
   das	
   obras	
   de	
   Fayol.	
   Enquanto	
  
Taylor	
   iniciou	
   seus	
   estudos	
   a	
   partir	
   do	
   operário	
  
para	
  a	
  gerência	
  concentrando-­‐se	
  na	
  administração	
  
da	
  produção,	
  Fayol	
  fez	
  o	
  contrário,	
  começou	
  pelo	
  
nível	
   estratégico	
   (gerencia),	
   descendo	
   ao	
   nível	
  
operacional,	
   concentrando-­‐se	
   nos	
   problemas	
   da	
  
administração	
  geral	
  (GUIDA,	
  1980).	
  Cabe	
  ressaltar	
  
que,	
  embora	
  tenham	
  desenvolvido	
  suas	
  pesquisas	
  
simultaneamente,	
  eles	
  não	
  conheciam	
  os	
  estudos	
  
um	
  do	
  outro.	
  
Fayol	
   acreditava	
   que	
   a	
   eficiência	
  
organizacional	
   seria	
   alcançada	
   através	
   da	
   análise	
  
da	
   estrutura	
   da	
   empresa,	
   dos	
   órgãos	
   que	
   a	
  
compõem.	
   Nesse	
   sentido,	
   a	
   Teoria	
   Clássica	
   tem	
  
ênfase	
   na	
   estrutura,	
   correspondendo	
   a	
   uma	
  
abordagem	
  clássica	
  estruturalista.	
  Para	
  Fayol,	
  seis	
  
são	
  as	
  funções	
  básicas	
  de	
  qualquer	
  empresa:	
  
	
  
	
  1.	
   Funções	
   técnicas	
   –	
   relacionadas	
   com	
   a	
  
produção	
  de	
  bens	
  ou	
  de	
  serviços	
  da	
  empresa.	
  
2.	
   Funções	
   comerciais	
   -­‐	
   relacionadas	
   com	
   a	
  
compra,	
  venda	
  e	
  permutação.	
  
3.	
   Funções	
   financeiras	
   –	
   relacionadas	
   com	
   a	
  
procura	
  e	
  gerência	
  de	
  capitais	
  
4.	
  Funções	
  de	
  segurança	
  –	
  relacionadas	
  com	
  a	
  
proteção	
  e	
  preservação	
  dos	
  bens	
  e	
  das	
  pessoas.	
  
5.	
   Funções	
   contábeis	
   –	
   relacionadas	
   com	
  
inventários,	
   registros,	
   balanços,	
   custos	
   e	
  
estatísticas.	
  
6.	
  Funções	
  administrativas	
  –	
  relacionadas	
  com	
  
a	
  integração	
  das	
  outras	
  cinco	
  funções.	
  As	
  funções	
  
administrativas	
   coordenam	
  as	
   demais	
   funções	
   da	
  
empresa,	
  pairando	
  acima	
  delas.	
  
	
  
Como	
   elementos	
   de	
   administração,	
   Fayol	
  
(1968,	
   p.76)	
   considerou	
   as	
   suas	
   funções	
   básicas,	
  
tal	
  como	
  segue:	
  “previsão,	
  organização,	
  comando,	
  
coordenação	
   e	
   controle”.	
   	
   O	
   elemento	
   previsão,	
  
mais	
   tarde	
   será	
   chamado	
   por	
   outros	
   autores	
   de	
  
planejamento.	
  	
  
Quanto	
   à	
   previsão,	
   o	
   autor	
   a	
   coloca	
   como	
   a	
  
máxima	
  da	
  administração,	
  significando	
  ao	
  mesmo	
  
tempo	
   conjeturar	
   o	
   futuro	
   e	
   prepará-­‐lo.	
   O	
  
instrumento	
   de	
   suporte	
   e	
   a	
   operação	
   mais	
  
significativa	
   deste	
   elemento	
   é	
   o	
   programa	
   de	
  
ação,	
   que	
   estabelece	
   o	
   resultado	
   a	
   ser	
   atingido,	
  
como	
  agir	
  para	
  tal	
  e	
  as	
  etapas	
  e	
  métodos	
  a	
  utilizar.	
  
Além	
  disso,	
  o	
  programa	
  de	
  ação	
  repousa	
  sobre	
  os	
  
recursos	
   da	
   empresa,	
   a	
   natureza	
   e	
   importância	
  
das	
  operações	
  e	
  as	
  possibilidades	
  futuras.	
  	
  
	
  
Organizar	
  é	
  dotar	
  a	
  empresa	
  de	
   tudo	
  o	
  que	
  é	
  
útil	
  para	
  o	
  seu	
   funcionamento.	
   Já	
  o	
  comando	
  é	
  a	
  
atividade	
   que	
   faz	
   funcionar	
   o	
   que	
   antes	
   foi	
  
estabelecido	
   e	
   organizado.	
   Coordenar	
   “é	
  
estabelecer	
   a	
   harmonia	
   entre	
   todos	
   os	
   atos	
   de	
  
uma	
   empresa,	
   de	
   maneira	
   a	
   facilitar	
   o	
   seu	
  
funcionamento	
   e	
   o	
   seu	
   sucesso”	
   (FAYOL,	
   1968,	
  
p.164).	
   O	
   controle	
   consiste	
   em	
   verificar	
   se	
   tudo	
  
está	
  de	
  acordo	
  com	
  o	
  programa	
  adotado.	
  	
  
	
  
Segundo	
   Koontz	
   et	
   al.	
   (1986;	
   1978),	
   a	
   maior	
  
parte	
  dos	
  estudos	
  de	
  Fayol	
  foi	
  destinada	
  ao	
  estudo	
  
das	
   funções	
   administrativas.	
   De	
   outra	
   forma,	
  
pode-­‐se	
   afirmar	
   que	
   o	
   estabelecimento	
   das	
  
funções,	
   talvez	
   seja	
   o	
   grande	
   mérito	
   de	
   seu	
  
legado,	
  haja	
  vista	
  que	
  estas	
  funções	
  permeiam	
  até	
  
hoje	
   o	
   ambiente	
   empresarial.	
   Uma	
   das	
  
contribuições	
  de	
  Fayol	
  para	
  a	
   teoria	
  clássica	
   foi	
  o	
  
estabelecimento	
   de	
   princípios	
   e	
   elementos	
   de	
  
administração.	
   Os	
   princípios,	
   referem-­‐se,	
  
conforme	
   Koontz	
   e	
   O’Donnell	
   (1978)	
   e	
   	
   Fayol	
  
(1968)	
  a:	
  
	
  1.	
  divisão	
  do	
  trabalho;	
  	
  
2.	
   autoridade	
  e	
  responsabilidade;	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
3.	
   disciplina;	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
4.	
   unidade	
  de	
  comando;	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
5.	
   unidade	
  de	
  direção;	
  	
  
6.	
   subordinação	
   do	
   interesse	
   particular	
   ao	
  
interesse	
  geral;	
  	
  
7.	
   remuneração	
  do	
  pessoal,	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
	
  8.	
  centralização;	
  	
  
9.	
   hierarquia;	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
10.	
   ordem;	
  
11.	
   eqüidade;	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
12.	
   estabilidade	
  do	
  pessoal;	
  
13.	
   iniciativa;	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  	
  
14.	
   união	
  do	
  pessoal.	
  	
  
	
  
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O	
   pioneiro	
   da	
   Teoria	
   Clássica,	
   Henri	
   Fayol,	
   é	
  
considerado,	
   juntamente	
   com	
   Taylor,	
   um	
   dos	
  
fundadores	
   da	
   moderna	
   Administração.	
  
Preocupou-­‐se	
   em	
   definir	
   as	
   funções	
   básicas	
   da	
  
empresa,	
   o	
   conceito	
   de	
   administraçãoprever,	
  
organizar,	
   comandar,	
   coordenar	
   e	
   controlar	
  
(POC3),	
   bem	
   como	
   os	
   princípios	
   gerais	
   de	
  
Administração	
   como	
   procedimentos	
   universais	
   a	
  
serem	
  aplicados	
  a	
  qualquer	
  tipo	
  de	
  organização	
  ou	
  
empresa.	
  
Uma	
   boa	
   dica	
   é:	
   Cuidado	
   que	
   algumas	
  
questões	
   de	
   concurso	
   tentam	
   induzir	
   o	
  
aluno	
   ao	
   erro	
   alternado	
   a	
   ordem	
   e	
   as	
   ênfases	
  
entre	
  Taylor	
  e	
  a	
  Administração	
  Científica	
  e	
  Fayol	
  e	
  
a	
  Teoria	
  Clássica...	
  	
  
	
  
Fique	
   de	
   olho,	
   OK!!!	
   Para	
   elucidar	
   o	
   conteúdo	
  
acima	
  exposto,	
  a	
  seguir,	
  temos	
  um	
  	
  quadro	
  com	
  as	
  
principais	
  idéias	
  e	
  conceitos	
  sobre	
  o	
  tema.	
  	
  
	
  
2.3	
  TEORIA	
  DAS	
  RELAÇÕES	
  HUMANAS	
  
	
  
	
   Segundo	
  Motta	
  e	
  Pereira	
   (1991),	
  enquanto	
  se	
  
desenvolvia	
  e	
  avançava	
  enfaticamente	
  a	
  Escola	
  da	
  
Administração	
   Científica	
   de	
   Taylor	
   e	
   a	
   Teoria	
  
Clássica	
   de	
   Fayol	
   com	
   sua	
   hipótese	
   de	
   homo	
  
economicus,	
   cuja	
   motivação	
   e	
   felicidade	
   do	
  
indivíduo	
   eram	
   atribuídas	
   somente	
   às	
   questões	
  
econômicas,	
   também	
   crescia	
   paralelamente	
   e	
   de	
  
forma	
   complementar	
   à	
   administração	
   científica	
  o	
  
modelo	
   burocrático	
   de	
   Weber,	
   com	
   seu	
  
estruturalismo	
   organizacional	
   dominante	
   e	
   de	
  
princípios	
  comportamentais	
  rígidos.	
  E	
  ao	
  final	
  dos	
  
anos	
  20,	
  surgia	
  nos	
  Estados	
  Unidos,	
  um	
  grupo	
  de	
  
professores	
  da	
  Universidade	
  de	
  Harvard,	
  chefiado	
  
por	
   Elton	
   Mayo,	
   com	
   uma	
   experiência	
   realizada	
  
em	
   uma	
   fábrica	
   de	
   equipamentos	
   eletrônicos,	
  
contestando	
  veementemente	
  os	
  conceitos	
  rígidos	
  
da	
   administração	
   científica	
   e	
   do	
   modelo	
  
burocrático.	
  
	
  
Elton	
  Mayo	
  consolidou-­‐se	
  nesta	
  teoria	
  com	
  as	
  
pesquisas	
   realizadas	
   nas	
   oficinas	
   da	
   Western	
  
Eletric	
  Co.,	
  em	
  Hawthorne,	
  iniciadas	
  em	
  março	
  de	
  
1927	
  e	
   terminadas	
  em	
   julho	
  de	
  1932.	
  Sendo	
  esta	
  
pesquisa,	
  um	
  marco	
  importante	
  e	
  de	
  consolidação	
  
da	
  escola	
  das	
  Relações	
  Humanas.	
  
	
  
A	
   primeira	
   fase	
   da	
   experiência	
   de	
  Hawthorne	
  
teve	
   como	
   objetivo	
   conhecer	
   o	
   efeito	
   da	
  
iluminação	
  sobre	
  o	
  rendimento/produtividade.	
  	
  
	
  
Para	
   tanto,	
   foram	
   escolhidos	
   para	
   a	
  
experiência,	
  dois	
  grupos	
  de	
  operários	
  que	
  fariam	
  o	
  
mesmo	
   trabalho	
   em	
   condições	
   idênticas,	
   exceto	
  
quanto	
   à	
   iluminação.	
  O	
   grupo	
  de	
   teste	
   trabalhou	
  
sob	
  iluminação	
  variável	
  em	
  intensidade,	
  e	
  o	
  grupo	
  
de	
  controle	
  trabalhou	
  sob	
  iluminação	
  constante.	
  O	
  
resultado	
   observado	
   foi	
   de	
   que	
   em	
   ambos	
   os	
  
grupos	
  a	
  produtividade	
  aumentou,	
  e	
  no	
  grupo	
  de	
  
teste	
   crescia	
   também,	
   indiferente	
   à	
   variabilidade	
  
da	
   iluminação.	
   A	
   produtividade	
   só	
   diminuiu	
  
quando	
  a	
  luz	
  se	
  tornou	
  extremamente	
  fraca.	
  
	
  
Na	
  segunda	
  fase,	
  Chiavenato	
  (1999)	
  relata	
  que	
  
se	
   montou	
   um	
   grupo	
   experimental	
   onde	
   foram	
  
selecionadas	
   e	
   convidadas	
   6	
   senhoras	
   de	
   nível	
  
médio	
  (5	
  montavam	
  relés	
  e	
  1	
  
fornecia	
   as	
   peças	
   necessárias).	
   Para	
   este	
   grupo,	
  
havia	
  um	
  supervisor	
  comum	
  e	
  um	
  observador	
  que	
  
ordenava	
   o	
   trabalho	
   e	
   assegurava	
   o	
   espírito	
   de	
  
colaboração	
   destas.	
   Havia	
   ainda,	
   um	
   grupo	
   de	
  
controle	
   (constituído	
   do	
   restante	
   do	
  
departamento)	
   e	
   um	
   supervisor.	
   Nesta	
   fase	
  
concluiu-­‐se	
   que	
   as	
   variações	
   introduzidas	
   na	
   sala	
  
ESCOLAS	
  
ADMINISTRAÇÃO	
  
CIENTÍFICA	
  
TEORIA	
  
CLÁSSICA	
  
Principal	
  
Autor	
  
TAYLOR	
   FAYOL	
  
Data	
   Meados	
  de	
  1911	
   Meados	
  de	
  1916	
  
Principal	
  
Feito	
  
Estudo	
  de	
  tempos	
  
e	
  movimentos	
  e	
  
ORT.	
  
POC3	
  
Funções	
  
administrativas	
  
+	
  funções	
  
técnicas,	
  
comerciais,	
  
segurança,	
  
contábeis,	
  
financeiras.	
  
Ênfase	
   Tarefas	
   Estrutura	
  
Colaborad
ores	
  
Gilbreth’s;	
  Ford;	
  
Gantt	
  
Urwick;	
  Gulick;	
  
Mooney	
  
Conceito	
  
De	
  
Homem	
  
Econômico	
   Econômico	
  
CRITICAS	
  
(Principai
s)	
  
Mecanicismo,	
  
abordagem	
  
incompleta,	
  
prescritiva	
  e	
  
normativa	
  etc.	
  
Abordagem	
  
simplificada,	
  
extremo	
  
racionalismo,	
  
mecanicismo	
  
etc.	
  
ADMINISTRAÇÃO GERAL www.energiaconcursos.com.br 9
	
  
de	
   provas	
   não	
   chegaram	
   a	
   afetar	
   o	
   ritmo	
   de	
  
trabalho,	
   e	
   alguns	
   aspectos	
   foram	
   levantados:	
   as	
  
senhoras	
  gostavam	
  de	
  trabalhar	
  na	
  sala	
  de	
  provas;	
  
o	
   ambiente	
   era	
   amistoso	
   e	
   sem	
   pressões;	
   não	
  
havia	
   temor	
   ao	
   supervisor;	
   houve	
  
desenvolvimento	
   social	
   do	
  grupo	
  experimental;	
   o	
  
grupo	
  desenvolveu	
  liderança	
  e	
  objetivos	
  comuns.	
  	
  
	
  
Já	
   na	
   terceira	
   fase	
   (1928),	
   iniciou-­‐se	
   um	
  	
  
programa	
   de	
   entrevistas	
   com	
   os	
   objetivos	
   de	
  
conhecer	
   atitudes	
   e	
   sentimentos	
   dos	
  
trabalhadores;	
   ouvir	
   opiniões	
   quanto	
   ao	
   trabalho	
  
e	
   tratamento	
   recebido;	
   ouvir	
   sugestões.	
   Para	
  
tanto,	
   adotou-­‐se	
   o	
   sistema	
   de	
   entrevista	
   não	
  
diretiva,	
   no	
   qual	
   surge	
   a	
   necessidade	
   de	
   uma	
  
organização	
   informal.	
   A	
   organização	
   informal,	
  
manifestou-­‐se	
   através	
   de:	
   produção	
   controlada	
  
por	
   padrões	
   que	
   os	
   operários	
   estabeleciam	
   e	
  
consideravam	
   normais;	
   punições	
   aplicadas	
   pelo	
  
grupo	
  a	
  quem	
  não	
   cumpria	
   aqueles	
  padrões;	
  uso	
  
de	
   expressões	
   que	
   traduziam	
   as	
   suas	
  
insatisfações;	
   liderança	
   informal,	
   que	
  mantinha	
  o	
  
grupo	
  unido	
  e	
  assegurava	
  o	
  respeito	
  às	
  normas	
  de	
  
conduta;	
   preocupações	
   fúteis	
   em	
   relação	
   a	
  
promoções;	
   contentamentos	
   e	
  
descontentamentos	
   exagerados	
   em	
   relações	
   aos	
  
superiores	
   imediatos.	
   A	
   conseqüência	
   mais	
  
positiva	
   foi	
   a	
   adequação	
   no	
   treinamento	
   de	
  
supervisores	
  e	
  para	
   relações	
  entre	
  supervisores	
  e	
  
subordinadose	
   o	
   programa	
   de	
   aconselhamento	
  
de	
   pessoal	
   (CHIAVENATO,	
   1999;	
   GUIDA,	
   1980).	
  	
  	
  
Segundo	
   os	
   autores	
   acima	
   citados,	
   a	
   quarta	
   e	
  
última	
   fase	
   desta	
   pesquisa	
   (que	
   ocorreu	
   de	
  
novembro	
  de	
  1931	
  a	
  maio	
  de	
  1932)	
  constituiu-­‐se	
  
de	
   um	
   estudo	
   detalhado	
   da	
   organização	
   social	
   e	
  
das	
   influências	
   existentes	
   dentro	
   de	
   um	
   grupo	
  
formado	
   por	
   pessoas	
   que	
   trabalhavam	
   juntas	
   e	
  
teve	
   como	
   objetivo	
   analisar	
   a	
   organização	
  
informal.	
   Após	
   este	
   estudo	
   uma	
   série	
   de	
  
decorrências	
   afetou	
   a	
   administração.	
   Uma	
   nova	
  
linguagem	
   passou	
   a	
   dominar	
   a	
   administração	
   e	
  
novos	
   conceitos	
   surgiram,	
   tais	
   como:	
   motivação,	
  
liderança,	
   comunicações,	
   organização	
   informal,	
  
dinâmica	
   de	
   grupo.	
   Foi	
   a	
   partir	
   destas	
   pesquisas	
  
que	
   o	
   movimento	
   de	
   relações	
   humanas	
   cresceu,	
  
nascendo	
   daí	
   a	
   Escola	
   de	
   Relações	
   Humanas.	
   “A	
  
escola	
  de	
  relações	
  Humanas	
  foi,	
  em	
  grande	
  parte,	
  
o	
   resultado	
   da	
   transplantação	
   e	
   adaptação	
   das	
  
ciências	
  sociais,	
  particularmente	
  da	
  Sociologia	
  e	
  da	
  
Psicologia,	
  para	
  o	
  campo	
  da	
  Administração	
  
	
  
Dica:	
   Com	
   as	
   conclusões	
   tomadas	
   a	
   partir	
  
da	
  Experiência	
  de	
  Hawthorne,	
  desenvolvida	
  
por	
   Elton	
   Mayo	
   novas	
   variáveis	
   foram	
  
acrescentadas	
   ao	
   campo	
   da	
   Administração:	
   a	
  
integração	
   social	
   e	
   o	
   comportamento	
   social	
   dos	
  
empregados,	
   as	
   necessidades	
   psicológicas	
   e	
  
sociais	
   e	
   a	
   atenção	
   para	
   novas	
   formas	
   de	
  
recompensas	
   e	
   sanções	
   não-­‐materiais,	
   o	
   estudo	
  
dos	
   grupos	
   informais	
   e	
   da	
   chamada	
   organização	
  
informal,	
   o	
   despertar	
   para	
   as	
   relações	
   humanas	
  
dentro	
   das	
   organizações,	
   a	
   ênfase	
   nos	
   aspectos	
  
emocionais	
   e	
   não-­‐racionais	
   do	
   comportamento	
  
das	
   pessoas	
   e	
   a	
   importância	
   do	
   conteúdo	
   dos	
  
cargos	
  e	
  tarefas	
  para	
  as	
  pessoas	
  que	
  os	
  realizam	
  e	
  
executam.	
  Na	
  tabela	
  a	
  seguir	
  são	
  apresentadas	
  as	
  
idéias	
   principais	
   sobre	
   a	
   teoria	
   das	
   relações	
  
humanas.	
  
	
  
	
  
2.4	
  TEORIA	
  DA	
  BUROCRACIA	
  
	
  
	
  As	
  idéias	
  de	
  Max	
  Weber,	
  sociólogo	
  alemão	
  que	
  
viveu	
   de	
   1864	
   a	
   1920,	
   fomentaram	
   o	
  
desenvolvimento	
  da	
  Teoria	
  da	
  Burocracia	
  a	
  partir	
  
da	
   definição	
   da	
   organização	
   como	
   um	
   sistema	
  
social	
  burocrático.	
  Esta	
  teoria	
  segundo	
  Menegasso	
  
(1998)	
  surgiu	
  por	
  volta	
  da	
  década	
  de	
  40,	
  quando	
  a	
  
Teoria	
   Clássica	
   e	
   a	
   Teoria	
   das	
   Relações	
   Humanas	
  
lutavam	
   entre	
   si	
   pela	
   conquista	
   do	
   espaço	
   na	
  
Teoria	
  Administrativa	
  e	
   já	
  apresentavam	
  sinais	
  de	
  
declínio.	
   	
  Assim,	
  a	
  Teoria	
  da	
  Burocracia	
  dentro	
  da	
  
Administração,	
   desenvolveu-­‐se	
   em	
   função	
  
principalmente	
   dos	
   seguintes	
   aspectos,	
   os	
   quais	
  
seguem	
  conforme	
  Chiavenato	
  (1999):	
  	
  	
  
	
  
a)	
   fragilidade	
   tanto	
   da	
   Teoria	
   Clássica	
   como	
   da	
  
Teoria	
  das	
  Relações	
  Humanas,	
  ambas	
  oponentes	
  e	
  
ESCOLA	
   RELAÇÕES	
  HUMANAS	
  
Principal	
  
Autor	
  
ELTON	
  MAYO	
  
Data	
   Dec.	
  30	
  
Principal	
  
Feito	
  
Experiência	
  de	
  Hawthorne	
  
Ênfase	
   Pessoas	
  
Colaborador
es	
  
Follett;	
   	
   Roethlisberger;	
   Chester	
  
Barnard	
  
Conceito	
   De	
  
Homem	
  
Social	
  
CRITICAS	
  
(Principais)	
  
Oposição	
   cerrada	
   a	
   abordagem	
  
clássica,	
   ênfase	
   nos	
   grupos	
  
informais	
  .	
  
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contraditórias	
   entre	
   si,	
   mas	
   sem	
   possibilitarem	
  
uma	
   abordagem	
   global,	
   integrada	
   e	
   envolvente	
  
dos	
  problemas	
  organizacionais.	
  	
  
b)	
   o	
   tamanho	
   e	
   complexidade	
   das	
   empresas	
  
passaram	
   a	
   exigir	
   modelos	
   organizacionais	
   mais	
  
bem	
  definidos.	
  	
  
c)	
   o	
   surgimento	
   da	
   Sociologia	
   da	
   Burocracia,	
   a	
  
partir	
  da	
  descoberta	
  dos	
  trabalhos	
  de	
  Max	
  Weber,	
  
o	
   seu	
   criador,	
   o	
   qual	
   propôs	
   um	
   modelo	
   de	
  
organização,	
   que	
   os	
   administradores	
   não	
  
tardaram	
   em	
   tentar	
   aplicá-­‐lo	
   na	
   prática	
   em	
   suas	
  
empresas.	
   A	
   partir	
   daí,	
   surge	
   a	
   Teoria	
   da	
  
Burocracia	
  na	
  Administração.	
  	
  Diferente	
  da	
  ênfase	
  
em	
  ciência	
  e	
  técnica	
  ou	
  ainda	
  da	
  caracterização	
  da	
  
administração	
   como	
   função	
   geral	
   conforme	
  
praticado	
   pela	
   teoria	
   clássica,	
   a	
   contribuição	
   de	
  
Weber	
  permitiu	
  introduzir	
  na	
  teoria	
  administrativa	
  
aspectos	
   institucionais	
   advindos	
   da	
   ciência	
  
política,	
  do	
  direito	
  e	
  da	
  sociologia,	
  fornecendo-­‐lhe	
  
o	
   complemento	
   necessário	
   à	
   consolidação	
   da	
  
doutrina	
   clássica	
   da	
   Administração,	
   oferecendo-­‐
lhe	
   um	
   modelo	
   de	
   aplicação	
   e	
   comparação.Os	
  
princípios	
   básicos	
   desta	
   teoria	
   são	
   o	
   princípio	
   da	
  
autoridade	
  legal,	
  o	
  princípio	
  do	
  poder,	
  o	
  princípio	
  
da	
   disciplina	
   organizacional	
   e	
   o	
   princípio	
   da	
  
hierarquia.	
  
	
  
Pode-­‐se	
   perceber	
   que	
   embutido	
   no	
   conceito	
   de	
  
burocracia	
   está	
   o	
   termo	
   da	
   racionalidade.	
   A	
  
racionalidade	
   foi	
   definida	
   por	
   muitos	
   estudiosos,	
  
os	
   quais	
   ao	
   longo	
   de	
   seus	
   estudos,	
  
proporcionaram-­‐nos	
   diversos	
   significados	
   para	
   o	
  
conceito.	
   Igualmente,	
   o	
   termo	
   foi	
   ao	
   longo	
   dos	
  
anos	
  sofrendo	
  as	
  mais	
  diversas	
  atribuições.	
  A	
  raiz	
  
da	
   palavra	
   racionalidade	
   vem	
   de	
   razão	
   e	
   que,	
  
segundo	
   Hobbes	
   citado	
   em	
   (RAMOS,	
   1981,	
   p.3),	
  
pode	
   ser	
   definida	
   “como	
   uma	
   capacidade	
   que	
   o	
  
indivíduo	
  adquire	
  “pelo	
  esforço”	
  e	
  que	
  o	
  habilita	
  a	
  
nada	
   mais	
   do	
   que	
   fazer	
   o	
   “cálculo	
   utilitário	
   de	
  
conseqüências”.	
   Motta	
   e	
   Pereira	
   (1986	
   p.22),	
  
colocam	
  que,	
  “um	
  ato	
  será	
  racional	
  na	
  medida	
  em	
  
que	
   represente	
   omeio	
   mais	
   adaptado	
   para	
   se	
  
atingir	
   determinado	
   objetivo,	
   na	
  medida	
   em	
   que	
  
sua	
   coerência	
   em	
   relação	
   a	
   seus	
   objetivos	
   se	
  
traduza	
   na	
   exigência	
   de	
   um	
   mínimo	
   de	
   esforços	
  
para	
  se	
  chegar	
  a	
  esses	
  objetivos”.	
  
	
  
2.4.1	
  DIMENSÕES	
  DA	
  BUROCRACIA	
  	
  
	
  
Para	
   uma	
   maior	
   compreensão	
   do	
   modelo	
  
burocrático	
   de	
   gestão,	
   Weber	
   delineou	
   as	
  
dimensões	
  burocráticas.	
  Assim,	
  discutir-­‐se-­‐á	
  estas	
  
dimensões	
   de	
   acordo	
   com	
   as	
   concepções	
   de	
  
Chiavenato	
   (1999);	
   Menegasso	
   (1998);	
   Guida	
  
(1980)	
  e	
  Hall	
  (1984)	
  conforme	
  segue:	
  	
  
1)	
   caráter	
   legal	
   das	
   normas	
   e	
   regulamentos	
   –	
  
organização	
   ligada	
   por	
   normas	
   e	
   regulamentos	
  
previamente	
   estabelecidos	
   por	
   escrito	
   que	
  
consubstanciam	
   regras	
   gerais	
   e	
   procedimentos	
  
formais	
   universalistas.	
   As	
   regras,	
   normas	
   e	
  
atribuições	
   são	
   de	
   caráter	
   oficial	
   e	
   devem	
   ser	
  
respeitados	
  por	
  todos.	
  	
  
2)	
   caráter	
   formal	
   das	
   comunicações,	
   ou	
   seja,	
  
organização	
  ligada	
  por	
  comunicações	
  escritas	
  que	
  
estabelecem	
   impessoalidade	
   na	
   comunicação	
   e	
  
nos	
  relacionamentos	
  interpessoais.	
  	
  
3)	
   caráter	
   racional	
   e	
   divisão	
   do	
   trabalho	
   –	
  
significa	
  que	
  a	
  organização	
  se	
  caracteriza	
  por	
  uma	
  
sistemática	
  divisão	
  do	
  trabalho	
  com	
  especialização	
  
nas	
   tarefas	
  de	
  acordo	
  com	
  o	
  cargo;	
   	
  alto	
  grau	
  de	
  
especialização	
   profissional	
   (pessoas	
   tecnicamente	
  
treinadas)	
   	
  onde	
  os	
  membros	
  da	
  organização	
   são	
  
mantidos	
  dentro	
  da	
  sua	
  função	
  e	
  competência	
  de	
  
forma	
  adequada	
  aos	
  objetivos	
  a	
  serem	
  atingidos.	
  
4)	
   impessoalidade	
   nas	
   relações	
   –	
   as	
   relações	
   na	
  
organização	
  devem	
  ser	
  isentas	
  de	
  caráter	
  pessoal,	
  
formais	
   e	
   imparciais.	
   	
   A	
   distribuição	
   de	
   tarefas	
  
deve	
   ser	
   feita	
   em	
   termos	
   de	
   cargos	
   e	
   funções	
   e	
  
não	
  de	
  pessoas	
  envolvidas,	
  eximindo-­‐se	
  quaisquer	
  
preferências	
  emocionais.	
  	
  
5)	
   hierarquia	
  da	
  autoridade	
  –	
  a	
  autoridade	
  reside	
  
no	
   indivíduo	
   de	
   acordo	
   com	
   o	
   cargo	
   e/ou	
  
especialização,	
   organização	
   hierárquica	
   dos	
  
cargos,	
   a	
   estrutura	
   hierárquica	
   é	
   piramidal	
   ou	
  
escalar.	
  	
  
6)	
   rotinas	
   e	
   procedimentos	
   estandardizados	
   –	
   a	
  
organização	
  	
  fixa	
  as	
  regras	
  e	
  normas	
  técnicas	
  para	
  
o	
   desempenho	
   de	
   cada	
   cargo,	
   as	
   quais,	
  
estabelecem	
   o	
   poder	
   do	
   comando	
   e	
   padronizam	
  
as	
  ações.	
  
7)	
   competência	
   técnica	
   e	
   meritocracia	
   –	
   como	
  
consideração	
   única	
   para	
   seleção	
   mediante	
  
critérios,	
  exames,	
  concursos,	
  títulos	
  para	
  admissão	
  
e	
  promoção	
  dos	
  funcionários.	
  	
  
8)	
   especialização	
  da	
  administração	
  –	
  os	
  meios	
  do	
  
corpo	
   administrativo	
   devem	
   estar	
   separados	
   da	
  
propriedade	
  dos	
  meios	
  de	
  produção,	
  isso	
  significa	
  
que	
  o	
  dirigente	
  não	
  é	
  necessariamente	
  o	
  dono	
  do	
  
capital.	
   Além	
   disso,	
   o	
   profissional	
   se	
   especializa	
  
em	
  gerenciar	
  a	
  organização.	
  	
  
9)	
   profissionalização	
   dos	
   participantes	
   –	
   o	
  
funcionário	
   é	
   profissional/especialista,	
   é	
  
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assalariado,	
   ocupante	
   do	
   cargo,	
   nomeado	
   por	
  
superior	
   hierárquico,	
   seu	
   mandato	
   é	
   por	
   tempo	
  
indeterminado,	
   prepara-­‐se	
   para	
   seguir	
   carreira	
  
dentro	
  da	
  organização,	
  é	
  fiel	
  ao	
  cargo.	
  
10)	
   completa	
   previsibilidade	
   do	
   funcionamento	
   –	
  
o	
  comportamento	
  do	
  funcionário	
  é	
  previsível,	
  haja	
  
vista	
  que,	
  as	
  atividades	
  também	
  são	
  previstas	
  por	
  
manuais,	
  diretrizes	
  de	
  procedimentos,	
  rotinas	
  etc.	
  
	
  
Weber	
   viu	
   razões	
   para	
   explicar	
   o	
   avanço	
   da	
  
burocracia	
   sobre	
   as	
   outras	
   formas	
  de	
   associação.	
  
As	
  vantagens	
  da	
  burocracia,	
  para	
  weber,	
  são:	
  	
  
1.racionalidade	
   em	
   relação	
   ao	
   alcance	
   dos	
  
objetivos	
  da	
  organização;	
  	
  
2.	
   precisão	
   na	
   definição	
   do	
   cargo	
   e	
   na	
   operação,	
  
pelo	
  conhecimento	
  exato	
  dos	
  deveres;	
  	
  
3.	
   rapidez	
   nas	
   decisões,	
   pois	
   cada	
   um	
   conhece	
   o	
  
que	
   deve	
   ser	
   feito	
   e	
   por	
   quem	
   e	
   as	
   ordens	
   e	
  
papéis	
   tramitam	
   através	
   de	
   canais	
  
preestabelecidos.	
  
	
  
Pode-­‐se	
   perceber	
   que	
   embutido	
   no	
   conceito	
  
de	
  burocracia	
  existem	
  muitas	
  regras	
  que	
  impedem	
  
ou	
   delimitam	
   a	
   ação	
   de	
   seus	
   seguidores,	
   neste	
  
contexto,	
   a	
   seguir	
   serão	
   levantados	
   algumas	
  
disfunções	
  sobre	
  a	
  escola	
  da	
  burocracia.	
  
1	
   –	
   Internalização	
   das	
   regras	
   e	
   apego	
   aos	
  
regulamentos	
  -­‐	
  existe	
  quando:	
  cumprir	
  as	
  normas	
  
passa	
   a	
   ser	
   mais	
   importante	
   que	
   atingir	
   os	
  
objetivos.	
  A	
  atividade-­‐meio	
  passa	
  a	
  ser	
  o	
  resultado	
  
a	
   ser	
   alcançado.	
   O	
   funcionário	
   se	
   torna	
   um	
  
especialista	
  em	
  normas;	
  
2	
   –	
   Excesso	
   de	
   formalismo	
   e	
   papelório	
   –	
   a	
  
necessidade	
   de	
   documentar	
   todas	
   as	
  
comunicações	
   conduz	
   à	
   tendência	
   ao	
   excesso	
   de	
  
papelório;	
  
3	
   –	
   Resistência	
   a	
   mudanças	
   –	
   como	
   tudo	
   é	
  
padronizado	
   e	
   previsto	
   com	
   antecipação,	
   o	
  
funcionário	
   se	
   acostuma	
   a	
   uma	
   estabilidade,	
  
proporcionando-­‐lhe	
   segurança	
   a	
   respeito	
   de	
   seu	
  
trabalho.	
   Qualquer	
   mudança	
   tende	
   a	
   ser	
  
interpretada	
   como	
   algo	
   que	
   desconhece,	
  
tornando-­‐se	
  indesejável.	
  
4	
   –	
   A	
   base	
   do	
   processo	
   decisorial	
   –	
   quem	
   toma	
  
decisões	
  é	
  aquele	
  que	
  ocupa	
  o	
  posto	
  hierárquico	
  
mais	
  alto,	
  mesmo	
  que	
  nada	
  saiba	
  sobre	
  o	
  tema.	
  A	
  
“co-­‐gestão”	
  passa	
  longe...	
  
5	
  –	
  Superconformidade	
  às	
  rotinas	
  –	
  com	
  o	
  tempo,	
  
as	
  regras	
  tendem	
  a	
  se	
  tornar	
  absolutas,	
  sagradas,	
  
conduzindo	
   a	
   uma	
   rigidez	
   nocomportamento	
   do	
  
burocrata	
   que	
   restringe-­‐se	
   ao	
   desempenho	
  
mínimo.	
  Perde	
  iniciativa,	
  criatividade	
  e	
  inovação.	
  
6	
  –	
  Dificuldade	
  no	
  atendimento	
  a	
  clientes	
  –	
  todos	
  
os	
   clientes	
   são	
   atendidos	
   de	
   forma	
   padronizada,	
  
seguindo	
  normas	
  e	
   rotinas	
   internas,	
   fazendo	
  com	
  
que	
   o	
   público	
   se	
   irrite	
   com	
   a	
   pouca	
   atenção	
   e	
   o	
  
descaso.	
  A	
  burocracia	
  fecha-­‐se	
  em	
  si	
  mesma.	
  
Uma	
  boa	
  dica	
  é	
  lembrar	
  na	
  hora	
  da	
  prova	
  que	
  não	
  
existe	
   organização	
   totalmente	
   racional,	
   que	
   o	
  
homem	
   não	
   é	
   totalmente	
   previsível,	
   que	
   a	
  
burocracia	
   gerou	
   excesso	
   de	
   formalismo	
   e	
  
papelório,	
   gerou	
   também	
   grande	
   resistência	
   às	
  
mudanças	
  e	
  conflitos	
  com	
  o	
  público.	
  	
  
	
  Weber	
  estudou	
  as	
  organizações	
  sob	
  um	
  ponto	
  de	
  
vista	
   estruturalista,	
   preocupando-­‐se	
   com	
   sua	
  
racionalidade,	
  isto	
  é,	
  com	
  a	
  relação	
  entre	
  os	
  meios	
  
e	
   os	
   recursos	
   utilizados	
   e	
   os	
   objetivos	
   a	
   serem	
  
alcançados	
   pelas	
   organizações	
   burocráticas.	
   A	
  
organização	
   por	
   excelência,	
   para	
   Weber,	
   é	
   a	
  
burocracia.	
  
	
  Na	
  tabela	
  a	
  seguir	
  são	
  apresentadas	
  as	
   idéias	
  
principais	
  sobre	
  a	
  teoria	
  da	
  burocracia.	
  
	
  
2.5	
  TEORIA	
  ESTRUTURALISTA	
  
	
  
	
   As	
   teorias	
   administrativas	
   modificaram-­‐se	
   ao	
  
longo	
   do	
   tempo.	
   No	
   início,	
   as	
   teorias	
  
apresentavam	
   uma	
   visão	
   fechada	
   (abordagem	
  
clássica)	
   do	
   papel	
   das	
   organizações,	
  
desconsiderando	
  a	
   interação	
  com	
  o	
  ambiente	
  em	
  
que	
   estavam	
   inseridas.	
   	
   Foi	
   somente	
   a	
   partir	
   do	
  
enfoque	
   estruturalista	
   que	
   as	
   organizações	
  
passaram	
   então,	
   a	
   analisar	
   suas	
   inter-­‐relações.	
  
Nesta	
   abordagem,	
   as	
   organizações	
   dispensam	
  
particular	
  ênfase	
  na	
  sua	
  estrutura	
  interna	
  e	
  na	
  sua	
  
interação	
  com	
  as	
  outras	
  organizações	
  (TEIXEIRA	
  et	
  
al.,	
  s.d.).	
  De	
  outra	
  forma	
  Guida	
  (1980)	
  coloca,	
  que	
  
o	
   estruturalismo	
   representa	
   uma	
   ruptura	
   no	
  
ESCOLA	
   BUROCRACIA	
  
Principal	
  Autor	
   WEBER	
  
Data	
   Dec.	
  40	
  
Principal	
  Feito	
  
Dimensões	
   burocráticas	
  
(10)	
  
Ênfase	
   Estrutura	
  
Colaboradores	
   Merton;	
  Selznick	
  
Conceito	
   De	
  
Homem	
  
Organizacional	
  
CRITICAS	
  
(Principais)	
  
Extremo	
   racionalismo,	
  
disfunção	
   das	
   dimensões	
  
etc.	
  
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campo	
   teórico	
   administrativo.	
   Esta	
   ruptura	
   é	
  
devida	
  à	
  inserção	
  e/ou	
  ao	
  estudo	
  das	
  organizações	
  
em	
   seu	
   âmbito	
   pleno,	
   ou	
   seja,	
   análise	
   dos	
  
aspectos	
   exógenos	
   e	
   endógenos	
   mediante	
  
apreciação	
   comparativa	
   e	
   global.	
   Além	
   disso,	
   o	
  
estruturalismo	
   difundiu	
   que	
   os	
   componentes	
  
organizacionais	
   se	
   relacionam	
   de	
   tal	
   forma	
   que	
  
modificações	
  em	
  uma	
  das	
  partes	
  afetará	
  o	
  todo;	
  o	
  
que	
   deu	
   origem	
   à	
   outra	
   nova	
   abordagem	
   da	
  
administração	
  conhecida	
  como	
  escola	
  sistêmica.	
  	
  
	
   Assim,	
  a	
  Teoria	
  Estruturalista	
  marca	
  no	
  estudo	
  
das	
  organizações,	
  o	
  desenvolvimento	
  da	
  interação	
  
organização-­‐ambiente	
   com	
   a	
   concepção	
   da	
  
organização	
   na	
   condição	
   própria	
   de	
   sistema	
  
aberto,	
   sendo	
  estas	
   idéias	
  aprofundadas	
   segundo	
  
a	
   Teoria	
   de	
   Sistemas.	
   Conforme	
   TRAGTENBERG	
  
(s.d.)	
   a	
   Teoria	
   Estruturalista,	
   se	
   apresenta	
   como	
  
uma	
  síntese	
  da	
  Teoria	
  Clássica	
  (formal)	
  e	
  da	
  Teoria	
  
das	
   Relações	
   Humanas	
   (informal).	
   Além	
   disso,	
  
baseou-­‐se	
   também	
   nas	
   idéias	
   da	
   Teoria	
  
Burocrática,	
   buscando	
   uma	
   concepção	
   integrada	
  
das	
  organizações,	
  encaradas	
  agora	
  como	
  unidades	
  
sociais	
   complexas,	
   ou	
   seja,	
   estruturas	
   sociais	
  
dinâmicas	
   que	
   se	
   organizam	
   e	
   desenvolvem	
  
dentro	
   de	
   um	
   campo	
   de	
   tensões,	
   conflitos	
   e	
  
contradições	
   entre	
   os	
   aspectos	
   formais	
   e	
  
informais,	
   entre	
   os	
   objetivos	
   organizacionais	
   e	
  
individuais.	
  	
  
	
  
	
   Procurava-­‐se,	
   assim,	
   suprir	
   as	
   carências	
   de	
  
flexibilidade	
   e	
   inovação	
   das	
   organizações.	
   Em	
  
síntese	
   a	
   escola	
   estruturalista	
   contesta	
   os	
  
pressupostos	
   das	
   abordagens	
   anteriores,	
  
principalmente	
  no	
  que	
  se	
  refere	
  às	
  teorias	
  Clássica	
  
e	
   das	
   Relações	
   Humanas.	
   Entretanto,	
   pode-­‐se	
  
perceber	
   em	
   seus	
   fundamentos,	
   influências	
   da	
  
escola	
  das	
  Relações	
  Humanas	
  e	
  aproximações	
  com	
  
os	
  princípios	
  da	
  Teoria	
  da	
  Burocracia.	
  Enquanto	
  os	
  
clássicos	
  enfatizaram	
  objetividade	
  material	
  para	
  a	
  
organização	
   e	
   os	
   humanistas	
   priorizaram	
   o	
   fator	
  
humano,	
   os	
   estruturalistas	
   propuseram	
  
complementaridade	
   entre	
   ambos	
   o	
   que	
  
proporcionou	
  uma	
  visão	
  do	
  todo	
  da	
  organização.	
  	
  	
  
	
  
Na	
   tabela	
   a	
   seguir	
   são	
   apresentadas	
   as	
   idéias	
  
principais	
  sobre	
  a	
  teoria	
  estruturalista.	
  
	
  
2.6	
  TEORIA	
  COMPORTAMENTAL	
  
	
   	
  
	
   Conforme	
   Motta	
   (1980),	
   a	
   resistência	
   contra	
  
os	
  princípios	
  da	
  Teoria	
  Clássica	
  sustentada	
  pela	
  de	
  
Relações	
   Humanas	
   progrediu	
   para	
   um	
   segundo	
  
momento	
  que	
  podemos	
  chamar	
  de	
  behaviorismo	
  
ou	
   comportamentalismo	
   que,	
   mesmo	
   aceitando	
  
grande	
   parte	
   das	
   perspectivas	
   da	
   teoria	
   de	
  
Relações	
  Humanas,	
  não	
  adota	
  a	
  postura	
  de	
  que	
  a	
  
simples	
   satisfação	
   do	
   trabalhador	
   promove	
   a	
  
eficiência.	
   Assim,	
   a	
   Teoria	
   Comportamental	
   ou	
  
Behaviorista	
   surgiu	
   no	
   final	
   da	
   década	
   de	
   40	
  
articulando	
   uma	
   redefinição	
   total	
   de	
   conceitos	
  
administrativos.	
   	
   A	
   denominação	
   vem	
   do	
   termo	
  
inglês	
   behavior	
   (comportamento)	
   e	
   enfatiza	
   a	
  
importância	
   dos	
   fatos	
   objetivos	
   passíveis	
   de	
  
observação,	
   basicamente	
   a	
   fórmula	
   estímulo-­‐
resposta,	
   como	
   base	
   de	
   uma	
   psicologia	
   científica	
  
(SILVA,	
   s.d.).

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