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Orçamentos na construção civil

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ORÇAMENTOS 
1 – DEFINIÇÃO 
2 – ELEMENTOS NECESSÁRIOS À ELABORAÇÃO DO 
ORÇAMENTO 
3 – PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 
4 – RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS 
CONTANTES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 
5 – LEVANTAMENTO QUANTITATIVO 
6 – LEVANTAMENTO DOS PREÇOS 
7 – COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS 
8 – ROTEIRO PARA O LEVANTAMENTO QUANTITATIVO 
GLOSSÁRIO 
NORMAS TÉCNICAS 
BIBLIOGRAFIA 
 
1 – DEFINIÇÃO 
Orçamento é o resultado de um montante dos serviços previstos e planejados, 
necessários a execução de uma obra, variando conforme o tipo. Orçar é prever o 
custo de uma obra antes da sua execução. É uma previsão de custos e/ou 
estabelecimento de preços dos serviços a serem realizados. Um orçamento pode se 
referir ao todo de um empreendimento, ou se referir apenas a alguns itens (serviços) 
de uma obra. No caso da construção de um muro, por exemplo, o custo irá variar 
conforme o projeto do muro e de suas características: é um muro de divisa?, vai 
sustentar empuxo do terreno ao lado (arrimo)?, vai receber impermeabilização?, de 
que tipo?, o revestimento será feito com que material? Para outros tipos de serviços 
os pontos a serem levados em consideração poderão ser outros, como por exemplo, 
no revestimento externo de um edifício com pastilhas cerâmicas: há necessidade de 
remoção do revestimento existente (se edificação já existente)?, precisa de 
andaime?, que tipo?, e os equipamentos de segurança? 
A previsão dos custos e preços dependerá muito do grau de conhecimento que o 
orçamentista tem do projeto, ficando o sucesso de um empreendimento, entre outros 
fatores, dependente do acerto entre o que foi previsto (orçado) e o que irá ocorrer na 
prática (custeio). O orçamento é um dos elementos para a tomada de decisões, junto 
com o cronograma físico-financeiro. O proprietário (cliente) deve saber a priori se 
terá condições de arcar com os custos ou, no caso de uma obra própria, a 
construtora precisa saber como será o desembolso ao longo da obra. No caso de 
uma concorrência para a execução de obra pública, não importando a modalidade 
(tomada de preços, carta-convite etc.) existe a obrigatoriedade legal da previsão dos 
preços para que o órgão público possa escolher que empresa irá executar a obra. 
 2 
2 – ELEMENTOS NECESSÁRIOS À ELABORAÇÃO DO ORÇAMENTO 
Em geral, para se elaborar um orçamento que seja efetivamente viável do ponto de 
vista técnico é necessário levantar e conhecer com profundidade o consumo de 
materiais em cada um dos serviços a serem realizados, a quantidade de mão-de-
obra, a incidência das leis trabalhistas sobre o custo da mão-de-obra, o tempo de 
uso dos equipamentos necessários aos serviços, os custos financeiros decorrentes, 
os custos administrativos (indiretos), a carga tributária que irá pesar sobre os 
serviços etc. Além disso, o profissional orçamentista deve ser conhecedor da 
realidade do mercado, das condicionantes regionais e locais, o tipo de 
gerenciamento que se pretende empregar na execução da obra, os métodos 
construtivos, a possibilidade de ocorrência de fenômenos climáticos que venham a 
interferir nos custos da obra etc. 
Os elementos necessários para a elaboração de um orçamento são chamados de 
Especificações Técnicas, as quais contemplam as informações relativas ao 
empreendimento que se pretende desenvolver, procurando fazer com que o que vai 
ser previsto em termos de custos fique o mais próximo da realidade. As 
especificações técnicas são formadas pelos seguintes elementos: 
a) projeto arquitetônico; 
b) projetos complementares 
estrutural; 
elétrico; 
hidro-sanitário; 
telefônico; 
prevençao contra incêndios; 
infraestrutura; 
c) memorial descritivo. 
3 – PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 
É o documento onde são registradas todas as operações de cálculos e 
discriminados todos os serviços que serão executados da obra. As planilhas podem 
ser de vários modelos, dependendo do tipo de obra e/ou contrato firmado entre o 
construtor e o cliente. As planilhas registram as quantidades de cada serviço e seus 
custos/preços. Algumas planilhas, mais detalhadas podem separar os custos/preços 
da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos. Numa planilha devem constar, no 
mínimo, as seguintes informações: 
a) no cabeçalho (início) 
logotipo da construtora; 
identificação da obra; 
área construída; 
local; 
cliente. 
b) no encerramento 
 3 
custo ou preço final; 
data; 
assinatura do autor do orçamento; 
nome do responsável técnico (autor); 
número do CREA/UF. 
3.1 – Planilha de 7 colunas 
Item Atividades/Serviços Unid Quant Unitário Parcial Global
1.320,00
.
.
.
7
7.1
.
.
.
7.4
.
.
.
REVESTIMENTO INTERNO
Chapisco
.
.
.
azulejos
.
.
.
m2
.
.
.
m2
.
.
.
200,0
.
.
.
40,0
.
.
.
3,00
.
.
.
18,00
.
.
.
600,00
.
.
.
720,00
Especificações
* Papel A4 Paisagem
Projeto
Tabelas de composição
de custos/preços
TCPO - Pini
 
 4 
3.2 – Planilha com 6 colunas 
Item Atividades/Serviços Unid Quant Unitário Total
1.320,00
.
.
.
7
7.1
.
.
.
7.4
.
.
.
REVESTIMENTO INTERNO
Chapisco
.
.
.
azulejos
.
.
.
m2
.
.
.
m2
.
.
.
200,0
.
.
.
40,0
.
.
.
3,00
.
.
.
18,00
.
.
.
600,00
.
.
.
720,00
* Papel A4 Retrato
 
 
 5 
Item Atividades/Serviços Unid Quant Unitário Total
C CONSTRUTORA ENGENHARIA Obra: Edifício ComercialÁrea: 2.450,0 m2Local: Ponta Grossa - Pr
3.300,00
.
.
.
16
16.1
.
.
.
16.4
.
.
.
SERV. COMPLEMENTARES
Calçada
.
.
.
Limpeza final
Total
.
.
.
m2
.
.
.
vb
.
.
.
50,0
.
.
.
-
.
.
.
60,00
.
.
.
300,00
.
.
.
3.000,00
.
.
.
300,00
85.700,00
Importa o presente orçamento o total de R$ 85.700,00 (oitenta e cinco mil e
 setecentos reais), incluindo mão-de-obra, materiais e todos os insumos
necessários a sua execução.
20 de setembro de 2000
______________________________
Eng. Civil Fulano de Tal
CREAPR 13459467850-D
 
4 – RELAÇÃO DAS ATIVIDADES E SERVIÇOS CONTANTES DA PLANILHA ORÇAMENTÁRIA 
A relação de atividades e serviços apresentada a seguir, para fins didáticos e 
pedagógicos, se refere aos itens para uma obra de pequeno porte, ficando o alerta 
para que na elaboração de uma discriminação de atividades e serviços para fins 
orçamentários deve-se levar em conta todos os elementos das especificações 
técnicas. 
1 SERVIÇOS PRELIMINARES 
 Projetos, taxas (prefeitura, CREA), sondagem etc. 
2 SERVIÇOS INICIAIS 
 Limpeza, terraplenagem (movimento de terra), barracos, tapume, locação 
da obra. 
3 INFRAESTRUTURA / FUNDAÇÕES / ALICERCES 
 Escavação e reaterro, estacas, estacas brocas, embasamento, baldrame, 
impermeabilização. 
4 ALVENARIA DE ELEVAÇÃO 
 Paredes externas, paredes internas. 
 6 
5 ESTRUTURA / ELEMENTOS DE CONCRETO / SUPERESTRUTURA 
 Fôrmas, armaduras, concreto. 
6 COBERTURA / TELHADO 
 Madeiramento, telhas, calhas. 
7 REVESTIMENTO DE PAREDES E TETOS 
 Paredes, tetos, cerâmicas, forros. 
8 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS 
9 INSTALAÇÕES HIDRO-SANITÁRIAS 
10 ESQUADRIAS 
 Metálicas, madeira, portas, janelas. 
11 REVESTIMENTO DOS PISOS 
 Reaterro, apiloamento, lastro, impermeabilização, contrapiso, cerâmicas, 
madeira, carpetes. 
12 REVESTIMENTO DE FORROS 
13 APARELHOS SANITÁRIOS E ACESSÓRIOS 
14 VIDROS 
15 PINTURA 
16 SERVIÇOS COMPLEMENTARES 
 
5 – LEVANTAMENTO QUANTITATIVO 
Esta etapa da elaboração do orçamento se resume a levantar de forma técnica as 
quantidades de serviços informados nas especificações (projetos e memoriais) e 
estimar os serviços que não foram devidamente especificados, mas que são 
essenciais e necessários àobra. As quantidades dos serviços devem ser 
transferidas para a coluna 4 da planilha, adotando-se as unidades correspondentes 
a cada tipo de serviço na coluna 3. As unidades mais comuns para os serviços 
usuais são: metro - m (estacas, calhas, tubos); metro quadrado - m2 (alvenaria, 
fôrmas, revestimentos); metro cúbico - m3 (concreto, argamassa, reaterro); kilograma 
- kg (cimento, armadura); milheiro – mil (tijolos, telhas); unidades – ud ou peças – pç 
(portas, caixas, pontos de luz); verba – vb ou global – gb (instalações, projetos). 
Recomenda-se utilizar um memorial ou roteiro de cálculos no levantamento das 
quantidades em seqüência aos itens colocados na planilha orçamentária, para 
facilitar a conferência em caso de dúvida posterior e para, também, manter um 
histórico do trabalho realizado. 
6 – LEVANTAMENTO DOS PREÇOS 
O levantamento dos preços ou cotação dos preços deve ser feito preferencialmente 
junto ao fornecedor do material, equipamento ou serviço na praça (local) onde a 
obra será edificada. No caso da não existência de determinado insumo na localidade 
da obra, fazer a cotação junto ao fornecedor mais próximo, tendo de levar em 
consideração o frete para transporte, ou solicitar a informação do preço do material 
 7 
colocado (posto na obra). Em último caso e para estimativas de custos, pode-se 
recorrer as revistas especializadas ou publicações técnicas de cotação de preços na 
construção civil. 
Recomenda-se, também, recorrer a uma planilha de cotação de preços para garantir 
um histórico sobre o trabalho realizado. A planilha de cotação de preços deve 
conter, no mínimo, as seguintes informações: 
a) data da cotação; 
b) nome dos fornecedores; 
c) itens a serem pesquisados; 
d) unidades dos itens pesquisados; 
e) valor de cada item; 
f) condições de pagamento; 
g) dados do fornecedor (telefone e contato). 
TOMADA DE PREÇOS DATA ___/___/___
ITENS UNID
FORNECEDOR
A B C
Areia média m3
Tijolos 4 furos mil
Ciment o (50 kg) sc
Cal virgem 20 kg sc
Ripas pinho 1x2” IIB m
TELEFONE
CONTATO
COND. PAGTO
OBSERVAÇÕES:
VALIDADE __/__/___
 
 
 8 
7 – COMPOSIÇÃO DE CUSTOS UNITÁRIOS 
Para cada um dos serviços listados na coluna 2 da planilha orçamentária existirá um 
cálculo detalhado do custo ou preço unitário na unidade correspondente. A 
composição é elaborada após a realização da pesquisa (cotação) dos preços dos 
insumos contidos nas tabelas de composição de custos/preços para orçamentos. As 
quantidades dos materiais, horas de mão-de-obra, horas de equipamentos por 
unidade de serviço podem ser obtidas conforme segue: 
a) tabelas de composição de preços: 
� TCPO da Editora Pini, conhecida como Tabela Pini – que representa a 
média nacional de consumos de mão-de-obra, equipamentos e 
materiais; 
� manual do DOP (Departamento de Obras Públicas do Estado de São 
Paulo); 
b) cadernos de encargos; 
c) apropriação direta – observação e medição da produtividade da mão-de-
obra e dos consumos de materiais e equipamentos; 
d) estimativa de consumos e tempos de execução pela experiência anterior 
do orçamentista com base em serviços semelhantes já executados; 
e) manuais dos fabricantes de equipamentos e materiais. 
Os valores obtidos definem uma média, sendo aceitável uma pequena margem de 
erros devido às características peculiares de cada obra ou serviço, como por 
exemplo: método construtivo, clima, motivação do pessoal, manutenção de 
ferramentas e equipamentos, controle geométrico (nível e prumo) etc. 
Em geral, o método para se chegar ao preço de um serviço envolve os elementos 
mostrados no esquema abaixo. Em seguida, são apresentados alguns modelos de 
fichas de composição de custos unitários. 
LST
CUSTO = Materiais + Equipamentos + Mão-de-obra
PREÇO = CUSTO + BDI
Despesas 
indiretas
Lucro
 
 
 9 
Serviço: Concreto 1:2:4 (15 Mpa) - Preparo, lançamento e adensamento manuais
Código: 3.3 Unidade: m3
item Insumo Quant. Unit. P.Unit. Fator Parcial
1 Cimento 350,00 kg 0,19 1,0500 70,56 
2 Areia 0,64 m3 15,00 1,1000 10,63 
3 Brita 0,90 m3 19,00 1,1000 18,73 
4 Pedreiro 5,00 h 2,00 2,2446 22,45 
5 Ajudante 14,00 h 1,50 2,2446 47,14 
6 - 
7 - 
8 - 
9 - 
10 - 
TOTAL 169,50 
LST
Perdas
Apropriação
Tabelas
Cotação
 
 
ite m Insum o Qua nt. Unit. P.Unit. Pa rcia l
1 Cimento 367,50 kg 0,19 70,56 
2 Areia 0,70 m3 15,00 10,56 
3 Brita 0,99 m3 19,00 18,81 
4 Pedreiro 11,22 h 2,00 22,45 
5 Ajudante 31,42 h 1,50 47,14 
6 - 
7 - 
8 - 
9 - 
10 - 
TOTAL 169,51 
Apropriação
Tabelas
(já considerados os 
fatores de perdas e LST)
Serviço: Concreto 1:2:4 (15 Mpa) - Preparo, lançamento e 
adensamento manuais
Código: 3.3 Unidade: m3
Cotação
 
 10
A seguir, é apresentado um modelo mais completo de planilha de composição de 
preços. 
Serviço: Concreto 15 MPa - Preparo com betoneira, lançamento e adensamento manuais
Obra: Edifício Comercial Unidade: m3
1 Materiais Unidade Quantidade Custo Unitário Fator
 Custo 
Parcial 
1.1 Cimento kg 340 0,19 1,05 68,54 
1.2 Areia m3 0,62 15,00 1,10 10,23 
1.3 Brita 1 m3 0,27 19,00 1,10 5,64 
1.4 Brita 2 m3 0,62 19,00 1,10 12,96 
1.5
A R$ 97,38 
2 Mão-de-obra Unidade Quantidade Custo Unitário Fator
 Custo 
Parcial 
2.1 Pedreiro h 0,5 2,00 2,245 2,24 
2.2 Ajudante h 6 1,50 2,245 20,20 
2.3
2.4
2.5
B R$ 22,45 
3 Equipamentos Unidade Quantidade Custo Unitário Fator
 Custo 
Parcial 
3.1 Betoneira h 0,72 4,70 1,00 3,38 
3.2
3.3
C R$ 3,38 
R$ 123,21 
25% R$ 30,80 
R$ 154,01 
Orçamentista: Data: 
Benefícios e despesas indiretas - BDI
Preço unitário total
PLANILHA DE COMPOSIÇÃO DE PREÇOS UNITÁRIOS
12/09/00
Custo total materiais
Custo total mão-de-obra
Custo total equipamentos
Custo total (A + B + C) 
 
 
 11
7.1 – Leis Sociais Trabalhistas 
Também chamados de encargos trabalhistas, são contribuições obrigatórias a que 
estão sujeitos os empregadores, variando de acordo com o ramo de atividade, e no 
caso da construção civil, podendo variar até de obra para obra. Na tabela a seguir, 
são apresentados os percentuais que incidem sobre a mão-de-obra: 
Horistas (%)
A1 Previdência social 20,00 
A2 FGTS 8,00 
A3 Salário-educação 2,50 
A4 Serviço Social da Indústria 1,50 
A5 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 1,00 
A6 Serviço de Apoio a Pequena e Média Empresa 0,60 
A7 Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária 0,20 
A8 Seguro contra acidentes do trabalho (INSS) 3,00 
A9 Seconci 1,00 
37,80 
Horistas (%)
B1 Repouso semanal e feriados 22,90 
B2 Auxílio-enfermidade (adotado Pini) 0,79 
B3 Auxílio-paternidade (adotado Pini) 0,34 
B4 13º salário 10,57 
B5 Dias de chuva, faltas justificadas, acidentes do trabalho, greves, atrasos, outras (adotado Pini) 4,57 
39,17 
Horistas (%)
C1 Multa 40% FGTS (dispensa injusta) 4,45 
C2 Férias 14,06 
C3 Aviso-prévio (adotado Pini) 13,12 
31,63 
Horistas (%)
D1 A sobre B 14,81 
D2 A2 sobre C3 1,05 
15,86 
Vale-transporte
Café da manhã
Refeições
Seguro de vida e acidentes em grupo124,46 
Fonte: adaptado da Revista Construção - Região Sul (agosto de 2000)
D - Reincidências
Subtotal
TOTAL
calcular
B - Benefícios sociais
Subtotal
C - Rescisão e aviso-prévio
Subtotal
Subtotal
Taxas de leis sociais e riscos do trabalho
ENCARGOS SOCIAIS
A - Encargos sociais básicos
 
Dependendo do tipo de gestão aplicada aos empreendimentos pode-se reduzir o 
percentual dos encargos sociais, como por exemplo, a contratação dos empregados 
com salário mensal (mensalistas), que pode reduzir o percentual das LST para 
74,54%, ou ainda, com a manutenção das equipes de uma obra para outra sem a 
dispensa ao final de cada trabalho, redução e eliminação de horas-extras, medidas 
eficazes que reduzam os acidentes de trabalho etc. 
 12
7.2 – Benefícios e Despesas Indiretas 
Para se chegar ao preço de um serviço ou obra, sobre o montante obtido para o 
custo deve-se acrescentar um percentual chamado de BDI, a fim de considerar as 
despesas administrativas, financeiras, tributárias da construtora e o lucro almejado 
no empreendimento. Na construção civil, é cada vez mais comum as construtoras 
executarem uma obra por administração, cobrando taxas de administração em torno 
de 10% sobre o custo da obra. Desse percentual, a construtora obterá seu lucro e 
cobrirá as despesas indiretas que tiver na execução da obra. Convém, entretanto, 
contabilizar todas as despesas decorrentes do exercício de uma atividade 
empresarial, fazendo o levantamento dos custos administrativos, mantendo o 
controle sobre os tributos e os juros pagos pelo capital tomado de terceiros. Não 
existe uma fórmula para determinar o BDI mais adequado para cada tipo de 
empreendimento, mas em geral adotam-se valores percentuais próximos de 20% 
(variando de 10 a 35%). Evidentemente, que se a empresa precisa manter equipes, 
seja pela impossibilidade de dispensa ou por ter obra programada na seqüência, ela 
pode executar obras pelo custo, considerando BDI igual a zero, ou bem próximo de 
zero. Em resumo, a definição do BDI é de competência dos dirigentes da empresa, 
cabendo aos técnicos (engenharia e contabilidade) manter e fornecer as 
informações que irão auxiliar na decisão. 
Para avaliar as despesas indiretas é necessário manter um permanente controle 
sobre a origem das despesas efetuadas pela construtora. Na relação apresentada a 
seguir, são mostrados os itens que, no mínimo, devem ser levados em conta para se 
ter um controle razoável das despesas indiretas. 
7.2.1 – Administrativas 
1) rateios para a administração central: 
a) remuneração dos sócios-proprietários (acionistas, diretores etc.) – são os 
dividendos e/ou pro-labore pagos aos dirigentes (sócios) da construtora; 
b) indenização de despesas diversas – pagas por determinação judicial ou da 
assembléia (diretoria); 
c) fundos ou provisões vários – para constituição de fundo para aquisição de 
equipamentos ou pagamentos de prêmios (abonos); 
2) amortização ou depreciação: 
a) instalações de apoio –usadas em várias obras ou de capital empregado na 
compra de escritórios paletizados, banheiros etc; 
b) equipamentos – elevadores, gruas, betoneiras etc; 
c) acessórios e suprimentos; 
d) mobilização e desmobilização; 
3) rateios por obra: 
a) gerenciamento – administração, produção e controle das obras; 
b) desgaste de ferramentas, móveis e utensílios; 
c) transporte e veículos; 
d) terceiros (alugueres, energia, água, telefone etc.); 
 13
e) publicidade; 
f) manutenção (abastecimento, lubrificação, oficina etc.); 
g) perdas diversas (ações trabalhistas, dias de chuva, acidentes etc.). 
7.2.2 – Financeiras 
a) gastos com financiamentos – empréstimos bancários, atrasos e inadimplência 
de clientes etc.; 
b) cauções e retenções contratuais; 
c) multas devidas por atraso e outros motivos estabelecidos em contrato. 
7.2.3 – Tributárias 
a) impostos e taxas (ISS, IPI, IR, IPMF, CPMF etc.); 
b) Cofins, PIS, Pasep etc. 
 
8 – ROTEIRO PARA O LEVANTAMENTO QUANTITATIVO 
O roteiro será apresentado somente na aula presencial. 
GLOSSÁRIO NA ÁREA DE ELABORAÇÃO DE ORÇAMENTOS 
Apropriação – é o levantamento por meio de observações sistemáticas e medições 
dos tempos de execução de uma tarefa, consumo de determinado material, de 
combustível, tempo de operação de equipamentos etc., para fins de determinação 
de uma média para ser usada nas composições dos custos. 
Cotação – é o processo de levantamento de preços junto aos fornecedores de uma 
determinada praça (local onde a obra vai ser executada). 
Cronograma de aplicação – é o cronograma derivado do físico que orientará a 
aplicação dos recursos financeiros colocados à disposição da obra. 
Cronograma de suprimento – é o cronograma derivado do físico que orientará as 
compras dos materiais e solicitação dos serviços para a obra. 
Curva ABC – é a relação dos materiais e/ou serviços mais significativos na obra. 
Custo de mobilização – é o custo decorrente da movimentação de equipamentos 
pesados, montagem e desmontagem, como por exemplo: centrais de concreto, 
argamassa, usinas de pavimentação, equipamentos de terraplenagem etc. 
Data base – é a data da cotação do preço de um determinado material ou serviço. 
Frete – é o valor pago para o transportador de materiais e é acrescentado no custo 
do final do material. 
Hora parada – é o custo existente mesmo que o equipamento não esteja em 
operação, que pode ser decorrente de alugueres, remuneração de operadores 
especializados, manutenção ou encargos etc. 
Orçamentista – é o profissional especializado (engenheiro ou técnico) que elabora o 
orçamento. 
 14
Orçamento morto – é a relação discriminada da mão-de-obra, materiais, 
equipamentos e serviços sem vinculação com custo ou preço, é chamado também 
de quantitativo. 
Perdas típicas de materiais – é o percentual de acréscimo de material que deve ser 
considerado no orçamento devido à quebra que deverá ocorrer durante a execução 
(transporte, estocagem, processamento etc.). Não deve ser confundido com 
desperdício de materiais. 
Praça – é o local onde vai ser executada a obra (cidade, região ou estado). 
TCPO – é a tabela mais conhecida de composição e custos e preços. 
Viabilidade do empreendimento – é o estudo ou demonstração de que o 
empreendimento pode ser executado tecnicamente e financeiramente. 
NORMAS TÉCNICAS PERTINENTES 
Título da norma Código Última 
atualização 
As normas para a elaboração de 
orçamentos são fornecidas pelos órgãos 
licitadores com base na legislação vigente 
 
 
NORMAS DO MINISTÉRIO DE TRABALHO 
NR – 18 Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção 
LINKS NA INTERNET 
Pini Web – http://www.piniweb.com 
Hochtief do Brasil - http://www.hochtief.com.br/ 
Orcaw – software de orçamentos - http://www.vixsoft.inf.br/produtos/orcaw.htm 
Mozart1 Engenharia - http://www.mozart1.com.br/ 
Sistema Atrium - http://www.artsys.com.br/html/satrium/satrv7.html 
Construir On Line - http://www.construironline.com.br/ 
Boletim de custos - http://www.montreal.com.br/boletim/sistema.htm 
Sistema de elaboração de orçamentos - http://www.exeplan.com.br/construp1.htm 
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GIAMMUSSO, Salvador Eugênio. Orçamento e custos na construção civil. 2 ed. 
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PINI, 2000.

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