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Anotaçõs e transcrições de Aula de Direito Tributário II, Paulo Rosenblatt. 1 e 2 GQ

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Prévia do material em texto

DIREITO TRIBUTÁRIO II 
Paulo Rosenblatt. 
PROGRAMA: 
1. Revisão do sistema constitucional. 
2. competência tributária: repartição constitucional de competência (repartição de rendas, segundo 
os legisladores mais antigos).a repartição do poder de tributar é importante para evitar 
sobreposição e bins in idem. federalismo fiscal. será que a repartição de recursos condiz com a 
repartição de competências? 
3. Espécies tributárias: impostos, taxas, contribuições de melhoria, empréstimos compulsórios e 
contribuições especiais. é a classificação mais aceita e com a qual o STF se vincula. União, Estados 
e Municípios, por terem concorrência concorrente, pode haver bis in idem. 
4. Impostos em espécie: cada um dos impostos discriminados na CF88. 13 impostos previstos nos 
Art. 153, 155 e 156 da CF88. Dos 13, 7 impostos são de competência da União federal. Possibilidade 
da União instituir impostos extraordinários. Impostos de competência dos Estados e do DF, que 
são 3. (término do conteúdo do 1° GQ). Os impostos de competência municipal são 3. 
 
Legislação específica não será abordada, dada a amplitude do arcabouço legal. 
 
ITCMD, ITBI, e IPVA são inovações da CF88, logo não são previstos no CTN. 
 
O ISS, apesar de instituído em 1968, não fora previsto no CTN e, desde então, foi profundamente 
modificado. 
 
A cadeira também vai contemplar discussões atuais acerca de questões legislativas e jurisprudenciais. 
 
1. Taxas. 
2. Contribuições de melhoria 
3. Empréstimos compulsórios. 
4. Contribuições especiais. 
5. Processo tributário: há o PAT e todos os entes federativos podem legislar acerca do processo 
administrativo tributário. Todavia, o regramento é muito semelhante entre os entes federativos, 
logo que os mesmos aproveitam as leis uns dos outros. Será abordada as peculiaridades do 
processo judicial tributário, como as espécies de ações. Ação declaratória, anulatória, consignação 
em pagamento, MS, repetição de indébito, cautelar fiscal, execução fiscal, embargos à execução 
fiscal. 
 
 
1. infrações contra a legislação tributária e crimes contra a ordem tributária. 
 
Avaliações: 
revisão que vale até 1pt, com questões de revisão para a prova. 
1°GQ: aberto, questões praricas. Cabe consulta à legislação. 
2°GQ: fechado, questões de processo tributário. 
 
Bibliografia: 
1. Sacha Calmom. Curso de direito tributário. 
2. Leandro Paulsen: curso de direito tributário. mais objetivo. não trata processo. ele também dois 
livros específicos: impostos federais, estaduais e municipais. Contribuições especiais. 
3. Francisco Dueire Duarte. Impostos em espécie. 
4. Aliomar Baleeiro. doutrina clássica. 
5. Ricardo Lobo Torres. Curso de direito financeiro e tributário. 
6. Kiyoshi Harada. Direito financeiro e tributário. 
7. James Marins. direito processual tributário brasileiro. mais denso. 
8. Vitorio Cassone. Processo tributário, teoria e prática. trás modelos de peças.m 
9. Hugo de Brito machado II. 
10. Crimes contra a ordem tributária. Kiyoshi Harada. 
11. CF e CTN comentados. Leandro Paulsen. 
 
10/08/2017 
REVISÃO DO SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 
 
O sistema é constitucional por ser estruturado em torno de uma lei fundamental, a CF. 
A CF é fonte de produção normativa, de limitação do estado e de pacto social. 
A CF prevê uma série de limitações ao poder de tributar. O tributo é o preço que se paga para viver em 
sociedade. Todo direito tem um custo. Se ele representa uma despesa, deve haver uma receita 
correspondente, receita esta que é a trinitária. 
 
Essa mesma CF também estabelece quais são as fontes de direito. Legitimidade formais e materiais. 
A CF ainda prevê uma hierarquia entre essas fontes normativas. 
 
A doutrina constitucionalista classifica a CF como mista. 
 
 
Uma constituição mista tem vantagens e desvantagens. A vantagem é de que há certa estabilidade, 
com a limitação e repartição das competências. Por outro lado, há desvantagens. A inflexibilidade 
dificulta acompanhar as mudanças socioeconômicas. Com isso, a adaptação é difícil. 
 
Logo, o caráter rígido da CF dificulta a reforma tributária, que iria requer uma PEC. "Constitucionalizar" 
demais cria esse engessamento. 
 
Além disso, nem tudo na CF pode ser emendado, logo que as cláusulas pétreas não podem ser objeto 
de PEC tendente a as abolir. Outro reflexo da constitucionalização é que os conflitos se tornam mais 
morosos, com a tramitação no STF. 
 
A palavra "federalismo" representa todo o sistema de repartição de competências tributárias entre os 
entes federativos, o que a doutrina costuma chamar de "federalismo fiscal" 
 
Esse federalismo consiste numa repartição de poderes em unidades autônomas. Enquanto que, nos 
Estados unitário, o poder é centralizado. No passado, as primeiras formas de estado eram estados 
unitários, que posteriormente se organizaram em confederações. 
 
Diante das dificuldades de custeio de uma confederação, as mesmas mutaram para formar uma 
federação, para assim viabilizar o custeio. Uma das grandes preocupações seria a renúncia de poder 
em favor da unidade central. 
 
No caso do Brasil, o mesmo era uma colônia do império português e, no início do sec. XIX, eclodiram 
várias revoltas nativistas que almejavam a independência. 
 
Com a elevação da condição do Brasil a reino unido, a unidade territorial do Brasil foi mantida face ao 
esfacelamento do império espanhol na América hispânica. Ao fim do século XIX, houve a revolução 
republicana. 
 
No Brasil, a federação fora formada "às avessas", com a unidade central renunciando parcelas de poder 
em favor das novas unidades federativas, e não o inverso. 
 
A discussão toda é: se todas as atribuições administrativas atribuídas a um ente federativo 
correspondem às suas receitas? 
 
 
As receitas próprias são aquelas do ponto vista patrimonial, que o estado obtém diretamente por meio 
de atividade econômica. As receitas derivadas são a principal fonte de custeio do estado, que provém 
dos tributos que são impostos à população pelo poder de império do estado. 
 
A repartição de competências é justamente "dizer o que cada um pode tributar". a doutrina mais antiga 
chama de "repartição de rendas". Também são definidas bases econômicas e materiais de incidência. 
Os tipos de riqueza tributável são quase que infinitas, o que acaba implicando em incidência 
sobrepostas. 
 
Além da repartição de rendas, a constituição prevê outra forma se receitas que é a repartição do 
produto da arrecadação (repartição de receitas tributárias). Repartição de receitas é um momento 
posterior à arrecadação do tributo, sendo da seara do direito financeiro. A transferência do produto 
da arrecadação de um ente para o outro. 
 
Há transferência corrente entre os entes federativos. Muitos municípios sobrevivem apenas da 
repartição de receitas. A repartição de receita é entre União - Estado e Estado - Municípios. A 
repartição de receitas não é objeto do direito tributário. 
 
O tributo é a principal fonte de receita do Estado, sendo muito mais relevante que as receitas 
originárias. 
 
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
Competência tributária é a medida do poder. 
A distribuição da competência foi uma opção política do legislador constituinte originário e derivado. 
Contudo, a grande resistência pela reforma tributária. 
Os entes federativos podem instituir impostos, taxas e contribuições de melhoria. A União, apenas ela, 
pode instituir empréstimos compulsórios e contribuições especiais. 
 
Impostos 
Imposto é o tributo não contraprestacional, não vinculado a uma atividade especifica em favor do 
contribuinte - Art. 16 do CTN.É em relação aos impostos que a CF criou a repartição de competências. 
 
Impostos de competência da União - Art. 153 da CF 
 
 
A união também pode instituir impostos extraordinário de guerra e, bem como, novos impostos com 
base na competência residual, não podendo o novo imposto incidir sobre fato gerador já tributado. 
Se houverem territórios federais, a União poderá instituir nele impostos federais e estaduais e, se o 
mesmo for dividido em municípios, também poderá nele instituir impostos municipais. 
O DF, por ser de natureza mista, pode instituir impostos estaduais e municipais. Jamais pode instituir 
impostos federais. 
 
15/08/2017 
Não haverá aula nos dias 29 e 31. 
 
 A repartição de competências, a divisão de bases econômicas e materiais, é prevista na CF. 
 
Impostos de competência dos Estados - Art. 155 da CF 
impostos de competência dos Municípios - Art. 156 da CF 
 
O imposto extraordinário de guerra e instituído para o custeio de guerras são exceções à vedação à 
vinculação dos impostos. 
 
A união federal, além de sua competência, tem competência residual para instituir outros imóveis. 
A competência residual é bastante limitada, primeiramente pelo fato de o mesmo só poder ser 
instituído por meio de LC. Também é vedada a instituição do mesmo sobre base de cálculo idêntica 
nem com outros impostos federais, nem com impostos estaduais e municipais. 
 
A competência é residual justamente por conta destas vedações. 
 
O imposto de competência residual é não cumulativo, em vistas ao princpio da não-cumulatividade. 
A pretensão do legislador constituinte, com as citadas limitações, é evitar que a União invada a 
competência de outro ente federativo. Inclusive, a liberdade do legislador ordinário para alterar os 
conceitos dos institutos. 
 
O STF entende que o legislador ordinário entende não pode alterar os conceitos do arquétipo 
constitucional, que são de significado prévio. Mesmo que nem todos os conceitos sejam definidos na 
CF, o legislador originário os consignou no texto constitucional com base nos conceitos prévios. 
 
 
 
A CF88 constitucionalizou vários conceitos de institutos que já eram consagrados na ordem vigente à 
época da constituinte, previstos em diplomas legais anteriores, como o CC1916 e o CTN. A manutenção 
destes conceitos constitucionalizados objetiva a manutenção da repartição de competências. Estes 
conceitos são fundamentais à definição da competência. 
 
RESERVA DE LC - Art. 146 da CF 
Uma das funções da LC é a de dirimir conflitos de competência tributária dos entes federativos. ex: 
IPTU x ITR. Bairro rresidencial em área não urbanizada. 
 
Em restaurante, o conflito de competência foi dirimido pela lei kandir, incidindo apenas ICMS. 
Como a constituição não é exaustiva, e o legislador é lento, muitos conflitos irão surgir. 
 
Também compete à LC, em relação aos impostos previstos na CF (153, 155, 156), definir fato gerador, 
base de cálculo e contribuinte. Essa LC não vai instituir o imposto, mas apenas conceituando. A LO 
instituidora do imposto tem como balizadores a CF e a LC. 
 
No que concerne ao ISS e ICMS, ainda há mais requisitos para a LC. 
 
Muitos dispositivos do CTN não foram recepcionados pela CF88, pelo fato de a CF88 dispor de forma 
diferente. A CF88 alterou impostos previstos de forma diversas no CTN, como o ICMS e ISS. 
 
Segundo o Art. 6° do CTN, a competência tributária é competência legislativa plena, apenas os entes 
federativos o podem, ressalvadas os limites da CF, CEs e leis orgânicas. 
 
A competência tributária é INDELEGÁVEL, sem ressalva. O dispositivo é redundante por ser decorrência 
lógica do regramento da competência da CF. 
 
Contudo, as atribuições meramente administrativas podem ser delegadas a outros entes federativos. 
Essa colaboração e compartilhamento é cada vez maior. 
 
O não exercício da competência tributária, com a não instituição do tributo, não permite a delegação 
e exercício da competência por outro ente federativo. 
 
 
 
 
 
17/08/2017 
 
IMPOSTOS FEDERAIS 
 
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO - II 
 
Fundamentos: Art. 153, I, Art. 237 da CF88. Arts 19 a 22 do CTN. DL 37/1966 
Imposto de competência privativa da União Federal. 
 
O controle de função alfandegária é atribuição do MF, segundo o Art. 237 da CF. 
 
Boa parte do regramento do II se aplica ao IE, diferenciando-se, por óbvio, pelo fato gerador. 
 
Apesar de as normais gerais serem reserva de LC, o CTN foi recepcionado com este status, além do DL 
37/1966. 
 
O II é comumente chamado de "tarifa alfandegária" e "tarifa aduaneira". Todavia, tarifa não o é, mas 
sim um imposto. 
 
OBS: Classificação dos impostos: 
Essa classificação é muito criticada pelo fato de a divisão das naturezas é muito tênue, visto que um 
imposto extra fiscal pode, no fundo, ter um intuito fiscal. 
 
Natureza fiscal: arrecadar recursos para financiar, principal fonte de receita pública. 
 
Natureza extra fiscal: se presta a estimular ou desestimular comportamentos no contribuinte, por meio 
do impacto econômico com a sua instituição. A extrafiscalidade tributária são estes propósitos que 
não envolvem a arrecadação. 
 
Natureza para fiscal: o estado social trás funções que não se limitam a arrecadar recursos para o seu 
custeio, tendo passado à persecução de finalidades que não eram precípuas ao próprio estado, como 
os sistemas seguridade social, programas sociais e de redistribuição de renda. 
 
 
 
A doutrina entende que o II é de natureza extra fiscal, logo que a sua regulamentação se presta a 
fins de barreira protecionista, de reserva de mercado. O II é usado como um instrumento de 
intervenção econômica, na política cambial e econômica. 
 
O CTN classificou o II como imposto sobre o comércio do exterior, e, por assim ser, há uma grande 
interface com o direito internacional, dado que a globalização tende a aproximar mercados por meio 
de tratados e convenções. 
 
SISCOMEX: o sistema de comércio exterior, que é o conjunto deste regramento. o SISCOMEX é operado 
pela SECEX. 
INCONTERMS: são termos de comércio exterior, estes que são fixados pelo ICC. 
 
A cláusula CIF, cost, insurance and freight. a base de cálculo II considera todos os custos da operação, 
sendo maior a base de cálculo. 
 
A cláusula FOB, free on board. a base de cálculo do II não considera os custos da cláusula CIF. 
 
O mais importante tratado é o GATT, que trata de comércio exterior. o Brasil é signatário desde 1947. 
 
Despacho aduaneiro: todo procedimento administrativo que envolve o desembaraço na alfândega, 
impulsionando o trâmite. 
 
obs2: classificação quanto ao aspecto subjetivo 
Natureza pessoal: quando o contribuinte pode ser individualizado em razão de suas circunstâncias 
pessoais. 
 
Natureza real: apenas o fato, negócio ou bem são considerados. 
O II é classificado como real.. 
 
obs3: classificação em tributo direto e indireto 
 A repercussão ocorre quando o ônus do tributo é transferido de um contribuinte para outro, ou de 
um contribuinte para o consumidor. Apenas a repercussão jurídica que se considera, não o repasse 
"informal". 
Tributo direto: não repercute, 
Tributo indireto: repercute. 
 
 
O II é classificado como indireto, logo que o mesmo não repercute. 
 
COMPETÊNCIA 
Segundo o Art. 153 da CF, a instituição de imposto sobre importação é de competência da União. 
 
FATO GERADOR 
O Art. 19 do CTN, o fato gerador é a entrada de produto estrangeiro no território nacional. a entrada 
deve ser a entrada do produto com o animus de permanência, com o intuito de permanecer na 
economia nacional.Entrada: momento que o produto ingressa na alfândega. 
Produto: é um conceito mais amplo do que o de mercadoria. Assim, não precisa de uma finalidade 
comercial. Qualquer bem de origem estrangeira, seja para uso pessoal do importador. 
Estrangeiro: origem em outro pais. 
 
O II pode incidir concomitantemente com o IPI e o ICMS, o que é muito comum em operações de 
importação. o fato gerador está sujeito a três impostos. 
 
19/08/2017 
 II - CONTINUAÇÃO 
 
BASE DE CÁLCULO 
O CTN, em seu Art. 20, não definiu a base de cálculo do II, até porque não foi o CTN que o instituiu. O 
CTN definiu parâmetros máximos à definição da base de cálculo, está que será definida pela lei 
instituidora do II. 
 
obs: A combinação base de cálculo + alíquota deve sempre resultar em um valor em dinheiro, logo que 
o imposto pressupõe prestação pecuniária. 
 
II ad mesuran, a alíquota deve expressar uma relação unidade - dinheiro. 
 
II ad valorem, vai ser o preço do produto, em condições de livre concorrência, no seu lugar de 
entrada. incide a cláusula CIF. a CIF incide logo que a operação, nas etapas antecedentes à entrada. 
 
II de produto apreendido ou abandonado, a base de cálculo é o preço da arrematação. 
 
 
 
ALÍQUOTAS 
Segundo o Art. 146 da CF, a definição da alíquota não é reserva de LC. Todavia, o II é uma exceção 
aos princípios da legalidade tributária, da anterioridade e da anterioridade nonagesimal. 
 
A não submissão do II ao princípio da legalidade tributária permite à União alterar a alíquota por meio 
de decreto. 
 
Segundo o Art. 153, &1° da CF, o II pode ser instituído, e ter sua alíquota e base de cálculo alteradas, 
no mesmo exercício financeiro e sem a "vaccacio legis" de 90 dias. 
 
Tal previsão se justifica para dotar o presidente da república de um instrumento rápido e eficaz de 
resposta a mudanças de conjuntura no mercado internacional. 
 
O art, 21 do CTN, na parte sobre a base de cálculo, não foi recepcionado pela CF88, logo que a base 
de cálculo não pode ser alterada por meio de decreto. 
 
CONTRIBUINTES 
O importador ou quem a ele é equiparado. 
Importador é aquele que realiza o fato gerador, realizando a operação de entrada do produto 
estrangeiro no Brasil. Assim, pode ser pf ou pj. 
O arrematante de produto apreendido ou abandonado. 
Aquele que arrematou o produto em leilão. 
 
LANÇAMENTO 
Segundo o Art. 147 do CTN, o lançamento é por declaração, mas há apenas declaração de fato. a 
autoridade tributária é que, com base na declaração prestada, realizará os cálculos. 
 
IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO - IE 
 
Art. 153, II da CF88. 
Art. 23 a 28, do CTN 
DL 1.578/1977. 
 
Ao IE se aplica, subsidiariamente, o regramento do II. 
 
 
 
CARACTERÍSTICAS 
Imposto de natureza extra fiscal: sua função é de intervenção econômica, sob os pilares da política 
cambial e comércio exterior. 
O CTN o classifica como imposto sobre o comércio exterior. 
Imposto de natureza real: desconsidera aspectos subjetivos. 
Imposto indireto: ele é repassado ao adquirente. 
 
FATO GERADOR 
Segundo o Art. 153, II da CF, o fato gerador é a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados 
para o exterior. 
 
Exportar: segundo o Art. 23 do CTN, é da saída ao território nacional de produto, de forma permanente 
a se integrar à economia estrangeira. 
O pleonasmo na redação serve para definir que o FG não ocorre no território nacional, só podendo o 
mesmo ocorrer com a saída. 
 
Produto: qualquer bem com fim mercantil ou não. Logo, exportação para uso próprio também é 
tributável. 
 
O momento da exportação é o da emissão da guia de importação: o momento se faz importante para 
definir a legislação aplicável à operação pendente, logo que o IE também é exceção aos princípios da 
anterioridade, da anterioridade nonagesimal. 
 
Nacional ou nacionalizado: produzido no território nacional. Nacionalizado é a importação de produto 
estrangeiro passa a integrar a economia nacional, como servir de insumo à produção de um produto 
nacional. 
 
BASE DE CÁLCULO 
ad nesuram 
ad valorem: incide a cláusula FOB, logo que os custos da operação depois do ponto de saída não são 
considerados. 
 
Não são incluídos na base de cálculo outros tributos incidam sobre a importação. Os juros do 
financiamento também são deduzidos. 
 
 
 
ALÍQUOTA 
É exceção ao princípio da legalidade tributária, da anterioridade e da anterioridade nonagesimal, 
O art. 26 do CTN, na parte sobre base de cálculo, não foi recepcionado. 
 
CONTRIBUINTES 
O exportador, que é aquele que realiza o núcleo da operação. Por não ser uma categoria econômica, 
o contribuinte pode ser pj ou pf. Até aquele que exporta eventualmente também é contribuinte. 
O art. 28 do CTN não foi recepcionado pela CF88, logo que o mesmo representa uma violação ao 
princípio da não-afetação (Art. 167 do CF). 
 
LANÇAMENTO 
Lançamento por declaração: o contribuinte declara informações de fato para que a autoridade 
tributária possa fazer os cálculos. 
 
 
22/08/2017 
 
IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA - IR 
 
Art. 153, III, CF. Art. 43 a 45 do CTN. Decreto n° 3.000/1999. 
 
HISTÓRIA 
Na história, há referências a impostos que se assemelham ao IR desde à antiguidade. Todavia, o IR tal 
como o conhecemos surgiu em 1.797 na Inglaterra, como imposto extraordinário para o custeio do 
esforço de guerra inglês nas guerras napoleônicas. 
 
Nos EUA, o imposto federal de renda foi criado por meio da emenda n° 16. 
 
O IR surgiu, no Brasil, em 1922 e na CF 1934. 
 
Os pais desenvolvidos e desenvolvimento se diferenciam no peso que a tributação sobre a renda tem 
na composição das receitas públicas. No Brasil, a tributação é regressiva e incide mais sobre o 
consumo. 
 
 
 
Os países em desenvolvimento, além de tributar o consumo de forma mais contundente, também 
tributa as riquezas, como o ITCMD e o ITBI. 
 
A redação original da CF88 previa um adicional no IR destinado aos Estados. 
 
CARACTERÍSTICAS 
Natureza fiscal: tem grande relevância na composição da receita da União. 
Imposto direto: não há repercussão. 
Imposto pessoal: o mais pessoal dos impostos, verificando patrimônio, rendimentos e atividade 
econômica do contribuinte. O IR tem uma grande preocupação com o princípio da capacidade 
contributiva e da isonomia tributária. 
 
O legislador constituinte, no Art. 150 da CF, lá positivou que não pode haver distinção em função da 
ocupação profissional do contribuinte, ou da nomenclatura da remuneração do contribuinte. Uma 
franca expressão do princípio da isonomia tributária. 
 
A isonomia tributária deve der aplicada na tributação de qualquer pessoa. 
 
O IR é uma exceção ao princpio da anterioridade nonagesimal. Não é exceção ao princípio da 
anterioridade e da legalidade. 
 
Os valores percebidos a título de pensão e aposentadoria, na redação original da CF88, previa a 
Imunidade das mesmas ao IR. Tal alteração se deu por meio da EC 20/1998. 
 
Não pode haver distinção regional na tributação regional, exceto para a promoção do desenvolvimento 
regional. 
 
A dívida pública estadual e municipais não pode ser tributada de forma diversa daquela que a União 
tributa a sua, nem pode tributar a renda seus servidores e empregados públicos de forma distinta. 
 
IRPF: Lei 7.713/1988 e 9.250/1995. 
IRPJ:: Lei 9.891/1995 e 9.430/1996. 
A legislação destes dois impostos é consolidada por meio do decreto n° 3.000/1999 (RIR) 
 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ESPECÍFICOS DO IR 
 
 
Estes princípios são específicos por serem de aplicação específica ao IR,são de aplicação mais limitada 
que os princípios setoriais. 
 
Generalidade: o IR deve atingir todos os contribuintes que praticam o seu fato gerador. Todos são 
contribuintes. Nenhuma categoria de pessoas, a priori. 
 
Universalidade: o IR deve atingir todos os fatos geradores previstos na hipótese de incidência. Logo, 
renda não deve ser distinta de proventos. Tal princípio não veda a concessão de incentivos fiscais. 
 
Progressividade: Considerando que a base de cálculo é ad valorem, a alíquota é sempre um percentual 
desse valor, a proporcionalidade prevê que a alíquota deve variar em função da base de cálculo. 
 
Todavia, tamanha a desigualdade de rendas, a simples proporcionalidade não seria suficiente para 
aplicar o princípio da capacidade contributiva. 
 
Portanto, a progressividade prevê que, quanto maior a faixa de renda, maior a tributação. A alíquota 
é diretamente proporcional à base de cálculo. 
 
Todavia, o IR é pouco progressivo, tendo, além da faixa de isenção, possui apenas três faixas de renda 
e alíquotas. 
 
FATO GERADOR 
Base material 
Renda: segundo o STF, o conceito de renda está ligado ao acréscimo patrimonial, sendo qualquer 
acréscimo patrimonial, independente das circunstâncias. O ingresso total de patrimônio não é 
tributado, mas tão somente o acréscimo patrimonial. 
 
A indenização por dano moral, apesar de a lesão não puder ser quantificado, se presta a reparar a lesão 
a direito personalíssimo. 
 
Quanto às verbas trabalhistas, a jurisprudência do STJ é vacilante em relação à natureza das verbas 
trabalhistas, que podem ser de natureza remunetória ou indenizatória. 
 
Segundo o Art. 43 do CTN, o imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de 
qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica 
 
 
O momento da aquisição da disponibilidade patrimonial é tema controverso na doutrina. 
Segundo o inciso I do Art. 43 do CTN, renda é o produto do capital, do tabalho ou da combinação de 
ambos. No que concerne ao produto do trabalho, é irrelevante o fato de o mesmo ser oriundo, ou não, 
de uma relação de emprego. 
 
Não se enquadrando nestes conceitos, será classificado no inciso II do art. 43 do CTN, como 
proventos de qualquer natureza. 
 
24/08/2017 
Fato gerador complexo: o fator gerador é complexo, segundo parte da doutrina, pelo fato de o FG do 
IR compreender várias atos, fatos e negócios jurídicos fonte de renda. 
 
Aspecto temporal do FG 
IRPF: regime de caixa, que significa a tributação de todos os fatos, atos e negócios. Ainda que o FG do 
IR seja considerado anual, as rendas mensais são tributadas. 
IRPJ: regime de competência, competência que se trata do período. a PJ recolhe IR por determinado 
período. Essa competência, geralmente, é a cada três meses. 
 
Aspecto espacial do FG 
Segundo o que informa o critério da universalidade, todo o acréscimo patrimonial deve ser tributado. 
O que se mostra como um contraponto ao princípio da territorialidade, logo que um acréscimo 
territorial ocorrido em qualquer lugar do mundo. 
O elemento de conexão determina qual será o regime aplicado, e tratados internacionais visam 
impedir a ocorrência de bis in idem. 
Para a pessoa física, o regime de bases universais começou a ser aplicado em 1989, e para a PJ começou 
em 1996. 
 
BASE DE CÁLCULO 
IRPF: a base de cálculo, da pessoa física, é a renda bruta, sendo admitidas deduções.Ainda há 
rendimentos não tributáveis, por não se incluírem no conceito de renda. 
Retenção na fonte: IRRF, a fonte pagadora tem a responsabilidade tributária (não exerce o FG) de 
desconta, reter, o IR da fonte a ser paga. 
Recolhimento mensal obrigatório: a renda é tributada por faixas de alíquotas diferentes. Se o 
contribuinte tem mais de uma fonte de renda, estas serão tributadas num alíquota aquém da devida, 
 
 
logo que a fonte pagadora não tem como ter ciência das outras fontes de renda do contribuinte. O que 
for recolhido a menor deve der complementado 
tributação definitiva: conhecido como carne leão. Quando a fonte pagadora é PF, ou está situada no 
exterior e não pode ser responsável tributário, o contribuinte é obrigado a recolher mensalmente. 
Tributação única exclusiva: trata-se da tributação de uma renda que ocorre uma única vez por ano, a 
fonte pagadora o retem na fonte. 
Tributação definitiva: trata-se de uma acréscimo de patrimônio, um ganho de capital que ocorre ums 
única vez, como na hipótese de lucro numa operação de compra e venda. O próprio contribuinte é que 
paga. 
 
rendimentos isentos não tributáveis: bolsa estágio, caderneta de poupança, declaração conjunta de 
cônjuge e companheiro (um declara o outro como o dependente). 
O critério pela declaração conjunta ou separada fica à cargo dos contribuintes. o que se mostra como 
uma vantagem às unidades familiares. 
 
Deduções: as hipóteses de deduções para pf são muito limitadas. 
Dedução por dependente: das despesas feitas com dependentes econômicos. 
Dedução de despesas com educação 
Dedução de previdência privada ou pública 
Dedução de doações a fundos e entidades 
Segundo o STF, a redução dessas deduções, as limitando, não é violadora de direitos constitucionais 
de saúde e educação. 
 
ALÍQUOTAS 
Pessoa Física: princpio da progressiva, há a tabela progressiva do IRPF, com as seguintes faixas: 0%, 
7.5%, 15%, 22,5% e 27,5%. 
Ganho de capital tem alíquotas específicas. Prêmios e sorteios, alíquota de 30% 
Apenas o que exceder ao limite da faixa de renda é tributado com a alíquota da faixa de renda 
seguinte, com a tributação do excedente limitada ao limite da faixa seguinte, e assim 
sucessivamente. Logo, todos os contribuintes tem uma parcela de sua renda isenta. 
Declaração de ajuste: como as fontes pagadoras do contribuinte não tem ciências uma das outras, nem 
das deduções do contribuinte nem das eventuais outras formas de recolhimento. Com isto, o 
contribuinte deve declarar suas deduções e outras fontes de renda para fins de complementação. 
Declaração simples ou completa: a opção fica a critério do contribuinte. 
 
 
Pode ser que, ao contrário de haver remanescente a recolher, pode haver imposto a restituir, se 
houverem muitas deduções. 
 
 
IRPJ 
apesar da crítica de que a tributação de PJ seria um desistimulo à atividade econômica, a maioria dos 
países as tributam. 
Base de cálculo: é o lucro, que pode ser real presumido e arbitrado. 
Lucro real: A legislação comercial é que vai definir quando uma PJ rem lucro ou prejuízo. o lucro é 
ajustado por adições, exclusões e compensações. tal modalidade requer um grande rigor do 
contribuinte com a sua escrituração contábil. 
Algumas PJ são obrigadas a adotar o lucro real, quando a mesma aufere lucro maior que R$ 78mi/mês. 
Além deste critérios, determinandas atividades são obrigadas, como bancos. 
Adições: despesas que não podem ser deduzidas. 
Exclusões: valores que não são tributados pelo IRPJ. 
Compensações: compensações dos prejuízos fiscais dos exercícios anteriores. 
Há uma apuração anual e estimativas mensais, que será ajutada no final do ano. 
Alíquota: 15% + 10% sobre o que que exceder R$ 10.000,00. 
 
Lucro presumido: critérios de presunção do lucro, um regime simplificado que é adotado pela grande 
maioria dos contribuintes. A sua escolha é uma faculdade. 
Trata-se da aplicação de coeficientes sobre a receita bruta anual para a presunção da receita. 
Presumido o lucro, há a tributação. 
Lucro arbitrado: o lucro é arbitrado quando as informações prestadas pelo contribuinte não merecem 
fé 
 
SUJEITOS PASSIVOS 
O contribuinte é aquele que executa o FG. 
 
LANÇAMENTOLançamento por homologação: o sujeito passivo antecipação o pagamento e realiza todos os atos 
preparatórios. 
 
 
 
 
 
02/09/2017 
 
IPI - IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS 
 
- Art. 153, IV – CF 88 
- Art. 46 a 51 – CTN 
 
- No Brasil temos uma característica singular. Em geral, os países desenvolvidos concentram mais sua 
tributação sobre o IRPF, nas heranças, nas grandes fortunas. Enquanto que os subdesenvolvidos 
concentra -se mais no consumo. 
 
- Tributar a renda é sempre mais adequado, já que eu consigo mensurar a capacidade contributiva, 
diferente da tributação sobre o consumo, que prevalece nos países em desenvolvimento, já que todo 
mundo consome em maior ou menor grau -> é um imposto que se torna menos perceptível, já que é 
mais difícil controlar nosso consumo. 
 
- Vou ter um sistema regressivo, porque se todos consomem todos vã o contribuir, por outro lado, o 
mais pobre gasta a maior parte no seu consumo, se revertido grande parte ao consumo. O mais rico 
ainda consegue poupar uma parte expressiva, e, numericamente, contribui muito menos em relação 
à sua renda e riqueza -> REFORÇA OU AMPLIA ESSAS DESIGUALDADES. 
 
- Temos no Brasil diversos tributos sobre consumo, como IPI, ICMS, ISS, PIS/COFINS. Como se, em vez 
de unificar num único tributo, o Brasil preferiu repartir. 
- Regulamento do IPI e o TIP (tabela do IPI). 
 
CARACTERÍSTICAS: 
- É um imposto real, tal como todos os impostos sobre o consumo. 
- É um tributo indireto, já que comporta o fenômeno jurídico da repercussão, já que deverá ser 
repassado entre os diversos contribuintes da cadeia econômica até gravar o consumidor final, é o 
contribuinte de fato. 
 
- É tributo plurifásico. Já que a cada fase da cadeia produtiva vai ocorrer incidência do IPI (da produção 
do plástico, à colocação da marca na caneta, ao revendedor varejista e para o comprador). 
 
 
 
- Tributo fiscal, já que é eminentemente sua função arrecadar recursos à máquina pública. É muito 
comum, porém, se encontrar hipóteses extrafiscais. 
 
OBS.: exceções ao princípio da anterioridade tributária, uma vez alterado o aspecto quantitativo do 
IPI, esta não precisa aguardar o exercício financeiro seguinte. Não é, porém, exceção ao princípio da 
anterioridade nonagesimal. 
 
OBS 2.: pode alterar as alíquotas alteradas por decreto do poder executivo, exceção ao princípio da 
estrita legalidade tributária. 
 
- Princípio da seletividade: significa que você pode diferenciar, nesse caso, que eu posso diferenciar, 
discriminar os produtos. Posso dar uma tributação diferenciada conforme o produto, ou seja, posso 
ter alíquotas diferentes por cada produto, o variável são as alíquotas. Na progressividade, à medida 
que a base de cálculo for maior a alíquota aumente, diferente da seletividade, que diz que eu posso 
distinguir os produtos e colocar alíquotas diferentes. 
 
- CRITÉRIO: é a essencialidade. Uma tentativa de aproximar ao princípio da capacidade contributiva. 
- O TIP enumera os produtos e suas alíquotas -> Vou utilizar o critério da especificidade, utilizarei o 
mais específico e não o mais geral. A questão da seletividade, para fins de IPI, entende a doutrina ser 
essencial. 
 
- Seletividade proibitiva: aqueles desaconselháveis, vou aplicar alíquotas que desestimulam o 
consumo, ou seja, para fins de caráter extrafiscal. 
 
- Princípio da não cumulatividade: eu só vou tributar aquilo que eu agrego ao produto, ao passar dar 
fases de incidência do IPI, no Brasil nós não utilizamos esse sistema, mas sistema inverso. Ou seja, eu 
tributo tudo e compenso o que paguei na anterior. Evita -se o efeito cascata. 
 
- Não só aquilo que integra o produto, mas aquilo que é razoavelmente utilizado no processo 
produtivo, não é tributável, porém, o café, o computador que o produtor usa. 
 
05/09/2017 
Aviso: não haverá aula dos dias 12 e 21 de setembro. Reposições nos dias 16 e 23/09, no horário AB. 
 
Continuação IPI 
 
 
Os produtos industrializados destinados à exportação tem a Imunidade objetiva do IPI. 
 
Há a incidência de IPI sobre todas as operações realizadas com o produto antes da exportação. 
 
A imunidade das exportações surgiu na década de 1990, com o seguinte slogan "vamos exportar 
produtos e não impostos. 
 
Bens de capital, as máquinas de produção (não insumos), podem ter a alíquota de IPI reduzida. A 
doutrina entende que a citada norma constitucional é de eficácia contida, carecendo de 
regulamentação por lei complementar para ser aplicada. 
 
BASE ECONÔMICA 
A doutrina entende que a redação do art. 153, IV da CF dá a impressão equivocada de que todos os 
produtos industrializados serão tributados. 
Mas, na verdade, o IPI incide sobre as operações com produtos industrializados. 
 
Operação: negócio jurídico translativo de posse ou da propriedade. 
Produto: qualquer bem, de modo que é irrelevante a sua destinação. Conceito mais amplo que o de 
mercadoria, onde a introdução na cadeia de comercialização. 
Industrializado: todo produto derivado de um processo de industrialização. A cadeia do processo 
produtivo é menor que a cadeia de comercialização. Logo, a cadeia econômica do IPI é menor que a 
do ICMS. 
Enquanto houver a circulação de bens para a produção, há a incidência simultânea de IPI e ICMS. 
 
FATO GERADOR - Art. 46 do CTN (norma geral) 
Tudo o que é produzido e aperfeiçoado para o consumo. Até uma simples manufatura pode ser 
considerado um processo industrial. 
 
Importação: já no desembaraço aduaneiro. o STF entendeu ser constitucional a incidência do IPI sobre 
o produto industrializado. Sobre o produto importado pode incidir II, IPI e ICMS. 
 
Saída do estabelecimento industrial ou do importador: negócio jurídico que importe da transmissão 
de um direito sobre aquele produto. A "saída" não pressupõe a saída física do produto. 
 
 
 
E ainda pode haver a saída física sem que haja a saída jurídica do produto, quando da movimentação 
do produto entre estabelecimentos da mesma pessoa jurídica. 
 
Arrematação em leilão de produtos abandonados ou apreendidos: após o perdimento, ou abandono, 
os produtos são levados a leilão. O IPI incide sobre o lance que arrematar em leilão. Tal previsão é de 
norma geral, não prevista na legislação do IPI 
 
BASE DE CÁLCULO - Art. 47 do CTN (norma geral) 
No caso do FG importação, a mesma base de cálculo do II acrescida do próprio II, mais as taxas de 
entrada, encargos cambiais. (Primeiro a incidência do II) 
 
No caso do FG saída: preço. Na ausência de preço, se procede com o lançamento por arbitramento. 
No caso do FG leilão: o valor do lance vencedor (não aplicável por ausência de regulamentação). 
 
ALÍQUOTAS 
O CTN não dispõe sobre a alíquota e a CF prevê o princípio da seletividade. 
O IPI é uma exceção ao princípio da legalidade tributária. 
 
A legislação do IPI prevê a TIPI, a tabela de enquadramento dos produtos. Pelo princípio da 
especificidade, o enquadramento vai do mais específico para o mais geral, na ausência de categoria 
específica na tabela. 
 
O Brasil adota a MCM, a nomenclatura comum do Mercosul para produtos, o que se faz necessário 
pela inserção do Brasil no mercado internacional, globalizado. a MCM é harmonizada com outras 
nomenclaturas, para facilitar o comércio exterior. 
 
O Art. 48 do CTN repete o princípio da seletividade da CF, mas o fato de ser positivado no CTN não 
reitera o caráter constitucional do princípio (que é previsto no Art. 153, &1°, III da CF88). Havendo 
repetição entre CF e CTN, o fundamento constitucional sempre deve ser citado primeiro. 
 
O art. 49 do CTN reitera o princípio da nãocumulatividade. Mesma lógica. 
O disposto no Art. 50 é inócuo. 
 
ASPECTO PESSOAL - art. 51 do CTN 
 
 
Qualquer um que realiza os FG do art 46 do CTN pode ser contribuinte do IPI. A habitualidade é 
irrelevante. A condição de PF ou PJ é irrelevante. 
 
LANÇAMENTO 
Lançamento por homologação: geralmente, essa é a forma de lançamento dos impostos incidentes 
sobre a produção. 
As operações devem ser escrituradas e, em um determinado período, deve o mesmo declarar e 
recolher com base em seus cálculos. 
 
14/09/2017 
 
IOF - IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGURO, OU RELATIVAS A TÍTULOS OU 
VALORES MOBILIÁRIOS 
 
Art. 153, V CF88 
Art. 63 a 67 do CTN. 
 
Ouro, como ativo financeiro, incide IOF e não ICMS. 
 
FATO GERADOR 
Operação: negócio jurídico translativo da titularidade de bens e direitos. 
Crédito: envolve o mútuo feneraticio. Na operação, há a troca de moeda atual por moeda futura, 
acrescidos de juros. 
Câmbio: troca da moeda nacional por moeda estrangeira, acrescida de comissão. 
Seguro: negócio jurídico que prevê o pagamento de indenização na eventualidade de consumação de 
riscos predeterminados. 
Títulos e valores mobiliários: papéis representativos de bens e dinheiros, como títulos de crédito, 
ações e quotas. 
 
O FG é positivado no art. 63 do CTN. 
 
Aspecto temporal: 
Crédito: momento da disponibilização do numerário. 
Câmbio: no ato da efetivação da troca ou da disponibilização. 
Seguro: no ato da emissão da apólice ou do pagamento do prêmio. 
 
 
Valores mobiliários: 
 
BASE DE CÁLCULO 
Se o título de crédito ou mobiliário expressarem crédito, não há dupla incidência do IOF 
Crédito: o montante principal e juros. 
Câmbio: montante total da moeda nacional convertida. 
Seguro: montante do prêmio. 
Valores mobiliários: 
a) na emissão, o valor nominal mais o ágio, se houver; 
b) na transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, como determinar a lei; 
c) no pagamento ou resgate, o preço. 
 
O art. 65 do CTN, na parte que versa sobre a alteração da base de cálculo por ato do poder executivo, 
não foi recepcionado pela CF88, tendo em vista o princípio da legalidade tributária. 
 
CONTRIBUINTE 
Qualquer uma das partes das operações que integram o FG. 
Não há necessidade de uma das partes ser instituição financeira. 
 
LANÇAMENTO 
Lançamento por homologação - Art. 150 do CTN 
 
O art. 67 do CTN não foi recepcionado pela CF88, por ferir o princípio da não afetação. 
 
ITR - IMPOSTO TERRITORIAL RURAL 
 
art. 154, VI da CF88 
art. 29 a 31 do CTN 
 
Apesar de a doutrina tradicional defender que o ITR tem natureza fiscal, a União o usa como um vetor 
extrafiscal de promoção da reforma agraria. 
Trata-se de um imposto real e direto, classificado como imposto sobre a propriedade. 
 
O &4° do art. 153 da CF88 modificou a redação original, acrescentando o princípio da progressividade 
para o ITR, mas esta é diferente da progressividade do IR. 
 
 
A progressividade do ITR tem como critério a própria propriedade, o nível de produção. Tal princípio, 
no ITR, não visa promover a capacidade contributiva, diretamente proporcional, mas sim um 
instrumento extrafiscal que é inversamente proporcional: quanto maior o grau de produção, menor a 
alíquota. 
 
A progressividade do ITR visa prestigiar o princípio da função social da propriedade, podendo a União 
desapropriar imóveis improdutivos. 
 
Por remeter a não "incidirá", a CF dá imunidade de ITR às pequenas glebas rurais, estas definidas na 
forma da Lei. O proprietário não pode ser proprietário de outro imóvel rural e deve o usar para a sua 
própria subsistência. 
 
O ITR, mediante convênios entre União e municípios, poderá ser fiscalizado ou cobrado por estes 
entes federativos. Mesmo sem o convênio, quando a União arrecada, os municípios fazem jus a 50% 
do fruto da arrecadação dos imóveis compreendidos na sua circunscrição. 
Caso haja convênio celebrado, os municípios poderão perceber 100% da receita da arrecadação do 
ITR. 
 
FATO GERADOR 
Propriedade: segundo o Art. 1.228 do CC, a propriedade se define pelo direito de usar, gozar e dispor 
e reivindicar daqueles que o indevidamente o tiverem. 
Há um dissenso entre o conceito de propriedade strictu sensu e os direitos reais neles envolvidos. 
Territorial: a base econômica do FG é a terra nua, não sendo gravados nada que se incorpore ao solo, 
apenas a extensão da territorial. 
Rural: o CTN definiu o "urbano". Logo, por exclusão, é possível inferir o conceito de "Rural". 
A doutrina e jurisprudência majoritárias adotam a definição do CTN. 
 
BASE DE CÁLCULO 
Valor fundiário, que se trata do valor da extensão territorial, excluindo-se o valor da acessões. 
 
CONTRIBUINTE 
O proprietário, possuidor, titular de seu domínio útil a qualquer título. 
 
LANÇAMENTO 
Por homologação: diferente do IPTU. 
 
 
IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS – IGF 
 
Art. 153, VIII da CF88. 
 
Mesmo passados quase 30 anos da promulgação da CF88, dos 13 tributos previstos na CF88, foi o 
único até hoje que não foi instituído. 
Apesar de a renda já ser tributada, o IGF seria capaz de promover justiça social e redistribuição de 
renda. 
Os críticos do IGF alegam que pode haver uma grande fuga de capitais e sonegação, mas há problemas 
semelhantes com a declaração de IR. 
O conceito de "grande fortuna" deve ser previsto em LC. 
 
16/09/2017 
 
IMPOSTOS ESTADUAIS 
 
art. 155 da CF 
 
 
IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E DOAÇÃO - ITCMD 
 
art. 155, I da CF 
O caput do citado dispositivo revela que tais exações também são de competência do DF. 
Em Pernambuco, a sigla utilizada é "ICD". 
 
A CF88 tratou de reunir, em um único imposto, os impostos que incidiam sobre a transmissão de 
herança e de doação. 
 
O constituinte ampliou a incidência de impostos sobre a transmissão de propriedade. Logo, o 
regramento do CTN deve ser observado com cautela, logo que dispõe sobre um imposto de 
transmissão que tem como FG apenas a transmissão de bens imóveis. 
 
O art. 146, III da CF incube à LC definir FG, BC e contribuintes. 
 
 
Aplica-se o positivado o art. 34 da CF c/c art. 24 do ADCT, que prevêem a competência legislativa 
plena dos estados para definir FG, BC e contribuintes do ITCMD. Quando for promulgada LC federal 
sobre, as leis estaduais terão suas eficácias sustadas, derrogadas. 
 
Mesmo na ausência da LC, há grande semelhança entre os textos das LCs estaduais, logo que há uma 
prática de os entes federativos copiar os textos legais um dos outros. 
 
O ITCMD é um imposto de longínqua tradição histórica. 
Imposto fiscal. 
 
Imposto direto, não comporta repercussão. 
Imposto real. 
 
O CTN o classifica como um imposto sobre o patrimônio. 
 
Regra de competência - Art. 155, I e II da CF 
Imóveis: estado da situação do imóvel. 
Bens móveis e direitos: no estado onde se processar o inventário, ou o domicílio do doador. Mesmo 
que o acervo de bens móveis esteja disperso em mais de um estado, a competência será do estado 
onde se processar o inventário. 
 
O inciso III trata da competência bens, domicílio e inventário iniciado no exterior. Neste caso, a questão 
deve ser regulada por LC até hoje não promulgada. A exigência de LC se presta a evitar bis in idem. 
 
Cabe ao Senado Federal, por meio de resolução, impor um teto para a alíquota do ITCMD. A 
resolução 9/2002 prevê uma alíquota máxima de 8%. 
 
Os estados não podem fixar uma "alíquota indexada" à alíquota máxima do Senado Federal, um 
gatilho. Os mesmosdevem fixar uma alíquota determinada, logo que o gatilho foi declarado 
inconstitucional pelo STF. 
 
MATRIZ CONSTITUCIONAL 
FATO GERADOR 
Transmissão: transmissão tributada é sempre decorrente de ato gratuito. Diferente do ITBI, que incide 
sobre transmissões a título oneroso. 
 
 
Quaisquer bens e direitos: tudo passível de transmissão. Por seu turno, o ITBI incide apenas sobre a 
transmissão de bens imóveis. 
 
Em se tratando da transmissão onerosa de bens que não sejam imóveis, pode incidir ICMS, ISS, IR, etc. 
Causa mortis: a sucessão do direito civil, segundo o art. 108 e 109 do CTN. 
 
A abertura da sucessão ocoree na data do óbito do autor da herança, uma ficção criada pelo CC, o 
princpio da saisine. A importância desta ficção se presta a determinar a legislação aplicável, que é a 
vigente da época da ocorrência do FG. 
 
Segundo a súmula 112 do STF, a alíquota aplicável é a vigente na data do óbito. 
A súmula 331 do STF determina que a incidência do ITCMD em inventários no caso de morte 
presumida. 
 
Segundo a jurisprudência, não incide ITCMD sobre a renúncia abdicativa. Em se tratando de renúncia 
ad favorem (em favor de um outro herdeiro específico), incide ITCMD duas vezes, pela ocorrência 
do FG transmissão causa mortis e FG doação. 
 
No caso de partilha desigual do divórcio, a parcela que supera a meação devida, para o CC, se trata 
de uma doação. Em sendo doação, incide ITCMD. 
 
ALÍQUOTA E BASE DE CÁLCULO 
ALÍQUOTA 
 A alíquota máxima é a definida em resolução do Senado Federal. 
Durante muito tempo, a jurisprudência do STF prega que não poderia haver alíquota progressiva para 
o ITCMD. Todavia, o STF mudou a sua jurisprudência há uns 2 anos e os estados alteraram suas 
legislações. 
 
BASE DE CÁLCULO 
Segundo o art.38 do CTN, a BC é o valor venal do imóvel. 
Segundo a súmula 113 do STF, o valor venal dos bens, a título de BC, é o apurado em avaliação 
contemporânea e não aquele da época da abertura da sucessão. 
 
CONTRIBUINTE 
 
 
Apesar de não ter sido promulgada a LC, os contribuintes do FG causa mortis são os herdeiros. Do FG 
doação é o donatário ou doador. 
 
LANÇAMENTO 
Lançamento por declaração. O inventario em si constitui uma declaração. A sonegação do FG doação 
de bens móveis é muito grande. 
 
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS DE 
TRANSPORTE INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL E TELECOMUNICAÇÕES - ICMS 
 
Imposto de competência dos estados e do DF, aperfeiçoado na forma atual pela CF88. 
 
Todo o regramento do CTN sobre o ICM não foi recepcionado pela CF88. O legislador constituinte 
ampliou a incidência para os serviços de transporte, energia elétrica e derivados. 
 
Imposto de natureza fiscal, trata-se da principal fonte de receita tributária dos estados. 
 
Por ser um imposto plurifásico, comportando repercussão, trata-se de um imposto direto. 
Trata-se de um imposto real por gravar a mercadoria ou serviço. 
 
Princípio da Não Cumulatividade: tanto como no IPI, o ICMS é não cumulativo e os créditos gerados 
se compensam nas operações seguintes. Tal princípio visa impedir o efeito cascata. Em cada operação 
pode ser abatido o imposto pago na operação anterior. 
 
Todos os insumos físicos que são transformados para construir a mercadoria, bem como os insumos 
consumidos no processo fabril geram créditos. 
 
Toda vez que há uma quebra na cadeia, não se gera crédito. Também se anula o crédito da operação 
seguinte. 
 
Princípio da seletividade: a progressividade da alíquota em função da essencialidade da mercadoria. 
O "poderá ser" da redação revela um caráter programático, de orientação ao legislador estadual. 
Diferente da seletividade do IPI, que tem a redação como "deve ser". 
 
 
A seletividade é uma técnica que tenta aproximar os impostos de caráter real dos consectários do 
princípio da capacidade contributiva, garantindo que os mais pobres possam consumir itens mais 
essenciais a alíquotas mais baixas. 
 
Notas gerais 
Resolução do Senado Federal, podendo ser de iniciativa do presidente da república, aprovada por 
quórum de maioria absoluta, deverá fixar as alíquotas máximas para a operações interestaduais. 
Apesar de o texto se reportar à "operações intencionais", as exportações são isentas de ICMS. 
 
Da mesma forma, também será fixada por resolução do senado federal, de quórum de propositura de 
1/3 e de aprovação por maioria absoluta, um piso para alíquotas mínimas, afim de evitar guerra fiscal. 
O convênio do CONFAZ, que tem força normativa e vinculante, também impõe que as alíquotas 
internas não podem ser maiores que a alíquota estadual. 
 
O comércio eletrônico alterou a dinâmica do ICMS. Quando o consumidor final, contribuinte ou não, 
estiver em outro estado, ao estado de origem compete arrecadar a alíquota interestadual. 
Ao estado destino, será repartida a diferença entre a alíquota interestadual e a alíquota interna. A 
responsabilidade tributária pela diferença, não sendo o consumidor final contribuinte, é a do 
remetente. 
 
19/09/2017 
 
CONTINUAÇÃO ICMS 
O ICMS incide também sobre produtos importadas do exterior, seja por PF ou PJ, habitualmente ou 
não. O ICMS também incide sobre serviços que tiveram a sua prestação iniciada no exterior. 
A entrada de qualquer bem no território nacional é tributada por ICMS, independente da finalidade do 
produto. 
 
No ato importação podem incidir, simultaneamente, II, IPI ou ICMS. O STF entende que o ICMS só 
incide nas importações realizadas após a EC. 
 
Operação mista: é aquela que envolve a prestação de serviços e o fornecimento de produtos, 
simultaneamente. Caso o serviço da operação mista não seja tributado por ISS, incidirá o ICMS em toda 
a extensão da operação, não apenas sobre a mercadoria da operação mista. 
Ex: restaurantes. 
 
 
 
Imunidades Específicas: 
 
Não incide ICMS sobre mercadorias e serviços destinados ao exterior. Será mantido o crédito da 
operação anterior à exportação (exceção à regra geral de repercussão na imunidade). 
 
Não incide ICMS sobre a operação interestadual de petróleo, combustíveis derivados e energia 
elétrica: a Imunidade se justifica pelo pacto federativo, tendo em vista que nem todos os estados são 
produtores e distribuidores, evitando distorções. 
 
Não incide ICMS sobre o ouro, quando o mesmo é ativo financeiro ou ativo cambial. Neste caso, 
incide apenas IOF - Art. 153, &5°, CF. 
 
Não incide ICMS serviços de comunicação de TV aberta e rádio gratuitos: como a prestação de 
serviços, segundo o CC, pressupõe o pagamento de contraprestação pelo tomador do serviços. 
Todavia, incide ICMS sobre os serviços onerosos de comunicação. 
 
Quando a operação for FG de IPI e ICMS, o IPI não íntegra a BC do ICMS. Enquanto a circulação for 
concomitante às etapas da produção, o IPI não integra a BC do ICMS. Quando cessar a fase se 
produção, o IPI passará a integrar a base ds cálculo do ICMS 
 
Em relação ao ICMS, além de ser reserva de LC a definição de BC, ALQT e contribuintes, a lista das 
alienas do inciso XII do Art. 153 da CF. 
 
A alínea "G", objetivando evitar a guerra fiscal entre os estados, condiciona a concessão de isenção e 
benefícios fiscais a convênio celebrado no CONFAZ. As atuais isenções e benefícios foram concedidos 
ao arredio do dispositivo. 
 
Em relação aos combustíveis, há uma exceção à tributação plurifásica, podendo LC instituir tributação 
monofásica. 
 
Na importação, o ICMS íntegra a base de cálculo do II. 
 
Sobre petróleo, derivados, energia elétrica, comunicações e minerais, só podem incidir ICMS, IE e II. 
Nenhum outroimposto incidirá, mas os demais tributos incidirão. 
 
 
A tributação monofasica dos combustíveis é disciplinada no & 4° do Art. 153 da CF. a tributação 
monofásica é uma exceção ao princípio da anterioridade. 
 
O ICMS é regido pela LC 87/1996 - Lei Kandir. 
 
FATOS GERADORES 
Operação de circulação de mercadorias. 
Operação: negócio oneroso. 
Circulação: mudança de titularidade. Por isso, o ICMS pode incidir mesmo que não haja a 
movimentação física da mercadoria. Segundo a súmula 166 do STJ, não incide ICMS sobre a circulação 
de mercadorias entre unidades do mesmo contribuinte. 
Mercadoria: conceito mais restrito do que produto. Bem móvel sujeito à mercancia. Para de 
caracterizar como mercadoria, deve ser presente a destinação comercial. 
Não incide ICMS sobre a venda de bens integtantes do ativo físico do contribuinte. 
 
Prestação de serviços 
Serviços de transporte 
Apenas o transporte interestadual e intermunicipal é tributável por ICMS. O transporte pode ser por 
qualquer modal. 
 
Prestação de serviços pressupõe uma obrigação de fazer onerosa. Logo, não incide ICMS sobre serviço 
prestado a título gratuito. 
 
Serviços de comunicação 
Incide ICMS apenas sobre serviços de comunicação prestados a título oneroso. 
 
ALÍQUOTAS E BASE DE CÁLCULO 
Compete às resoluções do senado fixar piso e teto para as alíquotas. Ha seletividade. Há alíquotas para 
cada um dos vários serviços. 
 
CONTRIBUINTES 
A sujeição passiva é prevista na lei kandir. 
 
LANÇAMENTO 
 
 
Lançamento por homologação, é o próprio sujeito passivo que identifica o FG, realiza os atos 
preparatórios, declara e paga o ICMS antes de sofrer qualquer ato de fiscalização. 
 
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTIVOS - IPVA 
 
Art. I55, VIII, CF 
O mais novo de todos os impostos, surgido com a EC 27/1985, na égide da CF69. Fora criado e instituído 
em substituição a antiga taxa rodoviária sobre veículos automotores. O mesmo foi mantido pela CF88. 
Ainda não foi promulgada LC, logo os estados tem competência legislativa plena. 
Imposto fiscal, direto e real. 
 
As alíquotas mínimas de IPVA serão fixadas pelo Senado Federal. 
 
Com a possibilidade de aplicação de alíquotas diferenciadas, há o princípio da seletividade. A 
seletividade é operada em função do tipo e utilização do veículo. 
 
FATO GERADOR 
Segundo o art. 109 do CTN, os conceitos privados devem ser interpretados conforme o CC. 
Prosperidade 
Veículo automotor: segundo o anexo I do CTB, todo veículo com autopropulsão que transporte 
pessoas e cargas. Há grande divergência quanto a tributação da propriedade de embarcações e 
aeronaves. 
Segundo arestos do STF, pelo fato de o IPVA ter substituído a antiga taxa rodoviária federal, o IPVA 
não incide sobre a propriedade de barcos e aviões. 
 
ALÍQUOTAS E BASE DE CÁLCULO 
O piso da alíquota é definido por resolução do senado federal. Como ainda foi promulgada a LC, não 
há regras para a BC. todavia, a sua definição deve ter relação com o veículo. 
A alteração da BC é exceção à anterioridade nonagesimal. 
 
CONTRIBUINTES 
Qualquer pessoa, física ou jurídica, que exerça algum direito real sobre o veículo. 
 
LANÇAMENTO 
Lançamento de ofício. 
 
 
10/10/2017 
 
Inicio do conteúdo do 2° GQ 
 
IMPOSTOS MUNICIPAIS 
 
art. 156 da CF88 
O DF tem competência tributária mista, detendo também competência para instituir impostos 
municipais. 
 
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA 
 
Art. 156, I do CF. 
art. 32 a 34 do CTN 
Compete à LC definir BC, FG e contribuintes, o que é disposto pelo CTN. 
 
A partir da CF1934, o IPTU passou a ser de competência dos Municípios. No âmbito do direito 
comparado, é um tributo que compete aos entes federativos de nível local, sendo de fácil instituição, 
fiscalização e cobrança. 
 
CARACTERÍSTICAS 
Imposto de natureza fiscal, sendo de grande relevância para a composição da arrecadação dos 
municípios. 
 
Imposto de natureza real, por gravar o bem independente das condições pessoais do contribuinte. 
Imposto de natureza direta, que não comporta repercussão. 
O CTN o classifica como imposto sobre o patrimônio. 
 
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS ESPECÍFICOS 
Princípio da Progressividade em razão do valor do imóvel: prevista no art. 156, &1°, I da CF, 
compatibiliza a aplicação do princípio da capacidade contributiva ao IPTU, que é um imposto de 
natureza real, com a fixação de alíquotas proporcionalmente ao valor do imóvel. 
 
Quanto maior for o valor da imóvel, maiores serão as faixas de alíquota em que ele será enquadrado. 
 
 
Introduzida pela EC 29/2000. Antes disso, o STF entendia pela inconstitucionalidade de leis municipais 
que dispusessem sobre a progressividade da alíquota. Salvo expressa previsão na CF, seria 
inconstitucional qualquer disposição infraconstitucional neste sentido. 
 
Atualmente, a jurisprudência do STF é pacífica por entender a constitucionalidade das leis estaduais 
promulgadas após à EC 29/2000. Segundo a súmula 668/STJ, só é devida a progressividade após à EC 
29/2000. 
 
Princípio da progressividade no tempo: prevista no art. 182 da CF, desde a redação original. 
Este artigo está inserido na seção da CF sobre a política urbana. A CF prevê que o Estado tem o poder 
de planejar e ordenar o crescimento urbano, como um meio de intervenção social. As políticas urbanas 
prestigiam a função social da propriedade urbana. 
 
Segundo o art. 182 da CF, compete aos municípios controlar o ordenamento e o desenvolvimento 
urbano, o que será feito pela lei do plano diretor. A promulgação do plano diretor é obrigatória para 
os municípios com população superior a 20.000hab. 
 
A função social da propriedade urbana se materializa nas funções previstas no plano diretor. 
 
A desapropriação de imóvel urbano deve ser em valor justo, de pagamento prévio e em dinheiro, 
devendo o município consignar o valor em juízo, quando da propositura de ação de desapropriação. 
A progressividade do IPTU só poderá ser instituída pelos municípios se os mesmos satisfazerem os 
requisitos previstos no estatuto das cidades, LC federal competente para tanto. Só com o seu advento 
é que a progressividade em razão do tempo pode ser aplicada. 
 
O &4° do Art. 182 da CF visa coibir a especulação imobiliária, com imóveis subutilizados ou não 
utilizados. Neste caso, o proprietário será notificado para cumprir a função social urbana e, caso não 
o faça, o município poderá: 
1. Parcelamento ou edificação compulsórios. 
2. IPTU progressivo no tempo: à guisa do disposto no art. 2° do CTN, que positiva que o tributo não 
se caracterizará como sanção por ato ilícito. O FG não é ilícito, o que há é a progressividade da 
alíquota em razão do valor do imóvel. 
3. Desapropriação: não é a mesma desapropriação por interesse público. Esta modalidade enseja ao 
proprietário o pagamento de indenização por meio de títulos da dívida pública resgatáveis em até 
10 anos, por parcelas anuais iguais, mantido o valor real por correção monetária. 
 
 
Segundo o Estatuto das Cidades, a alíquota do IPTU poderá ser majorada por 5 anos consecutivos, 
de forma progressiva. A alíquota pode dobrar de um ano para o outro, limitado ao teto de 15%. Este 
teto prestigia o princípio da vedação ao confisco e, da mesma forma, se coloca como uma exceção 
ao mesmo. 
 
Atingido o teto de 15%, a mesma não poderá ser aumentada, mas poderá ser mantida em 15%. 
O município não poderá conceder isenção de IPTU com alíquota majorada pela progressividade no 
tempo. 
 
Princípio da seletividade: possibilidade de distinguir os imóveis,permitindo a aplicação de alíquotas 
diferentes em razão do imóvel pelos critérios da localização e do uso do imóvel. Essa seletividade 
aplica os princípios da capacidade contributiva e da isonomia. 
 
FATO GERADOR 
Matriz constitucional 
Propriedade: conceito de direito privado que, segundo o art. 109 e 110 do CTN, devem buscar seu 
significado na lei privada. A propriedade é definida no art. 1.228 do CC. 
Há divergência entre a incidência da propriedade stricto sensu ou lato sensu. Segundo o art. 32 do CTN, 
latu sensu. 
 
Predial: imóveis por acessão natural e artificial. Predial é tudo aquilo que se considera como acessão 
artificial, tudo aquilo que é incorporado ao imóvel em caráter definitivo. 
Não incide IPTU sobre acessões intelectuais, por não se incorporarem definitivamente. Ex: 
máquinas, animais e ornamentos. 
 
Territorial: a propriedade de imóveis não edificados também é FG do IPTU. 
 
Urbana: previsto nos &1° e 2° do art. 32 do CTN. 
Primeiramente, deve ser previsto no plano diretor como área urbana. 
Além disso, para ser urbana, deve conter pelo menos dois melhoramentos previstos no &1° do art. 
32 do CTN. Apenas um melhoramento não é suficiente. Não caracterizada a área urbana, incide o 
ITR. 
 
Loteamento aprovado e previsto no plano diretor como área urbana, ou urbanizável, já é tributável 
por IPTU. 
 
 
BASE DE CÁLCULO E ALÍQUOTA. 
Além das progressividades da alíquota, a CF não dispõe nada sobre a BC e percentuais de alíquotas. 
A BC, segundo o art. 33 do CTN, é o valor venal do imóvel. É um valor definido por critérios legais, o 
que não se confunde com a avaliação de mercado, logo que não seria possível que o município 
atualizasse o valor todas as vezes que oscilar o valor de mercado. 
 
Não incide IPTU sobre as acessões intelectuais. 
 
A fixação da BC é exceção apenas ao princípio da anterioridade nonagesimal, submetendo-se à 
anterioridade. Apesar disto, o município poderá atualizar a planta genérica de valores ao longo do 
ano. 
 
CONTRIBUINTE 
Segundo o art. 34 do CTN, trata-se do proprietário, titular do domínio útil e o possuidor a qualquer 
título. 
 
LANÇAMENTO 
Lançamento de ofício. 
 
17/10/2017 
 
ITBI - IMPOSTO SOBRE A TRANSMISSÃO INTER VIVOS, A QUALQUER TÍTULO, POR ATO ONEROSO, 
DE BENS IMÓVEIS, POR NATUREZA OU ACESSÃO FÍSICA, E DE DIREITOS REAIS SOBRE IMÓVEIS, 
EXCETO GARANTIA, BEM COMO CESSÃO DE DIREITOS A SUA AQUISIÇÃO 
 
Art. 156, II da CF88 
A competência municipal do ITBI é uma inovação da CF88, bem como o próprio ITBI, tendo vista que, 
na ordem pretérita, vigorava um único imposto de transmissão, inter vivos e mortis causa, de 
competência dos Estados. 
 
CARACTERÍSTICAS 
Natureza fiscal: grande fonte de receita tributária. 
Imposto direto: não comporta repercussão. 
Imposto real: leva em conta apenas o bem. 
 
 
 
O CTN o classifica como um imposto sobre o patrimônio. 
 
IMUNIDADES ESPECÍFICAS 
1. Transmissão de bens imóveis relacionados à integralização de capital social, à fusão, à incorporação, 
à cisão ou à extinção de pessoa jurídica. Exceto quando a atividade preponderante da pj for a compra 
e venda de imóveis, direitos relacionados e leasing - art. 156, &2°, I da CF. 
 
OBS: 
Fusão: duas pessoas jurídicas se fundem para formar uma nova. 
Incorporação: uma pessoa jurídica incorpora a outra, para acrescer o seu capital social sem formar 
uma nova pj. 
Cisão: uma pessoa jurídica se divide e as frações de seu capital social formaram novas PJs. 
Extinção: liquidados os passivos, e apurados os haveres, o remanescente será dividido entre os sócios. 
 
Se o objeto social da PJ for atividade imobiliária (compra e venda, locação e leasing), a mesma não será 
contemplada pela imunidade. 
 
Segundo o art. 37, &1° do CTN, será caracterizada como preponderante a atividade imobiliária 
quando a mesma responder, na receita operacional, nos últimos 2 anos, a mais de 50%. 
 
Apesar de preponderante a atividade imobiliária, se a PJ for vendida em sua totalidade, a operação 
será imune. 
 
2. imunidade das operações de desapropriação para fins de reforma agrária - art. 184 do CTN. Mesmo 
que o texto empregue o termo "isenção", o mesmo dispõe sobre uma imunidade. Em sendo a 
desapropriação uma forma de aquisição originária da propriedade, não incidiria o ITBI de toda forma. 
COMPETÊNCIA 
A arrecadação do ITBI, a sujeição ativa, compete ao município da situação do imóvel, onde o mesmo 
estiver situado. 
 
FATO GERADOR 
Matriz constitucional 
Transmissão: negócio translativo da titularidade. 
Inter vivos: negócio deve ser entre vivos, excluindo do FG a hipótese de incidência do FG do ITCMD. 
 
 
A qualquer título: pode ser por meio de negócio típico ou atípico, basta haver a transmissão da 
titularidade. 
Ato oneroso: negócio translativo da titularidade deve ser oneroso para ambas as partes. Esta hipótese 
de incidência se diferencia da transmissão do FG do ITCMD, por este contemplar apenas transmissão 
a título gratuito, como uma doação. 
Bens imóveis: se refere apenas a bens imóveis, hipótese de incidência mais restrita que a do ITCMD, 
dado que este incide sobre a doação de qualquer tipo de bem ou direito. 
O conceito de bem imóvel é informado pelo CC. 
Exceto os de garantia: são arrolados nos VIII, IX e X do art. 1.225 do CC, como o penhor, hipoteca ou 
anticrese. 
Cessão de direitos a sua aquisição: incide ITBI sobre a transmissão de promessa de compra e venda. 
Bens imóveis por natureza ou acessão física: natural é aquele que decorre da natureza, por acessão 
física são aqueles incorporados por intervenção humana. Desta forma, pelas acessões intelectuais não 
se incorporarem definitivamente ao imóvel, não integram o FG do ITBI. 
 
Aspecto temporal do FG: no momento do registro do titulo aquisitivo do imóvel, no RGI. Caso o 
tabelião registre sem exigir a comprovação do ITBI, o mesmo de torna responsável tributário. 
 
 
ALÍQUOTAS E BASE DE CÁLCULO 
A CF nada prevê sobre a alíquota do ITBI, diferente do ITCMD, que prevê a fixação de alíquota máxima 
por resolução do senado federal. 
A jurisprudência do STF estatui que são inconstitucionais leis que instituírem progressividade à 
alíquota. 
 
A CF também nada prevê sobre a BC do ITBI. Entendendo ser aplicável o art. 38 do CTN, será o valor 
venal do imóvel. 
 
CONTRIBUINTES 
Ambas as partes da operação podem ser, se aplicável for o art. 42 do CTN. 
 
LANÇAMENTO 
Lançamento por declaração: as informações prestadas pelo contribuinte são preponderantes, o 
mesmo informa a ocorrência do FG ao fisco, bem como demais informações fáticas. 
 
 
 
IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA - ISS 
 
Art. 156, III da CF. 
DL 406/68 
LC 116/2003 
 
Surgido antes da reforma tributária de 1965, substituiu o antigo imposto sobre indústrias e profissões. 
Durante muito tempo, as normas gerais do ISS eram positivadas no DL 406/1968 e, apesar da 
superveniência da LC 116/2003, ainda há discussões acerca da aplicabilidade do DL 406/1968, no que 
a LC 116/2003 não dispõe de forma diversa. 
 
CARACTERÍSTICAS 
Natureza fiscal: representa parcela relevante da composição da receita tributária dos municípios. 
Imposto indireto: há repercussão no preço do serviço, sendo o valor recolhido discriminado na NF. 
Contudo, o ISS é monofasico. 
Imposto real: grava o serviço, a condição pessoal do contribuinte é irrelevante. 
 
O CTN o classifica como um imposto sobre a circulação de serviços. 
 
O ISS, junto com outros impostos incidentes sobre o consumo, agravam a regressividade do sistema 
tributário, por ser proporcionalmente mais pesadopara os mais pobres. 
 
Natureza residual - art. 156, III da CF - ISS é imposto residual, por ser excluído da sua incidência os 
serviços tributados pelo ICMS e, segundo a doutrina, também são excluídos os serviços tributados pelo 
IOF. 
Só podem ser tributados com ISS os serviços nominalmente citados no lista anexa da LC do ISS. 
 
19/10/2017 
Continuação ISS 
 
Diferentemente dos demais impostos da CF, para o ISS os serviços tributáveis devem ser 
nominalmente citados. 
 
 
 
Com isto, os municípios ficam adstritos a instituir ISS apenas sobre os serviços previstos na LC. Todavia, 
o Município pode não instituir o ISS sobre todos os serviços. O anexo da LC se coloca como "molduras", 
balizas aos municípios. 
 
A reserva de LC engessa a tipificação de novos serviços, pois os requisitos de propositura e de 
aprovação de um PLC são mais rígidos que os de um PLO. 
 
Segundo a doutrina, as cláusulas gerais são atentatórias ao princípio da tipicidade tributária. 
Consequentemente, é vedado a tributação por analogia, não podendo um serviço ser tributado sem 
que haja previsão específica. 
 
A jurisprudência, por sua vez, entende pela constitucionalidade das cláusulas gerais, no que 
concerne à tipificação de serviços como "congêneres, mesmo gênero", a nível de ISS. 
 
O art. 156, III da CF cria uma nova função para LC, a de definir os serviços para fins de ISS. 
 
A preocupação do legislador se justifica pela necessidade imperiosa de se criar um padrão nacional, 
dada a multiplicidade de entes federativos competentes à instituição do ISS. 
 
Também é reserva de LC a definição do piso e do teto das alíquotas do ISS. Os municípios podem fixar 
alíquotas entre o mínimo e o teto. Também compete à LC vedar a instituição de ISS sobre serviços 
destinados ao exterior. Por fim, também é reserva de LC a regulação das formas e condições da 
concessão de isenção e benefícios. 
 
FATO GERADOR 
A CF nada menciona sobre os serviços tributáveis por ISS, mas a sua instituição é residual em relação 
aos serviços já tributados por impostos estaduais e federais, o que a doutrina chama de "FG residual". 
 
Prestação de serviços: contrato que tem como objeto uma obrigação de fazer, previstas nos art. 247 
e 249 do CC. 
 
Para que seja considerado uma prestação de serviços, a prestação de serviços deve ser habitual, que 
é aquilo que não é eventual e acidental. 
 
 
A prestação de serviços pressupõe onerosidade, deve haver uma contraprestação em remuneração ao 
prestador do serviço. O fato da prestação do serviço ser lucrativo ou deficitário é irrelevante para a 
tributação do ISS. 
 
Os serviços prestados a título gratuito não configuram FG do ISS. 
 
Os requisitos da onerosidade e habitualidade são cumulativos. 
 
Segundo o STF, não incide ISS sobre a locação de bens móveis, por não se tratar de uma obrigação 
de fazer. 
 
Obs: operações mistas 
1 - Se previsto como um serviço pela LC 116/2003, será tributado pelo ISS. 
2 - Caso não seja previsto o serviço, a operação será tributada por ICMS. Segundo a CF, totalidade da 
operação, incluindo o preço do serviço, integram a BC do ICMS. 
3 - Quando é possível distinguir a prestação de serviços da entrega da mercadoria, há a incidência 
simultânea de ICMS e ISS. 
4 - Preponderância: se é o serviço ou a entrega de mercadoria que prevalece na operação. Embora 
haja a translação da propriedade de um suporte material, o serviço pode ser preponderante. 
 
ALÍQUOTAS E BASE DE CÁLCULO 
Com a EC 37/2002, deve ser fixado em LC as alíquotas mínimas e máximas. A alíquota máxima é de 
5%, segundo a LC 116/2003. 
Apesar do permissivo constitucional, a LC 116/2003 é omissa quanto à alíquota mínima. Continua 
aplicável o art. 88 do ADCT, que impõe uma alíquota mínima de 2%. 
 
A BC é o preço do serviço. 
O DL 406/1968 prevê o ISS - fixo, com a alíquota fixa para a tributação de serviços prestados por 
profissões regulamentadas. Mesmo com a LC 116/2003, a advocacia ainda goza do ISS fixo. 
 
SUJEITOS 
A definição do sujeito ativo do ISS é problemática, pois a prestação do serviço pode se dá em mais de 
um município. 
 
 
 
O DL 406/1968 coloca que o local da prestação do serviço é o do município do estabelecimento do 
prestador do serviço. a LC 116/2003 prevê que a sujeição ativa é a do local da prestação do serviços. 
A LC não foi capaz de dirimir tal divergência, e a jurisprudência é vacilante. 
 
O sujeito passivo pode ser pf e pj, com ou sem estabelecimento fixo. 
 
Os empregados, por estarem em relação de emprego, não prestam serviços tributáveis por ISS. 
 
LANÇAMENTO 
Lançamento por homologação. 
 
24/10/2017 
 
PROCESSO TRIBUTÁRIO 
 
Processo administrativo e judicial tributário. 
 
O estudo do processo administrativo tributário - PAT se justifica pelas particularidades da matéria 
tributária, pelo fato de a constituição do crédito tributário ser ex legem, por exemplo. 
 
O poder executivo mantém uma estrutura só para o PAT. 
 
Uma grande crítica da doutrina tributarista é a inexistência, no ordenamento brasileiro, de uma esfera 
do judiciário, de uma justiça especializada. O mais próximo que se chega são as varas de execução 
fiscal. No mais, a matéria recebe o trato do processo civil. 
 
Mesmo nas varas da fazenda pública e câmaras de direito público, estes órgãos são generalistas e, 
geralmente, não são afeitos à matéria tributária 
 
Recomendações de bibliografia 
James Marins - Processo tributário. 
Vitório Cassoni - Processo tributário: mais enxuto, faz revisões de direito material e tem peças. 
Hugo de Brito Machado segundo - Processo tributário. 
Eduardo Sabbag. 
 
 
 
PROCESSO ADMINISTRATIVO 
 
A expressão "processo administrativo" é nominada no art. 5°, LX da CF, que se tem como um direito 
fundamental. Trata-se de um dispositivo fundamental para a compreensão do tema. Logo, o direito ao 
processo administrativo é uma garantia fundamental garantida ao contribuinte. 
 
A expressão "procedimento administrativo", segundo o art. 142 do CTN, define o lançamento como 
procedimento administrativo. Assim, procedimento são todos os atos praticados até a constituição do 
crédito tributário. 
 
Enquanto não for impugnado, o contribuinte ainda estará diante de um procedimento administrativo. 
O processo administrativo só surge com o oferecimento de impugnação ou defesa. O processo é uma 
fase litigiosa mas não necessária, dado que o mesmo pode vir a não ocorrer. 
 
O FG faz surgir a OT e, da OT até o CT, este será constituído pelo lançamento. 
Constituído o CT, o contribuinte será notificado, podendo mesmo pagar ou não pagar. 
Pagando, opera-se a extinção do CT. 
 
O contribuinte pode não pagar, podendo se manter inerte ou oferecer defesa/impugnação. 
 
Só com o oferecimento da impugnação é que surge o PAT. A impugnação é um requisito à 
instauração do PAT. 
 
O PAT persistirá enquanto tramitar, enquanto houverem recursos cabíveis no âmbito da própria 
administração. 
 
O PAT é incidental e eventual, apenas uma pequena parte dos lançamentos é que dá ensejo a PAT. 
 
OT principal: Obrigação de pagar tributo e penalidade, e com aquele não se confunde pelo fato de 
tributo não ser sanção. 
 
A penalidade pode está isolada na OT, como sanção ao descumprimento de obrigação acessória (fazer, 
não fazer e tolerar a fiscalização). 
 
 
 
Quando a OT do CT for composta apenas por tributo, há, na esfera federal, a notificação de cobrança. 
Em se tratando da cobrança de tributo e multa, ou apenas da multa, haverá um auto de infração. 
 
Com o auto de infração ou notificação,

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