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RESUMO DIREITO PROCESSUAL CIVIL I

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RESUMO DIREITO PROCESSUAL CIVIL I:
JURISDIÇÃO
└ É una e indivisível, inerte, substitutiva e tem natureza declaratória. (características)
└ É o poder que o juiz tem de dissolver os conflitos (lide)
└ Exercida perante todo o território.
└ As decisões da jurisdição podem adquirir caráter de imutabilidade. ( Coisa Julgada Material)
Jurisdição é a função atribuída à terceiro imparcial de realizar o direito de modo imperativo e criativo, reconhecendo/efetivando/protegendo situações jurídicas concretamente deduzidas, em decisão insuscetível de controle externo e com aptidão para tornar-se indiscutível.
Significados: 
*** Terceiro Imparcial: A jurisdição pressupõe a existência de um terceiro imparcial, chamamos de heterojurisdição, que é justamente a ideia de que aquele terceiro irá solucionar o conflito (substitutividade da jurisdição, ou seja, substitui a vontade das partes pelo Direito posto pelo Estado Juiz). Quando se diz isso, que "a jurisdição é uma função atribuída a terceiro imparcial", está-se dizendo que a jurisdição é um exemplo de heterocomposição - Hetero = diferente, outro; composição = solução (outro soluciona). A solução do problema é dada por um terceiro. Alguém estranho ao problema irá solucioná-lo. A jurisdição é sempre exercida por um terceiro estranho em relação ao problema, ou seja, a um terceiro imparcial. Ser imparcial é não ter interesse na causa, porque não basta ser terceiro. É preciso ser terceiro e imparcial.
*** Modo Imperativo: As decisões proferidas pelo órgão jurisdicional devem ser cumpridas (uma vez que eu ajuízo uma demanda, eu vou levar adiante essa decisão). A jurisdição é ato de império, soberania, força. Não é um conselho. Quando o juiz define, ele não aconselha as partes. Decide-se, pratica um ato que traz consigo toda a força do Estado. A jurisdição é ato de poder, de império. Exerce-se imperativamente.
*** Modo criativo: O juiz, ao julgar, cria, tem um papel criativo. Ele não é um mero reprodutor do que está na lei. Ele parte da lei para criar a solução jurídica do caso concreto. A norma jurídica do caso concreto não estava na lei. Foi criada pelo juiz. O juiz cria a norma da situação concretamente deduzida. É uma norma nova, criada pelo juiz a partir da interpretação da lei. O juiz não declara direitos. A função do juiz não é meramente declaratória. Ele é um agente construtor. Mas ele não constrói do nada, senão seria arbitrariedade pura. Ele constrói a partir dos parâmetros determinados pelo legislador. Não é possível falar hoje em jurisdição retirando a criatividade judicial. 
*** Tutela de direitos: São três verbos -> Conhecer (balança)/Executar(espada)/Proteger (finalidade de garantir a eficácia de um outro processo, tanto o de conhecimento quanto o de execução. Afinal. Como se tutela o direito? Se tutela reconhecendo, efetivando ou resguardando. A tutela dada pela jurisdição para situações processualmente deduzidas é uma proteção que se dá ou reconhecendo direitos ou efetivando direitos ou resguardando direitos. A que corresponde esses três verbos? Tutela de conhecimento, tutela de execução e tutela cautelar. Ou se tutela conhecendo, ou se tutela executando, efetivando, ou se tutela resguardando (cautelar). A tutela jurisdicional é uma dessas três.
A jurisdição sempre irá funcionar apenas em casos concretos, diferente da atividade legislativa, que também tem o caráter preventivo (ou seja, que visa casos que ainda não aconteceram).
MACETE -> C E P (conhecer, executar e proteger)
O que é coisa julgada material?
O CPC a definiu em seu artigo 467 como “a eficácia, que torna imutável e indiscutível a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário. Em outras palavras, coisa julgada material é a impossibilidade de modificação da sentença naquele mesmo processo ou em qualquer outro, posto que a matéria em análise cumpriu todos os trâmites procedimentais que permitem ao Judiciário decidir a questão em definitivo.
Ex: “A” cobra indenização de “B” por acidente de trânsito, mas no curso do processo não consegue apresentar qualquer prova de que “B” seja culpado. O juiz julga o pedido improcedente (nega a indenização pedida), “A” não recorre no prazo previsto pela lei e a sentença transita em julgado. Mesmo que “A” descubra novas testemunhas, ou consiga um vídeo provando a culpa de “B” pelo acidente, não poderá mais processá-lo pedindo indenização, pois a conclusão de que “B” não era culpado foi protegida pela coisa julgada material.
LIDE:
Conflito de interesse entre as partes, onde há uma pretensão resistida (ambas as partes não conseguem chegar a um consenso), e como não é permitida a auto-tutela (justiça com as próprias mãos), é necessário alguém qualificado para dizer o direito e resolver os conflitos (Estado-juiz)
└ Casos em que a Auto-tutela é permitida: 
Legitima defesa (matar ou morrer)
Questões concessórias 
Questões fundiárias (invasão de domicilio)
Obs: Vale lembrar que a auto-tutela é permitida somente em casos excepcionais, pois o monopólio da jurisdição é ferramenta do Estado-Juiz. 
TRILOGIA FUNDAMENTAL DO PROCESSO (Pilares do Direito Processual)
└ Jurisdição / Ação / Processo 
└ Há juristas que defendem a existência de um quarto instituto fundamental ao processo: A DEFESA.
└ Há uma crítica a teoria acima, pois a defesa está dentro do Processo, pois em todos os processos as partes tem o direito à defesa.
PRINCIPIOS DA JURISDIÇÃO:
Princípio da investidura: A jurisdição só pode ser exercida por aquele que é investido de poder jurisdicional (Juiz).
Princípio da Territorialidade: A jurisdição adere à um determinado território, já que a jurisdição é uma consequência da soberania estatal. (O juiz é juiz em qualquer lugar do Brasil, mas não têm competência jurisdicional em todos eles).
└ Carta precatória: Carta precatória é um instrumento utilizado pela Justiça quando existem Juizados diferentes. É um pedido que um juiz envia a outro juiz de outra comarca. É a manifestação de dois órgãos diferentes. Um juiz (dito deprecante) envia carta para o juiz de outra comarca (dito deprecado), que é do mesmo nível hierárquico para citar o réu a comparecer aos autos. É uma competência funcional horizontal. 
└ Carta rogatória: É um instrumento jurídico de cooperação entre dois países. É similar à carta precatória, mas se diferencia deste por ter caráter internacional.
Princípio da Indelegabilidade: O exercício da função jurisdicional não pode ser delegado, ou seja, o juiz não pode abrir mão do seu poder de julgar e simplesmente dar para outra pessoa o poder de decidir. Existem, porém, atos que podem ser delegados como o poder instrutório (de colher provas), diretivo do processo (andamento), poder de execução das decisões. EX: Carta de ordem: É uma determinação de um juízo superior à uma instância inferior. Ex: Mensalão.
Obs: Diferença entre carta de ordem e carta precatória e rogatória
└ Carta precatória e rogatória: Não têm delegação, não é uma ordem, e sim uma cooperação.
└ Carta de ordem: Existe a questão hierárquica, uma delegação.
Princípio da inevitabilidade: Uma vez que ajuizada a demanda, as partes irão se sujeitar ao que foi decidido pelo órgão jurisdicional, independentemente de uma decisão favorável ou não.
Princípio da inafastabilidade do Controle Jurisdicional: Artigo 5º, XXXV CF. A lei não poderá dizer que determinado direito não poderá ser apreciado pelo poder judiciário. Em outras palavras, fica assegurado a todo aquele que se sentir lesado ou ameaçado em seus direitos o acesso aos órgãos judiciais, não podendo a lei vedar esse acesso.
Princípio do Juiz Natural: Art. 5º, XXXVII ou LIII/CF. Não poderá haver juízo de exceção, isto é, não poderá ser criado um tribunal para julgar determinado fato depois que ele aconteceu. A constituição proíbe a existência de juízos ou tribunais de exceção, garantindo ainda que ninguém será sentenciado senão pela autoridade competente. O juiz deve ser imparcial. 
Princípio da Inércia/Demanda: O Estado-Juiz só atua se for provocado.
Exceções:Entre as hipóteses mais relevantes de autorização para que o Estado-juiz exerça a função jurisdicional sem provocação, de ofício, encontra-se a do art. 989 do CPC, segundo o qual “o juiz determinará, de ofício, que se inicie o inventário, se nenhuma das pessoas mencionadas dos artigos antecedentes o requerer no prazo legal”.
JURISDIÇÃO CONTENCIOSA x JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA/INTEGRATIVA
└ A jurisdição voluntária também é chamada de integrativa, a ideia é transferir para o poder judiciário a integração e fiscalização de determinados atos jurídicos. A jurisdição voluntaria seria a administração pública de interesses privados. 
1ª crítica à jurisdição voluntária: É que na verdade o juiz não é voluntário, porque voluntário pressupõe a ideia de que você pode ou não se submeter a algo, e na verdade, ela é obrigatória. 
└Contraponto: Ela é voluntária sim. Porque em determinados casos a lei permite e não obriga a intervenção estatal, é a ideia de que pode se valer do judiciário ou não. Ex: Notificação -> Procedimento que é feito quando o requerente quer restituir o requerido in mora (descumprimento da obrigação).
Existem casos em que a lei não prevê, mas permite que a questão seja levada em juízo. 
└Exemplo: Alvará para autorizar transfusão de sangue em testemunha de Jeová.
2ª crítica: Não seria jurisdição, pois tem que haver LIDE. (Carnelutti)
PRA FIXAR: 
Carnelutti -> O sistema processual parte da LIDE (A lide é essencial para que o Estado exerça a jurisdição)
Chiovanda -> O estado vai resolver questões jurisdicionais mesmo que não haja lide.
CONCEITO DE LIDE: Lide é o conflito de interesses (é a posição favorável à satisfação de uma necessidade assumida por uma das partes) qualificado (que se mostra) por uma pretensão (é a exigência de subordinação do interesse alheio ao interesse próprio) resistida.
Carnelutti diz: O Estado Juiz só está exercendo a sua função jurisdicional quando houver lide.
Chiovenda diz: E quando não há lide, como nos casos de divórcio consensual¿
Carmelutti diz: Não há jurisdição, é apenas o Estado exercendo função atípica.
Chiovenda diz: Mas, basta o juiz atuar para que haja jurisdição, caso o juiz atue sem lide, é uma jurisdição voluntária.
CARACTERÍSTICAS DA JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA:
└ Princípio do inquisitivo (pois o juiz pode tomar decisões contrárias às vontades dos interessados).
└Possibilidade do juiz decidir com base na equidade (equivalência, honestidade, igualdade, integridade, isenção, justiça). Art 1.109 CPC
O pedido da jurisdição voluntária é feita através de uma petição inicial e o MP deverá intervir no processo quando for o caso. (art. 1105)
CLASSIFICAÇÃO DA JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA
└Atos Receptícios: servem para registrar, documentar ou comunicar manifestações de vontade.
 Ex: Notificações, interpelações (exigir explicação em juízo) e protestos. (Os documentos ficam com a parte)
└Atos Probatórios: Justificação > Procedimento que p juiz colhe depoimentos e documenta. (O requerente que irá produzir essas provas).
└Atos Declaratórios > Art. A.1.112, VI – Usufruto. Art. 1130 – Testamento particular tem que ser confirmado após a morte do testador.
└Atos Constitutivos > É aquele que cria, modifica ou extingue relações jurídicas. 
 Ex: Interdição, emancipação (vai adiantar a capacidade civil, art. 1.112, III. IV do CPC), naturalização, opção de nacionalidade, divórcio consensual.
└Atos Executivos > O juiz pratica atos que repercutem no mundo exterior.
 Ex: Alienação de coisas (bens do órfão, do menor), arrecadação de bens do ausente, herança jacente (quando não se tem herdeiros legais ou herdeiros por testamentos).
└Atos Tutelares > Tem por objetivo tutelar o proteger as pessoas vulneráveis.
 Ex: Remoção de tutor ou curador, quando uma pessoa possui uma tutela e ele não administra bem os bens então se pede a remoção desse curador ou tutor. 
 Procedimentos do ECA – inclusão à matrícula escolar, atendimento psicológico.
Quadro Comparativo
Jurisdição Contenciosa Jurisdição Voluntária
-atividade jurisdicional é substitutiva. - atividade administrativa e não é substitutiva.
-o juiz aplica a lei ao caso concreto para. - o juiz pode decidir com base na equidade.
solucionar o conflito.
-partes (autor e réu). 		 - requerentes ou interessados.
-produz coisa julgada material.				 - não produz coisa julgada (art. 1.111 do CPC).
SUJEITOS DO PROCESSO
└ O processo se desenvolve em uma relação triangular: Estado-Juiz 
								Autor		 Réu
└ O juiz exerce a função primordial que é a jurisdicional.
*** Partes Principais > São aquelas que postulam em juízo deduzindo pretensões (AUTOR) ou atuando sob o prisma do contraditório (RÉU). OU SEJA: AUTOR E RÉU.
└Autor e Réu -> É em relação a essas partes que haverá a coisa julgada.
└ Como ser parte? Postulando em juízo (autor) e sendo citado (réu).
Obs: Também pode se tornar parte através da sucessão processual. Ex: autor falece num processo e alguém irá sucedê-lo.
*** Partes secundárias > São aquelas que participam do processo podendo formular requerimentos, interpor recursos ou então se manifestarem. (Ex: MP quando atua como custus legis [fiscal da lei]). 
└ Quem são? O escrivão, oficial de justiça, os sujeitos probatórios (peritos, testemunhas), sujeitos postulantes (Ministério Público), terceiros intervenientes (advogado, defensores).
*** O juiz (órgão jurisdicional)
└ Quando se fala em juiz não necessariamente é uma pessoa natural, mas sim o órgão jurisdicional. Algumas vezes refere-se ao juiz como pessoa natural, magistrado. O principal objetivo da lei é garantir a imparcialidade do magistrado, criando meios de impedimento e suspeição.
└Imparcialidade: Equidistância daquela situação, não vai tirar proveito do processo. Um juiz que não tem interesse na decisão para ambas as partes.
└Neutralidade: Não tem nenhuma influência do meio em que vive. Um juiz que não tenha envolvimento social com as partes.
Impedimento (art. 134 CPC) e Suspeição (art. 135 CPC) do Juiz.
└ Impedimento: Tem natureza objetiva, tanto faz a intenção do magistrado. (É ISSO, SEM MAIS!)
└É mais grave do que a suspeição.
└Em casos que o juiz tem interesse e não mantem equidistância das partes, a lei presume que ele vai ser parcial (presunção jures et de jure), não admite prova em sentindo contrário, então isso gera o afastamento do magistrado na causa sem poder julgar a lide. 
└É uma questão de ordem pública, não tem preclusão (Preclusão é a perda do direito de manifestar-se no processo, isto é, a perda da capacidade de praticar os atos processuais por não tê-los feito na oportunidade devida ou na forma prevista), então uma das partes pode alegar a qualquer tempo o impedimento do processo, inclusive depois do trânsito em julgado.
└Depois do trânsito em julgado pode haver ação rescisória para o impedimento do processo (prazo da ação rescisória é de dois anos)
└ Quem pode alegar o impedimento? As partes, o MP e o próprio Juiz!
└ Após o impedimento, quem vai assumir será um juiz tabelar!
Há 6 (seis) casos em que o juiz será impedido. 
Considerar-se-á impedido o juiz, quando:
For parte do processo, o que decorre da antiga ideia de que ninguém pode ser juiz por causa própria.
Interveio no processo como mandatário (advogado) da parte, oficiou como perito, funcionou como órgão do Ministério Público, ou prestou depoimento como testemunha.
Tiver conhecido do processo em primeiro grau de jurisdição, nele tendo proferido sentença ou outra decisão, o que impede ao juiz que funcionou no processo que volte a nele atuar quando em grau de jurisdição superior (para onde tenha sido promovido ou convocado).
Nele estiver postulando, como advogado da parte o seu cônjuge (ou seja, se o advogado da parte for companheiro do juiz, este estará impedido), ou qualquer parente seu, consanguíneoou afim, em linha reta ou na colateral até 2º grau.
Cônjuge ou companheiro, parente consanguíneo ou afim (do juiz), em linha reta ou na colateral até o 3º grau.
Quando for órgão de direção ou de administração de pessoa jurídica, parte na causa, bastando pensar na hipótese de demanda em que é parte a associação dos magistrados brasileiros, em que restarão impedidos todos os juízes que exerçam função de direção ou de administração da referida entidade.
Reputasse SUSPEITO o juiz quando:
É amigo íntimo ou inimigo capital de qualquer das partes;
Qualquer das partes for credora ou devedora do magistrado, de seu cônjuge (ou companheiro), ou de parentes destes, em linha reta, ou na colateral até o terceiro grau.
Herdeiro presuntivo (Herdeiro presuntivo é a pessoa provisoriamente tida como herdeira de um trono, mas que pode perder tal posição com o nascimento de um herdeiro aparente ou de um novo herdeiro presuntivo com mais direito ao trono [só lembrar do Simba e do Scar, de “O Rei Leão”]), donatário ou empregador de alguma das partes.
Receber dádivas, antes ou depois de iniciado o processo, aconselhar alguma das partes acerca do objeto da causa, ou subministrar meios para atender as despesas do litígio (meios para fazer frente às despesas do processo).
Interessado no julgamento da causa em favor de uma das partes (interessado, por qualquer razão, em que o resultado do processo seja favorável a uma das partes)
Parágrafo único: por motivo íntimo. 
Obs: NÃO CARACTERIZA SUSPEIÇÃO:
Quando o juiz for membro de religião ou seita;
Quando o juiz for Membro de agremiação (associação) cultural, social ou esportiva;
Se o juiz tiver linha de pensamento filosófico, politico ou ecológico;
Quando o juiz requisitar instauração de inquérito contra uma das partes;
Tiver uma decisão anulada ou reformada no processo;
Exteriorizar opinião científica sobre matérias ou em teses jurídicas (livro, dissertações, palestras, etc.) que são discutidas na causa.
É de se notar que tanto o impedimento como a suspeição devem ser declarados de ofício pelo juiz (art. 137, CPC). Além disso, nos termos do art. 138 do CPC, os motivos de impedimento e suspeição se aplicam, também, ao órgão do Ministério Público, ao serventuário da justiça, ao perito e ao intérprete.
OS PODERES E DEVERES DO JUIZ.
*** ATIVIDADE JURISDICIONAL: Dizer o direito de acordo com as normas legais, julgando a lide. 
*** PODER DE POLÍCIA: Manutenção da ordem durante as audiências. É uma tarefa mais administrativa. (art. 445)
*** INICIATIVA PROBATÓRIA: O juiz pode, de ofício, determinar a produção de provas que achar necessário para a resolução do caso (isso não viola a imparcialidade). (É preciso reconhecer o poder do juiz de determinar, de oficio, a produção das provas que sejam necessárias para que o juiz encontre a verdade e atue, corretamente, a vontade concreta do ordenamento jurídico).
*** DEVER DE FUNDAMENTAR TODAS AS DECISÕES: As decisões judiciais terão que ser todas fundamentadas, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença em determinados atos, às próprias partes e seus advogados, ou somente a estes em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique interesse público à informação. (Art. 93, IX, CF)
*** OUTROS DEVERES DO JUIZ: (art 189, CPC): dar andamento ao processo, proferir despachos; tomar decisões.
SUJEITOS AUXILIARES DO PROCESSO (ART. 139 CPC)
└ São auxiliares de justiça todos aqueles que contribuem com o juiz para a realização das funções do juízo, no caso concreto, a função jurisdicional não é composta apenas pelo magistrado, sendo este auxiliado em suas atividades por uma série de pessoas, como o chefe do cartório do juízo (escrivão), oficial de justiça, perito, intérprete e outros.
*** SUJEITOS OBRIGATÓRIOS:
O escrivão -> Ele é o chefe ou o diretor da secretaria, ele dirige a atividade administrativa de apoio ao juiz, que é o cartório. (O cartório organiza e implementa os serviços. O processo é documentado lá, formando assim os autos do processo, o cartório ainda expede ofícios, certidões e registra sentenças).
└ Funções do escrivão (art. 141 CPC) -> 
Redigir, em forma legal, os ofícios, mandados, carta precatória, e mais atos que pertencem ao seu ofício. 
Executar as ordens judiciais, promovendo citações e intimações, bem como praticando todos os demais atos, como lhe forem atribuídos pelas normas de organização judiciária.
Comparecer às audiências, ou, não podendo fazê-las, designar, para substituí-lo, escrevente juramentado, de preferência, datilógrafo ou taquígrafo
Ter, sob sua guarda e responsabilidade, os autos, não permitindo que saiam de cartório, exceto quando tenham de subir à conclusão do juiz; com vista aos procuradores, ao MP ou a Fazendo Pública; quando devam ser remetidos ao contador ou ao partidor; quando modificando-se a competência, forem transferidos à outros juízos.
Dar, independentemente de despacho, certidão de qualquer ato ou termo do processo, observando o disposto no art. 155 CPC.
Oficial de justiça (art. 143 CPC) -> Ele é o longa manus (braço) do juiz. Vai praticar os atos fora da sede do juízo. 
└ Vai cumprir o mandato de citação, penhora, intimação pessoal, condução (buscar pessoa em casa, normalmente a testemunha), auxiliar o juiz a exercer poder de polícia nas audiências (manter ordem), fazer o pregão (chamar as partes no microfone), ele faz a prisão do devedor de alimentos.
*** SUJEITOS AUXILIARES EVENTUAIS:
Contador -> Faz os cálculos judiciais (cálculos complexos, e quando as partes não concordam, vai pro contador).
Partidor -> Faz a partilha dos bens inventariados (divide os bens para cada herdeiro -> 25% para fulano, 25% para fulanos, etc..)
Depositário -> Quando ocorre a penhora, ele é quem guarda e conserva os bens.
Intérprete -> Traduz línguas estrangeiras e interpreta sinais (mudo, surdo -> Libras).
*** SUJEITOS PROBATÓRIOS: 
└ Têm por função colaborar e auxiliar a justiça na apuração dos fatos.
Testemunhas -> Pessoa natural capaz, isenta e idônea (apta e competente), que prestará o depoimento oral perante o juízo acerca dos fatos que ela tenha presenciado ou que tenha tomado conhecimento através de sua própria percepção sensorial.
Perito -> Pessoa natural, capaz, isenta e idônea (apta e competente), que tenha conhecimentos técnicos, científicos ou especializados e tenha a confiança do juízo. (Art. 145, CPC). 
└ O perito deve ser imparcial. 
Obs: Perito é diferente de Assistente técnico. 
└ O assistente técnico é indicado pela parte (art. 421, §1º, I -> caput; O juiz nomeará o perito fixando de imediato o prazo para a entrega do laudo / §1º; cabe às partes, dentro de 5 dias, contados da intimação do despacho de nomeação do perito: / I; indicar o assistente técnico).
└ O assist. técnico não tem o dever de isenção (Que não possui obrigação de fazer) – Temos a ideia de que ele possa ser parcial.
└ QUEM PAGA O PERITO? R: É aquele que está o requerendo/chamando, mas caso haja gratuidade de justiça quem pagará é o tribunal. Quando as duas partes pedem o perito, o autor é quem paga, ou então o juiz que escolhe quem irá custeá-lo. (art. 33 CPC)
AS PARTES:
AUTOR -> É aquele que postula em juízo.
RÉU -> Se torna réu a partir da citação (quando é chamado pelo juiz).
*** SUCESSÃO PROCESSUAL:
└ Na sucessão processual, uma das partes será excluída do processo, e no seu lugar, um ou mais sujeitos ingressarão no processo, pode ser tanto no polo ativo quanto no polo passivo, pode ser por ato causa mortis ou pelo ato inter vivos. A sucessão é uma forma de substituição das partes no processo, e pode ocorrer tanto com relação ao empregador quanto com relação ao empregado. Por exemplo: o espólio, através do inventariante, assume o lugar do empregado que faleceu, sucedendo-o (causa mortis).
└ Quando o direito material que está sendo discutido no processo for intransmissível, o processo será extinto sem resolução de mérito (art. 267, IX). -> Os bens do falecido respondempelas dividas do falecido.
Exemplo: Obrigação de fazer (Tício ficou de pintar a casa de Epaminondas, porém Tício morre, logo, Epaminondas não poderá exigir que os herdeiros de Tício pintem a casa).
Relembrando o que é direito material e direito processual: 
a) DIREITO MATERIAL: onde temos o (mundo fático [pegar uma garrafa d’agua]) e o (mundo jurídico[compra e venda/negócio jurídico]), o direito material é aquele que regula todas as relações entre as pessoas.
Ex: EU COMPRO UMA ÁGUA DIRETAMENTE COM O ZÉ, FIM. (Eu e zé tivemos uma relação sem haver a necessidade de presença do Estado Juiz).
b) DIREITO PROCESSUAL:  É o conflito de interesse regulado pelo direito (Regula as relações jurídicas processuais).
Ex: O ZÉ ME VENDEU A ÁGUA COM TERRA. (Eu requisitei tutela/presença do Estado para ele regular/resolver o conflito entre eu e zé). -> Só precisamos ter relação jurídica processual se algo der “errado”.
└ Ato inter vivos -> Não ocorre alteração das partes no processo, somente se a outra consentir (Art 42 CPC), caso não haja consentimento, o terceiro poderá atuar como assistente litisconsorcial. 
└ Diz-se que o assistente litisconsorcial é aquele que poderia ser parte, mas não foi incluído em um dos polos da demanda no momento oportuno. Pode-se citar como exemplo o caso de um codevedor solidário que não tenha sido incluído no polo passivo da demanda por algum motivo qualquer. Por seu turno, a assistência simples diz respeito a um reflexo mais tênue do resultado da demanda existente; o reflexo é indireto. É o caso do sublocatário [eu aluguei o imóvel para uma pessoa, e esta pessoa alugou para uma terceira pessoa] em ação de despejo). (ler art. 54 CPC)
*** SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL:
└ É a legitimidade extraordinária, quando se ajuíza uma ação em nome próprio postulando direito alheio. (Art. 6º, CPC) -> 
Exemplo: Investigação de paternidade proposta pelo Ministério Público (a legitimidade originária é do filho (ele que pede a investigação, porém o Ministério Público pode pleitear o direito do “filho” sem que ele peça). 
*** TERCEIROS INTERVENIENTES (INTERVENÇÂO DE TERCEIROS)
└ Pode-se definir a intervenção de terceiro como o ingresso, num processo, de quem não é parte.
└ É terceiro quem não é parte. Assim, num processo em que são partes um Fulano e um Beltrano, serão terceiros todas as demais pessoas que não são estes dois. Ingressam no processo por iniciativa própria ou então são chamados.
*** AMICUS CURIAE (Amigos da Corte)
└ Em determinados processos o amicus curiae é aceito, atuam como auxiliar do juiz em questões mais complexas. Processos relevantes para a sociedade (aborto quando o feto é anencefálico, várias pessoas são ouvidas para chegar à uma decisão).
MINISTÉRIO PÚBLICO (Art. 127 ao 130 CF)
***Ministério Público dos Estados
└Cada Estado possui o seu.
*** Ministério público da União: Ele se subdivide em:
└Ministério Público Federal
└Ministério Publico do Trabalho
└Ministério Público Militar
└Ministério Publico do Distrito Federal e Territórios 
└ O MP é órgão do Estado, que, segundo a CF, é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, cabendo a ele a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. Ele pode atuar como órgão interveniente, ou como se costuma encontrar com mais frequência, atua como parte ou fiscal da lei (custos legis).
└No processo civil o MP pode atuar como parte principal (autor/réu) ou como fiscal da lei (custos legis), como parte principal ele normalmente figura como autor de uma ação. No polo passivo (réu), é mais raro encontra-lo.
└ PODE ACONTECER DO MP SER RÉU, QUANDO? 
Sim, na ação rescisória, que busca a desconstituição da coisa julgada porque a sentença violou norma de ordem pública.
*** PARTE PRINCIPAL (primária)
└ Quando o MP atua como parte principal ele poderá agir com legitimidade ordinária ou como substituto processual.
└Legitimado originário: atua em nome próprio, defendendo interesse geral da coletividade (Ex: Ação direta de inconstitucionalidade, que visa tirar do ordenamento jurídico as leis incompatíveis com a constituição).
└ Substituto Processual: Principalmente quando estivermos diante de direitos individuais, indisponíveis, ele atua como legitimado extraordinário ou substituto processual. 
Ex 1: Investigação de Paternidade, guarda de menor quando em situação de risco, interdição – ver art. 1.177, III e 1.178 - ,
Ex 2: Casos de ação civil pública que servem para a tutela de direitos coletivos em sentido amplo (direito do consumidor, infância, adolescência, meio ambiente e etc).
└ O MP não atua nos casos de hipossuficiência (falta de grana), quando a parte não tem condições de arcar com custas processuais e honorários advocatícios. A função de atuar nestes casos é da Defensoria Pública.
*** PARTE SECUNDÁRIA
 └ É parte secundária, pois não se apresenta como parte independente e autônoma, mas como coadjuvante ou parte secundária, sem os poderes principais da parte principal. 
└ Atua como fiscal de lei (custos legis). Vai atuar postulando e opinando livremente no processo (preservar o interesse da lei no processo), não atua defendendo o interesse de qualquer das partes, e sim verificando se as leis estão sendo aplicadas corretamente. Tanto é que ele poderá recorrer nas decisões que não concordar. (art. 82 do CPC).
└ Quando tiver sempre um ente público (união, estados e municípios), o MP não tem que atuar, ele não tem a função de advogado do ente público, quem atua é a procuradoria dependendo do ente.
Procuradoria Federal atua para autarquias federais (Ex: INSS, IBAMA, INCRA) e fundações públicas.
Procurador da Fazenda Nacional atua como fiscal. O Procurador da Fazenda Nacional é um advogado público que atua na área tributária para cobrar débitos fiscais não quitados perante a União
Advogado Geral da União atua quando a união for parte.
Procurador do Estado atua na defesa do estado, munícipios. Se o município for grande há Procuradoria do Município, se for pequeno um advogado será contratado para representa-lo.
└ Todas as questões que envolvem interesse de saúde envolvem o MP.
└Atenção: Ações envolvendo acidente de trabalho em que é pleiteada indenização contra o empregador, é na justiça estadual. 
Súmula 189 do STJ. > É desnecessária a intervenção do MP nas execuções fiscais. (Execução Fiscal é um procedimento especial em que a Fazenda Pública requer de contribuintes inadimplentes o crédito que lhe é devido, utilizando-se do Poder Judiciário, pois não lhe cabe responsabilizar o devedor).
Obs: Existe previsão legal em outras leis determinando a atuação do MP. ( Ex 1: No mandado de segurança art.12 da lei 12.016/09 - Ex 2: Na Ação Civil Pública art. 5° § 1° da lei 7347/85). O MP pode requerer provas e juntar documentos (art. 83 CPC). No processo o MP também pode ser impedido ou suspeito (art. 138, III).
└ Se não houver intimação do MP para intervir no processo em que a sua intervenção for obrigatória, será nulo. (art.84 + art. 246 CPC) = nulidade absoluta.
***ATUAÇÃO EXTRAJUDICIAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO 
└ O Ministério Público na maioria das vezes procura resolver os conflitos da sociedade através da via judicial, no entanto, a ele cabe também poder atuar de forma extrajudicial para solução dos conflitos. 
└A atuação extrajudicial do Ministério Público poderá ser exercida através de Audiências Públicas, Reuniões, Procedimento Administrativo Preliminar, Inquérito Civil, Procedimento Investigatório Criminal, Recomendação, Termo de Ajustamento de Conduta.
*** GARANTIAS COSNTITUCIONAIS DO MINISTÉRIO PÚBLICO
└Vitaliciedade (art. 128, §5, I-a)
É o período probatório, adquirido em 2 anos de efetivo exercício do cargo, mediante aprovação em concurso de provas e títulos, em outras palavras só podem perder o cargo por sentença judicial transitada em julgado.
└Inamovibilidade (art. 128, §5, I-b)
Um membro do MP não poderá ser transferido sem a sua autorização ou solicitação. Excepcionalmentepor motivo de interesse público mediante decisão o órgão competente do MP (Conselho Superior do MP) e vota da maioria absoluta de seus membros.
└Irredutibilidade de Subsídios (art. 128, §5, I-c)
O subsidio (Valor em dinheiro que o governo estabelece ou subscreve para certas atividades) dos membros do MP não poderá ser reduzido.
ADVOGADO:
└ Função essencial e indispensável à administração da justiça (art. 133/CRFB)
└ A atividade do advogado está regulada pela lei 8.906/84, esta lei é o Estatuto da OAB.
└ O advogado tem a CAPACIDADE POSTULATÓRIA, ou seja, somente o advogado poderá postular em juízo. Por conta disso é que o direito brasileiro adotou o Princípio do Patrocínio Obrigatório. 
└ O que é Patrocínio Obrigatório? 
Resposta: Noção: representação da parte por um profissional. / Profissional: advogado. / Razão: necessidade de atribuir a condução do processo a profissionais com a devida habilitação técnica.
└Exceções do Principio do patrocínio obrigatório:
Habeas Corpus -> Não há necessidade do advogado.
Juizado Especial (JEC) -> Desde que a causa não ultrapasse 20 salários mínimos, a parte poderá postular sem advogado. (art. 9ª, Lei 9.099/95), caso ultrapasse 20 salários, a parte precisará de advogado, vale ressaltar que os Juizados especiais acolhem causas de até 40 salários mínimos. 
└ Em caso de recurso no Juizado Especial, a parte obrigatoriamente será representada por um advogado (art. 41, §2º, Lei 9.099/95) 
Quando a própria parte é advogado, postulando em nome próprio.
Se no lugar não houver advogado ou todos se recusarem ou estiverem impedidos de atuar pela parte (art. 36 CPC).
└ O Advogado atua representando a parte. O CONTRATO de prestação de serviços advocatícios engloba a prestação de serviços e o mandato, que é um contrato através do qual a parte ou a pessoa pratica determinados atos em nome do mandante.
Mandato: Contrato através do qual a parte ou a pessoa vai praticar determinados atos em nome do mandante, ou seja, que outorgou.
Procuração: É o INSTRUMENTO do MANDATO, através da procuração os poderes são passados para o advogado (ou outra pessoa) atuar em nome da parte. (mandante: quem outorga / mandatário: quem recebe [advogado ou outra pessoa]).
└ Clausula “Ad jucicia” (art. 38, CPC) -> Possibilidade do advogado praticar todos os atos advocatícios. 
Obs: O advogado representa a parte em todos os atos do processo, exceto nos ditos personalíssimos, que somente a parte pode realizar. (ex: Submissão à uma perícia, depoimento pessoal).
└ O advogado TEM que aconselhar a parte que ele representa, só que de acordo com o CPC, ele tem o DEVER de atuar com boa fé, não pode mentir. (art. 37 CPC).
└ Ato não assinado é considerado ato inexistente. (art. 134 CPC)
DEFENSORIA PÚBLICA (art. 5º, LXXIV CF)
└ É um órgão público criado com a finalidade de garantir o acesso à justiça aos necessitados.
└ Função típica da Defensoria Pública: Prestar assistência jurídica hipossuficientes (quem não tem condições de arcar com as custas judiciais).
└ É uma instituição essencial à função jurisdicional do Estado, cabendo-lhe a orientação jurídica e defesa em todos os graus dos necessitados, na forma do art 5º, LXXIV.
Obs: Assistência JURÍDICA: -> Assistência extrajudicial e também em juízo. Ou seja, além da função de representação (advocacia postulatória), a assistência jurídica integral também tem a função de orientações, aconselhamentos jurídicos gratuitos (atuação extrajudicial), consultoria (advocacia consultiva, de natureza preventiva), ou seja, uma atuação que tem por fim prevenir e amenizar conflitos com base no ordenamento jurídico.
 Assistência JUDICIÁRIA -> É mais restrita porque ocorre em juízo. Atuação em Juízo. É um benefício estatal que consiste na defesa técnica gratuita dos interesses de uma pessoa perante o poder judiciário.
└Obs: A DP presta assistências aos hipossuficientes, porém, não há parâmetro legal que defina a renda mínima para que uma pessoa seja considerada hipossuficiente ou não.
└ Lei 1.060/50 (gratuidade de justiça), no art. 3º regula a gratuidade de justiça.
└ O Defensor Público tem duas prerrogativas (privilégios) importantes;
Intimação pessoal dos atos processuais -> O processo tem que ir pro gabinete do defensor. (o Mp tb tem)
Prazo em DOBRO -> Todos os prazos dos defensores são em dobro (art. 5º, §5º).
FUNÇÕES DA DEFENSORIA
└ Funções Típicas e Atípicas.
*** FUNÇÃO TÍPICA: Assistência jurídica (assistência judicial e extrajudicial) aos hipossuficientes econômicos.
*** FUNÇÃO ATÍPICA:
└1ª função atípica -> Defesa no processo criminal, que independe da hipossuficiência. (Mesmo se a pessoa tiver boa situação financeira ela poderá ser assistida por um defensor no processo criminal.
└2ª função atípica -> Legitimidade para ajuizar ação civil pública, ação para tutelar os direitos públicos coletivos (lato sensu, que significa em sentido amplo e geral). Ex: Instalaram um poste de energia elétrica numa área de reserva biológica, poderá ser movida uma ação civil pública em face da empresa que instalou o poste, para que a mesma o tire de lá.
└3ª função atípica -> Curadoria especial -> O curador especial tem a função de defender alguma das partes em algumas situações previstas em lei. Nas hipóteses previstas em lei, se o juiz não nomear curador especial, o processo será nulo. (art. 9º CPC)
Obs: STJ decidiu que se o réu preso constitui advogado, ele não precisará de curador especial (prisão civil).
DIFERENÇA ENTRE O ADVOGADO E A DEFENSORIA
└O advogado tem um vínculo CONTRATUAL com o seu cliente.
└O defensor com o assistido tem um vínculo de natureza legal (não existe um contrato entre eles).
└Quando alguém escolhe um advogado é por questão de confiança, proximidade, etc, ou seja, há escolha. Não existe possibilidade de escolha para o assistido.
└ Para ser atendido pela defensoria, não existe procuração exatamente porque este vínculo lá está fixado na lei.
└ O contato do defensor com o assistido é mais difícil do que do advogado com a parte.
CITAÇÃO
└ Citação é o ato pelo qual o réu é cientificado de que existe um processo contra ele.
A citação pode ser:
└ 1 - Pessoal -> Por carta ou por Oficial de Justiça.
└ 2 - Ficta -> Pode ser por hora certa – quando o cara está se escondendo, ai será feita uma visita três vezes na casa do réu e ele não aparece, presume-se, então, que ele está se escondendo. Então a citação poderá ser feita por edital, tendo em vista que o réu está inlocalizável.
Obs: Se o réu for citado por edital ou hora certa, o juiz deverá nomear curador especial.
LITISCONSÓRCIO
└ A palavra consórcio deriva do latim “consortium”, que significa reunião. O litisconsórcio, então, é, a grosso modo, a união de pessoas em um ou ambos os polos da demanda. A doutrina conceitua o litisconsórcio como a pluralidade de pessoas que atuam em um ou ambos os polos conflitantes da relação jurídica processual.
└ Fundamentos: O litisconsórcio está fundamentado na economia processual (porque julgando-se determinados casos com todos os sujeitos da relação material num só processo, estar-se-ia evitando o manejo do Judiciário para diversas causas com a mesma essência) e na harmonia do julgamento (já que as causas parecidas estariam sendo submetidas a um mesmo juízo, a uma mesma cognição, a uma mesma compreensão do caso).
CLASSIFICAÇÃO DO LITISCONSÓRCIO
Quanto ao polo (posição dos litisconsortes).
Litisconsórcio Ativo: Quando há mais de um autor. Há litisconsórcio ativo quando, na relação processual, encontram-se diversos autores demandando em face de apenas um réu.
Litisconsórcio Passivo: Quando há mais de um réu. Há litisconsórcio passivo quando um autor demanda em face de vários réus.
Litisconsórcio Misto: (também chamado de reciproco) Quando há mais de um autor e mais de um réu. 
Quando ao momento de formação.
Litisconsórcio Inicial (ou originário): Forma-se com a propositura da ação, ou seja, desde o início da ação, já existindo no momento em que a petição inicial é apresentadaem juízo.
Litisconsórcio Ulterior (ou superveniente): Forma-se após a propositura da ação. Forma-se durante o curso da demanda.
Quanto ao destino dos litisconsortes no plano material
Litisconsórcio Unitário: é aquele que a decisão judicial é igual para todos os litisconsortes. O juiz não pode decidir a lide senão de maneira uniforme a todos os consortes.
Litisconsórcio Simples: é quando há a possibilidade de a sentença ser diferente para as partes. O litisconsórcio é simples quando a sentença der a cada litisconsorte tratamento próprio 
individual, na medida em que presentes no processo várias lides.
Quanto à obrigatoriedade da participação dos litisconsortes.
Litisconsórcio necessário: Todos os litisconsortes são obrigados a participar do processo. Caso falte um litisconsortes a sentença será ineficaz.
O litisconsórcio será necessário por dois motivos:
Determinação da lei. (Ex: art. 10 do CPC: precisa da presença do cônjuge em ações de direito real imobiliário e nas ações possessórias nos casos de composse [posse de duas ou mais pessoas] ou de atos por ambos praticados). (Ex2: Ação de reintegração de posse do autor em face do réu casado. Há litisconsórcio necessário por disposição de lei, e o cônjuge do réu também deve estar no polo passivo). (Ex3: Ação de Usucapião de terras (art, 942 do CPC): quando o possuidor de um imóvel pleiteia para si a propriedade do imóvel que esbulhou, o réu será o proprietário, mas o autor deverá também obrigatoriamente requerer a citação dos proprietários dos imóveis confinantes (os imóveis vizinhos).
Obs: Quando o litisconsórcio for necessário por disposição de lei ele será simples. Pois há a possibilidade de a sentença ser diferente para os litisconsortes.
Pela natureza da relação jurídica de direito material (discutida no processo).
Existem determinadas relações jurídicas que, por sua natureza exigem a formação do litisconsórcio.
Quando o processo discutir uma relação jurídica única, indivisível que não admite cisão (separação), incindível (que não da para separar), todos os sujeitos dessa relação jurídica têm que fazer parte do processo. (Ex: Ação de anulação de casamento proposta pelo MP em face do marido e da mulher. Esse litisconsórcio é necessário, ainda que não haja nenhuma lei exigindo, pois a relação jurídica discutida é o próprio casamento, logo deve haver a citação do marido e da mulher). 
Obs: Quando o litisconsórcio for necessário pela natureza da relação jurídica de direito material ele será unitário. Pois tendo como referencia o exemplo supracitado, a decisão judicial não poderá ser diferente para os litisconsortes em uma ação de anulação de casamento proposta pelo MP.
Litisconsórcio Facultativo: Não há a obrigatoriedade da presença de todos os supostos titulares do direito na relação jurídica processual. Podendo cada um deles exercer individualmente seu direito de ação. (art. 46 do CPC). (Ex: Devedores solidários)
O objetivo do litisconsórcio facultativo é proporcionar celeridade e economia processual
Existe litisconsórcio facultativo ulterior?
A corrente majoritária entende que não é possível um litisconsórcio facultativo ulterior, pois violaria o princípio do juiz natural.
Litisconsórcio Multitudinário
Nada mais é do que um litisconsórcio facultativo, porém, com amplo número de litigantes, de modo que sua redução se torna imprescindível sob pena de prejuízo ao andamento do processo em razão de violação ao principio da economia processual. A razão de ser litisconsórcio é a própria economia processual. Significa dizer que no litisconsórcio multitudinário, o número de litigantes é tão grande que a essência que justifica o litisconsórcio deixa de existir, constituindo fundamento para a redução do número de litigantes. Art. 46.
O juiz pode limitar o numero de litigantes em um litisconsórcio multitudinário, a decisão que limita esse litisconsórcio é interlocutória, ou seja, não é uma sentença, pois o processo continua. As pastes excluídas do processo poderão recorrer da decisão através do recurso de agravo de instrumento.
Uma primeira corrente entende que os excluídos do processo deverão ajuizar nova ação. Já outra corrente majoritária, entende que o juiz pode determinar que o processo seja distribuído.
*** O litisconsórcio ativo necessário existe? 
A doutrina avalia algumas situações para responder a esta pergunta.
Olhar art. 10 CPC, neste caso não existe. O §1° refere-se a um litisconsórcio necessário passivo. Já pela letra da lei o § 2° seria um litisconsórcio necessário ativo. Porém o STJ decidiu que neste caso não haveria litisconsórcio necessário ativo porque não se trata de uma ação de natureza real, mas sim pessoal, bastando a meia autorização do cônjuge, tal como art. 10 caput. 
Numa situação de credores solidários onde temos os sujeitos ‘’A’’, ‘’B’’ e ‘’C’’, ‘’A’’ se sentiu prejudicado em uma situação, ele poderá entrar em uma ação sozinho?
Uma primeira corrente diz que ele sozinho não poderia, por ser um credor solidário no caso concreto. Já uma segunda corrente majoritária entende que ele poderia, pois ninguém é obrigado a litigar com outrem.
Resposta final: Não existe litisconsórcio necessário ativo.
*** Intervenção ‘’iussus iudicis’’
É a intervenção por ordem de ofício do juiz. A discussão é saber se é possível a intervenção “iussus iudicis” no processo civil. Artigo 47, § único. O juiz não pode determinar a citação, ele determinar que o autor promova a citação, ficando a cargo desse. Não temos essa intervenção no polo passivo. 
No polo ativo, o juiz pode determinar a citação dos litisconsortes. Em outras palavras o juiz não pode determinar a intervenção ‘’iussus iudicis’’, mas ele pode determinar que as partes o façam. Se o as partes não fizerem o juiz poderá extinguir o processo. (corrente majoritária).
Já uma segunda corrente entende que o juiz poderia realizar a intervenção ‘’iussus iudicis’’, pois o seu dever é zelar pelo andamento do processo. (minoritária)
 DINÂMICA DO LISTISCONSÓRCIO.
A regra geral é a independência dos litisconsortes. Significa que o ato de um não interfere ou afeta o de outro. Porém, essa ideia é relativa. Seria aplicado no litisconsórcio simples. Já no litisconsórcio unitário, esse princípio não poderá ser aplicado. Não poderá porque a relação jurídica de direito material é indivisível. Mesmo no litisconsórcio simples dependendo do ato ele pode vir a afetar todos os litisconsortes.
Ex: Vamos supor que um dos litisconsortes recorre da sentença. E no recurso alega-se prescrição. Essa alegação, se acolhida pelo tribunal, afetará aos demais? Sim. Pois está prescrito, trata-se de litisconsórcio simples. Art. 48 do CPC.
A doutrina divide as condutas dos litisconsortes em condutas alternativas e determinantes.
As alternativas são praticas para obter resultado favorável por isso á todos aproveitam.
Já as condutas determinantes conduzem a um resultado desfavorável para os litisconsortes.
 Á partir de agora não vai cair na prova, continuaremos então em outro momento, quando a NPC II se aproximar, então partiu tirar 10 galera, uhuuul.

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