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Aula 6 a 10

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Aula 6: Supervisão e Orientação Pedagógica na organização do currículo, planejamento e avaliação  e o acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem
 
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Aula 7: Supervisão e Orientação Pedagógica e o desenvolvimento profissional dos professores
Ao longo do tempo, o conceito de Supervisão Pedagógica tem sofrido mudanças e, da mesma forma, a ação do Supervisor Pedagógico tem mudado seus objetivos.
Tomando como base a ideia de que a educação hoje é vista como um processo que leva à realização individual e social do educando, seu objetivo se centra no desenvolvimento da pessoa humana e sua integridade, ampliando sua capacidade de mudar o meio em que vive para a satisfação de suas necessidades.
O principal papel da educação está na velocidade com que as transformações sociais e tecnológicas se produzem e no sistema educativo, no qual os ritmos são muito lentos. Dessa forma, pouco tem mudado a organização da escola e também o trabalho dos professores.
Porém, o que se espera do professor é muito mais que a transmissão de conhecimentos aos alunos, sendo que até bem pouco tempo atrás, era isso o que bastava.
Nessa perspectiva, observamos o sistema educativo reproduzindo vícios, também os conteúdos se tornaram ultrapassados, não havendo acompanhamento do ritmo das mudanças. Embora haja exigência da elevação do nível de crítica e de abstração dos educandos, sabemos que tudo isso está condicionado ao profissionalismo dos docentes.
Essa forma de conceber a educação e, consequentemente, a escola sendo o lugar onde esse processo intencional se desenvolve, é que tem determinado o sentido que deve permear a Supervisão Pedagógica.
Então, temos que a figura do Supervisor Pedagógico desponta como elemento de intermediação nessa proposta de mudança.
Lamentavelmente, algumas vezes essa mudança se materializa apenas em novas propostas curriculares divulgadas pelos órgãos oficiais.
Entretanto, temos visto a prevalência do desejo de mudança no trabalho da supervisão, tornando-se força aglutinadora e impulsionando o grupo de professores, contribuindo para a interpretação e reinterpretação da realidade escolar e suas necessidades.
Assim, o Supervisor Pedagógico se tornou o responsável pelo acompanhamento da prática do professor, devendo oferecer orientação e assistência nas dificuldades enfrentadas no cotidiano escolar, mantendo sempre um relacionamento próximo, um ambiente de colaboração e respeito mútuo.
Essa orientação e assistência só produzirão o efeito desejado quando voltada para o desenvolvimento profissional do professor, assim como a construção da sua autonomia.
Na última década, institucionalizou-se a formação dos professores de diversas formas (cursos, seminários, oficinas, jornadas), mas reiterados estudos constatam sua baixa incidência, ou mesmo, ausência de impacto nos resultados escolares.
Essa realidade nos leva a analisar as causas, a buscar novos enfoques na formação, uma vez que o impulso voluntário, o individualismo e a falta de planificação estão provocando esse fracasso formativo.
Na maioria dos casos, os planos de formação acabam somando carências e urgências técnicas, buscando receitas, não dedicando o tempo necessário e não escolhendo formadores competentes.
A mudança exige a assimilação de um corpo teórico coerente, que propicie a consistência de diversas teorias e estratégias que possam lhe dar projeção.
De uma maneira geral, os docentes não integram as técnicas e estratégias propostas nesses programas à sua atividade docente, sendo que percebe-se a necessidade de educar a vontade, a efetividade.
Uma comissão formada pela União Europeia formulou uma série de questões visando elaborar um novo programa de aprendizagens permanentes (Educação e Formação 2010), Tebar (2003) também formulou algumas contribuições, dentre elas selecionamos:
- Despertar o desejo de saber;
- desenvolver atitudes e clima positivo;
- conhecimento de métodos e estratégias para o desenvolvimento de habilidades mentais;
- autonomia a partir da assimilação de métodos e técnicas de estudo e de aprendizagem;
- formação de habilidades básicas e competências de alto nível de abstração e complexidade;
- trabalho com tecnologia de informação e comunicação.
- Valorização do envolvimento da família;
- educação preventiva que ilumine o fracasso escolar;
- plano de desenvolvimento dos talentos de cada um;
- escola como lugar de pesquisa;
- antecipação dos problemas;
- abertura às influências positivas.
- Busca de outros profissionais contribuindo com novas soluções;
- combate ao fracasso e abandono;
- flexibilidade da organização;
- administrações e supervisões competentes;
- famílias acompanhando na formação de hábitos e atitudes;
- incentivo à participação permanente dos pais.
- Formação permanente;
- dedicação e estabilidade docente;
- escolas com projeto educativo compartilhado;
- centros universitários influenciando nas escolas.
Como vimos, a escola passa a ser sistematizadora do conhecimento adquirido fora, devendo garantir a produção de conhecimento mais elaborado, aproveitando todas as experiências adquiridas.
É importante criar ambientes de aprendizagens instigadores que corroborem no processo de elaboração e reelaboração das experiências propiciando o desenvolvimento das capacidades mentais do aluno.
Essa mudança pretendida somente acontecerá se houver condições facilitadoras, com uma liderança efetiva, capaz de liberar a energia latente e congregar esforços individuais, articulando-os em torno de uma proposta comum.
Esse trabalho envolve uma supervisão que vai além dos aspectos meramente técnicos, implica em uma ação planejada e organizada a partir de objetivos claros, assumidos por todos para o fortalecimento do grupo. Dessa forma, a Supervisão Pedagógica deixa de ser um recurso meramente técnico, para se tornar político, preocupado com os sentidos e os efeitos das ações. Porém, esse sentido só se efetiva se atingir a administração da escola e, assim, alterar o ambiente escolar.
Os esforços nessa ação devem dirigir-se a uma definição mais clara dos objetivos de escolarização, valorização e aproveitamento dos talentos individuais e validação dos métodos.
Portanto, compete ao Supervisor Pedagógico o desenvolvimento de um clima de camaradagem e cooperação, respeito pelo trabalho de cada um e a valorização das experiências desenvolvidas na sala de aula.
Nesse caso, é fundamental a conjugação do trabalho da Supervisão Pedagógica com a administração da escola, pois os propósitos de ambas se constituem na melhoria da aprendizagem e desempenho dos alunos. Nesse caso, é necessário considerar o estágio de desenvolvimento dos professores e da equipe escolar em termos de conhecimento e compreensão das suas bases teórico-práticas.
O ação do Supervisor Pedagógico se constitui na melhor solução para esse trabalho, existindo, pois, condições imprescindíveis na sua atuação que leve ao  sucesso:
- Manter um clima de abertura, cordialidade, encorajamento e fortalecimento do sentimento de grupo;
- Conhecer a legislação, seus limites e brechas, otimizando seu uso em proveito da escola;
- Estimular o desenvolvimento das experiências e seu compartilhamento com o grupo;
- Atentar para as dificuldades apresentadas pelos professores;
- Subsidiar os docentes com informações e conhecimentos atuais, sobre temas complexos;
- Atuar junto à administração no sentido de viabilizar os encontros.
Dessa forma, fica definido o verdadeiro sentido da Supervisão Pedagógica no contexto escolar, despida do autoritarismo de outros tempos e assumindo seu verdadeiro papel de estimuladora e organizadora de um projeto de mudança, envolvendo de forma responsável toda a comunidade escolar.
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Aula 8: O Supervisor Pedagógico e a Constituição dos Grupos de Professores na EscolaAgora já sabemos que a principal função do Supervisor Pedagógico é formar os professores dentro da instituição em que atuam e a formação continuada é a condição para o exercício de uma educação consciente, que trabalhe as necessidades atuais dos alunos.
Os professores dentro da escola formam um grupo e, mesmo considerando suas individualidades, o grupo como um todo interfere nas atividades de cada um, que acabam sendo norteadas pelas relações estabelecidas nesse espaço de interação.
Nesse caso, existe a necessidade de intervenção do Supervisor Pedagógico para que seja desenvolvido um trabalho que possibilite a superação da fragmentação consolidando um trabalho coletivo.
Em primeiro lugar, consideramos de vital importância a ação conjunta de toda a equipe de gestão da escola. Esse trabalho em parceria torna a equipe mais capaz de articular o grupo de professores, mobilizando-os e comprometendo-os com a melhoria do trabalho pedagógico.
Assim, a prática educativa da escola passa a ter novos significados, envolvendo também a prática pedagógica dos professores em um processo de formação contínua.
Segundo Freire (1970), a dialogicidade é a essência para a transformação da educação rumo à sua autonomia.
Para Souza (2001), não basta uma somatória de pessoas para existir um grupo, desta forma se torna necessário pensar em como possibilitar a construção do grupo para o desenvolvimento de um trabalho coletivo rumo à superação da fragmentação.
Então, o primeiro passo nessa direção é reunir os professores e essa tarefa não é fácil, pois a conciliação de horários, muitas vezes, acaba sendo a primeira grande barreira.
Após um acordo em que cada um, a um tempo, pode flexibilizar seus horários, os encontros devem ser marcados, podendo ser semanais ou quinzenais, porém, permanentes.
O Supervisor Pedagógico deve ter enorme cuidado na organização de suas tarefas cotidianas para estar totalmente disponível no horário marcado. É muito importante não atrasar ou interromper as reuniões por eventuais ocorrências.
Os professores precisam perceber a valorização e o envolvimento do Supervisor Pedagógico com o grupo, o que acabará servindo de exemplo para o próprio envolvimento dos professores.
O Supervisor Pedagógico precisa ter um planejamento para essa formação contínua e este deve contemplar as necessidades do grupo de professores.
Neste especial, o trabalho do Supervisor Pedagógico é muito parecido com o trabalho do professor que, antes, precisa conhecer o que seus alunos já sabem e o que ainda precisam saber.
Devido às lacunas deixadas na formação inicial dos professores, é comum percebermos que os professores conhecem pouco sobre:
• o processo de aprendizagem dos alunos;
• a avaliação;
• como lidar com a indisciplina dos alunos;
• estratégias de ensino etc.
Agora a escolha foi feita, é hora de começar: o tema já foi escolhido, mas é necessário planejar uma tarefa a ser desenvolvida pelo grupo, pois a busca de objetivos comuns fortalece. É o momento de estabelecer o “como”, ou seja, a forma que irá favorecer o desenvolvimento dos objetivos propostos para esse trabalho.
O Supervisor Pedagógico deve ter muito cuidado ao abordar com os professores questões relativas às suas atividades docentes, pois não se deve levantar erros antes da construção de vínculos. Com os vínculos estabelecidos, é mais possível lidar com as críticas, com os não saberes e confrontar falhas.
Pode-se iniciar com o estudo teórico do tema escolhido. É preciso lembrar que os textos precisam estar adequados ao grupo. Mais uma vez, nesse caso, o Supervisor Pedagógico deve saber mais sobre o tema que os professores e, dessa forma, é preciso muito estudo. Também os professores devem fazer a leitura do texto escolhido antes da reunião.
O medo vai sendo superado com a construção de vínculos e com a própria compreensão do texto. Daí a necessidade do Supervisor Pedagógico estudar o texto e fazer levantamento dos pontos principais.
Quando acontecer o silêncio ou a simplificação excessiva dos conceitos, o Supervisor Pedagógico deverá levar o grupo de volta ao texto e ir, aos poucos, explicitando as ideias, fazendo perguntas e estabelecendo relações com a prática. Se os professores não levantarem questões sobre o texto, o Supervisor Pedagógico deverá fazê-lo.
O Supervisor Pedagógico deverá organizar uma pauta considerando o tempo que será dedicado ao encontro e distribuindo atividades. A pauta deve ser lida no início da reunião, pois isso organiza e prepara o grupo para as atividades que serão desenvolvidas, facilitando o trabalho.
Ao final de cada encontro, é necessário fazer a avaliação da reunião, pois essa avaliação ajuda a conhecer o grupo, facilitando a expressão de cada um e possibilitando o avanço na escrita dos professores.
Feito dessa forma, cada reunião pode iniciar pela leitura da síntese do encontro anterior, podendo ser lida por um ou dois elementos, ou mesmo por todos do grupo. Esse momento constitui-se, também, em espaço de reflexão, pois retoma as questões discutidas anteriormente.
O Supervisor Pedagógico deve estar preparado para fazer intervenções constantes, buscando sempre estabelecer vínculos. Também é preciso garantir que todos falem, assim como, caso haja ataque a algum elemento do grupo, é necessário intervir em sua defesa.
Se quisermos que os professores considerem a heterogeneidade de seus alunos, é preciso que o Supervisor Pedagógico desenvolva um trabalho com o grupo de professores que considere suas diferenças.
Freire (1993) nos lembra que fomos educados segundo uma concepção autoritária de educação, por isso, estamos acostumados a lidar com os grupos como se fosse “massa homogênea”. Daí a necessidade de construção de um projeto democrático de constituição dos grupos, envolvendo todos os participantes da escola.
É necessário lembrar que as pessoas que atuam na escola são as que podem protagonizar as mudanças e o Supervisor Pedagógico deve estar consciente de que seu papel é fundamental, especialmente investido na formação do grupo.
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Aula 9: Aprender a Estudar em Grupo
A formação dos grupos de estudos na escola deve partir da premissa de que estudar de forma sistematizada se relaciona de forma coerente com a ideia de que professores e supervisores são formadores e formandos que negociam responsabilidades, compartilham necessidades, interesses e também contribuições teóricas.
A formação Há um sentido de parceria e cumplicidade nessa troca, na qual a construção e a transformação do conhecimento, ao mesmo tempo, constrói e transforma os sujeitos dessa relação.
O projeto da escola precisa ser um espelho que reflete cada um de seus participantes, suas características específicas e também a forma com que contribuem para o trabalho pedagógico, nesse caso, a escola também se reflete nessas ações e é nessa relação entre o individual e o coletivo que o trabalho do Supervisor Pedagógico acontece, porém, devendo sempre atuar mais preventivamente.
Dessa forma, as ações do Supervisor Pedagógico devem se pautar, exclusivamente, em aspectos informativos, ligados ao projeto que envolve todo o coletivo da escola, sendo o Supervisor Pedagógico o mediador dessa relação.
Essa formação deve produzir marcas constituídas de sentidos e significados valiosos para sua docência.
A grande ousadia do trabalho do Supervisor Pedagógico na formação continuada é a transformação da consciência do professor, cujo fruto seja a construção de uma prática pedagógica mais consistente, enriquecida, criativa e verdadeira, sendo o Supervisor Pedagógico alguém que não dita o que deve ser feito e sim alguém que transforma essas reuniões em espaço de dúvidas, cuidando das contradições, provocando estranhamentos, espelhando fazeres e falas e, assim, provocando a reflexão.
Segundo Terzi (2008, p. 108), quando a ideia do estudo em grupo já está presente na fala dos professores, outras provocaçõespodem ser feitas:
• Não consigo pôr minha prática em teoria.
• Como tomar distância da própria prática, olhar o entorno e se ver naquela aprendizagem?
• Estou buscando “frestas” no meu trabalho. Como faço para torna-las concretas?
• Será que sei ver como as crianças aprendem? O que se deseja que as crianças aprendam?
• Quero resgatar minhas dificuldades e buscar novas convicções.
• Tenho medo da escrita. Permitir-me com menos pressões e angústias. Não sei trabalhar com outras linguagens.
• Sinto-me só, não tenho interlocutores.
Essas questões são perturbadoras, portanto, não basta trazê-las para o espaço do grupo de estudos, é preciso que seja identificado o papel de cada um na busca de soluções, sendo necessário reconduzir aos lugares de atuação essas provocações e posicionamentos.
Bom, agora já temos um grupo de estudos formado com os combinados e desejos de aprendizagens de cada um, misturados à ansiedade da primeira aproximação.
Nos primeiros passos do grupo, sugerimos a tarefa de escrever sobre as próprias memórias, relembrando a decisão de cada um em se tornar professor ou outra função que esteja presente no grupo.
A autobiografia é a escrita reflexiva de nós mesmos, onde identificamos as opções passadas, compondo os projetos do amanhã. Ao relembrar nossas passagens como educadores, transportamos emoções, ternuras, inquietações, perplexidades que revelam as pessoas que são comuns no grupo, propiciando a descoberta de afinidades.
A revisão dos tempos de escola ajuda a tecer os primeiros significados, especialmente os de ensinar, aprender e estudar. Esses relatos, escritos ou contados, trazem pistas reflexivas do que nos motiva ou paralisa.
Após um período de encontros, é possível construir um acervo documentário com os encaminhamentos, identificações práticas ou teorias, perguntas, discussões e interpretações realizadas nos encontros.
Então, é necessário construir uma documentação sistematizando o vivido pelo grupo.
Essa documentação deve reunir um conjunto de informações, vivências, interpretações de leituras, percepções que propiciaram o nascimento de análises, revisões de perguntas, manifestações de subjetividades e também o sentimento de pertença.
Dessa forma, podemos ter como registro das atividades desenvolvidas no grupo referência para a construção documental:
• Anotações
• Revisão da escrita
• Debate de leituras
• Seleção de ideias centrais
• Sínteses
• Relato de experiências
• Reorganização de pauta
• Fotografias
• Discussão de filmes e imagens do cotidiano, etc.
A documentação dá visibilidade e transparência à história construída pelo grupo, retratando as buscas pedagógicas, cognitivas, culturais e afetivas. Também direciona o grupo ao caminho da pesquisa – ação (Segundo Kurt Levin, esse tipo de pesquisa se traduz pelo envolvimento do pesquisador com os sujeitos estudados, sendo os usuários potenciais das informações. (SOMMER E AMIC – s.d. -hartmut@unb/.br -Alimentando o ato de pensar e o desdobramento de novos projetos).
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Aula 10: O planejamento da ação supervisora
Como já vimos, nas aulas de Planejamento Escolar, todo trabalho é uma ação humana dirigida a um fim e uma de suas características é a antecipação mental da finalidade da ação. Por isso, planejar não é algo estranho ao trabalho, é o exercício de antever uma intervenção com intencionalidade e selecionar caminhos e procedimentos coerentes com o fim estabelecido.
Dessa forma, podemos afirmar que o planejamento da prática na escola, representa uma necessidade inerente a esse tipo de intervenção social que leva à explicitação da nossa intencionalidade.
Como já foi visto na aula 5, o objetivo específico da atuação do Supervisor Pedagógico na escola é o processo de ensino-aprendizagem, tendo como compromisso a garantia da qualidade da formação humana que se processa nessa instituição, não se esgotando, portanto, no saber fazer bem ou no saber o que ensinar.
Assim, o trabalho pedagógico do supervisor  tem compromisso explícito com a formação humana, e suas ações só vão ter sentido a partir das relações que estabelecem com o contexto social, político, econômico e educacional. Dessa forma, concluímos que a ação supervisora é uma ação política.
Podemos dizer que um dos momentos de concretização do compromisso político do Supervisor Pedagógico diz respeito ao seu fazer técnico-pedagógico, sendo entendido como o domínio do saber escolar, dos métodos de ensino, da organização curricular, das regras que regem a instituição etc.
Saviani (1991) nos lembra que uma forma de mediação desse compromisso político é a competência técnica e com ela enfatizamos o planejamento. 
Já Libâneo (1992, p. 92) traduz dessa forma: “O planejamento é uma atividade de reflexão acerca das nossas opções e ações; se não pensarmos detidamente sobre o rumo que devemos dar ao nosso trabalho, ficaremos entregues aos rumos estabelecidos pelos interesses dominantes na sociedade. 
A ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples preenchimento de formulários para controle administrativo, é antes, a atividade consciente de previsão das ações, fundamentadas em opções políticos pedagógicas (...)”.
Assim, podemos afirmar 
que o planejamento da prática pedagógica representa uma necessidade inerente a um tipo de intervenção que nos leva à explicitação da nossa intencionalidade, ou seja, no ato de planejar já manifestamos nossas opções, compromissos, princípios, enfim, nossas posições 
político-pedagógicas.
Essa intencionalidade também emerge 
a partir de situações concretas: nossas angústias, dificuldades, insatisfações, enfim, desafios da nossa prática. Nesse sentido, um bom diagnóstico torna-se algo precioso, assim como uma análise rigorosa das brechas existentes para uma possível intervenção.
Neste momento, vamos mais uma vez recorrer a Gandin (1994) quando cita Rubem Alves com o “Escoteiro Inteligente”, a ação de um escoteiro perdido na floresta. É preciso organizar a ação, sempre tendo em mente seu caráter científico e, dessa forma, é preciso:
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