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Biossegurança e Boas Práticas Laboratoriais Professor: Jonas Almada BIOSSEGURANÇA Conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, desenvolvimento, tecnológico, ensino e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. BIOSSEGURANÇA Acidentes em laboratório Ocorrência Tipos de acidentes 27% Salpicos e derramamentos 25% Agulhas 16% Cortes por objetos perfurocortantes 14% Acidentes com animais 13% Pipetagem com a boca 6% Outros 68% Fonte: Workshop de Biossegurança em Saúde, Ministério da Saúde, Brasília, 2005. Tipos de Riscos Físicos Químicos Biológicos Acidentes e Ergonômicos Físicos Químicos Biológicos Acidentes e Ergonômicos -Provocados por algum tipo de energia; - A caracterização depende do equipamento; - Principais: * Equipamentos que geram calor ou chamas; * Equipamentos de baixa temperatura; * Material radioativo Tipos de Riscos -Conhecimento das substâncias químicas; - Cuidados adequados para o manuseio. Físicos Químicos Biológicos Acidentes e Ergonômicos Tipos de Riscos - Decorrentes da exposição à produtos de animais, vegetais e microrganismos; - Agentes microbiológicos: * Grau de patogenicidade * Poder de invasão * Resistência a esterilização * Virulência * Capacidade mutagênica - Vias de contaminação. Físicos Químicos Biológicos Acidentes e Ergonômicos Tipos de Riscos - Fatores que gerem situações de risco para a integridade física e moral; - Fatores que possam interferir nas características psicofisiológicas. Físicos Químicos Biológicos Acidentes e Ergonômicos Tipos de Riscos Classificação dos micro-organismos de acordo com o crupo de risco (OMS) Classificação dos Microrganismos Classe 2: Risco individual moderado e baixo risco para a comunidade. Nível de Segurança 2 Uso de Barreiras Equipamentos de Proteção Individual (EPI): Proteção contra o contato com agentes infecciosos, tóxicos ou corrosivos, calor excessivo, fogo dentre outros. EPIs - PROTETOR FACIAL - ÓCULOS BIOSSEGURANÇA Uso de Barreiras Equipamentos de Proteção Coletiva: Proteção dos pesquisadores, do ambiente e da pesquisa desenvolvida. BIOSSEGURANÇA BIOSSEGURANÇA - Classe I; - Classe II; - Classe III. Cabines de segurança biológica (CSB) Características Protege operador e meio ambiente - O ar flui através do espaço de trabalho e atravessa um sistema de filtros HEPA que sai para o duto que se comunica com o sistema de exaustão do prédio PROTEÇÃO COMPROMETIDA: correntes de ar Filtros HEPA (High Efficiency Particulate Air) - Feitos de microfibras de papel de vidro ; - Removem contaminantes microscópicos do ar; - Não passam partículas 0,3 m ; - 99,97% eficiência. - Bactérias, esporos e vírus (1-5 m diâmetro) Filtros ULPA (Ultra Low Penetration Air) - O que se tem de mais avançado em filtros; - Não passam partículas 0,1 m; - 99,999% eficiência. - O custo pode chegar a 150% o do filtro HEPA; - Protege operador, produto e meio ambiente; Utilizam fluxo de ar com uma abertura frontal para o acesso á área de trabalho e para introdução e remoção de materiais “Uma cortina de ar impede que as contaminações originadas do ar ambiental tenham acesso à área de trabalho” Características - Totalmente hermética; - Ventilação própria; - Feita em aço inoxidável, com vidros blindados; - Máxima proteção do operador, produto e meio ambiente; - Alto custo com manutenção. - Agentes de risco biológico da Classe 4; - Contém todos os serviços (refrigerador, centrífuga, microscópio); - Necessidade de barreiras físicas; Isolador flexível - Preparo de meios de cultura, laboratórios fotográficos, testes de esterilidade. - Proteção de pacientes com deficiência imunológica. - Atividades em indústrias eletrônicas, aeroespaciais, hospitais, farmacêuticas. Sala limpa Fluxo laminar horizontal (Clean bench) Uso correto da CSB - Fechar portas do laboratório; - Ligar circulação de ar e luz UV durante 15-20 min antes e depois de seu uso; - Descontaminar a superfície interior com gaze estéril, embebida em álcool etílico 70%; - Minimizar os movimentos dentro da cabine; - Conduzir as manipulações no centro da área de trabalho; - Usar pipetador automático (pipet boy); - Usar microqueimador automático ou incinerador elétrico (fire boy); - CUIDADO COM MATERIAL PERFUROCORTANTE. - O descarte fica no fundo da área de trabalho; - Limpar todos os equipamentos antes e depois de usar a CSB; Uso correto da CSB Danos à saúde humana; Danos aos sistemas biológicos / meio ambiente; DANOS MATERIAIS Riscos de substâncias químicas Classificação de riscos Inflamáveis (éter, gasolina, querosene); Explosivos (ácido pícrico, TNT); Comburentes ou oxidantes (O2, H2O2); Corrosivos e irritantes (soda cáustica); Tóxicos ou muito tóxicos (benzeno); Nocivos (tolueno); Cancerígenos e mutagênicos (actidiona); Persistentes no meio ambiente (CFC). Uso obrigatório do jaleco (avental) no laboratório; Lavar as mãos ao entrar e ao sair do laboratório; Descontaminar as superfícies de trabalho antes e após o uso; Não comer, beber, fumar, manusear lentes de contato; Notificar qualquer acidente ou situação de risco, não importa o quão trivial possa lhe parecer; Considerar todos os microrganismos como patogênicos em potencial; RECOMENDAÇÕES Cuidados com fogo (checar torneiras de gás); Evitar respingos, geração de aerossóis e derramamentos (= trabalhar com calma); Tomar cuidado ao transportar vidrarias; produtos químicos; inóculos microbianos; Evitar o uso de salto alto; chinelos de dedo; cabelos soltos; Uso de equipamento de proteção (luva, óculos, máscara), e locais de segurança (fluxo, capela); RECOMENDAÇÕES Manter a calma durante uma situação de risco; Orientar pessoal da limpeza; Não atender telefones ou abrir portas com luvas descartáveis, tampouco se coçar; Atentar a materiais de descarte e equipamentos que necessitem de manutenção; Evitar trabalhar sozinho e em horários noturnos quando a ajuda é mais demorada; RECOMENDAÇÕES BOAS PRÁTICAS: CABELOS BOAS PRÁTICAS: ADEREÇOS BOAS PRÁTICAS: CALÇADOS BOAS PRÁTICAS: ALIMENTOS Não cheirar ou “provar” qualquer produto químico etiquetagem/rotulação; Não sobrecarregar a capacidade de uma tomada; Evitar longos períodos com a chama acesa; Ter noção de suas limitações (peso que consegue carregar, carga de trabalho semanal, evitar “malabarismos circenses”); Cuidar dos colegas de trabalho; Assumir os erros e alertar sobre consequências; RECOMENDAÇÕES Saber e ter consciência do que está fazendo, e conhecer o laboratório em que trabalha; Usar sempre o bom senso e esclarecer as dúvidas sem constrangimento; Saber a quem pedir ajuda em caso de emergência; Lembrar que os maiores beneficiados pelo bom funcionamento do laboratório somos nós mesmos. ACIMA DE TUDO:
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