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A intolerencia religiosano brasil

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
serviço social
erice de souza silva
A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NO BRASIL
Ipatinga
2015
erice de souza silva
A INTOLERÂNCIA RELIGIOSA NO BRASIL
Trabalho de Portfólio em grupo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a disciplina de Fundamentos historicos, teoricos e metodológicos do Serviço Social; Filosofia; Ciências Políticas; Sociologia.
Ipatinga
2015
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................................4
2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................................6
3 CONSIDERAÇÔES FINAIS....................................................................................................9
4 REFERÊNCIAS.........................................................................................................................10
INTRODUÇÃO
Há algumas décadas desenha-se no país um contexto de pluralidade de religiões em que a prática dos adeptos tem sido mais transitiva e menos fiel a sistemas únicos, como se esta fosse mais alargada do que o conjunto de idéias e ritos confessado por uma só instituição religiosa. É certo que as fronteiras entre eles nunca foram tão rígidas assim, mas sua mutabilidade se acentuou mais recentemente. Criaram-se assim novas zonas religiosas “híbridas”, para além daquelas classicamente tratadas na literatura da antropologia e dasociologia da religião anterior aos anos de 1970, tais como o neopentecostalismo, a Renovação Carismática Católica e o movimento da Nova Era, entre outros. Além disso, essas transformações ocorreram de forma mais acentuada nas camadas média-baixa e baixa dos grandes centros urbanos, mais especificamente nos da região Sudeste.( ALMEIDA, 2004)
A chamada teologia da batalha espiritual tomou força nas duas últimas décadas, junto com o crescimento do universo evangélico que inclui hoje forte poder midiático e político. Essa expansão evangélica no Brasil também fez eclodir atos de intolerância religiosa praticados contra as religiões afro-brasileiras, principalmente partindo de neopentecostais. Desde que o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), o bispo Edir Macedo, declarou guerra aos “orixás, caboclos e guias” numa clara alusão aos elementos dos rituais do candomblé, da umbanda e do espiritismo, jornais, revistas e a mídia em geral têm noticiado os constantes ataques sofridos pelas religiões de matriz africana. O demônio iurdiano leva o nome de “exu”, “pomba-gira”, “encosto”, ou seja, para esses neopentecostais tudo que se refere às religiões afro-brasileiras é contagioso; é obra do diabo e deve ser evitado por aqueles que optaram por “aceitar Jesus”. (SILVA, 2007)
No Brasil, em se tratando de laicidade, nos deparamos com a aurora republicana como marco. É quando se adota de modo assumido o princípio da separação entre Estado e igrejas. Em termos mais concretos: rompe-se com o arranjo que oficializava e mantinha a Igreja Católica; o ensino é declarado leigo, os registros civis deixam de ser eclesiásticos, o casamento torna-se civil,os cemitérios são secularizados; ao mesmo tempo, incorporam-se os princípios da liberdade religiosa e da igualdade dos grupos confessionais, o que daria legitimidade ao pluralismo espiritual.
Embora a base legal contra a qual se conquistou a extensão do reconhecimento do estatuto de “religião” cobrisse, como se mencionou, os cultos mediúnicos em geral, o contraste entre o espiritismo e outras práticas é inegável. Os espíritas não apenas ficaram menos vulneráveis às incursões repressoras, como também exercitaram amplamente as prerrogativas civis concedidas às associações religiosas. Sabe-se que muitos terreiros de umbanda e candomblé, por outro lado, não possuem registro em cartório.( GIUMBELLE, 2016)
De modo geral, a literatura científica sobre o campo religioso brasileiro tem sido desafiada por um curioso paradoxo: o acúmulo de conhecimentosobre as diferentes cosmovisões parecia ter tornado evidente que, do ponto de vista dos ritos, das crenças e da lógica interna de cada universo, os cultos podem ser considerados bastante diferentes entre si, mas, quando se observa o comportamento daqueles que freqüentam esses cultos, as fronteiras parecem pouco precisas devido à intensa circulação de pessoas pelas diversas alternativas, além da acentuada interpenetração entre as crenças. (ALMEIDA, MONTEIRO, 2001)
2. DESENVOLVIMENTO
Intolerância religiosa é um termo que descreve a atitude mental caracterizada pela falta de habilidade ou vontade em reconhecer e respeitar diferenças ou crenças religiosas de outros. Pode-se constituir uma intolerância ideológica ou política, sendo que, ambas têm sido comuns através da história. A maioria dos grupos religiosos já passou por tal situação numa época ou noutra. Floresce devido à ausência de tolerância religiosa, liberdade de religião e pluralismo religioso.
A pesquisa Comportamento Sexual da População Brasileira e Percepçõesdo HIV/Aids, realizada em todo o Brasil, em 1998,revelou que 26% da população mudou de religião.1 Concomitante à circulação de pessoas, ocorreu também a multiplicação das alternativas religiosas, encontrando sua expressão máxima entre os evangélicos, cuja fragmentação institucional é estrutural ao seu próprio movimentode expansão. Nesse processo sempre renovado de divisãopor “cissiparidade”, as denominações continuamente dão origem a novos grupos.2Essa aparente contradição entre o modo como especialistase adeptos percebem o campo religioso representa um desafio para a interpretação científica que, muitas vezes,tem se contentado em adjetivá-lo de fluido, híbrido,sincrético ou contínuo. O conceito weberiano de “conversão”,que até muito recentemente explicava o complexoprocesso subjetivo de adesão a um novo credo, não parecemais capaz de elucidar essas rápidas idas e vindas entrereligiões aparentemente tão díspares entre si: um processointerior em que a consciência religiosa não acusa,pelo menos à primeira vista, incongruências cognitivas.Uma das tentativas para compreender esse fenômenoreduziu a diversidade religiosa à metáfora do mercado.Estaria subjacente a esse enquadramento do pluralismo aidéia de que a racionalização do sagrado no mundo modernorealizar-se-ia pela transformação das crenças emmercadorias a serem consumidas pelos adeptos que, volúveis,escolheriam os produtos segundo suas necessidadesimediatas. A redução do fenômeno do trânsito religiosoao processo de mercantilização dos bens de salvaçãoacabou por deixar na sombra os mecanismos particularesde ressignificação das crenças religiosas. Em ensaio de1994, sugeriu-se que as diferentes tradições religiosas estãoem permanente processo de reinvenção e rearticulação muitas vezes responsável pelo obscurecimentoda nitidezdas fronteiras. Desse ponto de vista, a circulação entre osdiferentes códigos seria estimulado pela existência de umsubstrato cognitivo e/ou cultural comum às religiões popularesbrasileiras, fundado seja em uma idéia abstrata dedeus que incorpora todas as variantes, seja em uma representação ambígua e não dicotômica da idéia de mal(Montero)
No Brasil, a Constituição outorgada de 1824 estabelecia a religião católica como sendo a religião oficial do Império, que perdurou até o início de 1890, com a chegada da República. Em seu Art. 5º lia-se: “A Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a Religião do Império. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto doméstico, ou particular em casas para isso destinadas, sem fórma alguma exterior do Templo”.
Conforme De Plácido e Silva: "LAICO. Do latim laicus, é o mesmo que leigo, equivalendo ao sentido de secular, em oposição do de bispo, ou religioso." (SILVA, 1997, p. 45).
O termo laico remete-nos, obrigatoriamente,à ideia de neutralidade, indiferença. É também o que se compreende nos ensinamentos de Celso Ribeiro Bastos, onde "A liberdade de organização religiosa tem uma dimensão muito importante no seu relacionamento com o Estado. Três modelos são possíveis: fusão, união e separação. O Brasil enquadra-se inequivocadamente neste último desde o advento da República, com a edição do Decreto119-A, de 17 de janeiro de 1890, que instaurou a separação entre a Igreja e o Estado.
O Estado brasileiro tornou-se desde então laico. (...) Isto significa que ele se mantém indiferente às diversas igrejas que podem livremente constituir-se (...)". (BASTOS, 1996, p. 178).
A atual Constituição não repete tal disposição, nem institui qualquer outra religião como sendo a oficial do Estado. Ademais estabeleceu em seu artigo 19, I o seguinte:
“É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.”
Portanto, qualquer discurso contra a intolerância religiosa que não tratar da importância da neutralidade religiosa em nosso País, é hipocrisia, pois, tanto a liberdade de opinião e a inviolabilidade de consciência são asseguradas por nossa Constituição. O Estado, laico como é, não deve estabelecer preferências ou se manifestar por meio de seus órgãos.Como bem afirma Dr. Roberto Arriada Lorea "(...) O Brasil é um país laico e a liberdade de crença da minoria, que não se vê representada por qualquer símbolo religioso, deve ser igualmente respeitada pelo Estado". (LOREA, O poder judiciário é laico. Folha de São Paulo, São Paulo, 24 set. 2005. Tendências/Debates, p.03)., 1994).
É difícil sobrestimar o impacto da inserção dos evangélicos na sociedade brasileira das últimas décadas. Seu crescimento numérico talvez seja um aspecto menor. Por conta de sua ação, o campo da política, definida estritamente, é incapaz de ignorar atualmente o fator “religioso”. A indicação e o apoio a (90 Religião e Sociedade, Rio de Janeiro, 28(2): 80-101, 2008) candidaturas legislativas por parte de igrejas, a mobilização para a defesa de interesses supradenominacionais (caso das “frentes parlamentares”), a identificação com titulares de postos do Poder Executivo – são todos movimentos, ocorridos com sucessos e revezes, protagonizados pelos evangélicos que têm se dedicado ao uso da identidade religiosa como atributo eleitoral (Machado 2008; Oro 2003).
3.CONSIDERAÇÕES FINAIS
As questoes envolvendo a intolerânçia religiosa trazem conflitos sociais em todo o mundo.
	No presente trabalho,foi abordado a principal questão conflitual do Brasil em relação a intolerânçia religiosa atual da religião evangélica contra a religião católica onde a migração de fiéis de uma religião para outra causam grandes disputas.
4.REFERENCIAS 
Disponivel em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092004000300002 Acesso em 19 de out 2015
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-88392001000300012&script=sci_arttext Acesso em 19 de 2015
Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-85872008000200005 Acesso em 19 de 2015
Disponível em: http http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-85872008000100011 Acesso em 19 de 2015
Disponivel em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Intoler%C3%A2ncia_religiosa_no_Brasil
Disponivel em:www.acaoeducativa.org.br/relacoesraciais/intolerancia-religiosa/

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