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O perfil do microempreendedor individual no Brasil
O registro como empreendedor individual impactou positivamente os negócios em 2013. Diante da formalização houve mudanças em quatro aspectos importantes ligados ao negócio, como o aumento do faturamento, melhores condições de compra, ampliação e possibilidade de venda para o governo, elevação da frequência de vendas para outras empresas
O microempreendedor individual (MEI) é a figura jurídica que vem se destacando como o principal caminho para aquelas pessoas que estão de olho nas oportunidades que o mercado oferece às empresas legalizadas. Em todo o país, é intenso o atendimento do sistema Sebrae para os microempreendedores individuais, tornando-os clientes mais numerosos. Há uma tendência crescente para serviços de orientação, consultorias, cursos de gestão, finanças, compras, vendas, e outros direcionados para o acesso ao mercado e acesso ao crédito.
Segundo dados da pesquisa de 2013, do total dos 3,3 milhões de microempreendedores individuais formalizados no Brasil, 53% são do sexo masculino, e 47% do sexo feminino. As mulheres estão empreendendo com toda força no setor do comércio (42%), serviços (39%) e na indústria (18%). As atividades preferidas pelas mulheres são: comércio de artigos de vestuário (17,4%), serviços de cabeleireiros e atividades de estética (17,1%). Quanto ao público masculino, a participação maior é na construção civil e no comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios. As dez atividades mais procuradas pelos empreendedores individuais são: comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, cabeleireiros, obras de alvenaria, lanchonetes e casas de chá, sucos e similares.
Quanto à escolha da localização para o funcionamento do negócio, os números indicaram que 48,6% dos MEI atuam em sua própria casa; 30,2% atuam em um estabelecimento comercial; 10,7% exercem a atividade na casa ou empresa do cliente; 8,9%, na rua; e 1,5% atuam em feiras ou em shoppings populares. a principal ocupação dos microempreendedores era de empregados de carteira assinada, o principal motivo para se tornar empreendedor individual, eles responderam “ter uma empresa formal”, e ter “os benefícios do INSS”.
Os resultados apontaram que esses gestores buscam, principalmente, independência financeira, crescimento profissional, satisfação pessoal, menor carga horária de trabalho e proximidade da família. “Além disso, a necessidade de sobrevivência, diante das altas taxas de desemprego, levou muitos brasileiros a terem seu próprio negócio”, diz o vice-presidente de Pessoa Jurídica da Serasa Experian, Victor Loyola. A facilidade no processo de abertura de uma empresa como MEI e a baixa carga tributária também foram apontados como estímulo para a escolha.
Os MEIs são a natureza jurídica que mais cresce no país. De acordo com o Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas, em sete anos, passaram de menos da metade dos novos empreendimentos (48,9% do total, em 2010) para 78,4% no último levantamento, em 2016. O número de novos Microempreendedores Individuais nascidos em 2016 foi de 1.548.950 contra 1.491.485 em 2015, alta de 3,9%. O indicador aponta que 51% dos microempreendedores individuais estão no Sudeste, 20% no Nordeste, 15% no Sul, 9% no Centro-Oeste e 5% no Norte do país. Em termos estaduais, a distribuição dos MEIs é 25,5% estão em São Paulo, 12,2% no Rio de Janeiro, 11% em Minas Gerais, 6,2% na Bahia e 5,8% no Rio Grande do Sul.
O estudo identificou quatro perfis que definem o microempreendedor individual:
– Arrojado: trata-se de um empreendedor “nato”, que vive de olho nas tendências do mercado e as segue, assumindo mais riscos. As frustrações, acumuladas em parte pelo seu jeito destemido de agir, o tornaram melhor preparados ao longo do tempo. O sucesso financeiro é sua motivação e, para alcançá-lo, sempre trabalha com um plano B. O objetivo do MEI Arrojado é ser um grande empresário de sucesso.
Exemplo: Fábio já sabia qual seria seu negócio há tempos, mas estava aguardando o momento ideal para começar. Assim que iniciou as atividades, formalizou a empresa como MEI, depois de certificar-se de que essa era a melhor solução fiscal. Acreditar na necessidade de constante atualização, mas tem dificuldade de implanta-las no seu dia-a-dia.
– Realizador: é um empreendedor de uma ideia, da qual tem muito orgulho. Seu negócio é estruturado e dotado de visão, é fruto de pesquisa e dedicação. Para ter segurança no que faz, investe em cursos e pesquisa. A motivação do Realizador é buscar diferenciais para o negócio, o que lhe traz grande realização pessoal. O objetivo deste tipo de MEI é crescer de forma estruturada e sustentável.
Exemplo: Sandra investiu bastante no planejamento de sua empresa, realizando, inclusive, testes prévios. Buscar orientação para conduzir seu negócios e adquirir conhecimentos fundamentais para o sucesso. Ela também decidiu formalizar-se como MEI desde o início de suas atividades.
Características do MEI
Entre os pontos em comum do microempreendedor individual, os entrevistados relataram um frio na barriga na hora de empreender, mas também um sentimento de felicidade e realização ao colocarem os projetos em prática.
Em termos de organização do negócio, outro ponto convergente é o amadorismo técnico na gestão. “Os MEIs declararam que ainda fazem o controle de entradas e saídas de caixa ou de materiais em cadernos físicos, sendo que, por vezes, essas anotações vão para o computador”, relata Loyola. “A justificativa é que a máquina pode dar problema.” Nota-se, portanto, que a gestão dos MEIs não é automatizada.
Parte dos entrevistados também relatou que delega o controle do fluxo de caixa a terceiros (esposa/marido, amigos, contador) ou até mesmo não têm nenhum tipo de controle.
Principais dificuldades
O estudo identificou que os MEIs têm dificuldade de acesso a financiamentos: 91% não conseguem linhas de crédito. Para contornar, acabam recorrendo ao crédito pessoal ou ainda pedem empréstimos a familiares e amigos.
A falta de tempo também foi referida pelos entrevistados como um percalço. “Tempo é considerado artigo de luxo para os empreendedores dessa área”, diz Loyola “Entre operacionalizar o negócio, cuidar da parte financeira e fazer a divulgação, as duas últimas tarefas acabam sendo deixadas em segundo plano.”
As entrevistas captaram uma grande dificuldade de conciliar vida pessoal e empreendedorismo. Grande parte dos MEIs acaba não conseguindo separar canais como:

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