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FILOSOFIA DE MARTIN HEIDEGGER
Gessica Paula Santos Cordeiro
Resumo: Martin Heidegger, alemão de formação teológica e filosófica, foi um dos pensadores que mais agitou a filosofia contemporânea. Ele foi professor e escritor, exercendo grande influência em intelectuais. Heidegger substitui Husserl na cátedra de filosofia, por indicação do mestre. Ligado ao Existencialismo, não aceitava sua suposta filiação a essa direção da Fenomenologia. Com estudos aprofundados e analisando o princípio da Fenomenologia divulgado pela máxima Husserliana, questiona-se ser “a coisa mesma” a consciência e sua objetividade, ou o ser do ente em seu desvelamento e ocultação que significa a idéia segundo a qual o “ser da coisa” se desvela, manifesta-se nas condições mesmas de seu aparecer, de seu fenômeno, a verdade nada sendo que a manifestação do ente enquanto ele deixa de ser oculto pelas preocupações da vida cotidiana, e do caráter aberto do ser. A Fenomenologia é possibilidade de pensamento que, periodicamente, se transforma e somente assim permanece, e de corresponder ao apelo do que deve ser pensado. A partir desta compreensão e permanecendo fiel ao método idealizado por Husserl, a Fenomenologia constitui o caminho para o sentido do ser – objeto da investigação ontológica Heideggeriana. É a tentativa de compreensão e admiração do ser, este que esta-aí porque o homem assim está como presença. O humano que esta-aí, sempre no exercício da meditação e da indagação em direção ao ser. Heidegger teve como mérito repor, no centro da reflexão filosófica, a temática tradicional: o sentido do ser. Impulsionado por essa única questão, a proposição originária de analisar o ente na busca de caminhos que levem ao ser. A Fenomenologia vem somar-se ao saber dos fatos, e busca o que está velado na facticidade. Assim, a partir dos fatos, mas deles não derivando, busca o sentido, ou seja, o que está na vivência. Martin Heidegger entende o homem como aquele ente cuja essência é existir, é acontecer. Existir é estar fora da realidade e em direção à possibilidade, que diz respeito ao poder de captar as possibilidades que cada um é, no contexto de mundo em que cada humano existe e compartilha experiências.
Palavras-chave: filosofia Heideggeriana, fenomenologia, existencialismo reflexão filosófica, manifestação do ente, desvelamento do ser.
Referências: Artigo. Cogitare Enferm, Curitiba, v. 1 n. 2, p. 53-56 - jul./dez. 1996. In. DIVULGANDO A FENOMENOLOGIA ONTOLÓGICA – HERMENÊUTICA DE MARTIN HEIDEGGER. Regina Lúcia M. Lopes, Inês Emília de Oliveira, Marta Mª Coelho Damasleno.
HERMINEUTICA DE HANS-GEORG GADAMER
Gessica Paula Santos Cordeiro
Resumo: Hans-Georg Gadamer foi um importante filósofo alemão do século XX. Marcou profundamente o pensamento ocidental com sua obra-prima ”Verdade e Método”, na qual o autor desenvolve uma hermenêutica filosófica. Influenciado pelos estudos de Martin Heidegger, de quem foi aluno. Gadamer procura superar o problema hermenêutico relacionado ao conceito metodológico da moderna ciência. O problema hermenêutico não está fincado no problema de método produzindo um conhecimento de segurança inabalável, mas sim está relacionado ao problema da hermenêutica filosófica. O fenômeno da compreensão perpassa a experiência da filosofia, a experiência da arte e a experiência da própria história. Todo esse modo de experiência nos manifesta uma verdade que não pode ser verificada com os meios metódicos da ciência. A hermenêutica desenvolvida por Gadamer se afasta de uma doutrina de métodos das ciências do espírito e procura caminhar para um olhar além de sua autocompreensão metódica através da experiência do homem no mundo. É um repensar o universo da compreensão, já que o filósofo procura refletir sobre a questão da verdade nas ciências do espírito. É um afastamento dos modelos clássicos hermenêuticos, nos quais a exegese era considerada um conjunto de métodos. Em questão ao Circulo Hermenêutico, deve ser compreendido a partir dos estudos Heideggerianos, ou seja, a estrutura circular da compreensão é dado a partir da temporalidade do ser-aí (Dasein). É o círculo hermenêutico em um sentido ontológico originário, através do qual a verdade se manifesta por meio do desvelamento do ser. A compreensão é sempre um projetar-se. Gadamer afirma que “quem quiser compreender um texto realiza sempre um projetar. Tão logo apareça um primeiro sentido no texto, o intérprete prelineia o sentido do todo.” Melhor dizendo: a compreensão é um constante projetar a partir de determinadas perspectivas do intérprete. As perspectivas do intérprete, ou seja, antecipações de sentido do texto não devem ser confundidas com arbitrariedade do julgador. Gadamer ensina que: “a compreensão somente alcança sua verdadeira possibilidade, quando as opiniões prévias, com as quais ela inicia, não são arbitrárias. Por isso faz sentido que o intérprete não se dirija aos textos diretamente, a partir da opinião prévia que lhe subjaz, mas que examine tais opiniões quanto à sua legitimação, isto é, quanto à sua origem e validez”. Os preconceitos positivos são aqueles reconhecidos como legítimos e enlaçados com a questão central de uma hermenêutica verdadeiramente histórica.
Palavra-chave: hermenêutica filosófica, consciência histórica, conceito metodológico, autocompreensão, ser-ai, interprete, circulo hermenêutico.
Referências: Legis Augustus. v. 3, n. 2, p. 33-41, jul./dez. 2012. In. A HERMENÊUTICA DE HANS-GEORG GADAMER. Cleyson de Moraes Mello. Rio de Janeiro.
A TEORIA DA INTERPRETAÇÃO JURÍDICA: EMILIO BETTI
Gessica Paula Santos Cordeiro
Resumo: O pensador italiano Emilio Betti, foi professor de diversas disciplinas do Direito. Betti diferencia os tipos de interpretação em razão de sua função, divisando a interpretação meramente recognitiva, a qual encontra no entendimento um fim em si mesmo, da interpretação reprodutiva ou representativa, que, além de entender, objetiva fazer entender; ambas, por seu turno, distinguem-se da interpretação jurídica, cuja singularidade reside em sua preordenação do agir humano. É dizer, a especificidade da interpretação jurídica repousa em sua função normativa, o entendimento é visado como médium à regulação do agir humano, o que terá sensíveis implicações para sua estruturação metodológica. A precaução contra o subjetivismo da interpretação conduz, em Betti, à definição do papel da hermenêutica como compromissado com a reconstrução do genético, o que ocorreria a partir da hermenêutica. Tal, porém, somente se faria possível a partir da subjetividade do intérprete, dado que a espiritualidade autoral não é acessível em si mesma, mas apenas lastreada na forma representativa que fala à atual espiritualidade daquele. A comunhão de fala, acompanhada de uma abertura congenial e fraterna para o outro que fala por intermédio da forma representativa, é que torna possível o acontecer da compreensão, o que deriva, por certo, do caráter elítico da linguagem, cujo sentido sempre transborda a mera composição gramatical do discurso representativo. As franjas, os implícitos, de cujo entendimento depende a perfeição da compreensão, somente poderiam ser alcançados com esteio na congenialidade fraternalmente dessumida da comunhão de fala que transita entre a vivente espiritualidade do intérprete e aquela evocada pelo ente interpretado. A dialética entre a subjetividade do intérprete e a alteridade objetiva do interpretado é desenvolvida, por Betti, com esteio no traçado de cânones hermenêuticos capacitados à lida com ambas as dimensões, de sorte a frutificar seu projeto de objetividade na interpretação. Cogita-se, assim, de cânones hermenêuticos referidos ao objeto e ao sujeito. Quanto aos primeiros, tem-se o cânone da autonomia, consoante o qual a significação do objeto interpretado desborda de sua mera representação filológica, autonomeando o sentido mesmo ante a pura literalidade. Isso porque, dado o inevitável caráter elítico da linguagem, profusamente continente de franjas, a dimensão filológica gramaticalrevela-se insuficiente para apreendê-la, sendo imperiosa a abertura congenial e fraterna do intérprete na vivente espiritualidade, apta à reconstrução do genético no desenrolar da hermenêutica, em diálogo entre a forma representativa e a espiritualidade que nela se estampa para com a espiritualidade atual do intérprete.
Palavra-chave: interpretação jurídica, função normativa, metodologia, hermenêutica jurídica, a dialética, filológica.
Referência: Revista da Faculdade de Direito da UFMG - Belo Horizonte - nº.49 / Jul. – Dez., 2006. In. A TEORIA HERMENÊUTICA DE EMÍLIO BETTI E A OBJETIVIDADE DA HERMENÊUTICA JURÍDICA. Alexandre Travessoni Gomes, Bruno Camilloto Arantes.

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