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04 Fungos e Antifúngicos

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Por Mateus de Grise – Com grande auxílio de 
Amanda Pereira
; 
Professor – Nilson BezerraFungos e Antifúngicos
INTRODUÇÃO E ESTRUTURA
Os fungos apresentam um reino próprio e suas principais características são:
- Não sintetizam clorofila
- Não tem celulose na parede (Diferente da célula vegetal)
- Não armazenam amido como nutriente
Apenas 5-10% dos fungos são patógenos aos humanos, tendo a decomposição como sua principal função biológica. Existem fungos micro, macroscópicos e gigantes, contundo independente disso, a célula fúngica apresenta a seguinte estrutura:
Parede: Formada por glucanas e mananas – aminoaçucares + Quitinas + Outras proteínas e Lípideos. É rígida e apresenta diversas camadas (podendo chegar a 8). 
Membrana Citoplasmática: Lipoproteica e apresenta estruturas particulares, como triacilglicerois e esterol, diacilglicerol (podendo este estar misturado com amina). Além da grande quantidade de esterol, há o predominio de um tipo – o ergosterol. Este não existe naturalmente fora dos fungos, sendo uma possibilidade de seletividade para tratamento.
Núcleo: Nota-se a presença de carioteca, sendo portanto um organismo eucarionte.
Ribossomos: Similar aos das células eucariotas, com unidades 60S e 40S. Uma única subunidade não age em nada, apenas quando se juntam formam uma unidade funcional. Quando há a formação da unidade 80S já não há como atuar nela, visto que é similar a nossa.
Mitocôndrias: Produz sua própria energia via fosforilação oxidativa. Esta mitocôndria tem DNA e ribossomos próprios.
Há também o retículo endoplasmático que aderido a carioteca estão relacionados a divisão celular e síntese protéica. 
Golgissoma (armazena substâncias) e Lomassomas (presente também em vegetais)
Cápsula: Os fungos microscópicos apresentam esta cápsula, que tem como ação a evasão de fagocitose. Varia de gêneros e grupos, mudando a virulência entre os fungos da própria espécie.
CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS
Leveduriformes: Unicelulares. Microscopicos. Formam colônias semelhantes as bacterianas, podendo ser pastosas ou cremosas. Sua célula tem função reprodutiva e vegetativa (divisão via cissiparidade ou qualquer outra forma assexuada). Nunca formam hifas, apenas estruturas semelhantes, as pseudo-hifas.
Filamentosos: Multicelulares. Macroscópicos. Colônias algodonosas ou aveludadas. Agrupam-se para formar uma estrutura tubular denominada Hifa, que se agrupam formando Micélios (podem se especializar em vegetativos – retira nutrientes do substrato, alimento o micélio reprodutivo e fixação do fungo ou reprodutivos- aéreo, responsável por reprodução). A umidade favorece seu crescimento (dos levedurifomes também) As hifas podem ser septadas unicarióticas, multicarióticas (+ de 1 núcleo) ou cenocíticas (pseudo-septadas). Fazem reprodução sexuada e assexuada.
Tal classificação é falha, pois existem espécies que apresentas fases Leveduriformes/Filamentosas dependendo do susbtrato e temperatura que se encontram, mudando o nome do fungo dependendo desta fase, estes são os chamados fungos dimorfos.
Teleomórficos: Fungos que apresentam somente fase sexuada. Anamórficos: Somente fase assexuada. Ambas as fases = Fungos perfeitos (humildade aí hein?). A assexuada é para expansão de colônia e a sexuada para a variabilidade genética.
Ascoporos: Gametas encontrados dentro dos sacos ou ascos.
Basidioporos: Gametas de ambiente externo.
Obs: Na assexuada HÁ a troca de material genético, pois há a procura de um gameta próximo. Essa reprodução é via fragmento de conídios, podendo acontecer por divisão da célula, brotamento ou queda de pedaços do fungo.
Obs2: No conteúdo da vaginal pode ser encontrado cândida, que é leveduriforme e pode formar pseudo-hifas. Multiplica-se rapidamente ao encontrar ambiente favorável e forma brotos (que se confundem com hifas) que irão se septar e dar origem a novos brotos. Várias pseudo-hifas agrupadas formam pseudomicélios. Quando encontram estes pseudo (hifas ou micélios) no cont. vaginal é necessário o tratamento. Apenas células isoladas, estruturas em brotamento, não há necessidade de brotar.
CLASSES DOS FUNGOS
Zigomicetos: Muito dispersos pelo ambiente, principalmente em ambiente doméstico. Apresentam toxinas de efeito cumulativo, mas sua capacidade de infecção é baixa. Reproduação sexuada e assexuada.
Ascomicetos: Principalmente encontrados em alimentos, fazem reprodução sexuada e assexuada.
Basidiomicetos: Dispersos pela natureza, fazem reprodução sexuada (muito predominante) e assexuada.
Deuteromicetos: Fungos Imperfeitos. São microscópicos e só fazem reprodução assexuada.
NUTRIÇÃO, CRESCIMENTO E METABOLISMO
A distribuição fúngica é universal, sendo a grande maioria saprófita, poucos são parasitas e alguns são simbiotas (atuação com outro organismo/incomum em humanos). A maioria é aeróbia, mas os anaeróbios merecem destaque por fazer a fermentação, sendo que os aeróbios fazem a oxidação da glicose. Os fungos crescem graças a substratos orgânicos, sendo os principais decompositores. Sua nutrição é por absorção, precisando os nutrientes serem quebrados pois estes não realizam fotossíntese. São heterótrofos e quimiotrofos→Por isso quando caem em nosso organismo, tornam-se parasitas. Utilizam carboidratos que precisam ser quebrados em carboidratos mais simples, sendo que as ordens mais importantes (do ponto de vista médico, os principais estão aqui) são Mucorales e Entomophtorales.
Ascomiceta – 3 subclasses: Hemiascomycetes, Loculoascomycetes e Plectomycetes.
Basidiomiceta – 1 subclasse: Teleomiceta
Deuteromiceta – A maioria dos importantes do ponto de vista médico. Só faz reprodução assexuada, o que torna mais fácil o combate por apresentar menor nível de resistência e variabilidade.
Antifúngicos
A terapia antifúngica é complicada pois existem poucas drogas, não há muitos alvos potenciais nos fungos e tem-se um estreito espectro de ação. Existem diversos efeitos adversos (já que o alvo também é eucarioto). Os principais aspectos a serem considerados são os tecidos afetados, a identificação do patógeno, a quantidade de fungos, sua virulência e o sistema imunológico.
Quanto a classificação das micoses, têm-se: (estas vão se aprofundando no tecido de acordo com a demanda nutricional)
- Superficiais – Cutâneas – Subcutâneas – Sistêmicas - Oportunistas
O nível de interação se dá na membrana citoplasmática, via ergosterol e sua síntese. Falando dos antifúngicos em si, temos:
Polienos: 
- Metabólito do Streptomyces (bactéria) - Anfotericina
- Droga antiga e que ainda possui eficiência
- Eficiente contra infecções sistêmicas, mas não locais
- Amplo espectro de ação
- Mecanismo de Ação: Ligam-se aos esteróis da membrana (todos eles, por isso provocam efeitos adversos fortes – por isso precisa administrado junto a outra droga) e é um potente fungicida. Não atravessa as membranas do SNC.
Flucitosina:5 fluoro-citosina 
- Derivado fluorado da citosina
- Efeito razoável sobre alguns fungos – Eficaz em Dermatíceos
- Associação comum com Anfotericina B ( + efeito potencial e + efeitos adversos )
- Alto nível de resistência
- Mecanismo de Ação: Inibição do DNA (por substituição da citosina). Dependência enzimática da Citosina Desaminase; em caso de resistência o fungo usa outra enzima. Tratamento de Criptococose e Candídiase (junto da Anf. B)
Derivados Azóis
- Maior grupo de antifúngicos
- Menor toxicidade, pois são seletivos no ergosterol
- Atuam sobre infecções tópicas e sistêmicas
- Mecanismo de Ação: Inibe a síntese do ergosterol e inibe as enzimas do citocromo P450.
Gliseofluvina
- Derivada do Penicilium
- Uso local contra os dermatófitos
- Mecanismo de Ação: Inibe a formação do fuso mitótico.
Alilaminas:Terbinafina
- Uso local contra os dermatófitos
- Poucos Efeitos Adversos
- Aplicada em alternância com os azóis
- Mecanismo de Ação: Inibe a síntese do ergosterol, inibe a enzima esqualeno epoxidase (não servindo para tratamento sistêmico) e eliminação, local, de espécies resistentes a azóis.
Para a verficação da existênciade fungos, faz-se o exame conhecindo como Antifungigrama.
“Dúvidas? Angústias?” BEZERRA, Nilson. 2014.

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