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Análise de Custos Autora: Rachel Niza Tema 03 Avaliação e Contabilização dos Custos seç ões Tema 03 Avaliação e Contabilização dos Custos Como citar este material: NIZA, Rachel. Análise de Custos: Avaliação e Contabilização dos Custos. Caderno de Atividades. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014. SeçõesSeções Tema 03 Avaliação e Contabilização dos Custos 5 Conteúdo Nessa aula você estudará: • Custos de mão de obra direta. • Avaliação de estoques. • Contabilização de custos. Habilidades Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões: • Como avaliamos os custos de mão de obra? CONTEÚDOSEHABILIDADES Introdução ao Estudo da Disciplina Caro(a) aluno(a). Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro Contabilidade de Custos, do autor Vicente Carioca, Editora Alínea, 2012, Livro-Texto 445. Roteiro de Estudo: Rachel NizaAnálise de Custos 6 CONTEÚDOSEHABILIDADES • Como deve ser feita a avaliação dos estoques? • O que devemos considerar na avaliação dos custos? • Como é o funcionamento da contabilização dos custos? CONTEÚDOSEHABILIDADES Avaliação e Contabilização dos Custos A forma como os custos são avaliados faz diferença no momento em que apuramos o resultado final da empresa, afinal, um erro na avaliação de custos causará uma série de erros no restante da análise da situação financeira da companhia. Para que o processo de levantamento dos dados e mensuração dos custos seja feito de maneira eficiente, você precisa conhecer todos os instrumentos necessários para a realização desta atividade (CARIOCA, 2012), assim como os fatores envolvidos, que de maneira direta ou indireta influenciam nos valores finais. Estes, por sua vez, possibilitam o diagnóstico financeiro da organização no período e servem como base para a tomada de decisão. No estudo de custos, é imprescindível que você saiba identificar os custos de mão de obra direta. Estes são representados pelos custos dos funcionários que atuam diretamente na linha produção. Suas atividades podem estar relacionadas às máquinas ou aos trabalhos manuais. No quadro, a seguir, você consegue visualizar melhor este custo: Classifica-se este custo como direto simplesmente por ser possível quantificá-lo de maneira precisa. Como conseguimos mensurar a quantidade de horas utilizadas para produzir cada LEITURAOBRIGATÓRIA Mão de Obra Direta Função Quantidade Salário Custo Mensal Operador de máquina 1 R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 Assistente de produção 2 R$ 900,00 R$ 1.800,00 Soldador 3 R$ 850,00 R$ 2.550,00 7 LEITURAOBRIGATÓRIALEITURAOBRIGATÓRIA item (CARIOCA, 2012), e se os salários dos colaboradores da linha de produção desta empresa também são medidos em horas, conseguimos naturalmente apontar o custo da mão de obra de maneira objetiva. Esta análise comprova como, neste caso, estamos abordando um custo direto. Após compreender a objetividade encontrada na determinação dos custos de mão de obra, ficará mais fácil entender como esses custos são determinados. Imagine que em uma ponta temos o controle feito das horas que os funcionários trabalham. Este tempo de dedicação é o registro de ponto que temos indicado nos centros de custos daquele departamento; em outra ponta do mesmo centro de custos temos os demais dados referentes à produção. O que precisamos fazer é a alocação dos valores aos produtos. Cabe ressaltar que encontramos diferenças que não podem ser negligenciadas quando nos referimos à produção em série ou à produção por ordem. Verifique que, ao tratarmos da produção em série, temos uma produção contínua, ou seja, constante, independentemente de encomendas ou não. Neste ponto, devemos estabelecer uma relação entre o custo da máquina e o volume produzido (CARIOCA, 2012). Caso a empresa faça um único produto, todo custo referente ao salário do funcionário envolvido deve ser aplicado a este item. Quando há mais de um produto, a apropriação dos custos deve ser de acordo com o tempo empregado na confecção de cada um. Por outro lado, quando temos uma produção por encomenda, dependemos de uma ordem para sua execução. Neste tipo de produção, são levantados os custos das pessoas envolvidas na linha de produção antes de o mês ser iniciado. Temos, portanto, uma mão de obra direta estimada, pois utilizamos valores prováveis. Uma das partes mais importantes da análise de custos está representada pela avaliação dos estoques. Sabemos que uma empresa não encerra o mês, ou outros períodos, com a totalidade de sua produção finalizada. Encontraremos sempre produtos nas mais diversas etapas; estes, por sua vez, devem ser custeados na fase em que se encontram. Afinal, teríamos relatórios contábeis de má qualidade se produtos não acabados deixassem de ser considerados. Além disso, a tomada de decisão não seria baseada em dados reais, o que certamente poderia provocar grandes problemas futuros. Avaliar estoques na produção sob encomenda consiste em considerar as ordens que não foram encerradas, como encomendas em elaboração, como trabalhos com custos estimados. À medida que são apurados, é realizado um ajuste com os valores reais. Por outro lado, quando abordamos os custos dos estoques da produção em série, pelo fato de 8 esta ser contínua, nossa análise requer uma conduta específica (CARIOCA, 2012). Neste caso, o custeio será feito apenas ao final do mês, quando os valores envolvidos já são conhecidos. Atente-se à questão de que não conseguimos identificar os valores quando os produtos estão em elaboração. Lembre-se de que o custeio deve ser realizado em todas as etapas. Então, como resolvemos este problema? No caso da produção em série, para apurar os custos dos produtos não finalizados, basta fazer uma equivalência com aqueles que já estão acabados. Assim, você está agindo de acordo com o princípio da consistência, em que utilizamos os mesmos critérios para os diversos períodos. Precisamos nos atentar às diferenças existentes entre a produção em série e a produção contínua. Para que você não se confunda, e determine acumulação e contabilização como sinônimos, lembre-se de que a acumulação é a centralização, em que os custos se localizam. A contabilização é a maneira como as informações financeiras são registradas. A compreensão do funcionamento desta atividade demanda que sejam interpretadas corretamente as transações financeiras, assim como a divisão de custos, ou seja, o rateio entre os departamentos. O processo de contabilização envolve necessariamente todas as movimentações de estoques, tanto na produção em série como na produção por ordem. Como você já entendeu, a avaliação dos estoques representa um ponto essencial das atividades de custeio; jamais teríamos um resultado correto das empresas sem estes dados. Por este motivo, quando focamos as transações financeiras (CARIOCA, 2012), estamos nos referindo às movimentações não apenas dos produtos fisicamente, como também dos valores considerados. Os cuidados devem estar exatamente na questão de entender acumulação de custos quando abordamos uma linha de produção contínua e quando abordamos uma linha de produção que depende de encomendas. Observe que o certo e o errado na contabilização de custos dependerá, acima de tudo, do tipo de produção e das especificidades que temos em cada um dos processos. Pois, muitas vezes, os problemas se iniciam nesta etapa, quando não tratamos produção contínua e em série de maneiras distintas. 9 LINKSIMPORTANTES Quer saber mais sobre o assunto? Então: Sites Consulte o material Critérios de Avaliação de Estoques. Disponível em: <http://www.slideshare.net/azirasa/aula-9-avaliao-dos-estoques-controle- de-estoques>. Acesso em: 02 fev 2014. Por meio desta consulta, você compreenderá mais sobre os custos referentes aos estoques. Leia oartigo “Custos de mão de obra e encargos sociais”, de Wellington Rocha. Disponível em: <www.revistas.usp.br/cest/article/download/5579/7109>. Acesso em: 02 fev 2014. Você conseguirá aprender mais sobre a composição dos custos de mão de obra. Leia o artigo “Avaliação de Custos: Estruturação de um modelo”, de Altair Borget, Léo Schonorrenberger, Jóici Martins e Maurício Fernandes Pereira. Disponível em: <http://revistafuture.org/FSRJ/article/view/16>. Acesso em: 02 fev 2014. Com este artigo, você consegue aprender sobre como montar um modelo para avaliar custos. Consulte a dissertação de mestrado Avaliação de Custo, Volume e Lucro em Micro e Pequenas Empresas Comerciais, de Rogério Souza. Disponível em: <http://juno.unifei.edu.br/bim/0031638.pdf>. Acesso em: 02 fev 2014. Neste trabalho, você consegue observar o funcionamento da avaliação de custos para micro e pequenas empresas. 10 LINKSIMPORTANTES Vídeos Importantes: Assista ao vídeo: Sistema de Avaliação de Custos na Gestão Pública. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=DrwlNQ0x1_k>. Acesso em: 02 fev 2014. Por meio deste vídeo, você consegue entender como aplicamos os conceitos estudados na gestão pública. Instruções: Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema. Questão 1: Para realizar um orçamento de conserto de um carro, um mecânico considera, entre ou- tros valores, os custos das peças que serão utilizadas. Explique o que pode acontecer se esses valores não estiverem corretos. Questão 2: O que representa os custos de mão de obra direta? a) Serviços terceirizados. b) Todos os funcionários daquela empresa. c) Custo dos funcionários que atuam diretamente na linha de produção. d) Custo dos funcionários que atuam direta e indiretamente na produção. e) Custo dos gestores de cada departamento. AGORAÉASUAVEZ 11 Questão 3: Como são determinados os custos de mão de obra? a) Por meio da alocação de valores aos produtos. b) Após a finalização do ano. c) Após a finalização do semestre. d) Por um rateio arbitrário. e) De acordo o perfil de cada funcionário. Questão 4: Escolha a alternativa que possui um impor- tante elemento a ser considerado na apu- ração de custos da produção contínua: a) Cidade. b) Tempo. c) Localização. d) Porte. e) País. Questão 5: O que consideramos ao avaliar os esto- ques da produção por encomenda? a) Ordens finalizadas. b) Ordem de maior valor. c) Ordens não finalizadas. d) Ordens encerradas e não encerradas. e) Novas solicitações. Questão 6: Esclareça a classificação atribuída ao cus- to de mão de obra direta. Questão 7: Demonstre o funcionamento da avaliação de custos na produção por encomenda. Questão 8: Identifique as preocupações necessárias ao avaliarmos os custos dos estoques. Questão 9: Interprete a especificidade da conduta ne- cessária para avaliar estoques na produ- ção em série. Questão 10: Analise a contabilização dos custos. AGORAÉASUAVEZ 12 Neste tema, você aprendeu que erros na avaliação de custos provocarão erros no resultado final da empresa, e certamente ocorrerá uma série de complicações por conta disto. Aprendeu, também, que existem especificidades que devem ser observadas de acordo com as características da produção e que nenhum produto em estoque pode ser deixado à parte quando realizamos a avaliação e contabilização dos custos. Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos! CARIOCA, VICENTE. Contabilidade de custos. Campinas: Alínea, 2012. MICHAELIS. Moderno Dicionário da Língua Portuguesa. São Paulo: Melhoramentos, 2009. FINALIZANDO REFERÊNCIAS 13 GLOSSÁRIO GABARITO Acumulação: Concentração. A acumulação de custos se refere à maneira como os custos se concentram em determinada produção. Apropriação: Passar a pertencer. A apropriação de custos ocorre quando fazemos a avaliação dos valores incorridos em cada caso. Contínuo: Sem pausa. Consideramos uma produção contínua aquela que sempre ocorre independentemente de uma solicitação específica. Equivalência: De valor semelhante. Serve como base de comparação. Ordem: Solicitação, pedido. Uma produção por ordem depende de uma solicitação específica, uma encomenda. Questão 1 Resposta: Se a avaliação dos custos das peças para um reparo não estiver correta, o mecânico também não terá um orçamento correto para apresentar ao cliente, podendo ter prejuízo ou transmitir uma imagem de desonesto, caso os valores sejam muito altos. 14 Questão 2 Resposta: Alternativa “C” A mão de obra direta está relacionada aos funcionários que atuam diretamente na linha produção, seja operando máquinas ou com trabalhos manuais. Questão 3 Resposta: Alternativa “A”. Os custos de mão de obra são determinados por meio da alocação de valores aos produtos. Afinal, são apuradas as horas trabalhadas e consideradas junto aos demais insumos da produção. Questão 4 Resposta: Alternativa “B”. Para avaliar os custos da produção contínua, precisamos considerar o tempo gasto na confecção de cada produto. Questão 5 Resposta: Alternativa “D”. Quando tratamos da produção por ordem, precisamos considerar todas as encomendas no momento de avaliar os estoques. Questão 6 Resposta: O custo de mão de obra direta é considerado custo direto, pois é possível quantificá-lo precisamente por meio das horas trabalhadas para produzir cada item. Questão 7 Resposta: Quando temos uma produção que depende de determinada ordem, são apurados os custos de trabalho dos funcionários que serão envolvidos antes do início da produção, portanto, trabalhos com valores estimados. GABARITO 15 GABARITO Questão 8 Resposta: Lembrando que os períodos muitas vezes não são encerrados com a totalidade da produção acabada; então, os itens em estoque devem ser custeados independentemente da fase em que se encontram. Questão 9 Resposta: Para apurarmos os custos dos estoques na produção em série, devemos aguardar a finalização do mês, quando sabemos quais são os valores realmente envolvidos, pois não conseguimos ter esta resposta exata quando os produtos estão em elaboração. Questão 10 Resposta: A contabilização envolve a necessidade de compreensão de todas as transações financeiras relativas à produção, portanto, deve considerar as movimentações tanto da produção em série como da produção contínua.
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