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Tráfico de influência
 É a prática ilegal de uma pessoa se aproveitar da sua posição privilegiada dentro de uma empresa ou entidade, ou das suas conexões com pessoas em posição de autoridade, para obter favores ou benefícios para terceiros, geralmente em troca de favores ou pagamento. O crime de tráfico de influência vem previsto no art. 332 do Código Penal e tem como objetividade jurídica a tutela do prestígio da Administração Pública. Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, inclusive o funcionário público. Sujeito passivo é o Estado e secundariamente, a pessoa que entrega ou promete a vantagem. Aos particulares empresários e políticos, principalmente contra a administração pública em geral. Consiste em solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem. A conduta típica vem expressa pelos verbos solicitar, exigir, cobrar e obter. O objeto material é a vantagem ou promessa de vantagem, que pode ser de qualquer natureza, material ou moral exemplo: o objeto material do crime é dinheiro. O tráfico de influência se encontra tipificado nos crimes praticados por particular contra a administração em geral. No Código Penal, o crime do art. 332 também se chamava exploração de prestígio, tendo recebido o tráfico de influência por força da Lei nº 9.127/95, que, inclusive, alterou a sua tipificação. Entretanto, o ponto comum em ambos os delitos é que o sujeito ativo procura, com sua conduta, negociar uma influência que, não necessariamente, possui. Diz-se, até mesmo, que, em ambos os delitos, haveria uma forma particular de estelionato. Portanto, ambos os delitos envolvem uma modalidade de fraude em que o agente atua com a desculpa de influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função. Na exploração de prestígio, a influência ou promessa dela recai em juiz, jurado, órgão do Ministério Público, funcionário da justiça, perito, tradutor, intérprete e testemunha. Não é necessário nem mesmo que exista realmente o funcionário público. Os dois crimes em análise são dolosos, não se admitindo a modalidade culposa. Ambos são crimes formais, que se consumam com a só prática da conduta, independentemente da efetiva obtenção de vantagem, dinheiro ou utilidade, ou da efetiva influência exercida. Exceção feita à modalidade de conduta obter no tráfico de influência, em que a consumação se dá no momento em que o sujeito obtém a vantagem ou promessa. Outro ponto a destacar é que, em ambos os delitos, há causa de aumento de pena se o agente alega ou insinua que a vantagem, dinheiro ou utilidade, também se destina ao funcionário público, ou ao juiz, membro do Ministério Público, funcionário da justiça etc. A pena prevista para esse crime é de reclusão, de 2 a 5 anos, e multa. A pena é aumentada da metade, se o agente alega ou insinua que a vantagem é também destinada ao funcionário. Para o crime de exploração de prestigio a pena será reclusão, de um a cinco anos, e multa. As penas aumentam-se de um terço, se o agente alega ou insinua que o dinheiro ou utilidade também se destina a qualquer das pessoas.
Corrupção Passiva e Ativa
Corrupção passiva e ativa tratar-se de crimes distintos, são dois delitos. Corrupção ativa e passiva são independentes. Podendo existir separadamente. Na corrupção passiva, têm-se três verbos: solicitar, receber e aceitar. Na corrupção ativa, há dois verbos: oferecer e prometer. Pode-se ter um único fato, com a prática dos dois crimes, mas cada um responde por um crime. É possível haver corrupção passiva sem que haja a corrupção ativa, que é quando o funcionário público pratica a conduta do verbo solicitar, que não precisa necessariamente o outro aceitar. A função pública na corrupção passiva não é apenas peculiar à condição profissional, mas ao fato da conduta vincular-se ao exercício funcional. Sobre a corrupção passiva, dispõe o art. 317, do CP Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. Na corrupção passiva, o crime é próprio, e só pode ser cometido por funcionário público, que solicita ou aceita a vantagem. Na corrupção ativa, o crime é comum, e pode ser cometido por qualquer pessoa que oferece ou promete vantagem indevida, inclusive pelo funcionário público, desde que aja como particular. Em ambas o que se diz sobre a objetividade jurídica, é a proteção da administração pública, busca-se o seu funcionamento normal, ou seja, a efetivação da atividade estatal, no que diz respeito à preservação dos princípios da probidade e moralidade no exercício da função, protege-se a honradez da função pública, sua respeitabilidade e integridade dos seus funcionários. 
Para a corrupção passiva e ativa está prevista a pena de reclusão, de dois a doze anos, e multa. A pena será aumentada de um terço no caso de, como resultado da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. A pena é agravada "se, em consequência da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional". Se o funcionário público for ocupante de cargo em comissão ou de função de direção ou assessoramento, a pena também é agravada (art. 316, § 2º, do Código Penal).
Sujeito Ativo: Crime próprio – cometido apenas por funcionário público, sendo possível o concurso de dois funcionários públicos ou a participação de um particular. Sujeito passivo: O titular do bem jurídico lesado é o Estado.
A consumação na corrupção passiva não depende do resultado, trata-se de um crime formal. É um delito de simples conduta. Envolve simples atividade. Se consuma no momento em que a solicitação chega ao conhecimento do terceiro ou quando o funcionário recebe a vantagem ou aceita a promessa de sua entrega, ainda que não haja sua concretização. A tentativa não se trata de um assunto pacífico, uns não a admitem, outros aceitam. A tentativa é difícil, mas não significa que seja impossível. Uma corrente minoritária não admite a tentativa, pois o objeto jurídico tutelado é a probidade administrativa e, no momento em que o funcionário solicita alguma vantagem, já está ferindo a probidade administrativa, independente de chegar às mãos do destinatário, porém, pela corrente majoritária admite-se a tentativa na conduta de solicitar por escrito. Com relação ao recebimento da vantagem, não admite-se a tentativa, ou o sujeito recebe ou não recebe a vantagem. No mesmo sentido enquadra-se a aceitação de promessa ou vantagem, ou aceita ou não aceita. Na corrupção ativa, a consumação ocorre no momento em que o funcionário toma conhecimento da oferta ou da promessa, não sendo necessário que o funcionário público venha a praticar, omitir ou retardar ato de ofício ou ainda que ele a recuse. É também um crime formal ou de consumação antecipada. Á tentativa, é admissível quando a oferta ou a promessa não chegar ao destinatário. Cabe tentativa quando por vontade alheia a vontade do agente o servidor não recebe a proposta ou os valores (por escrito ou interceptado, ou envelope com dinheiro).

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