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PROJETO PRONTO 28 11 CORRIGIDO

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2 
 
 
 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
Anderson Meyer 
Camila Dittberner 
Deise Blank 
Elisa Weber 
Fabrício S. Batista 
Matheus Smidt 
Natana Ebertz 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS 
CONCRETOS SARAIVA INDÚSTRIA DE ARTEFATOS DE CIMENTO LTDA. 
 
 
 
 
 
 
Santa Cruz do Sul 
2016 
3 
 
 
 
 
 
Anderson Meyer 
Camila Dittberner 
Deise Blank 
Elisa Weber 
Fabrício S. Batista 
Matheus Smidt 
Natana Ebertz 
 
 
 
 
 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS 
CONCRETOS SARAIVA INDÚSTRIA DE ARTEFATOS DE CIMENTO LTDA. 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado à disciplina de Administração 
de Projetos, do Curso de Administração de Empresas 
da Universidade de Santa Cruz do Sul. 
 
 
Prof. Orientador: Ms. Jaime Laufer 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Cruz do Sul 
2016
4 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
 
 
Figura 1 - Pedras pavers holandesas .................................................................... 19 
Figura 2 - Blocos de meio fio ................................................................................. 20 
Figura 3 - Tubos de concreto ................................................................................. 21 
Figura 4 - Aplicação do Desmolpec nas fôrmas ................................................... 23 
Figura 5 - Artefatos após o processo de embalagem .......................................... 24 
Figura 6 - Ohland Artefatos de Cimento ................................................................ 29 
Figura 7 - Taxa de crescimento populacional em 2010 ........................................ 31 
Figura 8 - Municípios de atuação da Concretos Saraiva ..................................... 33 
Figura 9 - Logomarca da empresa ......................................................................... 44 
Figura 10 - Uniforme dos colaboradores da Concretos Saraiva ......................... 54 
Figura 11 - Crachá dos colaboradores .................................................................. 55 
Figura 12 - Terreno escolhido para a instalação da Concretos Saraiva ............. 59 
Figura 13 - Página da Concretos Saraiva no Facebook ....................................... 69 
Figura 14 - Site da Concretos Saraiva ................................................................... 70 
Figura 15 - Catálogo de produtos .......................................................................... 71 
Figura 16 - Cartão de visita..................................................................................... 71 
Figura 17- Imagem do terreno A............................................................................. 75 
Figura 18 - Imagem do terreno B ........................................................................... 76 
Figura 19 - Imagem do terreno C ........................................................................... 76 
Figura 20 - Fiat Mobi 2017 ..................................................................................... 100 
Figura 21 - Caminhão Constellation 15.190 ........................................................ 101 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 - Dados do COREDE Vale do Rio Pardo ................................................. 31 
Tabela 2 - PIB e exportações totais nos municípios do Vale do Rio Pardo ........ 32 
Tabela 3 - Dimensões das peças ............................................................................ 42 
Tabela 4 - Resistência característica à compressão ............................................ 43 
Tabela 5 - Capital Social da empresa Concretos Saraiva .................................... 46 
Tabela 6 - Rotina de trabalho da empresa Concretos Saraiva ............................ 53 
Tabela 7 - Encargos sociais e trabalhistas da Concretos Saraiva ...................... 61 
Tabela 8 - Provisão de 13º Salário .......................................................................... 62 
Tabela 9 - Provisões de férias ............................................................................... 63 
Tabela 10 - Salários dos funcionários da Concretos Saraiva .............................. 64 
Tabela 11 - Análise qualitativa dos terrenos ......................................................... 77 
Tabela 12 - Equipamentos e acessórios sanitários .............................................. 87 
Tabela 13 - Valores para a instalação da Concretos Saraiva ............................... 96 
Tabela 14 - Despesas para o início das atividades da Concretos Saraiva ......... 97 
Tabela 15 - Cotação de PSPCI ................................................................................ 98 
Tabela 16 - Valor do PCMSO e PSPCI .................................................................... 99 
Tabela 17 - Itens pertencentes ao imobilizado .................................................... 100 
Tabela 18 - Gastos com veículo, caminhão e guindaste .................................... 101 
Tabela 19 - Gastos com veículos ......................................................................... 102 
Tabela 20 - Máquinas e equipamentos ................................................................ 103 
Tabela 21 - Equipamentos de informática ........................................................... 104 
Tabela 22 - Móveis e utensílios da recepção ...................................................... 105 
Tabela 23 - Móveis e utensílios da sala dos auxiliares administrativos ........... 105 
Tabela 24 - Móveis e utensílios da sala dos sócios ........................................... 106 
Tabela 25 - Móveis e utensílios da sala de reuniões .......................................... 107 
Tabela 26 - Móveis e utensílios da produção ...................................................... 107 
Tabela 27 - Móveis do vestiário ............................................................................ 108 
Tabela 28 - Móveis e utensílios da copa/cozinha ............................................... 108 
Tabela 29 - Tabela de depreciação ....................................................................... 110 
Tabela 30 - Depreciação do imobilizado da Concretos Saraiva ........................ 110 
Tabela 31 - Investimentos iniciais ........................................................................ 118 
Tabela 32 - Despesas administrativas anuais ..................................................... 120 
Tabela 33 - Custos da matéria prima utilizada nas pedras pavers .................... 128 
Tabela 34 - Custos da matéria prima utilizada nos blocos meio fio.................. 129 
Tabela 35 - Custos com matéria prima dos tubos de concreto de 20 cm ......... 129 
Tabela 36 - Custos com matéria prima dos tubos de concreto de 30 cm ......... 130 
Tabela 37 - Custos mensais e anuais com matéria prima .................................. 130 
Tabela 38 - Mão de obra direta ............................................................................. 131 
Tabela 39 - Custos diretos anuais ........................................................................ 131 
Tabela 40 - Custos indiretos/ano ......................................................................... 132 
Tabela 41 - Mão de obra indireta .......................................................................... 133 
Tabela 42 - Lista de despesas anuais .................................................................. 134 
Tabela 43 - Custos de produção .......................................................................... 135 
Tabela 44 - Custos de produção ..........................................................................136 
Tabela 45 - Mark up das pedras pavers ............................................................... 136 
Tabela 46 - Mark up dos blocos meio fio ............................................................. 137 
6 
 
Tabela 47 - Mark up dos tubos de concreto de 20 cm ........................................ 137 
Tabela 48 - Mark up dos tubos de concreto de 30 cm ........................................ 137 
Tabela 49 - Preço de venda dos produtos ........................................................... 138 
Tabela 50 - Custos com matéria prima ................................................................ 139 
Tabela 51 - Projeção de produção ....................................................................... 140 
Tabela 52 - Faturamento ....................................................................................... 143 
Tabela 53 - Projeção de vendas ........................................................................... 144 
Tabela 54 - Participação do capital social da Concretos Saraiva ..................... 149 
Tabela 55 - distribuição do capital total inicial da Concretos Saraiva .............. 149 
Tabela 56 - Rateio dos custos .............................................................................. 152 
Tabela 57 - Formação do preço de venda das pedras pavers ........................... 152 
Tabela 58 - Formação do preço de venda dos blocos de meio fio .................... 153 
Tabela 59 - Formação do preço de venda dos tubos de concreto de 20 cm .... 153 
Tabela 60 - Formação do preço de venda dos tubos de concreto de 30 cm .... 153 
Tabela 61 - Amortização do financiamento (SAC) .............................................. 155 
Tabela 62 - Depreciação acumulada .................................................................... 160 
Tabela 63 - Fluxo de caixa do primeiro semestre de 2017 ................................. 163 
Tabela 64 - Fluxo de caixa do segundo semestre de 2017 ................................ 166 
Tabela 65 - Fluxo de caixa do segundo ao quarto ano ....................................... 170 
Tabela 66 - Fluxo de caixa do quinto ao sétimo ano .......................................... 173 
Tabela 67 - Fluxo de caixa do oitavo ao décimo ano.......................................... 176 
Tabela 68 - Demonstração do resultado do exercício (DRE) ............................. 181 
Tabela 69 - Balanço patrimonial de abertura ...................................................... 185 
Tabela 70 - Balanço patrimonial do primeiro ano ............................................... 187 
Tabela 71 - Balanço patrimonial do segundo ano .............................................. 189 
Tabela 72 - Balanço patrimonial do terceiro ano ................................................ 191 
Tabela 73 - Análise vertical do DRE ..................................................................... 194 
Tabela 74 - Análise horizontal do DRE ................................................................ 197 
Tabela 75 - Análise vertical do ativo .................................................................... 200 
Tabela 76 - Análise vertical do passivo ............................................................... 202 
Tabela 77 - Análise horizontal do ativo ................................................................ 204 
Tabela 78 - Análise horizontal do passivo ........................................................... 206 
Tabela 79 - Capital de giro líquido........................................................................ 208 
Tabela 80 - Necessidade de capital de giro ......................................................... 209 
Tabela 81 - Saldo de tesouraria ............................................................................ 210 
Tabela 82 - Ciclo operacional da Concretos Saraiva .......................................... 211 
Tabela 83 - Ciclo econômico da Concretos Saraiva ........................................... 212 
Tabela 84 - Ciclo financeiro da Concretos Saraiva ............................................. 213 
Tabela 85 - TIR e VPL ............................................................................................ 216 
Tabela 86 - Índice de liquidez geral ...................................................................... 217 
Tabela 87 - Participação de capital de terceiros ................................................. 218 
Tabela 88 - Índice de endividamento geral .......................................................... 219 
Tabela 89 - Rentabilidade do ativo ....................................................................... 220 
 
 
 
 
 
7 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13 
2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 14 
3 OBJETIVO ............................................................................................................. 15 
3.1 Objetivo geral .................................................................................................... 15 
3.2 Objetivos específicos........................................................................................ 15 
4 PRODUTO ............................................................................................................. 16 
4.1 Histórico ............................................................................................................. 16 
4.2 Identificação ...................................................................................................... 17 
4.2.1 Blocos pré-moldados (pedras pavers holandesas)..................................... 17 
4.2.2 Blocos de meio fio.......................................................................................... 19 
4.2.3 Tubos de concreto .......................................................................................... 20 
4.3 Matéria-prima ..................................................................................................... 21 
4.4 Processo produtivo ........................................................................................... 22 
4.4.1 Limpeza das fôrmas ....................................................................................... 22 
4.4.2 Massa .............................................................................................................. 23 
4.4.3 Descanso ........................................................................................................ 23 
4.4.4 Desenformar ................................................................................................... 24 
4.4.5 Embalar ........................................................................................................... 24 
4.5 Impactos ambientais, sociais e controle da qualidade .................................. 25 
4.5.1 Impactos ambientais ...................................................................................... 25 
4.5.2 Impactos sociais ............................................................................................ 26 
4.5.3 Controle de qualidade .................................................................................... 26 
5 ANÁLISE DE MERCADO ...................................................................................... 28 
5.1 Pesquisa de dados primários ........................................................................... 28 
5.1.1 Visita técnica .................................................................................................. 29 
5.2 Pesquisa de dados secundários ...................................................................... 30 
5.3 Setor ................................................................................................................... 34 
5.3.1Setor do mercado ........................................................................................... 34 
5.4 Análise SWOT .................................................................................................... 34 
5.4.1 Oportunidades e ameaças ............................................................................. 35 
5.4.2 Pontos fortes e fracos .................................................................................... 36 
5.4.3 Tecnologia e ciclo de vida ............................................................................. 36 
5.4.4 Segmentação .................................................................................................. 37 
5.4.5 Clientes ........................................................................................................... 38 
5.4.6 Concorrência .................................................................................................. 39 
8 
 
5.4.7 Fornecedores .................................................................................................. 40 
6 ORGANIZAÇÃO .................................................................................................... 42 
6.1 Objetivo social ................................................................................................... 42 
6.2 Aspectos legais ................................................................................................. 42 
6.2.1 Estrutura organizacional ............................................................................... 43 
6.2.2 Nome de fantasia ............................................................................................ 44 
6.2.3 Logomarca e slogan....................................................................................... 44 
6.2.4 Sócios .............................................................................................................. 45 
6.2.5 Capital social .................................................................................................. 45 
6.2.6 Representação legal....................................................................................... 46 
6.2.7 Organograma .................................................................................................. 46 
6.3 Estrutura funcional............................................................................................ 47 
6.3.1 Descrição das atividades e atribuições........................................................ 48 
6.3.1.1 Conselho diretivo ........................................................................................ 48 
6.3.1.2 Diretor administrativo e financeiro ............................................................ 48 
6.3.1.3 Diretor de recursos humanos .................................................................... 49 
6.3.1.4 Diretor de vendas e marketing ................................................................... 49 
6.3.1.5 Auxiliares administrativos .......................................................................... 50 
6.3.1.6 Diretor de produção e compras ................................................................. 50 
6.3.1.7 Auxiliares de produção ............................................................................... 51 
6.3.1.8 Motorista ...................................................................................................... 52 
6.3.1.9 Serviços terceirizados ................................................................................ 52 
6.3.1.10 Rotina de trabalho ..................................................................................... 53 
6.3.1.11 Uniformes ................................................................................................... 54 
6.3.1.12 Crachá personalizado ............................................................................... 54 
6.4 Intenção estratégica .......................................................................................... 55 
6.4.1 Missão ............................................................................................................. 55 
6.4.2 Visão ................................................................................................................ 56 
6.4.3 Valores ............................................................................................................. 56 
6.4.4 Objetivos e metas da empresa ...................................................................... 57 
6.4.5 Negócio / foco ................................................................................................. 58 
6.5 Localização da empresa ................................................................................... 58 
6.6 Carga horária ..................................................................................................... 59 
6.7 Remuneração ..................................................................................................... 60 
6.7.1 Encargos sociais ............................................................................................ 60 
6.7.2 Encargos sobre o pró-labore ........................................................................ 61 
6.8 Provisões ........................................................................................................... 61 
9 
 
6.8.1 Provisão de 13º salário .................................................................................. 62 
6.9 Salários .............................................................................................................. 63 
7 PLANO DE MARKETING ...................................................................................... 65 
7.1 Produto ............................................................................................................... 65 
7.2 Preço .................................................................................................................. 66 
7.3 Praça................................................................................................................... 67 
7.4 Promoção ........................................................................................................... 68 
7.5 Estratégias de venda ........................................................................................ 70 
8 ENGENHARIA ....................................................................................................... 73 
8.1 Aspectos operacionais ..................................................................................... 73 
8.1.1 Localização industrial .................................................................................... 73 
8.1.2 Fatores determinantes da localização .......................................................... 74 
8.1.3 Localizações pré-selecionadas com fotos ................................................... 75 
8.1.4 Análise qualitativa .......................................................................................... 77 
8.1.5 Localização selecionada ................................................................................ 78 
8.2 Arquitetura/Construção .................................................................................... 79 
8.2.1 Projeto arquitetônico ..................................................................................... 79 
8.2.2 Custos da construção .................................................................................... 80 
8.2.3 Memorial descritivo ........................................................................................ 82 
8.2.3.1 Informações preliminares ........................................................................... 82 
8.2.3.2 Instalação da obra ....................................................................................... 828.2.3.3 Sondagem e terraplanagem ....................................................................... 83 
8.2.3.4 Instalações provisórias ............................................................................... 83 
8.2.3.5 Infraestrutura e fundações ......................................................................... 84 
8.2.3.6 Supra estrutura e estruturas metálicas ..................................................... 84 
8.2.3.7 Paredes ........................................................................................................ 84 
8.2.3.8 Revestimentos ............................................................................................. 85 
8.2.3.9 Esquadrias e aberturas ............................................................................... 85 
8.2.3.10 Vidros ......................................................................................................... 86 
8.2.3.11 Forros ......................................................................................................... 86 
8.2.3.12 Equipamentos e acessórios sanitários ................................................... 86 
8.2.3.13 Pinturas ...................................................................................................... 87 
8.2.3.14 Pavimentações .......................................................................................... 87 
8.2.3.15 Instalações elétricas e telefônicas ........................................................... 88 
8.2.3.16 Instalações hidráulicas ............................................................................. 88 
8.2.3.17 Entrega da obra ......................................................................................... 88 
8.2.3.18 Plano Simplificado de Prevenção Contra Incêndio (PSPCI) .................. 89 
10 
 
8.2.4 Descrição das instalações ............................................................................. 89 
8.3 Definição dos espaços...................................................................................... 92 
8.3.1 Fluxos de movimentação ............................................................................... 93 
8.3.2 Área produtiva ................................................................................................ 93 
8.3.3 Área administrativa ........................................................................................ 94 
8.4 Custos ................................................................................................................ 95 
8.4.1 Custos de instalação...................................................................................... 96 
8.4.1.1 Custos com PCMSO e PSPCI ..................................................................... 97 
8.4.2 Imobilizado ...................................................................................................... 99 
8.4.3 Veículos ......................................................................................................... 100 
8.4.4 Máquinas e equipamentos ........................................................................... 102 
8.4.5 Equipamentos de informática ..................................................................... 103 
8.4.6 Móveis e utensílios....................................................................................... 104 
8.4.6.1 Recepção ................................................................................................... 104 
8.4.6.2 Sala dos auxiliares administrativos ......................................................... 105 
8.4.6.3 Sala dos sócios ......................................................................................... 106 
8.4.6.4 Sala de reuniões ........................................................................................ 106 
8.4.6.5 Produção .................................................................................................... 107 
8.4.6.6 Vestiário ..................................................................................................... 107 
8.5 Seguros ............................................................................................................ 109 
8.6 Depreciação ..................................................................................................... 109 
9 CAPACIDADE DE OPERAÇÃO .......................................................................... 112 
9.1 Capacidade teórica ......................................................................................... 112 
9.2 Capacidade máxima ........................................................................................ 114 
9.3 Capacidade mínima ......................................................................................... 115 
9.4 Capacidade desejada ...................................................................................... 116 
9.5 Capacidade ociosa .......................................................................................... 116 
10 ASPECTOS FINANCEIROS / ANÁLISE DE CUSTOS ...................................... 118 
10.1 Investimentos ................................................................................................ 118 
10.2 Despesas de funcionamento ........................................................................ 119 
10.2.1 Custos e despesas com pessoal e com pró-labore, entre outros.......... 119 
10.3 Sistema de custeio ........................................................................................ 120 
10.3.1 Custeio por absorção ................................................................................. 121 
10.3.2 Custeio marginal ........................................................................................ 121 
10.3.3 Custeio por atividade – ABC ..................................................................... 122 
10.4 Principais características dos sistemas...................................................... 123 
10.4.1 Custeio por absorção ................................................................................. 123 
11 
 
10.4.2 Custeio marginal ........................................................................................ 123 
10.4.3 Custeio por atividade – ABC ..................................................................... 124 
10.5 Componentes do custo ................................................................................. 124 
10.5.1 Custeio por absorção ................................................................................. 124 
10.5.2 Custeio marginal ........................................................................................ 125 
10.5.3 Custeio por atividade – ABC ..................................................................... 125 
10.6 Vantagens e desvantagens ........................................................................... 126 
10.6.1 Custeio por absorção ................................................................................. 126 
10.6.2 Custeio marginal ........................................................................................ 126 
10.6.3 Custeio por atividade – ABC ..................................................................... 127 
10.7 Custos diretos e indiretos ............................................................................ 127 
10.8 Despesas ........................................................................................................ 132 
11 PLANOS DE PRODUÇÃO E VENDAS.............................................................. 135 
11.1 Custos de produção ...................................................................................... 135 
11.2 Mark-up / margem de contribuição .............................................................. 135 
11.3 Preço de venda ..............................................................................................138 
11.4 Projeção de compras .................................................................................... 138 
11.5 Projeção de vendas ....................................................................................... 143 
12 ANÁLISE FINANCEIRA ..................................................................................... 148 
12.1 Capital total .................................................................................................... 148 
12.1.1 Distribuição do capital ............................................................................... 149 
12.2 Estimativa de custos, receitas e impostos ................................................. 150 
12.2.1 Formação dos preços ................................................................................ 151 
12.3 Financiamento e amortização ...................................................................... 154 
12.4 Depreciação acumulada ............................................................................... 159 
12.5 Simples Nacional ........................................................................................... 161 
12.6 Fluxo de caixa ................................................................................................ 161 
12.6.1 Fluxo de caixa do primeiro ano ................................................................. 162 
12.6.2 Fluxos de caixa do segundo ao décimo ano ........................................... 169 
12.7 DRE – Demonstração do resultado do exercício ........................................ 180 
12.8 Balanço patrimonial ...................................................................................... 183 
12.8.1 Balanço patrimonial de abertura ............................................................... 184 
12.8.2 Balanço patrimonial dos três primeiros anos .......................................... 186 
12.8.3 Análise vertical e horizontal ...................................................................... 192 
12.9 Análises do capital de giro ........................................................................... 207 
12.9.1 Capital de giro líquido ................................................................................ 207 
12.9.2 Necessidade de capital de giro ................................................................. 209 
12 
 
12.9.3 Saldo de tesouraria .................................................................................... 210 
12.9.4 Ciclos: operacional, econômico e financeiro .......................................... 211 
12.10 Indicadores financeiros .............................................................................. 213 
12.2.1 Taxa interna de retorno (TIR) ..................................................................... 214 
12.2.2 Valor presente líquido (VPL) ...................................................................... 214 
12.2.3 Índice de liquidez geral .............................................................................. 217 
12.2.4 Participação de capital de terceiros ......................................................... 218 
12.2.5 Índice de endividamento geral .................................................................. 219 
12.2.6 Rentabilidade do ativo ............................................................................... 220 
13 CONCLUSÃO FINANCEIRA ............................................................................. 221 
14 CONCLUSÃO FINAL ......................................................................................... 223 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 223 
APÊNDICE A – Organograma atual ...................................................................... 228 
APÊNDICE B – Organograma futuro ................................................................... 230 
APÊNDICE C – Contrato Social ............................................................................ 231 
APÊNDICE D – Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ... 234 
APÊNDICE E – Alvará de Licença ........................................................................ 235 
APÊNDICE F – Inscrição Estadual ....................................................................... 237 
APÊNDICE G – Alvará dos bombeiros ................................................................. 238 
APÊNDICE H – Licenciamento ambiental............................................................ 239 
APÊNDICE I – Contrato de assessoria contábil .................................................. 240 
APÊNDICE J – Contrato de assessoria jurídica .................................................. 243 
APÊNDICE K – Contrato de prestação de serviço profissional ........................ 246 
APÊNDICE L – Contrato de prestação de serviços de limpeza ......................... 248 
APÊNDICE M – Projeto arquitetônico da Concretos Saraiva ............................ 251 
APÊNDICE N – Fluxo de movimentação da Concretos Saraiva ........................ 252 
APÊNDICE O – ALÍQUOTAS E PARTILHA DO SIMPLES NACIONAL ................ 253 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Criar uma empresa significa uma oportunidade para aqueles que desejam 
empreender, porém é necessária a realização de um amplo estudo de mercado a fim 
de compreender as reais necessidades do consumidor e oferecer um produto de 
qualidade a preço competitivo. Atualmente, é possível perceber mudanças no 
cenário econômico, as quais obrigam as empresas a procurarem melhores 
desempenhos, criando estratégias para satisfazer as expectativas de seus clientes. 
Com o intuito de oferecer produtos de qualidade com preço acessível, foi 
desenvolvido este trabalho. Para isso, foi elaborado um plano de negócios para 
analisar a viabilidade técnica, mercadológica e financeira de uma indústria de 
artefatos de cimento, a qual possui em seu mix de produtos as pedras pavers 
holandesas, tubos de concreto e meio fio. A empresa irá atender a Região do Vale 
do Rio Pardo, mais precisamente os municípios de Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, 
Passo do Sobrado, Venâncio Aires e Sinimbu. 
Os artefatos de cimento possuem um papel importante na construção civil. 
Nessa perspectiva, um grupo de estudantes do Curso de Administração, da 
Universidade de Santa Cruz do Sul, pretende apresentar uma proposta para atuar 
no referido mercado. 
O presente relatório será dividido em três partes. A primeira parte consiste na 
definição de produto, mercado e organização. A segunda tratará da engenharia da 
empresa e a terceira da análise financeira. Além disso, será realizada uma pesquisa 
bibliográfica, de mercado e de campo, buscando como resultado uma definição se 
será viável ou não a transformação dessa possibilidade de negócios em realidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2 JUSTIFICATIVA 
 
A relevância desse projeto consiste em proporcionar aos acadêmicos uma 
oportunidade de pôr em prática e expandir os ensinamentos adquiridos no decorrer 
do Curso de Administração. No presente trabalho são abordados conteúdos de 
diversas áreas, como: gestão, finanças, custos, logística, produção, gestão de 
pessoas e marketing, todas fundamentais para o estudo da viabilidade de 
implantação de qualquer empresa. 
O crescimento do número de novas empresas tende a gerar impactos 
expressivos na economia brasileira. Porém, muitas delas não sobrevivem devido à 
falta de um planejamento, o qual possibilita uma avaliação do futuro e indica uma 
direção a seguir. Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Estatística e 
Economia (IBGE) apontou que 79,2% de empresas seguem funcionando após três 
anos no Estadodo Rio Grande do Sul. 
O desenvolvimento de um plano de negócios é essencial para a criação de 
uma organização e um bom desempenho da mesma. A sua elaboração, no entanto, 
não é simples, já que precisam ser observados dados exatos, atuais e de diversas 
fontes confiáveis para estudar se o mercado está apto para receber o produto a ser 
produzido e oferecido pela empresa. 
O grupo optou pela indústria de artefatos de cimento observando que, apesar 
da crise, há um relevante número de loteamentos em construção, os quais 
precisarão desses produtos. A construção civil continuará em crescimento, mesmo 
desacelerado se comparado com anos anteriores. Apesar disso, acreditamos que 
com um correto estudo de viabilidade de implantação dessa indústria, será possível 
atuar e obter resultados satisfatórios, o que justifica a elaboração desse plano de 
negócios. Ademais, esse trabalho contribui na criação de uma mente 
empreendedora e contribuirá para o crescimento pessoal e profissional, dos 
integrantes do grupo. 
 
 
 
 
 
 
15 
 
3 OBJETIVO 
 
3.1 Objetivo geral 
 
 Planejar e analisar, por meio da elaboração de um plano de negócios, a 
viabilidade técnica, mercadológica e financeira de uma indústria de artefatos de 
cimento na cidade de Santa Cruz do Sul. 
 
3.2 Objetivos específicos 
 
 Elaborar um plano de negócios para a empresa Concretos Saraiva; 
 Estruturar a organização e estabelecer as suas estratégias; 
 Definir o mercado e seu público alvo; 
 Conhecer os seus concorrentes e fornecedores; 
 Identificar, utilizando a análise SWOT, pontos fortes e fracos, oportunidades e 
ameaças; 
 Delimitar os processos, instalações e mão de obra necessária; 
 Planejar, estrategicamente, o composto de marketing, especificando os 
produtos a serem fabricados; 
 Verificar a viabilidade econômico-financeira da implantação de uma indústria 
de artefatos de cimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
4 PRODUTO 
 
As pedras pavers holandesas e blocos de meio fio estão sendo utilizados para 
pavimentação de ruas, praças, estacionamentos, parques e são opções de 
acabamento em áreas de circulação de automóveis e jardins. Os tubos de concreto, 
por sua vez, são usados no escoamento, coleta e passagens subterrâneas. 
A procura por esses produtos está aumentando devido aos benefícios que os 
mesmos apresentam, como resistência, durabilidade, boa estética e baixos custos 
de manutenção. 
 
4.1 Histórico 
 
O concreto foi desenvolvido na Suécia como resultado de uma mistura de cal, 
cimento, areia e pó de alumínio, passando por um processo de cura em câmaras de 
vapor, tornando o produto de excelente desempenho na construção civil. 
Os pavimentos intertravados têm sua origem nos pavimentos revestidos com 
pedras, os quais eram usados na Mesopotâmia há quase cinco mil anos antes de 
Cristo e muito utilizados pelos romanos desde dois mil anos antes de Cristo. 
Esse tipo de pavimento teve uma evolução para o uso de pedras travadas, 
resultando em pavimentos conhecidos como paralelepípedos. O desenvolvimento 
das peças de concreto pré-fabricadas foi impulsionado pela dificuldade da produção 
artesanal das pedras travadas e pela falta de conforto de rolamento causada pelas 
mesmas. 
Após a Segunda Guerra Mundial, os blocos passaram a ser produzidos em 
fábricas maiores e com grande produção na Alemanha, tendo grande impulso na 
década de 1970, quando chegaram ao Brasil. 
Atualmente, o emprego desse tipo de pavimentação está incluso nos 
programas de urbanização, principalmente em áreas de passeio público. A utilização 
dos bloquetes cresceu no mundo todo como material alternativo, equilibrando 
aspectos tecnológicos, econômicos e ambientais. Outro motivo para esse 
crescimento é a durabilidade do produto, o qual possui uma vida útil considerável, a 
qual pode ser de até vinte e cinco anos quando o produto for bem fabricado. 
As indústrias de tubos de concreto surgiram em função das exigências de 
saúde pública por água e tratamento dos despejos. No Brasil, a primeira rede de 
17 
 
esgoto construída foi na cidade de Rio de Janeiro, com início em 1857 e término em 
1864. Com essa obra, a cidade tornou-se a quinta do mundo a iniciar a construção 
de sistemas de esgotos sanitários. Nesse período aconteceram avanços 
significativos como, por exemplo, a modernização dos projetos e das técnicas de 
construções de redes de esgotos e galerias de águas pluviais. Estes avanços 
acarretaram em desenvolvimento de teorias hidráulicas, conceitos sobre cargas 
atuantes no tubo e normas para materiais e ensaios. 
Nos anos seguintes à depressão e à Segunda Guerra Mundial, a produção de 
tubos de concreto cresceu de forma significativa, principalmente nos Estados 
Unidos. Em função do aumento nas restrições com relação à poluição de rios, com 
ênfase na coleta e tratamento de esgoto, os fabricantes de tubos de concreto 
tiveram que melhorar a durabilidade do produto, sua resistência e uniformidade nas 
dimensões e juntas. No início da década de 1950 as juntas dos tubos de concreto 
tiveram uma evolução e passaram a ser executadas com o uso de anéis de borracha 
de variados tipos. 
 
4.2 Identificação 
 
A empresa Concretos Saraiva fabricará bloquetes, tubos de concreto e blocos 
meio fio, todos produzidos a partir do concreto. Todos os produtos são excelentes 
opções para pavimentações de ruas, calçadas públicas, praças, residenciais e para 
escoamento, coleta e passagens subterrâneas. 
 
4.2.1 Blocos pré-moldados (pedras pavers holandesas) 
 
As pedras pavers holandesas, também conhecidas como bloquetes, são peças 
de tamanho e forma única. A sua forma permite o encaixe das peças, o que reduz o 
tempo de instalação, facilitando o processo. 
Esses blocos de concreto são fabricados com concreto e, por este motivo, são 
resistentes para veículos pesados, são duráveis e apresentam um bom aspecto 
estético. O seu aspecto visual permite que sejam explorados de maneira harmônica 
e de diversas formas, o que possibilita a criação de ambientes diversificados. 
Essa pavimentação apresenta facilidade de manutenção e reutilização, já que 
as peças podem ser removidas e recolocadas no mesmo lugar ou reutilizadas em 
18 
 
outro local. A obra quando bem executada torna difícil a percepção de que houve 
alguma interferência na pavimentação original. 
Esse tipo de pavimentação é considerado ecologicamente correto, já que não 
emprega recursos naturais como lenha ou argila em sua produção. Observando que 
são feitos à base de concreto, possuem uma vida útil longa, demandando menos 
emprego de recursos não renováveis e podem ser reciclados, triturados ou 
transformados, novamente, em agregados para concreto. Outra consideração 
importante é que os bloquetes permitem a infiltração da água da chuva e suas 
características geológicas não irradiam calor por muito tempo depois do período de 
insolação. 
Demais benefícios da aplicação do pavimento intertravados com pavers de 
concreto, tanto para o tráfego de pessoas como para veículos pesados, são: 
permeabilidade e conforto térmico, proporcionando harmonia com o meio ambiente; 
utilização imediata, pois permite a liberação para o tráfego logo após a sua 
aplicação; a sua superfície é antiderrapante e mais segura em trechos íngremes ou 
em curvas, o que reduz a distância de frenagem dos veículos; proporciona conforto 
de rolamento adequado a seu tráfego e possibilita correções de desníveis, 
auxiliando na locomoção de cadeirantes; versatilidade arquitetônica, existindo 
diversos modelos, cores e combinações; assentamento fácil utilizando equipamentos 
depequeno porte ou até manual; são duráveis, sendo altamente resistentes ao clima 
e a agentes agressivos. 
Esse tipo de pavimentação está sendo comumente utilizado em vias urbanas, 
principalmente em novos condomínios construídos por construtoras. Apesar disso, 
os bloquetes podem ser utilizados também como opção de acabamento em áreas de 
circulação de automóveis e garagens. 
A empresa Concretos Saraiva produzirá pedras pavers holandesas na cor 
cinza com a dimensão 20x10x08. Um modelo pode ser visualizado na figura 1. 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
Figura 1 - Pedras pavers holandesas 
 
Fonte: disponível em: <http://www.pavbrasil.com.br/>. Acesso em: 12 de agosto de 
2016. 
 
4.2.2 Blocos de meio fio 
 
Os blocos de meio fio são peças maiores em largura e comprimento, sendo 
amplamente utilizados em vias urbanas, unindo tecnologia, estilo, resistência e 
praticidade. São ideais para pavimentação de indústrias, praças, estacionamentos, 
acessos para edifícios, calçadas, ciclovias e jardins residenciais. 
Esse tipo de produto apresenta como benefício uma maior segurança para 
pedestres, ciclistas e motoristas, sendo importantes para todo o perímetro do 
pavimento, garantindo com que as peças não se desloquem e que não haja 
aberturas nas juntas. 
A sua comercialização é fácil, tendo em vista que podem ser adquiridos 
juntamente com as pedras pavers holandesas. 
Os blocos de meio-fio a serem fabricados pela empresa Concretos Saraiva 
apresentarão as seguintes dimensões: 80x25x8cm, conforme pode ser visualizado 
na figura 2. 
 
 
 
 
 
20 
 
 
Figura 2 - Blocos de meio fio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: disponível em: http://www.inpreart.com.br. Acesso em: 12 de agosto de 2016. 
 
4.2.3 Tubos de concreto 
 
Os tubos de concreto são utilizados no escoamento, coleta e passagens 
subterrâneas, sendo mais usados por municípios, empresas do ramo da construção 
civil e indústrias. 
As vantagens dos tubos de concreto são muitas. Entre elas, podemos citar 
como mais importantes os baixos custos para manutenção e longa durabilidade, 
podendo ser construídos com relevante variedade de diâmetro. Além disso, são 
resistentes, impermeáveis e fáceis de serem transportados e instalados. 
A sua utilização no sistema de drenagem de águas superficiais ou subterrâneas 
gera benefícios como segurança no desenvolvimento do sistema viário e redução de 
gastos com a manutenção de vias públicas. Os tubos proporcionam escoamento 
rápido das águas pluviais, eliminando águas estagnadas que podem causar doenças 
e desconforto para a população. Além disso, apresentam facilidade de execução da 
obra com relação ao assentamento, dependendo fundamentalmente de sua própria 
resistência. 
A empresa fabricará tubos de concretos com as seguintes dimensões: 20 e 30 
centímetros, conforme figura 3. 
 
 
21 
 
 
Figura 3 - Tubos de concreto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: disponível em: http://www.saopedroconcretos.com.br. Acesso em: 12 de agosto de 2016. 
 
4.3 Matéria-prima 
 
Os produtos a serem oferecidos pela empresa possuem as mesmas matérias 
primas, tais quais: cimento, areia, brita e água, variando somente em suas 
proporções. Abaixo constam as quantidades necessárias para a produção de cada 
item: 
 Pedras pavers holandesas: 2,5 porções de agregados, os quais consistem em 
areia e brita, para um saco de cimento. Para a medida dos agregados citados 
são usados baldes, sendo que cada um leva, em média, 60 kg. Para cada 
medida emprega-se, aproximadamente, 20 litros de água em dias de tempo 
seco. Em dias de tempo úmido é utilizado, em média, 16 litros de água. 
 Meio fio: para a fabricação de meio fio as proporções são da seguinte forma: 
4 porções de areia e brita para um saco de cimento. Para a medida dos 
agregados são utilizados baldes. A capacidade para cada balde consiste em 
média de 60 kg. Para cada medida é usado, aproximadamente, 20 litros de 
água em dias de tempo seco. Em dias de tempo úmido é utilizado, em média, 
16 litros de água. 
 Tubo de concreto: para a produção dos tubos de concreto são necessários: 3 
porções de areia e brita para um saco de cimento. Para a medida dos 
agregados são utilizados baldes. Para cada medida é usado, 
22 
 
aproximadamente, 30 litros de água. 
 
4.4 Processo produtivo 
 
 No processo produtivo de cada produto é essencial seguir os seguintes 
procedimentos descritos a seguir: 
 
4.4.1 Limpeza das fôrmas 
 
A primeira etapa a ser efetuada consiste na limpeza e preparação das fôrmas 
com objetivo de evitar que permaneçam resíduos que podem deformá-las. Para 
essa limpeza é utilizada uma substância denominada Desmolpec, a qual é aplicada 
por toda a superfície, facilitando o processo de desenforma. Um benefício 
apresentado por essa substância é a eliminação de possíveis bolhas, 
proporcionando um acabamento aprimorado. Além disso, a sua utilização também 
elimina o uso de nata no fundo da fôrma aumentando a produtividade. 
A aplicação do Desmolpec pode ser feita manualmente com utilização de luvas 
de borracha e de uma estopa. Deve ser aplicada na superfície a ser desmoldada, 
deixando para secar por alguns minutos. Também é possível utilizar o produto com 
revolver de pintura, ao invés de uma estopa, pulverizando uma pequena camada da 
substância. 
Antes da utilização do produto é de extrema importância observar alguns 
cuidados, tais quais: agitar bem até ficar homogêneo, eliminar outros produtos 
aplicados anteriormente e não deixar acúmulo de desmoldante nas fôrmas, pois 
além de desperdiçar o produto, as peças poderão ficar manchadas. 
O Desmolpec pode gerar 80m² de fôrma quando aplicado com estopa ou 42m² 
de fôrma quando usado com o revolver de pintura. 
Esse produto é utilizado somente para a produção dos bloquetes e dos blocos 
meio fio, não sendo necessário para a produção dos tubos de concreto, já que os 
mesmos não utilizam fôrmas em seu processo produtivo. 
Na figura 4 é possível observar a aplicação do Desmolpec com o uso de um 
revolver de tinta. 
 
 
23 
 
Figura 4 - Aplicação do Desmolpec nas fôrmas 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: disponível em: http://www.pecformas.com.br/desmolpec.html . Acesso em: 12 de agosto de 
2016. 
 
4.4.2 Massa 
 
A massa pode ser feita enquanto as fôrmas estão sendo preparadas. Para isso 
usa-se uma betoneira e despeja-se dentro da mesma a quantia necessária para a 
produção da massa. O primeiro passo consiste na colocação de brita e areia. 
Posteriormente, coloca-se o cimento por alguns instantes para mistura e, então, se 
acrescenta a água, observando as quantidades mencionadas. A betoneira deve 
permanecer batendo pelo tempo de 10 minutos. 
Com a massa pronta e utilizando um carrinho de mão, a massa é transportada 
até as fôrmas, contando com o auxílio de uma pá. No caso dos tubos de concreto, 
são utilizados moldes. 
Esse processo de preparação de massa é realizado para todos dos produtos 
fabricados pela empresa. 
 
4.4.3 Descanso 
 
Posteriormente ao preenchimento das fôrmas, as mesmas devem ser 
acondicionadas em prateleiras para “descansar” para que recebam a mesma 
proporção de vento e umidade, secando de forma uniforme. No caso dos tubos de 
concreto, a massa fica em moldes para uma pré-secagem, na qual é retirada a maior 
parte da umidade, tornando a estabilidade do tubo maior. Após essa pré-secagem, 
os moldes são abertos, estando o formato do tubo definido e com estrutura firme. 
24 
 
Com isso, os tubos são deslocados para uma secagem em área externa para quenão haja rachaduras provenientes de umidade residual. 
 
4.4.4 Desenformar 
 
A desenforma pode ser realizada após 24 horas de acondicionamento das 
fôrmas. Para essa etapa são utilizadas duas madeiras para fazer a base, virando 
sobre elas as fôrmas. Após esse passo, os produtos podem ser empilhados em 
pallets. Esse processo é realizado somente para os bloquetes e meio fio. 
 
4.4.5 Embalar 
 
Posteriormente à etapa de desenforma, é realizado o processo de embalagem 
com o objetivo de proteger os artefatos e assim evitar avarias. Nessa tarefa são 
utilizados filmes de polietileno para embalar os pallets com os produtos, conforme 
pode ser visualizado na figura 5. 
 
Figura 5 - Artefatos após o processo de embalagem 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: disponível em: http://br.depositphotos.com. Acesso em 12 de agosto de 2016. 
 
 
 
25 
 
4.5 Impactos ambientais, sociais e controle da qualidade 
 
4.5.1 Impactos ambientais 
 
A cadeia produtiva da indústria de construção civil é importante para o 
desenvolvimento econômico, social e ambiental do país, tendo em vista que viabiliza 
construção de moradias, estradas e infraestrutura. Além disso, gera empregos, 
renda e impostos. 
A sustentabilidade nesse setor implica em sistemas construtivos que promovam 
a integração com o meio ambiente. Para tanto, é necessário que essas indústrias se 
adaptem para as necessidades de uso, consumo humano e produção sem esgotar 
os recursos naturais. O objetivo dessas adaptações é preservar o meio ambiente 
para as gerações futuras e adoção de soluções que propiciem edificações 
econômicas e, principalmente, o bem-estar social. 
A responsabilidade social é uma filosofia de trabalho e uma condição 
necessária para uma organização que procura o bem-estar social. A empresa 
Concretos Saraiva, possuindo a consciência de que os impactos causados pelas 
suas atividades de produção podem ser prejudiciais para o meio ambiente, criou as 
seguintes medidas a fim de atenua-los: 
 Redução, reutilização, reciclagem e tratamento correto dos resíduos 
gerados na produção; 
 Na produção de seus concretos não haverá desperdícios de água, 
utilizando somente a quantia necessária; 
 Utilização racional dos recursos energéticos; 
 Reutilização de papeis impressos como rascunho para impressões; 
 As lâmpadas e equipamentos serão desligados no intervalo e após o 
expediente; 
 Promover a conscientização ambiental dos funcionários, envolvidos ou não, 
no processo produtivo. 
 
Além dessas ações, a empresa atenderá às exigências legais e às 
recomendações setoriais para reduzir os impactos socioambientais por ela 
produzidos. 
 
26 
 
4.5.2 Impactos sociais 
 
Além de produzir e comercializar produtos com comprometimento com o meio 
ambiente, a empresa adotará ações e apoiará projetos voltados para o bem-estar 
social. A instalação da empresa no município de Santa Cruz do Sul apresentará os 
seguintes impactos: 
 Aumento da receita; 
 Geração de novos empregos; 
 Aumento na arrecadação de tributos. 
Haverá uma preocupação com o bem-estar de seus funcionários que estarão 
lidando diariamente com o processo produtivo. Pensando na saúde dos seus 
trabalhadores, fornecerá equipamentos de proteção individual e equipamentos de 
proteção coletivos a fim de evitar acidentes durante a execução do trabalho. 
 
4.5.3 Controle de qualidade 
 
A qualidade é uma condição fundamental e vital para as empresas em relação 
ao seu desempenho, continuidade e sucesso. 
Com a utilização de um controle de qualidade é possível atingir níveis de 
excelência na produção e nos processos da organização. 
Segundo a norma ISO 9001 (Sistema da Gestão da Qualidade), qualidade é o 
grau em que um conjunto de características inerentes a um objeto atende aos 
requisitos. Qualidade é também algo subjetivo, depende de cada pessoa, 
observando que os requisitos são diferentes de uma para outra. 
De acordo com Seleme e Stadle (2012), a preocupação com a qualidade e 
aplicação das ferramentas contribui para reduzir os custos dos produtos e 
processos, o que, por sua vez, aumenta a competitividade da organização. 
Por meio de um controle e da correta utilização de ferramentas há um aumento 
na durabilidade do produto e uma redução de desperdícios. Além disso, é possível 
atender melhor os consumidores que estão cada vez mais exigentes e à procura de 
produtos duráveis. Portanto, é importante para a organização um diferencial 
competitivo, o qual pode ser focado na qualidade de seus serviços e produtos. 
Visando isso, a empresa Concretos Saraiva elaborará e aplicará um controle 
27 
 
de qualidade em todos os processos da organização, tanto produtivos como 
administrativos. Quanto ao processo produtivo, haverá um controle desde o início da 
produção até o acabamento final. Assim, os artefatos de cimento produzidos pela 
empresa serão duráveis, resistentes e de qualidade. 
A qualidade não é importante somente para a produção. Bernardi (2003) 
afirma que os conceitos de qualidade englobam toda a empresa e a gestão. Assim, é 
importante haver qualidade nas atividades e na estrutura, com um ambiente propício 
para o desempenho eficaz de seus colaboradores. 
Desta forma, a empresa Concretos Saraiva se preocupa em proporcionar um 
ambiente saudável, organizado e limpo para seus funcionários, observando que 
esses fatores aumentam a produtividade e a qualidade do trabalho a ser 
desempenhado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
5 ANÁLISE DE MERCADO 
 
Satisfazer as necessidades e desejos das pessoas é a razão da existência de 
uma organização, a qual deve suprir essas necessidades com produtos ou serviços 
esperados pelos consumidores e pelo mercado. 
Conforme explicam Kotler e Armstrong (2014) as necessidades e desejos dos 
consumidores são satisfeitos por um conjunto de produtos, serviços, informações e 
experiências oferecidas a um mercado. 
Sendo assim, a empresa deve identificar essas necessidades existentes ou 
latentes para alcançar o seu objetivo maior. 
Dornelas (2014, p.130) ressalta que: 
a análise de mercado é considerada uma das mais importantes seções do 
plano de negócios, pois toda a estratégia depende de como a empresa 
abordará seu mercado consumidor, procurando se diferenciar da 
concorrência e agregando maior valor a seus produtos ou serviços para 
conquistar clientes de forma continua. 
A análise do mercado consiste no levantamento e investigação dos fenômenos 
que interferem no processo de trocas de mercadorias da empresa para os 
consumidores. 
Chiavenato (2012) esclarece que a pesquisa de mercado é a coleta de 
informações úteis para que se possa conhecer o mercado, seja para comprar 
matérias primas ou mercadorias, seja para vender produtos ou serviços. 
Assim, após a definição do mercado no qual a empresa irá atuar, é necessário 
definir as informações necessárias e elaborar um plano para coletá-las de maneira 
eficaz. Por meio desse plano será possível coletar dados importantes, como: preços 
praticados, quantidades produzidas, possíveis concorrentes, fornecedores e 
estratégias de comercialização dos produtos. 
 
5.1 Pesquisa de dados primários 
 
Os dados primários são informações novas coletadas pelo próprio pesquisador 
para um projeto de pesquisa ou para uma finalidade especifica. 
Kotler e Keller (2006) esclarecem que “quando os dados necessários não 
existem ou estão ultrapassados, imprecisos, incompletos ou não são confiáveis, o 
pesquisador tem de coletar dados primários”.29 
 
5.1.1 Visita técnica 
 
A fim de obter os dados primários, duas integrantes do grupo realizaram, no dia 
20 de agosto de 2016, uma visita técnica na empresa Ohland Artefatos de Cimento. 
Essa empresa está localizada na rua São José, nº 672, em Santa Cruz do Sul. O 
objetivo principal da visita foi entender melhor alguns aspectos para conseguir 
desenvolver o plano de negócio com mais facilidade e precisão. 
 
Figura 6 - Ohland Artefatos de Cimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: foto tirada pelos autores em 10 de agosto de 2016. 
 
Os integrantes foram recebidos pelo empresário Douglas Rodrigo Ohland que 
explicou os processos de produção dos bloquetes, blocos meio fio e tubos de 
concreto. Além disso, explanou sobre os custos da implantação de uma empresa 
bem como sobre o mercado de artefatos de cimento. 
 
 
 
30 
 
5.2 Pesquisa de dados secundários 
 
Os dados secundários são os dados que podem ser encontrados em algum 
lugar, pois já foram coletados para outra finalidade. 
Kotler e Keller (2006) explicam que “dados secundários fornecem um ponto de 
partida para a pesquisa, além de apresentar a vantagem do baixo custo e da 
imediata disponibilidade”. 
Essas informações podem ser encontradas em banco de dados, índices, 
relatórios e fontes bibliográficas. 
Com o propósito de obter dados sobre a região do Vale do Rio Pardo e um 
melhor entendimento do mercado, foi realizada uma pesquisa utilizando como fonte 
a Fundação de Economia e Estatística (FEE) do Rio Grande do Sul. 
A Fundação de Economia e Estatística é uma instituição de pesquisa vinculada 
à Secretaria do Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional do Governo 
do Estado do Rio Grande do Sul. Essa fundação é uma importante fonte de dados 
estatísticos e dispõe de relevante acervo de informações, pesquisas e documentos 
de natureza socioeconômica. Além disso, disponibiliza indicadores e mapas 
selecionados do Estado e dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento 
(COREDES). 
O COREDE da Região do Vale do Rio Pardo é composto por 23 municípios, 
tais quais: Arroio do Tigre, Boqueirão do Leão, Candelária, Encruzilhada do Sul, 
Estrela Velha, General Câmara, Herveiras, Ibarama, Lagoa Bonita do Sul, Mato 
Leitão, Pantano Grande, Passa Sete, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do 
Sul, Segredo, Sinimbu, Sobradinho, Tunas, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires 
e Vera Cruz. 
O COREDE da Região do Vale Rio Pardo possui os seguintes dados 
apresentados na tabela 1: 
 
 
 
 
 
31 
 
Tabela 1 - Dados do COREDE Vale do Rio Pardo 
População 
Total 
(2014) 
Área 
(2015) 
Densidade 
Demográfica 
(2013) 
Taxa de 
analfabetismo 
(2010) 
Expectativa 
de vida ao 
nascer 
(2000) 
Coeficiente 
de 
mortalidad
e infantil 
433.285 
habitantes 
13.171,7 
km² 
32,1 
hab/km² 
6,35% 70,58 anos 
11,75 por 
mil nascidos 
vivos 
Fonte: tabela elaborada pelos autores a partir das informações da FEE, 2016 
 
Na figura 7 é possível ver quais municípios apresentaram maior taxa de 
crescimento populacional. 
 
Figura 7 - Taxa de crescimento populacional em 2010 
Fonte: Perfil Socioeconômico – COREDE do Vale do Rio Pardo / RS. 
 
Na próxima tabela são apresentados os dados quanto ao Produto Interno Bruto 
(PIB) e exportações totais dos municípios do Vale do Rio Pardo: 
 
32 
 
Tabela 2 - PIB e exportações totais nos municípios do Vale do Rio Pardo 
Municípios 
PIB 
(R$ mil em 2012) 
PIB per capita 
(R$ mil em 2012) 
Arroio do Tigre 219.138,21 17.155,02 
Boqueirão do Leão 99.399,02 12.991,64 
Candelária 428.401,36 14.157,35 
Encruzilhada do Sul 290.268,43 11.765,57 
Estrela Velha 83.168,42 22.981,05 
General Câmara 103.393,98 12.302,95 
Herveiras 38.446,59 13.015,09 
Ibarama 62.145,13 14.227,37 
Lagoa Bonita do Sul 40.405,26 14.998,24 
Mato Leitão 92.411,21 23.312,62 
Pantano Grande 204.656,86 21.029,27 
Passa Sete 71.110,00 13.622,60 
Passo do Sobrado 107.591,09 17.698,81 
Rio Pardo 544.936,19 14.507,26 
Santa Cruz do Sul 5.128.333,28 42.737,18 
Segredo 86.152,41 12.156,40 
Sinimbu 141.804,55 14.114,12 
Sobradinho 218.059,99 15.197,94 
Tunas 50.409,61 11.435,94 
Vale do Sol 192.990,81 17.299,28 
Vale Verde 63.727,51 19.411,36 
Venâncio Aires 2.032.795,98 30.495,90 
Vera Cruz 469.547,66 19.252,44 
Fonte: tabela elaborada pelos autores a partir das informações da FEE, 2016. 
 
Os sócios da empresa analisaram os dados levantados e decidiram atuar nos 
seguintes municípios: Passo do Sobrado, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Venâncio 
Aires e Vera Cruz. 
Na figura 8 foram destacados os municípios nos quais a Concretos Saraiva irá 
atuar no Vale do Rio Pardo. 
 
33 
 
Figura 8 - Municípios de atuação da Concretos Saraiva 
Fonte: figura modificada pelos autores, FEE 2009. 
 
 
34 
 
 
5.3 Setor 
 
5.3.1 Setor do mercado 
 
A empresa Concretos Saraiva está classificada na seção “C”, que corresponde 
às indústrias de transformação, na divisão vinte e três, fabricação de produtos de 
minerais não-metálicos, grupo 233, classe 2330-3 (fabricação de artefatos de 
concreto, cimento, fibrocimento, gesso e materiais semelhantes). Além disso, 
também está classificada nas atividades de fabricação de estruturas pré-moldadas 
de cimento, fabricação de blocos e bloquetes de cimento. Essa classificação é 
efetuada pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. 
 
5.4 Análise SWOT 
 
A análise SWOT é uma atividade de planejamento que as organizações 
executam com o intuito de identificar os seus pontos fortes e fracos e as suas 
oportunidades e ameaças. 
De acordo com Jones e George (2012), é através dela que os administradores 
escolhem as estratégias corporativas, de negócios e funcionais para melhor 
posicionar a organização e alcançar os seus objetivos. 
A avaliação dos pontos fortes e fracos e das oportunidades e ameaças através 
da análise SWOT deve ser uma atividade constante na organização, pois através 
desta a empresa pode realizar seu planejamento estratégico. 
Com a análise é possível identificar as forças e as fraquezas da organização 
para que os pontos fortes sejam aprimorados e se transformem em um diferencial 
competitivo e as fraquezas sejam trabalhadas para que se transformem em pontos 
fortes. 
Em relação ao ambiente externo, as análises das oportunidades e ameaças 
podem influenciar diretamente no planejamento estratégico da empresa, permitindo 
que as ações tomadas tenham como base as oscilações que podem ser 
encontradas no mercado. 
 
35 
 
5.4.1 Oportunidades e ameaças 
 
As oportunidades são forças externas que influenciam positivamente a 
empresa. Não existe controle sobre essas forças, pois elas podem ocorrer de 
diversas formas, como por exemplo: mudança na política econômica do governo, 
alterações em algum tributo, investimentos externos, ampliação do crédito ao 
consumidor e entre outros. 
As ameaças, ao contrário das oportunidades, são forças externas que 
influenciam negativamente a empresa. Devem ser tratadas com muita cautela, pois 
podem prejudicar não somente o planejamento estratégico, como também os seus 
resultados. 
Conforme Cobra (2009), as oportunidades e ameaças caminham juntas. A cada 
oportunidade pode existir uma ameaça de não dar certo. Por isso, é importante 
estimar e saber como aproveitar as oportunidades de mercado e, ao mesmo tempo, 
minimizar as ameaças que possam surgir. O papel do planejamento estratégicoé 
enumerar oportunidades, a forma de viabilizá-las e como neutralizar as ameaças 
reais e potenciais. 
As oportunidades e ameaças identificadas pela empresa Concretos Saraiva 
podem ser vistas no quadro 1. 
 
Quadro 1 - Oportunidades e ameaças 
Oportunidades Ameaças 
Financiamento habitacional que estimula 
o surgimento de novos loteamentos; 
Crise econômica; 
Expectativa de atender novos 
municípios, aumentando o número de 
clientes; 
Impostos; 
Aumentar o mix de produtos utilizando as 
mesmas matérias primas e maquinários; 
Concorrentes tradicionais no mercado; 
Necessidade de investimento em 
infraestrutura em todo o país pelo 
governo; 
Empresa pouco conhecida; 
Lei complementar Nº563 de Santa Cruz 
do Sul sobre loteamentos no município; 
Evolução tecnológica dos concorrentes; 
 Produtos similares e/ou substitutos; 
Fonte: tabela elaborada pelos autores, 2016. 
 
36 
 
5.4.2 Pontos fortes e fracos 
 
Os pontos fortes são todas as ferramentas que a empresa dispõe para se 
diferenciar da sua concorrência, mostrando as qualificações dos seus processos e 
produtos ofertados, estando relacionados com as vantagens que a empresa possui 
em relação aos concorrentes. 
Os pontos fracos são as aptidões que interferem ou prejudicam de algum modo 
o andamento do negócio. 
Os pontos fortes e pontos fracos da empresa Concretos Saraiva encontram-se 
no Quadro 2. 
Quadro 2 – Pontos Fortes e Fracos 
Pontos fortes Pontos fracos 
Qualidade do produto; Empresa de pequeno porte; 
Produto ecologicamente correto; Baixo investimento em tecnologia; 
Matéria prima similar para todos os 
produtos; 
Pouca experiência no mercado; 
Matéria prima com preço baixo de 
aquisição; 
Salário inicial baixo para os 
colaboradores; 
Parceria com fornecedores; Não possuir uma carteira de clientes; 
Produto durável e resistente; Empresa entrante no mercado. 
Preço competitivo; 
Localização da empresa aprimorando a 
logística; 
 
Fornecedores confiáveis; 
Pontualidade nas entregas; 
Processo produtivo simples; 
Fonte: quadro elaborado pelos autores, 2016. 
 
5.4.3 Tecnologia e ciclo de vida 
 
Os artefatos de cimento possuem processo produtivo relativamente simples e 
utilizam as mesmas matérias primas na produção dos produtos. 
A empresa Concretos Saraiva não contará com muitas máquinas em seus 
processos produtivos. Serão adquiridas três betoneiras, as quais serão utilizadas 
para a mistura dos insumos para fabricação das peças. 
Além dessas máquinas, serão necessários quatro carrinhos de mão a serem 
utilizados no transporte da massa para as fôrmas, quatro pás para colocar dentro 
37 
 
das betoneiras os insumos e fôrmas. 
O ciclo de vida de um produto descreve a evolução do mesmo no mercado, 
estando dividido em quatro fases, cada uma com características especificas e 
orientações estratégicas diferentes. 
Kotler e Keller (2006, p.212) explicam que 
ao afirmarmos que um produto possui ciclo de vida, estamos aceitando 
quatro fatos: eles possuem vida limitada, as vendas ultrapassam estágios 
diferentes, os lucros sobem e descem nos diferentes estágios do ciclo, os 
produtos exigem estratégias diferentes de marketing, finanças, produção, 
compras e recursos humanos para cada estágio do seu ciclo de vida. 
O ciclo de vida de um produto é composto por quatro fases, tais quais: 
introdução, crescimento, maturidade e declínio. 
A primeira fase se refere à introdução do produto, a qual inicia logo após o 
lançamento do mesmo no mercado. Nesta etapa o produto é pouco conhecido e, por 
este motivo, é necessário um investimento em promoção. 
A próxima fase é o crescimento, na qual há um aumento da demanda pelo 
produto e, consequentemente, nos lucros da empresa. Novas empresas começam a 
se interessar pelo mercado, sendo necessária a procura por melhorias no produto 
com o intuito de diferencia-lo em termos de qualidade, formato e cores. 
Na maturidade o crescimento das vendas começa a diminuir, observando que 
uma relevante parcela dos consumidores já optou pelo produto. Consequentemente, 
o lucro se torna estável ou diminui em virtude dos gastos com propaganda para 
evitar que as pessoas optem pelo produto do concorrente. 
Após atingir o ápice de vendas o produto chega à fase de declínio, na qual as 
vendas e os lucros decrescem, o que pode acarretar na retirada do produto do 
mercado. 
O mercado de artefatos de cimento é amplo e promissor, permitindo que a 
empresa cresça e aumente, ao longo do tempo, a sua produção e o seu mix de 
produtos. Dessa forma, os produtos fabricados pela empresa Concretos Saraiva 
apresentarão um longo ciclo de vida. 
 
5.4.4 Segmentação 
 
O mercado é composto por clientes, os quais se diferenciam em suas 
preferências, recursos e atitudes de compra de diversas maneiras. Por meio da 
segmentação é possível desenvolver estratégias que se adequam às características, 
38 
 
comportamentos e necessidades dos consumidores. 
Segmentar significa fragmentar o mercado em partes menores, as quais 
possuem as suas características básicas. 
Kotler e Armstrong (2007, p.164) ressaltam que 
a segmentação possibilita a divisão de mercados grandes e heterogêneos 
em segmentos menores que possam ser alcançados de maneira eficiente 
com produtos e serviços que correspondem às necessidades específicas. 
 
As empresas não conseguem atender a todos os clientes em mercados amplos 
ou diversificados e, por isso, podem dividir esses mercados em grupos de 
consumidores ou segmentos com diferentes necessidades e desejos. As principais 
formas de segmentação são: geográfica, demográfica, psicográfica e 
comportamental. 
A segmentação geográfica consiste na divisão de um mercado em diferentes 
unidades geográficas, como países, estados, regiões e municípios. 
A segmentação demográfica divide o mercado com base nas seguintes 
variáveis: sexo, idade, tamanho da família, ciclo de vida da família, renda, ocupação, 
grau de instrução, religião, etnia, geração e nacionalidade. Essas variáveis 
costumam estar ligadas às necessidades e desejos dos consumidores e são fáceis 
de mensurar. 
A segmentação psicográfica divide os compradores em diferentes grupos tendo 
como base a classe social, estilo de vida ou características de personalidade. 
A segmentação comportamental, por sua vez, divide os consumidores levando 
em consideração o seu conhecimento, atitude, uso ou reação a um produto. 
No caso da empresa Concretos Saraiva, foi escolhido a segmentação 
geográfica, dividindo a Região do Vale do Rio Pardo, atendendo aos municípios de 
Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Passo do Sobrado, Sinimbu e Vera Cruz. 
 
5.4.5 Clientes 
 
Os clientes são os indivíduos, grupos ou empresas que estão dispostos a 
adquirir um produto ou serviço oferecido por uma organização. Eles trocam 
recursos pelos produtos ou serviços oferecidos pela empresa. 
Kotler e Keller (2012), explicam que os clientes buscam sempre maximizar o 
valor, dentro dos limites impostos pelos custos envolvidos na sua procura e pelas 
limitações de conhecimento, mobilidade e renda. 
39 
 
O mercado consumidor está cada vez mais competitivo fazendo com que os 
administradores se preocupem em manter os clientes antigos e atrair novos, 
utilizando estratégias quanto ao preço, qualidade e disponibilidade dos produtos ou 
serviços. Além disso, as empresas devem estar atentas com o que ocorre ao seu 
redor, pois as preferências e necessidades dos consumidores mudam com o tempo. 
A empresa Concretos Saraiva terá como principais clientes as construtoras que 
atuam na Região do Vale do Rio Pardo. Atenderá, ainda, o consumidor final e

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