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1 2 CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Anderson Meyer Camila Dittberner Deise Blank Elisa Weber Fabrício S. Batista Matheus Smidt Natana Ebertz ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS CONCRETOS SARAIVA INDÚSTRIA DE ARTEFATOS DE CIMENTO LTDA. Santa Cruz do Sul 2016 3 Anderson Meyer Camila Dittberner Deise Blank Elisa Weber Fabrício S. Batista Matheus Smidt Natana Ebertz ADMINISTRAÇÃO DE PROJETOS CONCRETOS SARAIVA INDÚSTRIA DE ARTEFATOS DE CIMENTO LTDA. Trabalho apresentado à disciplina de Administração de Projetos, do Curso de Administração de Empresas da Universidade de Santa Cruz do Sul. Prof. Orientador: Ms. Jaime Laufer Santa Cruz do Sul 2016 4 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 - Pedras pavers holandesas .................................................................... 19 Figura 2 - Blocos de meio fio ................................................................................. 20 Figura 3 - Tubos de concreto ................................................................................. 21 Figura 4 - Aplicação do Desmolpec nas fôrmas ................................................... 23 Figura 5 - Artefatos após o processo de embalagem .......................................... 24 Figura 6 - Ohland Artefatos de Cimento ................................................................ 29 Figura 7 - Taxa de crescimento populacional em 2010 ........................................ 31 Figura 8 - Municípios de atuação da Concretos Saraiva ..................................... 33 Figura 9 - Logomarca da empresa ......................................................................... 44 Figura 10 - Uniforme dos colaboradores da Concretos Saraiva ......................... 54 Figura 11 - Crachá dos colaboradores .................................................................. 55 Figura 12 - Terreno escolhido para a instalação da Concretos Saraiva ............. 59 Figura 13 - Página da Concretos Saraiva no Facebook ....................................... 69 Figura 14 - Site da Concretos Saraiva ................................................................... 70 Figura 15 - Catálogo de produtos .......................................................................... 71 Figura 16 - Cartão de visita..................................................................................... 71 Figura 17- Imagem do terreno A............................................................................. 75 Figura 18 - Imagem do terreno B ........................................................................... 76 Figura 19 - Imagem do terreno C ........................................................................... 76 Figura 20 - Fiat Mobi 2017 ..................................................................................... 100 Figura 21 - Caminhão Constellation 15.190 ........................................................ 101 5 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Dados do COREDE Vale do Rio Pardo ................................................. 31 Tabela 2 - PIB e exportações totais nos municípios do Vale do Rio Pardo ........ 32 Tabela 3 - Dimensões das peças ............................................................................ 42 Tabela 4 - Resistência característica à compressão ............................................ 43 Tabela 5 - Capital Social da empresa Concretos Saraiva .................................... 46 Tabela 6 - Rotina de trabalho da empresa Concretos Saraiva ............................ 53 Tabela 7 - Encargos sociais e trabalhistas da Concretos Saraiva ...................... 61 Tabela 8 - Provisão de 13º Salário .......................................................................... 62 Tabela 9 - Provisões de férias ............................................................................... 63 Tabela 10 - Salários dos funcionários da Concretos Saraiva .............................. 64 Tabela 11 - Análise qualitativa dos terrenos ......................................................... 77 Tabela 12 - Equipamentos e acessórios sanitários .............................................. 87 Tabela 13 - Valores para a instalação da Concretos Saraiva ............................... 96 Tabela 14 - Despesas para o início das atividades da Concretos Saraiva ......... 97 Tabela 15 - Cotação de PSPCI ................................................................................ 98 Tabela 16 - Valor do PCMSO e PSPCI .................................................................... 99 Tabela 17 - Itens pertencentes ao imobilizado .................................................... 100 Tabela 18 - Gastos com veículo, caminhão e guindaste .................................... 101 Tabela 19 - Gastos com veículos ......................................................................... 102 Tabela 20 - Máquinas e equipamentos ................................................................ 103 Tabela 21 - Equipamentos de informática ........................................................... 104 Tabela 22 - Móveis e utensílios da recepção ...................................................... 105 Tabela 23 - Móveis e utensílios da sala dos auxiliares administrativos ........... 105 Tabela 24 - Móveis e utensílios da sala dos sócios ........................................... 106 Tabela 25 - Móveis e utensílios da sala de reuniões .......................................... 107 Tabela 26 - Móveis e utensílios da produção ...................................................... 107 Tabela 27 - Móveis do vestiário ............................................................................ 108 Tabela 28 - Móveis e utensílios da copa/cozinha ............................................... 108 Tabela 29 - Tabela de depreciação ....................................................................... 110 Tabela 30 - Depreciação do imobilizado da Concretos Saraiva ........................ 110 Tabela 31 - Investimentos iniciais ........................................................................ 118 Tabela 32 - Despesas administrativas anuais ..................................................... 120 Tabela 33 - Custos da matéria prima utilizada nas pedras pavers .................... 128 Tabela 34 - Custos da matéria prima utilizada nos blocos meio fio.................. 129 Tabela 35 - Custos com matéria prima dos tubos de concreto de 20 cm ......... 129 Tabela 36 - Custos com matéria prima dos tubos de concreto de 30 cm ......... 130 Tabela 37 - Custos mensais e anuais com matéria prima .................................. 130 Tabela 38 - Mão de obra direta ............................................................................. 131 Tabela 39 - Custos diretos anuais ........................................................................ 131 Tabela 40 - Custos indiretos/ano ......................................................................... 132 Tabela 41 - Mão de obra indireta .......................................................................... 133 Tabela 42 - Lista de despesas anuais .................................................................. 134 Tabela 43 - Custos de produção .......................................................................... 135 Tabela 44 - Custos de produção ..........................................................................136 Tabela 45 - Mark up das pedras pavers ............................................................... 136 Tabela 46 - Mark up dos blocos meio fio ............................................................. 137 6 Tabela 47 - Mark up dos tubos de concreto de 20 cm ........................................ 137 Tabela 48 - Mark up dos tubos de concreto de 30 cm ........................................ 137 Tabela 49 - Preço de venda dos produtos ........................................................... 138 Tabela 50 - Custos com matéria prima ................................................................ 139 Tabela 51 - Projeção de produção ....................................................................... 140 Tabela 52 - Faturamento ....................................................................................... 143 Tabela 53 - Projeção de vendas ........................................................................... 144 Tabela 54 - Participação do capital social da Concretos Saraiva ..................... 149 Tabela 55 - distribuição do capital total inicial da Concretos Saraiva .............. 149 Tabela 56 - Rateio dos custos .............................................................................. 152 Tabela 57 - Formação do preço de venda das pedras pavers ........................... 152 Tabela 58 - Formação do preço de venda dos blocos de meio fio .................... 153 Tabela 59 - Formação do preço de venda dos tubos de concreto de 20 cm .... 153 Tabela 60 - Formação do preço de venda dos tubos de concreto de 30 cm .... 153 Tabela 61 - Amortização do financiamento (SAC) .............................................. 155 Tabela 62 - Depreciação acumulada .................................................................... 160 Tabela 63 - Fluxo de caixa do primeiro semestre de 2017 ................................. 163 Tabela 64 - Fluxo de caixa do segundo semestre de 2017 ................................ 166 Tabela 65 - Fluxo de caixa do segundo ao quarto ano ....................................... 170 Tabela 66 - Fluxo de caixa do quinto ao sétimo ano .......................................... 173 Tabela 67 - Fluxo de caixa do oitavo ao décimo ano.......................................... 176 Tabela 68 - Demonstração do resultado do exercício (DRE) ............................. 181 Tabela 69 - Balanço patrimonial de abertura ...................................................... 185 Tabela 70 - Balanço patrimonial do primeiro ano ............................................... 187 Tabela 71 - Balanço patrimonial do segundo ano .............................................. 189 Tabela 72 - Balanço patrimonial do terceiro ano ................................................ 191 Tabela 73 - Análise vertical do DRE ..................................................................... 194 Tabela 74 - Análise horizontal do DRE ................................................................ 197 Tabela 75 - Análise vertical do ativo .................................................................... 200 Tabela 76 - Análise vertical do passivo ............................................................... 202 Tabela 77 - Análise horizontal do ativo ................................................................ 204 Tabela 78 - Análise horizontal do passivo ........................................................... 206 Tabela 79 - Capital de giro líquido........................................................................ 208 Tabela 80 - Necessidade de capital de giro ......................................................... 209 Tabela 81 - Saldo de tesouraria ............................................................................ 210 Tabela 82 - Ciclo operacional da Concretos Saraiva .......................................... 211 Tabela 83 - Ciclo econômico da Concretos Saraiva ........................................... 212 Tabela 84 - Ciclo financeiro da Concretos Saraiva ............................................. 213 Tabela 85 - TIR e VPL ............................................................................................ 216 Tabela 86 - Índice de liquidez geral ...................................................................... 217 Tabela 87 - Participação de capital de terceiros ................................................. 218 Tabela 88 - Índice de endividamento geral .......................................................... 219 Tabela 89 - Rentabilidade do ativo ....................................................................... 220 7 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 13 2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 14 3 OBJETIVO ............................................................................................................. 15 3.1 Objetivo geral .................................................................................................... 15 3.2 Objetivos específicos........................................................................................ 15 4 PRODUTO ............................................................................................................. 16 4.1 Histórico ............................................................................................................. 16 4.2 Identificação ...................................................................................................... 17 4.2.1 Blocos pré-moldados (pedras pavers holandesas)..................................... 17 4.2.2 Blocos de meio fio.......................................................................................... 19 4.2.3 Tubos de concreto .......................................................................................... 20 4.3 Matéria-prima ..................................................................................................... 21 4.4 Processo produtivo ........................................................................................... 22 4.4.1 Limpeza das fôrmas ....................................................................................... 22 4.4.2 Massa .............................................................................................................. 23 4.4.3 Descanso ........................................................................................................ 23 4.4.4 Desenformar ................................................................................................... 24 4.4.5 Embalar ........................................................................................................... 24 4.5 Impactos ambientais, sociais e controle da qualidade .................................. 25 4.5.1 Impactos ambientais ...................................................................................... 25 4.5.2 Impactos sociais ............................................................................................ 26 4.5.3 Controle de qualidade .................................................................................... 26 5 ANÁLISE DE MERCADO ...................................................................................... 28 5.1 Pesquisa de dados primários ........................................................................... 28 5.1.1 Visita técnica .................................................................................................. 29 5.2 Pesquisa de dados secundários ...................................................................... 30 5.3 Setor ................................................................................................................... 34 5.3.1Setor do mercado ........................................................................................... 34 5.4 Análise SWOT .................................................................................................... 34 5.4.1 Oportunidades e ameaças ............................................................................. 35 5.4.2 Pontos fortes e fracos .................................................................................... 36 5.4.3 Tecnologia e ciclo de vida ............................................................................. 36 5.4.4 Segmentação .................................................................................................. 37 5.4.5 Clientes ........................................................................................................... 38 5.4.6 Concorrência .................................................................................................. 39 8 5.4.7 Fornecedores .................................................................................................. 40 6 ORGANIZAÇÃO .................................................................................................... 42 6.1 Objetivo social ................................................................................................... 42 6.2 Aspectos legais ................................................................................................. 42 6.2.1 Estrutura organizacional ............................................................................... 43 6.2.2 Nome de fantasia ............................................................................................ 44 6.2.3 Logomarca e slogan....................................................................................... 44 6.2.4 Sócios .............................................................................................................. 45 6.2.5 Capital social .................................................................................................. 45 6.2.6 Representação legal....................................................................................... 46 6.2.7 Organograma .................................................................................................. 46 6.3 Estrutura funcional............................................................................................ 47 6.3.1 Descrição das atividades e atribuições........................................................ 48 6.3.1.1 Conselho diretivo ........................................................................................ 48 6.3.1.2 Diretor administrativo e financeiro ............................................................ 48 6.3.1.3 Diretor de recursos humanos .................................................................... 49 6.3.1.4 Diretor de vendas e marketing ................................................................... 49 6.3.1.5 Auxiliares administrativos .......................................................................... 50 6.3.1.6 Diretor de produção e compras ................................................................. 50 6.3.1.7 Auxiliares de produção ............................................................................... 51 6.3.1.8 Motorista ...................................................................................................... 52 6.3.1.9 Serviços terceirizados ................................................................................ 52 6.3.1.10 Rotina de trabalho ..................................................................................... 53 6.3.1.11 Uniformes ................................................................................................... 54 6.3.1.12 Crachá personalizado ............................................................................... 54 6.4 Intenção estratégica .......................................................................................... 55 6.4.1 Missão ............................................................................................................. 55 6.4.2 Visão ................................................................................................................ 56 6.4.3 Valores ............................................................................................................. 56 6.4.4 Objetivos e metas da empresa ...................................................................... 57 6.4.5 Negócio / foco ................................................................................................. 58 6.5 Localização da empresa ................................................................................... 58 6.6 Carga horária ..................................................................................................... 59 6.7 Remuneração ..................................................................................................... 60 6.7.1 Encargos sociais ............................................................................................ 60 6.7.2 Encargos sobre o pró-labore ........................................................................ 61 6.8 Provisões ........................................................................................................... 61 9 6.8.1 Provisão de 13º salário .................................................................................. 62 6.9 Salários .............................................................................................................. 63 7 PLANO DE MARKETING ...................................................................................... 65 7.1 Produto ............................................................................................................... 65 7.2 Preço .................................................................................................................. 66 7.3 Praça................................................................................................................... 67 7.4 Promoção ........................................................................................................... 68 7.5 Estratégias de venda ........................................................................................ 70 8 ENGENHARIA ....................................................................................................... 73 8.1 Aspectos operacionais ..................................................................................... 73 8.1.1 Localização industrial .................................................................................... 73 8.1.2 Fatores determinantes da localização .......................................................... 74 8.1.3 Localizações pré-selecionadas com fotos ................................................... 75 8.1.4 Análise qualitativa .......................................................................................... 77 8.1.5 Localização selecionada ................................................................................ 78 8.2 Arquitetura/Construção .................................................................................... 79 8.2.1 Projeto arquitetônico ..................................................................................... 79 8.2.2 Custos da construção .................................................................................... 80 8.2.3 Memorial descritivo ........................................................................................ 82 8.2.3.1 Informações preliminares ........................................................................... 82 8.2.3.2 Instalação da obra ....................................................................................... 828.2.3.3 Sondagem e terraplanagem ....................................................................... 83 8.2.3.4 Instalações provisórias ............................................................................... 83 8.2.3.5 Infraestrutura e fundações ......................................................................... 84 8.2.3.6 Supra estrutura e estruturas metálicas ..................................................... 84 8.2.3.7 Paredes ........................................................................................................ 84 8.2.3.8 Revestimentos ............................................................................................. 85 8.2.3.9 Esquadrias e aberturas ............................................................................... 85 8.2.3.10 Vidros ......................................................................................................... 86 8.2.3.11 Forros ......................................................................................................... 86 8.2.3.12 Equipamentos e acessórios sanitários ................................................... 86 8.2.3.13 Pinturas ...................................................................................................... 87 8.2.3.14 Pavimentações .......................................................................................... 87 8.2.3.15 Instalações elétricas e telefônicas ........................................................... 88 8.2.3.16 Instalações hidráulicas ............................................................................. 88 8.2.3.17 Entrega da obra ......................................................................................... 88 8.2.3.18 Plano Simplificado de Prevenção Contra Incêndio (PSPCI) .................. 89 10 8.2.4 Descrição das instalações ............................................................................. 89 8.3 Definição dos espaços...................................................................................... 92 8.3.1 Fluxos de movimentação ............................................................................... 93 8.3.2 Área produtiva ................................................................................................ 93 8.3.3 Área administrativa ........................................................................................ 94 8.4 Custos ................................................................................................................ 95 8.4.1 Custos de instalação...................................................................................... 96 8.4.1.1 Custos com PCMSO e PSPCI ..................................................................... 97 8.4.2 Imobilizado ...................................................................................................... 99 8.4.3 Veículos ......................................................................................................... 100 8.4.4 Máquinas e equipamentos ........................................................................... 102 8.4.5 Equipamentos de informática ..................................................................... 103 8.4.6 Móveis e utensílios....................................................................................... 104 8.4.6.1 Recepção ................................................................................................... 104 8.4.6.2 Sala dos auxiliares administrativos ......................................................... 105 8.4.6.3 Sala dos sócios ......................................................................................... 106 8.4.6.4 Sala de reuniões ........................................................................................ 106 8.4.6.5 Produção .................................................................................................... 107 8.4.6.6 Vestiário ..................................................................................................... 107 8.5 Seguros ............................................................................................................ 109 8.6 Depreciação ..................................................................................................... 109 9 CAPACIDADE DE OPERAÇÃO .......................................................................... 112 9.1 Capacidade teórica ......................................................................................... 112 9.2 Capacidade máxima ........................................................................................ 114 9.3 Capacidade mínima ......................................................................................... 115 9.4 Capacidade desejada ...................................................................................... 116 9.5 Capacidade ociosa .......................................................................................... 116 10 ASPECTOS FINANCEIROS / ANÁLISE DE CUSTOS ...................................... 118 10.1 Investimentos ................................................................................................ 118 10.2 Despesas de funcionamento ........................................................................ 119 10.2.1 Custos e despesas com pessoal e com pró-labore, entre outros.......... 119 10.3 Sistema de custeio ........................................................................................ 120 10.3.1 Custeio por absorção ................................................................................. 121 10.3.2 Custeio marginal ........................................................................................ 121 10.3.3 Custeio por atividade – ABC ..................................................................... 122 10.4 Principais características dos sistemas...................................................... 123 10.4.1 Custeio por absorção ................................................................................. 123 11 10.4.2 Custeio marginal ........................................................................................ 123 10.4.3 Custeio por atividade – ABC ..................................................................... 124 10.5 Componentes do custo ................................................................................. 124 10.5.1 Custeio por absorção ................................................................................. 124 10.5.2 Custeio marginal ........................................................................................ 125 10.5.3 Custeio por atividade – ABC ..................................................................... 125 10.6 Vantagens e desvantagens ........................................................................... 126 10.6.1 Custeio por absorção ................................................................................. 126 10.6.2 Custeio marginal ........................................................................................ 126 10.6.3 Custeio por atividade – ABC ..................................................................... 127 10.7 Custos diretos e indiretos ............................................................................ 127 10.8 Despesas ........................................................................................................ 132 11 PLANOS DE PRODUÇÃO E VENDAS.............................................................. 135 11.1 Custos de produção ...................................................................................... 135 11.2 Mark-up / margem de contribuição .............................................................. 135 11.3 Preço de venda ..............................................................................................138 11.4 Projeção de compras .................................................................................... 138 11.5 Projeção de vendas ....................................................................................... 143 12 ANÁLISE FINANCEIRA ..................................................................................... 148 12.1 Capital total .................................................................................................... 148 12.1.1 Distribuição do capital ............................................................................... 149 12.2 Estimativa de custos, receitas e impostos ................................................. 150 12.2.1 Formação dos preços ................................................................................ 151 12.3 Financiamento e amortização ...................................................................... 154 12.4 Depreciação acumulada ............................................................................... 159 12.5 Simples Nacional ........................................................................................... 161 12.6 Fluxo de caixa ................................................................................................ 161 12.6.1 Fluxo de caixa do primeiro ano ................................................................. 162 12.6.2 Fluxos de caixa do segundo ao décimo ano ........................................... 169 12.7 DRE – Demonstração do resultado do exercício ........................................ 180 12.8 Balanço patrimonial ...................................................................................... 183 12.8.1 Balanço patrimonial de abertura ............................................................... 184 12.8.2 Balanço patrimonial dos três primeiros anos .......................................... 186 12.8.3 Análise vertical e horizontal ...................................................................... 192 12.9 Análises do capital de giro ........................................................................... 207 12.9.1 Capital de giro líquido ................................................................................ 207 12.9.2 Necessidade de capital de giro ................................................................. 209 12 12.9.3 Saldo de tesouraria .................................................................................... 210 12.9.4 Ciclos: operacional, econômico e financeiro .......................................... 211 12.10 Indicadores financeiros .............................................................................. 213 12.2.1 Taxa interna de retorno (TIR) ..................................................................... 214 12.2.2 Valor presente líquido (VPL) ...................................................................... 214 12.2.3 Índice de liquidez geral .............................................................................. 217 12.2.4 Participação de capital de terceiros ......................................................... 218 12.2.5 Índice de endividamento geral .................................................................. 219 12.2.6 Rentabilidade do ativo ............................................................................... 220 13 CONCLUSÃO FINANCEIRA ............................................................................. 221 14 CONCLUSÃO FINAL ......................................................................................... 223 REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 223 APÊNDICE A – Organograma atual ...................................................................... 228 APÊNDICE B – Organograma futuro ................................................................... 230 APÊNDICE C – Contrato Social ............................................................................ 231 APÊNDICE D – Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) ... 234 APÊNDICE E – Alvará de Licença ........................................................................ 235 APÊNDICE F – Inscrição Estadual ....................................................................... 237 APÊNDICE G – Alvará dos bombeiros ................................................................. 238 APÊNDICE H – Licenciamento ambiental............................................................ 239 APÊNDICE I – Contrato de assessoria contábil .................................................. 240 APÊNDICE J – Contrato de assessoria jurídica .................................................. 243 APÊNDICE K – Contrato de prestação de serviço profissional ........................ 246 APÊNDICE L – Contrato de prestação de serviços de limpeza ......................... 248 APÊNDICE M – Projeto arquitetônico da Concretos Saraiva ............................ 251 APÊNDICE N – Fluxo de movimentação da Concretos Saraiva ........................ 252 APÊNDICE O – ALÍQUOTAS E PARTILHA DO SIMPLES NACIONAL ................ 253 13 1 INTRODUÇÃO Criar uma empresa significa uma oportunidade para aqueles que desejam empreender, porém é necessária a realização de um amplo estudo de mercado a fim de compreender as reais necessidades do consumidor e oferecer um produto de qualidade a preço competitivo. Atualmente, é possível perceber mudanças no cenário econômico, as quais obrigam as empresas a procurarem melhores desempenhos, criando estratégias para satisfazer as expectativas de seus clientes. Com o intuito de oferecer produtos de qualidade com preço acessível, foi desenvolvido este trabalho. Para isso, foi elaborado um plano de negócios para analisar a viabilidade técnica, mercadológica e financeira de uma indústria de artefatos de cimento, a qual possui em seu mix de produtos as pedras pavers holandesas, tubos de concreto e meio fio. A empresa irá atender a Região do Vale do Rio Pardo, mais precisamente os municípios de Santa Cruz do Sul, Vera Cruz, Passo do Sobrado, Venâncio Aires e Sinimbu. Os artefatos de cimento possuem um papel importante na construção civil. Nessa perspectiva, um grupo de estudantes do Curso de Administração, da Universidade de Santa Cruz do Sul, pretende apresentar uma proposta para atuar no referido mercado. O presente relatório será dividido em três partes. A primeira parte consiste na definição de produto, mercado e organização. A segunda tratará da engenharia da empresa e a terceira da análise financeira. Além disso, será realizada uma pesquisa bibliográfica, de mercado e de campo, buscando como resultado uma definição se será viável ou não a transformação dessa possibilidade de negócios em realidade. 14 2 JUSTIFICATIVA A relevância desse projeto consiste em proporcionar aos acadêmicos uma oportunidade de pôr em prática e expandir os ensinamentos adquiridos no decorrer do Curso de Administração. No presente trabalho são abordados conteúdos de diversas áreas, como: gestão, finanças, custos, logística, produção, gestão de pessoas e marketing, todas fundamentais para o estudo da viabilidade de implantação de qualquer empresa. O crescimento do número de novas empresas tende a gerar impactos expressivos na economia brasileira. Porém, muitas delas não sobrevivem devido à falta de um planejamento, o qual possibilita uma avaliação do futuro e indica uma direção a seguir. Um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Estatística e Economia (IBGE) apontou que 79,2% de empresas seguem funcionando após três anos no Estadodo Rio Grande do Sul. O desenvolvimento de um plano de negócios é essencial para a criação de uma organização e um bom desempenho da mesma. A sua elaboração, no entanto, não é simples, já que precisam ser observados dados exatos, atuais e de diversas fontes confiáveis para estudar se o mercado está apto para receber o produto a ser produzido e oferecido pela empresa. O grupo optou pela indústria de artefatos de cimento observando que, apesar da crise, há um relevante número de loteamentos em construção, os quais precisarão desses produtos. A construção civil continuará em crescimento, mesmo desacelerado se comparado com anos anteriores. Apesar disso, acreditamos que com um correto estudo de viabilidade de implantação dessa indústria, será possível atuar e obter resultados satisfatórios, o que justifica a elaboração desse plano de negócios. Ademais, esse trabalho contribui na criação de uma mente empreendedora e contribuirá para o crescimento pessoal e profissional, dos integrantes do grupo. 15 3 OBJETIVO 3.1 Objetivo geral Planejar e analisar, por meio da elaboração de um plano de negócios, a viabilidade técnica, mercadológica e financeira de uma indústria de artefatos de cimento na cidade de Santa Cruz do Sul. 3.2 Objetivos específicos Elaborar um plano de negócios para a empresa Concretos Saraiva; Estruturar a organização e estabelecer as suas estratégias; Definir o mercado e seu público alvo; Conhecer os seus concorrentes e fornecedores; Identificar, utilizando a análise SWOT, pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças; Delimitar os processos, instalações e mão de obra necessária; Planejar, estrategicamente, o composto de marketing, especificando os produtos a serem fabricados; Verificar a viabilidade econômico-financeira da implantação de uma indústria de artefatos de cimento. 16 4 PRODUTO As pedras pavers holandesas e blocos de meio fio estão sendo utilizados para pavimentação de ruas, praças, estacionamentos, parques e são opções de acabamento em áreas de circulação de automóveis e jardins. Os tubos de concreto, por sua vez, são usados no escoamento, coleta e passagens subterrâneas. A procura por esses produtos está aumentando devido aos benefícios que os mesmos apresentam, como resistência, durabilidade, boa estética e baixos custos de manutenção. 4.1 Histórico O concreto foi desenvolvido na Suécia como resultado de uma mistura de cal, cimento, areia e pó de alumínio, passando por um processo de cura em câmaras de vapor, tornando o produto de excelente desempenho na construção civil. Os pavimentos intertravados têm sua origem nos pavimentos revestidos com pedras, os quais eram usados na Mesopotâmia há quase cinco mil anos antes de Cristo e muito utilizados pelos romanos desde dois mil anos antes de Cristo. Esse tipo de pavimento teve uma evolução para o uso de pedras travadas, resultando em pavimentos conhecidos como paralelepípedos. O desenvolvimento das peças de concreto pré-fabricadas foi impulsionado pela dificuldade da produção artesanal das pedras travadas e pela falta de conforto de rolamento causada pelas mesmas. Após a Segunda Guerra Mundial, os blocos passaram a ser produzidos em fábricas maiores e com grande produção na Alemanha, tendo grande impulso na década de 1970, quando chegaram ao Brasil. Atualmente, o emprego desse tipo de pavimentação está incluso nos programas de urbanização, principalmente em áreas de passeio público. A utilização dos bloquetes cresceu no mundo todo como material alternativo, equilibrando aspectos tecnológicos, econômicos e ambientais. Outro motivo para esse crescimento é a durabilidade do produto, o qual possui uma vida útil considerável, a qual pode ser de até vinte e cinco anos quando o produto for bem fabricado. As indústrias de tubos de concreto surgiram em função das exigências de saúde pública por água e tratamento dos despejos. No Brasil, a primeira rede de 17 esgoto construída foi na cidade de Rio de Janeiro, com início em 1857 e término em 1864. Com essa obra, a cidade tornou-se a quinta do mundo a iniciar a construção de sistemas de esgotos sanitários. Nesse período aconteceram avanços significativos como, por exemplo, a modernização dos projetos e das técnicas de construções de redes de esgotos e galerias de águas pluviais. Estes avanços acarretaram em desenvolvimento de teorias hidráulicas, conceitos sobre cargas atuantes no tubo e normas para materiais e ensaios. Nos anos seguintes à depressão e à Segunda Guerra Mundial, a produção de tubos de concreto cresceu de forma significativa, principalmente nos Estados Unidos. Em função do aumento nas restrições com relação à poluição de rios, com ênfase na coleta e tratamento de esgoto, os fabricantes de tubos de concreto tiveram que melhorar a durabilidade do produto, sua resistência e uniformidade nas dimensões e juntas. No início da década de 1950 as juntas dos tubos de concreto tiveram uma evolução e passaram a ser executadas com o uso de anéis de borracha de variados tipos. 4.2 Identificação A empresa Concretos Saraiva fabricará bloquetes, tubos de concreto e blocos meio fio, todos produzidos a partir do concreto. Todos os produtos são excelentes opções para pavimentações de ruas, calçadas públicas, praças, residenciais e para escoamento, coleta e passagens subterrâneas. 4.2.1 Blocos pré-moldados (pedras pavers holandesas) As pedras pavers holandesas, também conhecidas como bloquetes, são peças de tamanho e forma única. A sua forma permite o encaixe das peças, o que reduz o tempo de instalação, facilitando o processo. Esses blocos de concreto são fabricados com concreto e, por este motivo, são resistentes para veículos pesados, são duráveis e apresentam um bom aspecto estético. O seu aspecto visual permite que sejam explorados de maneira harmônica e de diversas formas, o que possibilita a criação de ambientes diversificados. Essa pavimentação apresenta facilidade de manutenção e reutilização, já que as peças podem ser removidas e recolocadas no mesmo lugar ou reutilizadas em 18 outro local. A obra quando bem executada torna difícil a percepção de que houve alguma interferência na pavimentação original. Esse tipo de pavimentação é considerado ecologicamente correto, já que não emprega recursos naturais como lenha ou argila em sua produção. Observando que são feitos à base de concreto, possuem uma vida útil longa, demandando menos emprego de recursos não renováveis e podem ser reciclados, triturados ou transformados, novamente, em agregados para concreto. Outra consideração importante é que os bloquetes permitem a infiltração da água da chuva e suas características geológicas não irradiam calor por muito tempo depois do período de insolação. Demais benefícios da aplicação do pavimento intertravados com pavers de concreto, tanto para o tráfego de pessoas como para veículos pesados, são: permeabilidade e conforto térmico, proporcionando harmonia com o meio ambiente; utilização imediata, pois permite a liberação para o tráfego logo após a sua aplicação; a sua superfície é antiderrapante e mais segura em trechos íngremes ou em curvas, o que reduz a distância de frenagem dos veículos; proporciona conforto de rolamento adequado a seu tráfego e possibilita correções de desníveis, auxiliando na locomoção de cadeirantes; versatilidade arquitetônica, existindo diversos modelos, cores e combinações; assentamento fácil utilizando equipamentos depequeno porte ou até manual; são duráveis, sendo altamente resistentes ao clima e a agentes agressivos. Esse tipo de pavimentação está sendo comumente utilizado em vias urbanas, principalmente em novos condomínios construídos por construtoras. Apesar disso, os bloquetes podem ser utilizados também como opção de acabamento em áreas de circulação de automóveis e garagens. A empresa Concretos Saraiva produzirá pedras pavers holandesas na cor cinza com a dimensão 20x10x08. Um modelo pode ser visualizado na figura 1. 19 Figura 1 - Pedras pavers holandesas Fonte: disponível em: <http://www.pavbrasil.com.br/>. Acesso em: 12 de agosto de 2016. 4.2.2 Blocos de meio fio Os blocos de meio fio são peças maiores em largura e comprimento, sendo amplamente utilizados em vias urbanas, unindo tecnologia, estilo, resistência e praticidade. São ideais para pavimentação de indústrias, praças, estacionamentos, acessos para edifícios, calçadas, ciclovias e jardins residenciais. Esse tipo de produto apresenta como benefício uma maior segurança para pedestres, ciclistas e motoristas, sendo importantes para todo o perímetro do pavimento, garantindo com que as peças não se desloquem e que não haja aberturas nas juntas. A sua comercialização é fácil, tendo em vista que podem ser adquiridos juntamente com as pedras pavers holandesas. Os blocos de meio-fio a serem fabricados pela empresa Concretos Saraiva apresentarão as seguintes dimensões: 80x25x8cm, conforme pode ser visualizado na figura 2. 20 Figura 2 - Blocos de meio fio Fonte: disponível em: http://www.inpreart.com.br. Acesso em: 12 de agosto de 2016. 4.2.3 Tubos de concreto Os tubos de concreto são utilizados no escoamento, coleta e passagens subterrâneas, sendo mais usados por municípios, empresas do ramo da construção civil e indústrias. As vantagens dos tubos de concreto são muitas. Entre elas, podemos citar como mais importantes os baixos custos para manutenção e longa durabilidade, podendo ser construídos com relevante variedade de diâmetro. Além disso, são resistentes, impermeáveis e fáceis de serem transportados e instalados. A sua utilização no sistema de drenagem de águas superficiais ou subterrâneas gera benefícios como segurança no desenvolvimento do sistema viário e redução de gastos com a manutenção de vias públicas. Os tubos proporcionam escoamento rápido das águas pluviais, eliminando águas estagnadas que podem causar doenças e desconforto para a população. Além disso, apresentam facilidade de execução da obra com relação ao assentamento, dependendo fundamentalmente de sua própria resistência. A empresa fabricará tubos de concretos com as seguintes dimensões: 20 e 30 centímetros, conforme figura 3. 21 Figura 3 - Tubos de concreto Fonte: disponível em: http://www.saopedroconcretos.com.br. Acesso em: 12 de agosto de 2016. 4.3 Matéria-prima Os produtos a serem oferecidos pela empresa possuem as mesmas matérias primas, tais quais: cimento, areia, brita e água, variando somente em suas proporções. Abaixo constam as quantidades necessárias para a produção de cada item: Pedras pavers holandesas: 2,5 porções de agregados, os quais consistem em areia e brita, para um saco de cimento. Para a medida dos agregados citados são usados baldes, sendo que cada um leva, em média, 60 kg. Para cada medida emprega-se, aproximadamente, 20 litros de água em dias de tempo seco. Em dias de tempo úmido é utilizado, em média, 16 litros de água. Meio fio: para a fabricação de meio fio as proporções são da seguinte forma: 4 porções de areia e brita para um saco de cimento. Para a medida dos agregados são utilizados baldes. A capacidade para cada balde consiste em média de 60 kg. Para cada medida é usado, aproximadamente, 20 litros de água em dias de tempo seco. Em dias de tempo úmido é utilizado, em média, 16 litros de água. Tubo de concreto: para a produção dos tubos de concreto são necessários: 3 porções de areia e brita para um saco de cimento. Para a medida dos agregados são utilizados baldes. Para cada medida é usado, 22 aproximadamente, 30 litros de água. 4.4 Processo produtivo No processo produtivo de cada produto é essencial seguir os seguintes procedimentos descritos a seguir: 4.4.1 Limpeza das fôrmas A primeira etapa a ser efetuada consiste na limpeza e preparação das fôrmas com objetivo de evitar que permaneçam resíduos que podem deformá-las. Para essa limpeza é utilizada uma substância denominada Desmolpec, a qual é aplicada por toda a superfície, facilitando o processo de desenforma. Um benefício apresentado por essa substância é a eliminação de possíveis bolhas, proporcionando um acabamento aprimorado. Além disso, a sua utilização também elimina o uso de nata no fundo da fôrma aumentando a produtividade. A aplicação do Desmolpec pode ser feita manualmente com utilização de luvas de borracha e de uma estopa. Deve ser aplicada na superfície a ser desmoldada, deixando para secar por alguns minutos. Também é possível utilizar o produto com revolver de pintura, ao invés de uma estopa, pulverizando uma pequena camada da substância. Antes da utilização do produto é de extrema importância observar alguns cuidados, tais quais: agitar bem até ficar homogêneo, eliminar outros produtos aplicados anteriormente e não deixar acúmulo de desmoldante nas fôrmas, pois além de desperdiçar o produto, as peças poderão ficar manchadas. O Desmolpec pode gerar 80m² de fôrma quando aplicado com estopa ou 42m² de fôrma quando usado com o revolver de pintura. Esse produto é utilizado somente para a produção dos bloquetes e dos blocos meio fio, não sendo necessário para a produção dos tubos de concreto, já que os mesmos não utilizam fôrmas em seu processo produtivo. Na figura 4 é possível observar a aplicação do Desmolpec com o uso de um revolver de tinta. 23 Figura 4 - Aplicação do Desmolpec nas fôrmas Fonte: disponível em: http://www.pecformas.com.br/desmolpec.html . Acesso em: 12 de agosto de 2016. 4.4.2 Massa A massa pode ser feita enquanto as fôrmas estão sendo preparadas. Para isso usa-se uma betoneira e despeja-se dentro da mesma a quantia necessária para a produção da massa. O primeiro passo consiste na colocação de brita e areia. Posteriormente, coloca-se o cimento por alguns instantes para mistura e, então, se acrescenta a água, observando as quantidades mencionadas. A betoneira deve permanecer batendo pelo tempo de 10 minutos. Com a massa pronta e utilizando um carrinho de mão, a massa é transportada até as fôrmas, contando com o auxílio de uma pá. No caso dos tubos de concreto, são utilizados moldes. Esse processo de preparação de massa é realizado para todos dos produtos fabricados pela empresa. 4.4.3 Descanso Posteriormente ao preenchimento das fôrmas, as mesmas devem ser acondicionadas em prateleiras para “descansar” para que recebam a mesma proporção de vento e umidade, secando de forma uniforme. No caso dos tubos de concreto, a massa fica em moldes para uma pré-secagem, na qual é retirada a maior parte da umidade, tornando a estabilidade do tubo maior. Após essa pré-secagem, os moldes são abertos, estando o formato do tubo definido e com estrutura firme. 24 Com isso, os tubos são deslocados para uma secagem em área externa para quenão haja rachaduras provenientes de umidade residual. 4.4.4 Desenformar A desenforma pode ser realizada após 24 horas de acondicionamento das fôrmas. Para essa etapa são utilizadas duas madeiras para fazer a base, virando sobre elas as fôrmas. Após esse passo, os produtos podem ser empilhados em pallets. Esse processo é realizado somente para os bloquetes e meio fio. 4.4.5 Embalar Posteriormente à etapa de desenforma, é realizado o processo de embalagem com o objetivo de proteger os artefatos e assim evitar avarias. Nessa tarefa são utilizados filmes de polietileno para embalar os pallets com os produtos, conforme pode ser visualizado na figura 5. Figura 5 - Artefatos após o processo de embalagem Fonte: disponível em: http://br.depositphotos.com. Acesso em 12 de agosto de 2016. 25 4.5 Impactos ambientais, sociais e controle da qualidade 4.5.1 Impactos ambientais A cadeia produtiva da indústria de construção civil é importante para o desenvolvimento econômico, social e ambiental do país, tendo em vista que viabiliza construção de moradias, estradas e infraestrutura. Além disso, gera empregos, renda e impostos. A sustentabilidade nesse setor implica em sistemas construtivos que promovam a integração com o meio ambiente. Para tanto, é necessário que essas indústrias se adaptem para as necessidades de uso, consumo humano e produção sem esgotar os recursos naturais. O objetivo dessas adaptações é preservar o meio ambiente para as gerações futuras e adoção de soluções que propiciem edificações econômicas e, principalmente, o bem-estar social. A responsabilidade social é uma filosofia de trabalho e uma condição necessária para uma organização que procura o bem-estar social. A empresa Concretos Saraiva, possuindo a consciência de que os impactos causados pelas suas atividades de produção podem ser prejudiciais para o meio ambiente, criou as seguintes medidas a fim de atenua-los: Redução, reutilização, reciclagem e tratamento correto dos resíduos gerados na produção; Na produção de seus concretos não haverá desperdícios de água, utilizando somente a quantia necessária; Utilização racional dos recursos energéticos; Reutilização de papeis impressos como rascunho para impressões; As lâmpadas e equipamentos serão desligados no intervalo e após o expediente; Promover a conscientização ambiental dos funcionários, envolvidos ou não, no processo produtivo. Além dessas ações, a empresa atenderá às exigências legais e às recomendações setoriais para reduzir os impactos socioambientais por ela produzidos. 26 4.5.2 Impactos sociais Além de produzir e comercializar produtos com comprometimento com o meio ambiente, a empresa adotará ações e apoiará projetos voltados para o bem-estar social. A instalação da empresa no município de Santa Cruz do Sul apresentará os seguintes impactos: Aumento da receita; Geração de novos empregos; Aumento na arrecadação de tributos. Haverá uma preocupação com o bem-estar de seus funcionários que estarão lidando diariamente com o processo produtivo. Pensando na saúde dos seus trabalhadores, fornecerá equipamentos de proteção individual e equipamentos de proteção coletivos a fim de evitar acidentes durante a execução do trabalho. 4.5.3 Controle de qualidade A qualidade é uma condição fundamental e vital para as empresas em relação ao seu desempenho, continuidade e sucesso. Com a utilização de um controle de qualidade é possível atingir níveis de excelência na produção e nos processos da organização. Segundo a norma ISO 9001 (Sistema da Gestão da Qualidade), qualidade é o grau em que um conjunto de características inerentes a um objeto atende aos requisitos. Qualidade é também algo subjetivo, depende de cada pessoa, observando que os requisitos são diferentes de uma para outra. De acordo com Seleme e Stadle (2012), a preocupação com a qualidade e aplicação das ferramentas contribui para reduzir os custos dos produtos e processos, o que, por sua vez, aumenta a competitividade da organização. Por meio de um controle e da correta utilização de ferramentas há um aumento na durabilidade do produto e uma redução de desperdícios. Além disso, é possível atender melhor os consumidores que estão cada vez mais exigentes e à procura de produtos duráveis. Portanto, é importante para a organização um diferencial competitivo, o qual pode ser focado na qualidade de seus serviços e produtos. Visando isso, a empresa Concretos Saraiva elaborará e aplicará um controle 27 de qualidade em todos os processos da organização, tanto produtivos como administrativos. Quanto ao processo produtivo, haverá um controle desde o início da produção até o acabamento final. Assim, os artefatos de cimento produzidos pela empresa serão duráveis, resistentes e de qualidade. A qualidade não é importante somente para a produção. Bernardi (2003) afirma que os conceitos de qualidade englobam toda a empresa e a gestão. Assim, é importante haver qualidade nas atividades e na estrutura, com um ambiente propício para o desempenho eficaz de seus colaboradores. Desta forma, a empresa Concretos Saraiva se preocupa em proporcionar um ambiente saudável, organizado e limpo para seus funcionários, observando que esses fatores aumentam a produtividade e a qualidade do trabalho a ser desempenhado. 28 5 ANÁLISE DE MERCADO Satisfazer as necessidades e desejos das pessoas é a razão da existência de uma organização, a qual deve suprir essas necessidades com produtos ou serviços esperados pelos consumidores e pelo mercado. Conforme explicam Kotler e Armstrong (2014) as necessidades e desejos dos consumidores são satisfeitos por um conjunto de produtos, serviços, informações e experiências oferecidas a um mercado. Sendo assim, a empresa deve identificar essas necessidades existentes ou latentes para alcançar o seu objetivo maior. Dornelas (2014, p.130) ressalta que: a análise de mercado é considerada uma das mais importantes seções do plano de negócios, pois toda a estratégia depende de como a empresa abordará seu mercado consumidor, procurando se diferenciar da concorrência e agregando maior valor a seus produtos ou serviços para conquistar clientes de forma continua. A análise do mercado consiste no levantamento e investigação dos fenômenos que interferem no processo de trocas de mercadorias da empresa para os consumidores. Chiavenato (2012) esclarece que a pesquisa de mercado é a coleta de informações úteis para que se possa conhecer o mercado, seja para comprar matérias primas ou mercadorias, seja para vender produtos ou serviços. Assim, após a definição do mercado no qual a empresa irá atuar, é necessário definir as informações necessárias e elaborar um plano para coletá-las de maneira eficaz. Por meio desse plano será possível coletar dados importantes, como: preços praticados, quantidades produzidas, possíveis concorrentes, fornecedores e estratégias de comercialização dos produtos. 5.1 Pesquisa de dados primários Os dados primários são informações novas coletadas pelo próprio pesquisador para um projeto de pesquisa ou para uma finalidade especifica. Kotler e Keller (2006) esclarecem que “quando os dados necessários não existem ou estão ultrapassados, imprecisos, incompletos ou não são confiáveis, o pesquisador tem de coletar dados primários”.29 5.1.1 Visita técnica A fim de obter os dados primários, duas integrantes do grupo realizaram, no dia 20 de agosto de 2016, uma visita técnica na empresa Ohland Artefatos de Cimento. Essa empresa está localizada na rua São José, nº 672, em Santa Cruz do Sul. O objetivo principal da visita foi entender melhor alguns aspectos para conseguir desenvolver o plano de negócio com mais facilidade e precisão. Figura 6 - Ohland Artefatos de Cimento Fonte: foto tirada pelos autores em 10 de agosto de 2016. Os integrantes foram recebidos pelo empresário Douglas Rodrigo Ohland que explicou os processos de produção dos bloquetes, blocos meio fio e tubos de concreto. Além disso, explanou sobre os custos da implantação de uma empresa bem como sobre o mercado de artefatos de cimento. 30 5.2 Pesquisa de dados secundários Os dados secundários são os dados que podem ser encontrados em algum lugar, pois já foram coletados para outra finalidade. Kotler e Keller (2006) explicam que “dados secundários fornecem um ponto de partida para a pesquisa, além de apresentar a vantagem do baixo custo e da imediata disponibilidade”. Essas informações podem ser encontradas em banco de dados, índices, relatórios e fontes bibliográficas. Com o propósito de obter dados sobre a região do Vale do Rio Pardo e um melhor entendimento do mercado, foi realizada uma pesquisa utilizando como fonte a Fundação de Economia e Estatística (FEE) do Rio Grande do Sul. A Fundação de Economia e Estatística é uma instituição de pesquisa vinculada à Secretaria do Planejamento, Mobilidade e Desenvolvimento Regional do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Essa fundação é uma importante fonte de dados estatísticos e dispõe de relevante acervo de informações, pesquisas e documentos de natureza socioeconômica. Além disso, disponibiliza indicadores e mapas selecionados do Estado e dos Conselhos Regionais de Desenvolvimento (COREDES). O COREDE da Região do Vale do Rio Pardo é composto por 23 municípios, tais quais: Arroio do Tigre, Boqueirão do Leão, Candelária, Encruzilhada do Sul, Estrela Velha, General Câmara, Herveiras, Ibarama, Lagoa Bonita do Sul, Mato Leitão, Pantano Grande, Passa Sete, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Segredo, Sinimbu, Sobradinho, Tunas, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz. O COREDE da Região do Vale Rio Pardo possui os seguintes dados apresentados na tabela 1: 31 Tabela 1 - Dados do COREDE Vale do Rio Pardo População Total (2014) Área (2015) Densidade Demográfica (2013) Taxa de analfabetismo (2010) Expectativa de vida ao nascer (2000) Coeficiente de mortalidad e infantil 433.285 habitantes 13.171,7 km² 32,1 hab/km² 6,35% 70,58 anos 11,75 por mil nascidos vivos Fonte: tabela elaborada pelos autores a partir das informações da FEE, 2016 Na figura 7 é possível ver quais municípios apresentaram maior taxa de crescimento populacional. Figura 7 - Taxa de crescimento populacional em 2010 Fonte: Perfil Socioeconômico – COREDE do Vale do Rio Pardo / RS. Na próxima tabela são apresentados os dados quanto ao Produto Interno Bruto (PIB) e exportações totais dos municípios do Vale do Rio Pardo: 32 Tabela 2 - PIB e exportações totais nos municípios do Vale do Rio Pardo Municípios PIB (R$ mil em 2012) PIB per capita (R$ mil em 2012) Arroio do Tigre 219.138,21 17.155,02 Boqueirão do Leão 99.399,02 12.991,64 Candelária 428.401,36 14.157,35 Encruzilhada do Sul 290.268,43 11.765,57 Estrela Velha 83.168,42 22.981,05 General Câmara 103.393,98 12.302,95 Herveiras 38.446,59 13.015,09 Ibarama 62.145,13 14.227,37 Lagoa Bonita do Sul 40.405,26 14.998,24 Mato Leitão 92.411,21 23.312,62 Pantano Grande 204.656,86 21.029,27 Passa Sete 71.110,00 13.622,60 Passo do Sobrado 107.591,09 17.698,81 Rio Pardo 544.936,19 14.507,26 Santa Cruz do Sul 5.128.333,28 42.737,18 Segredo 86.152,41 12.156,40 Sinimbu 141.804,55 14.114,12 Sobradinho 218.059,99 15.197,94 Tunas 50.409,61 11.435,94 Vale do Sol 192.990,81 17.299,28 Vale Verde 63.727,51 19.411,36 Venâncio Aires 2.032.795,98 30.495,90 Vera Cruz 469.547,66 19.252,44 Fonte: tabela elaborada pelos autores a partir das informações da FEE, 2016. Os sócios da empresa analisaram os dados levantados e decidiram atuar nos seguintes municípios: Passo do Sobrado, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Venâncio Aires e Vera Cruz. Na figura 8 foram destacados os municípios nos quais a Concretos Saraiva irá atuar no Vale do Rio Pardo. 33 Figura 8 - Municípios de atuação da Concretos Saraiva Fonte: figura modificada pelos autores, FEE 2009. 34 5.3 Setor 5.3.1 Setor do mercado A empresa Concretos Saraiva está classificada na seção “C”, que corresponde às indústrias de transformação, na divisão vinte e três, fabricação de produtos de minerais não-metálicos, grupo 233, classe 2330-3 (fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e materiais semelhantes). Além disso, também está classificada nas atividades de fabricação de estruturas pré-moldadas de cimento, fabricação de blocos e bloquetes de cimento. Essa classificação é efetuada pela Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. 5.4 Análise SWOT A análise SWOT é uma atividade de planejamento que as organizações executam com o intuito de identificar os seus pontos fortes e fracos e as suas oportunidades e ameaças. De acordo com Jones e George (2012), é através dela que os administradores escolhem as estratégias corporativas, de negócios e funcionais para melhor posicionar a organização e alcançar os seus objetivos. A avaliação dos pontos fortes e fracos e das oportunidades e ameaças através da análise SWOT deve ser uma atividade constante na organização, pois através desta a empresa pode realizar seu planejamento estratégico. Com a análise é possível identificar as forças e as fraquezas da organização para que os pontos fortes sejam aprimorados e se transformem em um diferencial competitivo e as fraquezas sejam trabalhadas para que se transformem em pontos fortes. Em relação ao ambiente externo, as análises das oportunidades e ameaças podem influenciar diretamente no planejamento estratégico da empresa, permitindo que as ações tomadas tenham como base as oscilações que podem ser encontradas no mercado. 35 5.4.1 Oportunidades e ameaças As oportunidades são forças externas que influenciam positivamente a empresa. Não existe controle sobre essas forças, pois elas podem ocorrer de diversas formas, como por exemplo: mudança na política econômica do governo, alterações em algum tributo, investimentos externos, ampliação do crédito ao consumidor e entre outros. As ameaças, ao contrário das oportunidades, são forças externas que influenciam negativamente a empresa. Devem ser tratadas com muita cautela, pois podem prejudicar não somente o planejamento estratégico, como também os seus resultados. Conforme Cobra (2009), as oportunidades e ameaças caminham juntas. A cada oportunidade pode existir uma ameaça de não dar certo. Por isso, é importante estimar e saber como aproveitar as oportunidades de mercado e, ao mesmo tempo, minimizar as ameaças que possam surgir. O papel do planejamento estratégicoé enumerar oportunidades, a forma de viabilizá-las e como neutralizar as ameaças reais e potenciais. As oportunidades e ameaças identificadas pela empresa Concretos Saraiva podem ser vistas no quadro 1. Quadro 1 - Oportunidades e ameaças Oportunidades Ameaças Financiamento habitacional que estimula o surgimento de novos loteamentos; Crise econômica; Expectativa de atender novos municípios, aumentando o número de clientes; Impostos; Aumentar o mix de produtos utilizando as mesmas matérias primas e maquinários; Concorrentes tradicionais no mercado; Necessidade de investimento em infraestrutura em todo o país pelo governo; Empresa pouco conhecida; Lei complementar Nº563 de Santa Cruz do Sul sobre loteamentos no município; Evolução tecnológica dos concorrentes; Produtos similares e/ou substitutos; Fonte: tabela elaborada pelos autores, 2016. 36 5.4.2 Pontos fortes e fracos Os pontos fortes são todas as ferramentas que a empresa dispõe para se diferenciar da sua concorrência, mostrando as qualificações dos seus processos e produtos ofertados, estando relacionados com as vantagens que a empresa possui em relação aos concorrentes. Os pontos fracos são as aptidões que interferem ou prejudicam de algum modo o andamento do negócio. Os pontos fortes e pontos fracos da empresa Concretos Saraiva encontram-se no Quadro 2. Quadro 2 – Pontos Fortes e Fracos Pontos fortes Pontos fracos Qualidade do produto; Empresa de pequeno porte; Produto ecologicamente correto; Baixo investimento em tecnologia; Matéria prima similar para todos os produtos; Pouca experiência no mercado; Matéria prima com preço baixo de aquisição; Salário inicial baixo para os colaboradores; Parceria com fornecedores; Não possuir uma carteira de clientes; Produto durável e resistente; Empresa entrante no mercado. Preço competitivo; Localização da empresa aprimorando a logística; Fornecedores confiáveis; Pontualidade nas entregas; Processo produtivo simples; Fonte: quadro elaborado pelos autores, 2016. 5.4.3 Tecnologia e ciclo de vida Os artefatos de cimento possuem processo produtivo relativamente simples e utilizam as mesmas matérias primas na produção dos produtos. A empresa Concretos Saraiva não contará com muitas máquinas em seus processos produtivos. Serão adquiridas três betoneiras, as quais serão utilizadas para a mistura dos insumos para fabricação das peças. Além dessas máquinas, serão necessários quatro carrinhos de mão a serem utilizados no transporte da massa para as fôrmas, quatro pás para colocar dentro 37 das betoneiras os insumos e fôrmas. O ciclo de vida de um produto descreve a evolução do mesmo no mercado, estando dividido em quatro fases, cada uma com características especificas e orientações estratégicas diferentes. Kotler e Keller (2006, p.212) explicam que ao afirmarmos que um produto possui ciclo de vida, estamos aceitando quatro fatos: eles possuem vida limitada, as vendas ultrapassam estágios diferentes, os lucros sobem e descem nos diferentes estágios do ciclo, os produtos exigem estratégias diferentes de marketing, finanças, produção, compras e recursos humanos para cada estágio do seu ciclo de vida. O ciclo de vida de um produto é composto por quatro fases, tais quais: introdução, crescimento, maturidade e declínio. A primeira fase se refere à introdução do produto, a qual inicia logo após o lançamento do mesmo no mercado. Nesta etapa o produto é pouco conhecido e, por este motivo, é necessário um investimento em promoção. A próxima fase é o crescimento, na qual há um aumento da demanda pelo produto e, consequentemente, nos lucros da empresa. Novas empresas começam a se interessar pelo mercado, sendo necessária a procura por melhorias no produto com o intuito de diferencia-lo em termos de qualidade, formato e cores. Na maturidade o crescimento das vendas começa a diminuir, observando que uma relevante parcela dos consumidores já optou pelo produto. Consequentemente, o lucro se torna estável ou diminui em virtude dos gastos com propaganda para evitar que as pessoas optem pelo produto do concorrente. Após atingir o ápice de vendas o produto chega à fase de declínio, na qual as vendas e os lucros decrescem, o que pode acarretar na retirada do produto do mercado. O mercado de artefatos de cimento é amplo e promissor, permitindo que a empresa cresça e aumente, ao longo do tempo, a sua produção e o seu mix de produtos. Dessa forma, os produtos fabricados pela empresa Concretos Saraiva apresentarão um longo ciclo de vida. 5.4.4 Segmentação O mercado é composto por clientes, os quais se diferenciam em suas preferências, recursos e atitudes de compra de diversas maneiras. Por meio da segmentação é possível desenvolver estratégias que se adequam às características, 38 comportamentos e necessidades dos consumidores. Segmentar significa fragmentar o mercado em partes menores, as quais possuem as suas características básicas. Kotler e Armstrong (2007, p.164) ressaltam que a segmentação possibilita a divisão de mercados grandes e heterogêneos em segmentos menores que possam ser alcançados de maneira eficiente com produtos e serviços que correspondem às necessidades específicas. As empresas não conseguem atender a todos os clientes em mercados amplos ou diversificados e, por isso, podem dividir esses mercados em grupos de consumidores ou segmentos com diferentes necessidades e desejos. As principais formas de segmentação são: geográfica, demográfica, psicográfica e comportamental. A segmentação geográfica consiste na divisão de um mercado em diferentes unidades geográficas, como países, estados, regiões e municípios. A segmentação demográfica divide o mercado com base nas seguintes variáveis: sexo, idade, tamanho da família, ciclo de vida da família, renda, ocupação, grau de instrução, religião, etnia, geração e nacionalidade. Essas variáveis costumam estar ligadas às necessidades e desejos dos consumidores e são fáceis de mensurar. A segmentação psicográfica divide os compradores em diferentes grupos tendo como base a classe social, estilo de vida ou características de personalidade. A segmentação comportamental, por sua vez, divide os consumidores levando em consideração o seu conhecimento, atitude, uso ou reação a um produto. No caso da empresa Concretos Saraiva, foi escolhido a segmentação geográfica, dividindo a Região do Vale do Rio Pardo, atendendo aos municípios de Santa Cruz do Sul, Venâncio Aires, Passo do Sobrado, Sinimbu e Vera Cruz. 5.4.5 Clientes Os clientes são os indivíduos, grupos ou empresas que estão dispostos a adquirir um produto ou serviço oferecido por uma organização. Eles trocam recursos pelos produtos ou serviços oferecidos pela empresa. Kotler e Keller (2012), explicam que os clientes buscam sempre maximizar o valor, dentro dos limites impostos pelos custos envolvidos na sua procura e pelas limitações de conhecimento, mobilidade e renda. 39 O mercado consumidor está cada vez mais competitivo fazendo com que os administradores se preocupem em manter os clientes antigos e atrair novos, utilizando estratégias quanto ao preço, qualidade e disponibilidade dos produtos ou serviços. Além disso, as empresas devem estar atentas com o que ocorre ao seu redor, pois as preferências e necessidades dos consumidores mudam com o tempo. A empresa Concretos Saraiva terá como principais clientes as construtoras que atuam na Região do Vale do Rio Pardo. Atenderá, ainda, o consumidor final e
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