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Política Nacional de Humanização da Saúde

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11 de junho/2015
Política Nacional de Humanização da Atenção e da Gestão da Saúde - PNH
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O conceito de humanização vai além do significado adotado pelo dicionário Aurélio, por exemplo, tornar mais humano, mais sociável; civilizar, ou colocar-se no lugar do outro. 
Algumas práticas humanizantes associam a ação piedosa, ligadas a movimentos religiosos, operando com o conceito de humano, como homem bom e caridoso.
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Podemos citar práticas, por exemplo, atender o usuário com educação, ser tolerante, decoração ambiental, comemorações dos funcionários aniversariantes do mês, entre outras, ações importantes no processo de interação dos funcionários, são momentos de descontração, mas não correspondem ao marco ético-político da PNH.
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Humanizar a atenção e gestão em saúde no SUS apresenta-se como meio para a qualificação das práticas de saúde, como acesso com acolhimento; atenção integral e equânime com responsabilização e vínculo; a valorização dos trabalhadores e usuários, com avanço na democratização da gestão e no controle social participativo. 
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Em 2000, o tema Humanização foi colocado em pauta durante a 11ª Conferência Nacional de Saúde, cujo título foi “Efetivando o SUS - Acesso, qualidade e humanização da atenção à saúde com controle social”.
A partir das várias reflexões, ainda em 2000, o Ministério da Saúde cria o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH).
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Foi um programa da Secretaria de Assistência à Saúde, do Ministério da Saúde, com duração de 2000 até 2002.
Com o enfoque na atenção hospitalar, com iniciativa de criação de comitês de humanização, para melhoria da qualidade da atenção à saúde do usuário e, mais tarde, do trabalhador (Benevides & Passos, 2005). Com foco na criação do grupo de trabalho de humanização, cujo papel centrava-se no processo de mudança da cultura de atendimento melhorando a qualidade e a eficácia dos serviços prestados.
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A primeira etapa deste Programa foi à realização de um Projeto-Piloto, implementado em dez hospitais distribuídos em várias regiões do Brasil, situados em diferentes realidades socioculturais, e que possuíam diferentes portes, perfis de serviços e modelos de gestão.
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Em 2003, o Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar foi substituído pela Política Nacional de Humanização (PNH) com o objetivo de ampliar a humanização dos serviços de saúde tanto nas relações quanto nos atendimentos, a qualidade de vida do trabalhador e a rejeição de qualquer tipo de preconceito.
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Ampliar o diálogo entre os sujeitos implicados no processo de saúde (trabalhadores, usuários e gestores);
Promover gestão participativa, estimular práticas resolutivas;
Fomentar a autonomia desses atores;
Aumentar o grau de corresponsabilidade na produção de saúde e sujeitos;
Estabelecer vínculos solidários e 
Participação coletiva na gestão.
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Inseparabilidade entre a atenção e a gestão dos processos de produção de saúde estabelecendo prioridades.
Transversalidade - Trata-se de concepções e práticas que atravessam as diferentes ações e instâncias, que aumentam o grau de abertura da comunicação intra e intergrupos e ampliam as grupalidades, o que se reflete em mudanças nas práticas de saúde.
Autonomia e protagonismo dos sujeitos - Têm relação com a corresponsabilidade entre gestores, usuários e a participação coletiva nos processos e na gestão. 
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- Ampliar o diálogo entre os trabalhadores, entre trabalhadores e a população e entre os trabalhadores e a administração, promovendo a gestão participativa, colegiada e compartilhada dos cuidados/atenção;
 - Implantar, estimular e fortalecer Grupos de Trabalho e Câmaras Técnicas de Humanização com plano de trabalho definido;
 - Estimular práticas de atenção compartilhadas e resolutivas, racionalizar e adequar o uso dos recursos e insumos, em especial o uso de medicamentos, eliminando ações intervencionistas desnecessárias;
 
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 - Reforçar o conceito de clínica ampliada: compromisso com o sujeito e seu coletivo, estímulo a diferentes práticas terapêuticas e corresponsabilidade de gestores, trabalhadores e usuários no processo de produção de saúde;
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 - Sensibilizar as equipes de saúde ao problema da violência em todos os seus âmbitos de manifestação, especialmente a violência intrafamiliar (criança, mulher, idoso), a violência realizada por agentes do Estado (populações pobres e marginalizadas), a violência urbana e para a questão dos preconceitos (racial, religioso, sexual, de origem e outros) nos processos de recepção/acolhida e encaminhamentos;
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 Adequar os serviços ao ambiente e à cultura dos usuários, respeitando a privacidade e promovendo a ambiência acolhedora e confortável
- Promover ações de incentivo e valorização da jornada de trabalho integral no SUS, do trabalho em equipe e da participação do trabalhador em processos de educação permanente em saúde que qualifiquem sua ação e sua inserção na rede SUS;
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 - Viabilizar participação ativa dos trabalhadores nas unidades de saúde por meio de colegiados gestores e processos interativos de planejamento e de tomada de decisão;
 - Implementar sistemas e mecanismos de comunicação e informação que promovam o desenvolvimento, a autonomia e o protagonismo das equipes e da população, ampliando o compromisso social e a corresponsabilização de todos os envolvidos no processo de produção da saúde;
 - Promover atividades de valorização e de cuidados aos trabalhadores da saúde, contemplando ações voltadas para a promoção da saúde e qualidade de vida no trabalho. 
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  Acolhimento e Classificação de Risco nas portas de entrada de urgência e emergência;
 
Visita Aberta e direito a acompanhante de livre escolha da gestante e parturiente;
 
Colegiados de cogestão nos serviços e sistemas de saúde;
 
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Horizontalização e formação de Equipes de Referência para o cuidado em unidades de produção de atenção hospitalar e urgência e emergência;
 
 Valorização do trabalho e do trabalhador;
 
Cogestão da ambiência em saúde;
 
 Carta de direitos dos usuários do SUS.
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A troca e a construção de saberes;
O trabalho em rede com equipes multiprofissionais;
A identificação das necessidades, desejos e interesses dos diferentes sujeitos do campo da saúde;
O pacto entre os diferentes níveis de gestão do SUS (federal, estadual e municipal), entre as diferentes instâncias de efetivação das políticas públicas de saúde (instâncias da gestão e da atenção), assim como entre gestores, trabalhadores e usuários desta rede;
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O resgate dos fundamentos básicos que norteiam as práticas de saúde no SUS, reconhecendo os gestores, trabalhadores e usuários como sujeitos ativos e protagonistas das ações de saúde;
Construção de redes solidárias e interativas, participativas e protagonistas do SUS.
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Redução de filas e o tempo de espera com ampliação do acesso e atendimento acolhedor e resolutivo baseados em critérios de risco.
Todo usuário do SUS saberá quem são os profissionais que cuidam de sua saúde, e os serviços de saúde se responsabilizarão por sua referência territorial.
As unidades de saúde garantirão as informações ao usuário, o acompanhamento de pessoas de sua rede social (de livre escolha) e os direitos do Código dos usuários do SUS.
As unidades de saúde garantirão gestão participativa aos seus trabalhadores e usuários, assim como educação permanente aos trabalhadores.
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Quando apontamos a humanização como uma política pública de saúde, estamos tomando por compromisso incluir sem temor na agenda sanitária do país no enfrentamento daquilo que o povo brasileiro tem apontando como desumanização. Todavia, propomos e apontamos para um processo de enfrentamento que dignifique e amplie nossa opção radical pela democracia. Humanizar a saúde é, pois, construir relações mais afirmativas dos valores que orientamnossa política pública de saúde. (Pasche, 2009).
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Brasil. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar. Ministério da Saúde, Secretaria de Assistência à Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.
BENEVIDES, R.; PASSOS, E. A humanização como dimensão pública das políticas de saúde. Ciências, saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, Sept. 2005. 
HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instancias do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2004a. 
MACIEL, M. G. S. Definições e princípios. In: OLIVEIRA, R. A. (Coord.). Cuidado Paliativo. São Paulo: Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, 2008. p. 15-32. 
MATTOS, R. A. A integralidade na prática (ou sobre a prática da integralidade). Cadernos de Saúde Pública. Rio de Janeiro, v. 20, n. 5, p. 1411-1416, 2004. 
HumanizaSUS: a clínica ampliada. Brasília: Ministério da Saúde, 2004b. 
MINAS GERAIS. Canal Minas Saúde. Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Curso HumanizaSUS-MG – Módulo I - Unidade 3: Introdução à Política Nacional de Humanização. Belo Horizonte, Minas Gerais, 2013. 
PASCHE, D. F. Política nacional de humanização como aposta na produção coletiva de mudanças nos modos de gerir e de cuidar. Interface: comunicação, saúde, educação, v. 13, supl. 1, p. 701-8, 2009. 
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