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Distúrbios do Equilíbrio

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20/04/2018 AVA UNINOVE
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Distúrbios do Equilíbrio
hidroeletrolítico e Ácido-base
DESCREVER O DIAGNÓSTICO DOS DISTÚRBIOS HIDROELETROLÍTICOS E ÁCIDO-BASE ATRAVÉS DE
EXAMES LABORATORIAIS
AUTOR(A): PROF. WESLEY MOTA DA FONSECA
ÁGUA TOTAL NO ORGANISMO
A água dentro dos nossos compartimentos corporais é definida como sendo um dos principais
componentes, mas também desempenha um papel muito importante no nosso metabolismo em geral. A
água corresponde a 60% do peso corporal nos homens e 50% do peso corporal nas mulheres. 
A água total no organismo se distribui em dois grandes compartimentos: o intracelular e o extracelular.
 
LÍQUIDO INTRACELULAR (LIC)
O LIC corresponde a 40% do nosso peso corporal. O potássio (K ), o cálcio (Ca ) e o magnésio (Mg ) são os
principais cátions nesse compartimento, por sua vez, os fosfatos e as proteínas são os principais ânions.
Grande parte do sódio (Na ) é eliminada desse compartimento por processos que requerem energia (Bomba
Na /K ou Na /K ATPase).
 
LIQUIDO EXTRACELULAR (LEC)
O LEC corresponde a 20% do nosso peso corporal, sendo 5% desse peso no meio intravascular e 15% no
meio intersticial. O sódio é o principal cátion do líquido extracelular (LEC), enquanto o cloreto (Cl ) e o
bicarbonato (HCO3 ) são os principais ânions. O Na é um dos íons mais importantes, pois está relacionado
com o controle que ele exerce na distribuição da água em todo o organismo. O número de moléculas de Na
por unidade de água determina a osmolaridade do LEC.
+ 2+ 2+
+
+ + + +
-
- +
+
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BALANÇO HÍDRICO E ENTRADAS
BALANÇO HÍDRICO
Um adulto normal recebe e perde aproximadamente de 1500 a 2500 ml de água por dia.
Entradas
Quando temos uma ingestão normal de alimentos, ela constitui a principal entrada de água e íons
no organismo. O cloreto e o sódio são consumidos principalmente na forma de condimento (sal de
cozinha) nos alimentos ingeridos. As entradas também podem ser normalmente reguladas pelas
sensações, que nos estimula a consumir maior ou menor quantidade de um ou outro alimento. A
sede é um estímulo à ingestão de água ou de alimentos que a contenham em grandes proporções,
como as frutas; ou em certos momentos prefere se alimentos salgados ou insossos, etc.
REGULAÇÃO HIDROELETROLÍTICA
Os nossos rins são os principais responsáveis por manterem o equilíbrio iônico e hídrico, mesmo havendo
variações na ingestão.
Antes de começarmos, devemos relembrar como acontece a reabsorção e excreção tubular.
Todo sangue que é filtrado pelos glomérulos origina o Filtrado Glomerular. Esse filtrado é um líquido que
penetra nos túbulos renais, que é dividido em túbulo proximal, alça de Henle, túbulo distal e ducto coletor,
onde ao longo desse trajeto a água e os íons são reabsorvidos ou excretados seletivamente, onde o líquido
resultante desse processamento percorre a pelve renal na forma de urina. Os túbulos vão separar as
substâncias que deverão ser conservadas no organismo das que deverão ser eliminadas por ele. A filtração,
reabsorção e excreção são reguladas de acordo com as necessidades do organismo.
Substâncias como glicose, aminoácidos, água, sódio, cloretos e bicarbonato serão reabsorvidas; por sua vez,
potássio, hidrogênio e outras substâncias como uréia, creatinina e ácido úrico serão eliminadas, assim
fazendo parte da composição da urina.
Essa reabsorção e excreção acontece através de processos de transporte ativo, diferenças de pressão
osmótica (absorção passiva de água) e ação de hormônios, que podem resultar em aumento ou diminuição
da permeabilidade dos túbulos para água e íons. Cada um desses processos vai agir em uma porção
específica do túbulo renal.
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Alguns hormônios podem agir também aumentando ou diminuindo a permeabilidade das células tubulares
renais. Um desses hormônios é o Antidiurético (ADH) ou vasopressina, que tem como principal função
aumentar a permeabilidade das células tubulares renais a água. O ADH é secretado pela glândula pituitária
em situações que a osmolaridade dos líquidos corporais aumenta (aumento da concentração de solutos dos
líquidos corporais). Isso permite que grandes quantidades de água seja reabsorvida, diminuindo o volume
urinário. A aldosterona é um hormônio que é secretado pela glândula suprarrenal em situações de
hipercalemia (aumento do potássio no sangue) ou em hipovolemia. A aldosterona irá promover o aumento
da reabsorção de sódio e consequentemente a excreção do potássio e dos íons hidrogênio. Com isso a
aldosterona possui uma importância grande na regulação da excreção do potássio.
Legenda: RINS
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Legenda: CóRTEX E MEDULA RENAL
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OSMOLARIDADE
OSMOLARIDADE
 
A osmolaridade plasmática é um equilíbrio entre o LEC e LIC e representa as osmolaridades do
plasma, do líquido intersticial e do líquido intracelular. O maior responsável pela osmolaridade
plasmática é o Na+, sendo que a ureia e a glicose plasmática também são substâncias
osmoticamente ativas.
Pode-se calcular a pressão osmótica do plasma dosando os principais eletrólitos e transformando
suas taxas em miliosmois.
 
Osmolaridade plasmática = 2x [Na] + [Glicose] + [Ureia]
                                                            18            6
Valores normais devem estar entre 275 a 295 mOsm/Kg. O aumento da osmolaridade pode significar
desidratação, hiperglicemia, hipernatremia, intoxicações exógenas por etanol, metanol ou
polietilenoglicol, diabetes insipidus. Por sua vez a diminuição pode haver relação com hiper-
hidratação, hiponatremia, Síndrome da secreção inapropriada do hormônio antidiurético.
DISTÚRBIOS ELETROLÍTICOS
 
1. Distúrbios do sódio
 
1.1 Hiponatremia
 
A hiponatremia é caracterizada por concentração sérica de sódio abaixo de 135 mEq/L. Ele se torna de
extrema gravidade quando a concentração fica abaixo de 120 mEq/L. A hiponatremia é o distúrbio
eletrolítico mais frequente.
 
- CAUSAS
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Esse distúrbio pode ser classificado em duas causas gerais: Hiponatremia absoluta ou hiponatremia de
diluição, sendo que na hiponatremia de diluição a volemia estará aumentada. É importante que se
diferencie a causa, pois o tratamento deverá ser diferente para cada caso.
 
Hiponatremia absoluta pode se desenvolver por:
Ingestão insuficiente de sódio;
Perdas de fluidos que contenham sódio (diarreias, vômitos, grandes queimaduras, poliúria);
Uso abusivo de diuréticos;
Fármacos (Nicotina, clorpropamida, tolbutamida, clofibrato, ciclofosfamida, morfina, barbitúricos,
vincristina, carbamazepina, tegretol, acetaminofen, fluoxetina, sertralina e fármacos que estimulam a
liberação dos inibidores das prostaglandinas);
Insuficiência adrenal (diminuição da produção de aldosterona) e
Doença de Addison (ausência da produção de aldosterona)
 
Hiponatremia de diluição pode ser desencadeada por:
Sobrecarga hídrica;
Insuficiência cardíaca congestiva (ICC);
Cirrose hepática;
Doença renal com oligúria;
Síndrome da secreção inadequada do hormônio antidiurético (SIHAD), onde haverá produção excessiva de
ADH, diminuindo a diurese.
 
- SINAIS E SINTOMAS
Os sinais e sintomas mais comuns são:
Astenia (Perda ou diminuição da força física);
Oligúria (diminuição da produção de urina);Dificuldades de concentração;
Alterações de personalidade;
Taquicardia;
Tendência a choque circulatório;
Confusão, delírio e coma.
 
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Os sintomas começam a se manifestar a partir de uma concentração de sódio de 120 mEq/L.
 
1.2 Hipernatremia
Distúrbio bem menos frequente que a hiponatremia. Caracterizada por concentração sérica de sódio maior
que 145 mEq/L. Geralmente está associada a desidratação.
 
- CAUSAS
Perda de água maior que a de sódio. Como no diabetes insípido que há diminuição na produção de ADH;
diabetes mellitus; febre; insolação; hiperventilação;
Reposição insuficiente de perdas hídricas: redução da ingestão hídrica devido a náuseas, vômitos ou
incapacidade física;
Administração excessiva de solutos: sal em excesso na alimentação, água do mar, infusão de bicarbonato
de sódio;
Hiperaldosteronismo, Síndrome de Cushing;
Excesso de esteroides: possuem ação mineralocorticoide, com isso aumentam a reabsorção de Na
 
- SINAIS E SINTOMAS
Sede, oligúria, mucosas secas, febre, taquipnéia
Alterações neurológicas que podem ser variadas, incluindo tremor, hiperreflexia profunda (reflexos muito
ativos), confusão mental, alucinações e coma agitado – devido a alterações no conteúdo de água cerebral.
2. Distúrbios do potássio
O potássio é o principal cátion intracelular e é responsável pela contratilidade e excitabilidade
neuromuscular.
 
2.1) Hipocalemia ou hipopotassêmia
Distúrbio eletrolítico caracterizado por concentração plasmática menor que 3,5 mEq/L.
 
- CAUSAS
+
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Baixa ingestão de potássio;
Perdas gastrointestinais: Vômitos, diarreia;
Sudorese excessiva;
Fármacos: Agonistas βâ¿¿ adrenérgicos, insulina, diuréticos, anfotericina B e aminoglicosídeos;
Alcalose metabólica e respiratória;
Distúrbios endocrinológicos: hipercortisolismo, hiperreninemia, hiperaldosteronismo
 
- SINAIS E SINTOMAS
Sinais sutis de fraqueza muscular;
Paralisias da musculatura esquelética e alterações na musculatura lisa;
Irritabilidade;
Letargia;
Disritmias cardíacas e risco de parada cardíaca em sístole.
 
2.2) Hipercalemia ou hiperpotassemia
Distúrbio eletrolítico caracterizado por concentração plasmática maior que 5,0 mEq/L.
 
- CAUSAS
Insuficiência renal: excreção urinária diminuída;
Doença de Addison: devido a secreção inadequada de aldosterona, o potássio não tem sua excreção
urinária de forma adequada;
Acidose metabólica;
Hemólise: Processos hemolíticos intravasculares e amostras que sofreram hemólise durante a coleta.
 
- SINAIS E SINTOMAS
Fraqueza muscular,
Parestesias (sensações na pele como queimação, frio, dormência, coceira etc.);
Disritmias cardíacas e risco de parada cardíaca.
3) Distúrbios do Cloreto
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O cloreto é o principal ânion do LEC, com concentração entre 95 e 105 mEq/L. As alterações do CI
geralmente acompanham as do Na .
 
3.1) Hipocloremia
Distúrbio eletrolítico caracterizado por concentração plasmática menor que 95 mEq/L.
 
- CAUSAS
Falta de entrada adequada de Cl-: dietas prolongadas sem ou com pouco sal;
Eliminação exagerada por poliúria;
Vômitos (pode associar-se à alcalose metabólica por perda concomitante de H+;
Hipocloremia dilucional: administração excessiva de água.
 
- SINAIS E SINTOMAS
Caracterizado por redução do tônus da fibra muscular lisa, principalmente do intestino e dos vasos.
 
3.2) Hipercloremia
Distúrbio eletrolítico caracterizado por concentração plasmática maior que 105 mEq/L.
 
- CAUSAS
Perda exagerada de água ou por entrada excessiva de sais.
 
- SINAIS E SINTOMAS
Sede, oligúria, contrações musculares, tremores, confusão mental, estupor (estado de inconsciência
profunda), febre em geral moderada.
4) EQUILÍBRIO ÁCIDO BASE
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O funcionamento normal das células depende de vários processos bioquímicos e enzimáticos. Diferentes
fatores devem ser mantidos dentro de estreitos limites, para preservar a função celular, como temperatura,
osmolaridade, eletrólitos e quantidades de nutrientes, oxigênio, dióxido de carbono e íon hidrogênio.
Um ácido é uma substância capaz de doar prótons (H ). Uma base é uma substância capaz de receber
prótons. Tampão é definido como um par de substâncias, capazes de reagirem tanto com um ácido quanto
com uma base. Os tampões são substâncias que dificultam as alterações do pH pela adição de ácidos ou
bases.
4.1 Regulação do pH no organismo
Uma das formas que organismos possui para manter o pH em equilíbrio é através de sistemas tampão. Os
sistemas tampão corporais são constituídos pelo bicarbonato (HCO ), hemoglobina, proteínas plasmáticas
e fosfato. Estas substâncias são capazes de doar ou receber íons H , minimizando alterações do pH e têm
por objetivo deslocar a reação para maior produção de CO e água que podem ser eliminados pela
respiração.
 
4.2 Tampão sanguíneo
Dentre os sistemas tampão, o mais importante é o tampão sanguíneo. Este é formado principalmente pelo
CO e bicarbonato (HCO ).
Esse tampão é controlado a partir de dois mecanismos fundamentais: controle respiratório e controle renal.
Esses mecanismos garantem um pH sanguíneo na faixa de 7,35 a 7,45. Situações onde o pH eleva-se além de
7,45 denomina-se alcalose. Quando o pH fica abaixo de 7,35, denomina-se acidose.
 
- Controle respiratório
O controle respiratório acontece pelo aumento ou diminuição da frequência respiratória (FR). Isso resulta
em mudança na pressão de CO (pCO ). Via de regra, a respiração elimina as substâncias voláteis (gases).
Esse controle se dá principalmente através da seguinte reação:
 
CO + H O ↔ H CO ↔ H + HCO + Na
 
+
3
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+
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2 3
-
2 2
2 2 2 3  
+
3
- +
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Quando ocorre aumento da FR, a eliminação de CO é maior, resultando em diminuição da pCO . Se o CO é
eliminado em excesso, o bicarbonato de sódio (NaHCO ) se dissocia. O sódio (Na ) livre, forma sais
diferentes do bicarbonato; e o íon HCO reage com a água (H O), formando ácido carbônico e íons
hidroxila (OH ). Os íons hidroxila combinam-se aos íons hidrogênio (H ) para formar água. A produção de
H CO reduz o teor de H no sangue, com consequente elevação do pH.
Na diminuição da FR, a eliminação de CO é menor, resultando em aumento da pCO . Se o CO não é
eliminado, acumula-se no sangue e reage com a água, aumentando o teor de ácido carbônico. O ácido é
parcialmente neutralizado pelo bicarbonato do sistema tampão, mas deixa livre um excesso de H , que
tende a reduzir o pH.
 
- Controle renal
O controle renal acontece através da reabsorção ou excreção tubular de H e/ou HCO . Este controle é
lento, mas bastante eficaz. Os rins eliminam as substâncias que os pulmões não têm capacidade de
eliminar. Os rins excretam, diariamente cerca de 50 mEq de H e reabsorvem 5.000 mEq de HCO .
Legenda: SISTEMA TAMPãO
4.3 Distúrbios ácido-base
 
2 2 2
3
+
3
-
2
- +
2 3
+
2 2 2
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4.3.1) ACIDOSE METABÓLICA
 
- CAUSAS
Maior produção de ácidos corporais: cetoacidose diabética, elevação do ácido lático na glicogenólise;
Perda excessiva de bicarbonato: diarreia severa;
Insuficiência Renal:perda da capacidade de reabsorver o HCO e excretar o H
 
- COMPENSAÇÃO FISIOLÓGICA
Aumento da F.R., onde resultará em maior eliminação de CO
Aumento da excreção tubular de H , promovendo maior absorção de HCO
 
4.3.2) ACIDOSE RESPIRATÓRIA
 
- CAUSAS
Diminuição das trocas gasosas alveolares (baixa eliminação de CO pelos pulmões): bronquite, asma,
edema pulmonar, parada respiratória.
 
- COMPENSAÇÃO FISIOLÓGICA
Aumento da excreção tubular de H , promovendo maior absorção de HCO
 
4.3.3) ALCALOSE METABÓLICA
 
- CAUSAS
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- +
2
+
3
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2
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3
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Perda de conteúdos gástricos: vômitos, bulimia
Ingestão excessiva de bases: ingestão acidental de soda cáustica, uso abusivo de antiácidos;
Uso abusivo de diuréticos: com a perda de sais (Na, K e Cl) ocorre juntamente excreção de H .
 
- COMPENSAÇÃO
Diminuição da F.R., onde resultará em menor eliminação de CO
Aumento da excreção tubular de HCO , promovendo maior absorção de H
 
4.3.4) ALCALOSE METABÓLICA
 
- CAUSAS
Aumento da ventilação alveolar (hiperventilação): Estimulação dos centros respiratórios (fármacos ou
drogas); resposta a ansiedade
 
- COMPENSAÇÃO FISIOLOGICA
Aumento da excreção tubular de HCO , promovendo maior absorção de H
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- +
3
- +
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Legenda: CAUSA DE ACIDOSE E ALCALOSE
4.4) GASOMETRIA ARTERIAL
A avaliação do estado ácido-base corporal, é feita pela análise de quatro parâmetros principais,
determinados preferencialmente em amostras de sangue arterial. Os parâmetros são pH, pCO , bicarbonato,
pO , Saturação de oxigênio e a diferença de bases (excesso ou déficit). Através desses parâmetros podemos
avaliar a adequação de ventilação, equilíbrio ácido-base, e oxigenação; e por fim monitorar o prognóstico
de uma doença conhecida.
2
2
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A gasometria é o exame que fornece os valores que permitem analisar os gases sanguíneos e o equilíbrio
ácido-base; os aparelhos utilizados para a determinação dos gases sanguíneos e do pH são os analisadores
de gases, dos quais existem vários tipos e modelos disponíveis no mercado.
Legenda: ANALISADOR DE GASES
4.4.1) Coleta e conservação do sangue arterial
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Preferencialmente, deve-se obter amostra de sangue arterial através de punção da veia radial, umeral ou
femoral. A artéria radial apresenta os requisitos necessários para ser o local de punção mais adequado:
facilidade de acesso ao vaso e reduzir a probabilidade de punção venosa acidental.
Deve-se utilizar seringa de insulina com agulha fina, lubrificada com heparina. Colher entre 2 a 5 ml de
sangue. É necessário que garantir a vedação da seringa e/ou agulha imediatamente após a coleta. Deve-se
também observar senão há a presença de bolhas de ar no interior da seringa, sendo necessário a retirada
das mesmas. O tempo entre a coleta e a análise deve ser entre 10 a 15 minutos no máximo, sendo
necessário manter a amostra em contato com gelo moído, assim diminuindo o metabolismo eritrocitário
evitando diminuir a pO e aumentar a pCO .
COLETA DE SANGUE ARTERIAL
4.4.2) Valores Normais e interpretação
 
pH (7,35 a 7,45)
- Potencial hidrogeniônico
- Determina se está presente uma alcalose ou acidose
 
pO (80 a 100 mmHg)
- Exprime a eficácia das trocas de O2 entre os alvéolos
 
pCO (35 a 45 mmHg)
- Exprime a eficácia da ventilação pulmonar
- Desencadeia distúrbios de origem respiratória
 
2 2
Objeto disponível na plataforma
Informação:
2 
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Base Excess (B.E.) (-2 a +2)
- Representa o excesso de bases no organismo
- Relacionado a distúrbios metabólicos
 
HCO (22 a 26 mEq/L)
- Alterações podem desencadear distúrbios metabólicos
EXEMPLOS
 
pH = 7,30
pO = 140 mmHg
pCO = 50 mmHg
HCO = 24 mEq/L
B.E. = -6
Diagnóstico: Acidose respiratória
 
 
pH = 7,58
pO = 50 mmHg
pCO = 23 mmHg
HCO = 22 mEq/L
B.E. = +5
Diagnóstico: Alcalose Respiratória
 
 
 
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- 
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pH = 7,32
pO = 89 mmHg
pCO = 38 mmHg
HCO = 15 mEq/L
B.E. = -7
Diagnóstico: Acidose Metabólica
 
 
pH = 7,50
pO = 93 mmHg
pCO = 43 mmHg
HCO = 31 mEq/L
B.E. = +4
Diagnóstico: Alcalose Metabólica
4.4.3) Distúrbios secundários e mistos
Os distúrbios primários do equilíbrio ácido-base ativam os mecanismos de compensação (distúrbios
secundários). Dessa forma, se o distúrbio primário se prolonga, a gasometria poderá mostrar também o
resultado da ação dos mecanismos compensadores.
O resultado da gasometria representa o distúrbio primário e, em muitos casos, as tentativas de
compensação do organismo. Portanto, quando a alteração primária tem duração suficiente, os exames
podem expressar a compensação do distúrbio. Esses distúrbios serão chamados então de compensados ou
parcialmente compensados.
Um pa ciente com acidose metabólica (HCO baixo) poderá também apresentar diminuição da pCO .
Clinicamente, isto é observado pela hiperventilação que o paciente apre senta, resultando em maior
eliminação de CO . Já um paciente com acidose respiratória (pCO elevado) também apresentará elevação
do HCO . Ou seja, em distúrbios ácido-base simples, as mudanças do HCO e da pCO serão na mesma
direção, isto é, os dois parâmetros aumentam ou diminuem juntos.
As respostas compensatórias normais do organismo jamais levarão o valor do pH à normalidade. Se
encontrarmos o pH normal em uma gasometria com va lores de pCO e/ou HCO alterados,
necessariamente o paciente apresentará distúrbio misto.
2
2
3
-
2
2
3
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3
-
2
2 2
3
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2
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ATIVIDADE
Paciente A.G.S., 30 anos, feminino chega ao Setor de Emergência em
estado de coma, apenas respondendo aos estímulos dolorosos. Sua
respiração é superficial e com frequência diminuída. Familiares
encontraram próximo a ela diversas caixas de tranquilizantes vazias.
Gasometria arterial: pH= 7,20; PCO2= 80mmHg; HCO3macr;= 23; BE=
-1,2. Qual é o distúrbio ácido-básico apresentado e a causa mais
provável? 
A. Acidose respiratória, devido o uso de vários tranquilizantes que elevou sua pCO2, resultado da
diminuição da frequência respiratória.
B. Alcalose metabólica, devido o caráter básico dos tranquilizantes
C. Acidose metabólica, devido os tranquilizantes alterarem o metabolismo, assim diminuindo o pH
sanguíneo.
D. Alcalose respiratória, devido os tranquilizantes acelerarem a frequencia respiratória promovendo
uma maior ventilação pulmonar
EXEMPLOS
 
pH = 7,25
pCO = 25 mmHg
HCO = 10,7 mEq/L
Diagnóstico: Acidose metabólica em compensação respiratória
 
pH = 7,51
pCO = 65 mmHg
HCO = 30,9 mEq/L
Diagnóstico: Alcalose metabólica em compensação respiratória
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pH= 7,45
pCO = 61 mmHg
HCO = 26,5 mEq/L
Diagnóstico: Distúrbio misto       
ATIVIDADE
Paciente A.G.S., 30 anos, feminino chega ao Setor de Emergência em
estado de coma,apenas respondendo aos estímulos dolorosos. Sua
respiração é superficial e com frequência diminuída. Familiares
encontraram próximo a ela diversas caixas de tranquilizantes vazias.
Gasometria arterial: pH= 7,20; PCO2= 80mmHg; HCO3macr;= 23; BE=
-1,2. Qual é o distúrbio ácido-básico apresentado e a causa mais
provável? 
A. Acidose respiratória, devido o uso de vários tranquilizantes que elevou sua pCO2, resultado da
diminuição da frequência respiratória.
B. Alcalose metabólica, devido o caráter básico dos tranquilizantes
C. Acidose metabólica, devido os tranquilizantes alterarem o metabolismo, assim diminuindo o pH
sanguíneo.
D. Alcalose respiratória, devido os tranquilizantes acelerarem a frequencia respiratória promovendo
uma maior ventilação pulmonar
ATIVIDADE
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A paciente do caso anterior foi submetida à respiração mecânica e após
3 horas apresentou os seguintes resultados de gasometria arterial:
pH=7,61; PCO2=29mmHg; PO2=160mmHg; HCO3macr;=26 mEq/L; BE=
+1,0. Qual é o distúrbio ácido-básico apresentado e a causa mais
provável? 
A. Acidose respiratória, pois a respiração mecânica não resultou em mudança na gasometria
B. Alcalose respiratória, pois o tempo excessivo na respiração mecânica resultou em diminuição da
pCO2
C. Acidose metabólica, pois a resposta renal está em total desregulação.
D. Alcalose metabólica, pois devem ter dado uma solução de bicarbonato intravenoso para regular o pH
sanguíneo
ATIVIDADE FINAL
As alterações do equilíbrio hidroeletrolítico são encontradas com
relativa frequência numa Unidade de Terapia Intensiva, uma vez que os
pacientes em estado crítico perdem a capacidade normal de regulação
homeostática, seja pela gravidade da sua doença de base (que, não
raramente, afeta órgãos importantes nesta regulação, como, por
exemplo, o sistema renal), seja pelos procedimentos terapêuticos
adotados, como a reposição volêmica e uso de drogas que, muitas
vezes, interferem com os mecanismos normais de adaptação. Com
relação ao equilíbrio hidroeletrolítico pode-se afirmar, exceto: 
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A. O sódio associado ao cloreto e ao bicarbonato tem participação importante no equilíbrio ácido-base
B. Boa parte das concentrações plasmáticas de ânions e cátions é regulada pelo rim
C. No soro hemolisado as concentrações séricas de sódio estão aumentadas.
D. A diarreia e o vômito são fatores importantes para a perda de cloreto sérico
REFERÊNCIA
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