Coleta Ginecológica (Papanicolaou)

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Coleta Ginecológica (Papanicolaou)
RESSALTAR A IMPORTÂNCIA DAS INDICAÇÕES, ORIENTAÇÕES PRÉVIAS À COLETA, E OS
PROCEDIMENTOS DE EXECUÇÃO DO EXAME PAPANICOLAOU
AUTOR(A): PROF. ALEDSON VITOR FELIPE
Algumas doenças sexualmente transmissíveis “DST” podem ser diagnosticadas pelo exame Papanicolaou ou
Colpocitologia Oncológica, sendo assim, o Papanicolau é a maneira mais fácil de triar e em seguida
diagnosticar precocemente o câncer cervical (colo do útero).
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A gravidade desta neoplasia é bem expressiva, pois sua incidência chegou acometer cerca de 15.000
mulheres no Brasil em 2014. Deste modo, o exame Papanicolaou se torna uma ferramenta imprescindível na
triagem do câncer do colo do útero em nosso país.
O Papanicolaou é indicado a partir de 21 anos de idade e deve ser repetido a cada três anos. Em especial, os
pacientes HIV positivo e/ou histórico familiar de câncer cervical precisam realizar o Papanicolaou com
intervalo menor (anualmente), devido ao risco elevado de câncer nestes públicos-alvo. 
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Em caso de mulheres acima de 30 anos que apresentem os três últimos exames de Papanicolaou
consecutivamente normais, o médico deve aumentar o intervalo de solicitação do exame para cada cinco
anos. Além disso, senhoras com mais de 65 anos com histórico de exames de Papanicolaou normais são
dispensadas em realizar futuros testes.
Referente às orientações prévias à coleta do exame de Papanicolaou, recomenda-se durantes o período de
48hs que antecedem dia do teste:
Não estar menstruando (a menstruação pode fornecer um resultado falso de hemorragia);
Evitar relações sexuais (o coito pode fornecer um resultado inflamatório do colo do útero de outra
origem);
Duchas higiênicas (pois podem ocultar momentaneamente um possível agente patológico existente e
provocar um resultado falso negativo);
Não utilizar pomadas ou óvulos intravaginais (pois os medicamentos podem causar um comprometimento
das afinidades tintoriais das células). 
A paciente quando bem orientada e seguindo estes procedimentos, o resultado do exame Papanicolaou não
será prejudicado. 
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Legenda: O ESPéCULO DESCARTáVEL, UTILIZADO NA PREVENçãO DO CâNCER DO COLO DO úTERO.
Quanto ao procedimento do exame, é um processo bastante simples e rápido. O profissional irá introduzir
lentamente o “espéculo” na vagina para fornecer acesso ao colo do útero. Em seguida, o profissional irá
raspar uma pequena amostra de células do colo do útero, utilizando a “espátula de Ayre” para realizar a
Coleta Ectocervical girando por 360° graus. Depois, com o auxílio da “escova endocervical” será realizada a
Coleta Endocervical, também girando por 360° graus. Por fim, o profissional irá realizar o esfregaço da
amostra coletada rolando a escova endocervical de cima para baixo. Imediatamente após o esfregaço,
deverá ocorre a fixação com “álcool 95%” para impedir a autólise ou a degradação bacteriana do esfregaço e
assim preservar a morfologia celular. Caso não seja fixado rapidamente, ocorrerá o dessecamento e,
consequentemente, o comprometimento das afinidades tintoriais.
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Legenda: O PROFISSIONAL IRá RASPAR UMA PEQUENA AMOSTRA DE CéLULAS DO COLO DO úTERO,
UTILIZANDO A ESPáTULA DE AYRE PARA REALIZAR A COLETA ECTOCERVICAL GIRANDO POR 360°
GRAUS. DEPOIS, COM O AUXíLIO DA ESCOVA ENDOCERVICAL SERá REALIZADA A COLETA
ENDOCERVICAL, TAMBéM GIRANDO POR 360° GRAUS. POR FIM, O PROFISSIONAL IRá REALIZAR O
ESFREGAçO DA AMOSTRA COLETADA ROLANDO A ESCOVA ENDOCERVICAL DE CIMA PARA BAIXO.
IMEDIATAMENTE APóS O ESFREGAçO, DEVERá OCORRE A FIXAçãO COM áLCOOL 95% PARA IMPEDIR A
AUTóLISE OU A DEGRADAçãO BACTERIANA DO ESFREGAçO E ASSIM PRESERVAR A MORFOLOGIA
CELULAR. CASO NãO SEJA FIXADO RAPIDAMENTE, OCORRERá O DESSECAMENTO E,
CONSEQUENTEMENTE, O COMPROMETIMENTO DAS AFINIDADES TINTORIAIS.
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 Por fim, foi possível ressaltar a importância das indicações para o exame, as orientações prévias à coleta, e
os procedimentos de execução do exame Papanicolaou, com a finalidade de obter ótimos resultados e
diagnosticar precocemente lesões pré-neoplásicas. 
ATIVIDADE
Quanto ao exame Papanicolaou, é INCORRETO afirmar que: 
A. "Introduzir lentamente a espátula de Ayre na vagina para permitir o acesso ao colo do útero" é o
primeiro procedimentos do exame de Papanicolaou. 
B. Evitar relações sexuais é uma orientação prévia à coleta do exame de Papanicolaou  
C. Não utilizar pomadas ou óvulos intravaginais são orientações prévias à coleta do exame de
Papanicolaou. 
D. "Raspar uma pequena amostra de células do colo do útero, utilizando uma espátula de Ayre e a uma
escova endocervical" é um dos procedimentos do exame de Papanicolaou. 
ATIVIDADE
O exame Papanicolaou deve ser realizado em todas as mulheres com
vida sexualmente ativa. Com relação à sua coleta, preparo e finalidade,
é INCORRETO afirmar que: 
A. É imprescindível que a fixação ocorra imediatamente após a coleta, para impedir a autólise ou a
degradação bacteriana do esfregaço e preservar a morfologia celular, evitando o dessecamento e,
consequentemente, o comprometimento das afinidades tintoriais. 
B. Aconselha-se que a colheita seja fora do período menstrual. 
C. O exame Papanicolaou é realizados com apenas com o "espéculo", pois este fornecerá acesso ao colo
do útero através da vagina.  
D. Deve-se evitar duchas vaginais nesta região antes da coleta. 
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ATIVIDADE
Quanto ao exame Papanicolaou, é INCORRETO afirmar que: 
A. Algumas doenças sexualmente transmissíveis "DST" podem ser diagnosticadas pelo exame
Papanicolaou. 
B. O exame Papanicolaou é uma ferramenta indispensável na triagem do câncer do colo do útero. 
C. Mulheres acima de 30 anos que apresentem os três últimos exames de Papanicolaou
consecutivamente normais, o médico deve aumentar o intervalo de solicitação do exame para cada
cinco anos.  
D. Senhoras com mais de 65 anos com histórico de exames de Papanicolaou normais precisam repetir o
exame a cada 6 meses até o fim da vida. 
REFERÊNCIA
ELEUTÉRIO JR, José. Noções básicas de citologia ginecológica. São Paulo: Livraria Santos Editora, 2003.
 
BRASIL. Estimativa, I. N. C. A. Incidência do Câncer no Brasil/Instituto Nacional de Câncer José Alencar
Gomes da Silva, Coordenação de Prevenção e Vigilância. 2014. Rio de Janeiro.
Disponível em:  http://www.inca.gov.br/estimativa/2014/. Acesso em 24/10/15, v. 20, 2014.
 
KOSS, Leopold G.; GOMPEL, CLAUDE. Introdução à citopatologia ginecológica com correlações histológicas
e clínicas. Editora Roca, 2006.
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