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Dispensação de Medicamentos

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20/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/6
Dispensação
DISCUTIR ASPECTOS E CONCEITOS RELEVANTES A RESPEITO DO PROCESSO DE DISPENSAÇÃO DE
MEDICAMENTOS
AUTOR(A): PROF. DANIELA OLIVEIRA DE MELO
Os medicamentos tem ocupado papel central no cuidado à saúde, com a expectativa de que possam curar,
retardar ou prevenir o processo de uma doença ou seus sintomas. No entanto, a morbidade e a mortalidade
devido a problemas relacionados aos medicamentos (PRM) têm sido consideradas motivo de preocupação,
uma vez que os medicamentos apresentam potencial farmacológico cada vez maior, gerando tanto efeitos
benéficos quanto eventos adversos a medicamentos (EAM) potencialmente mais sérios.  Além disso,
medicamentos representam parcela importante dos gastos com saúde e é estimado em dois bilhões de
dólares o custo anual devido aos EAM nos Estados Unidos.
No contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), a garantia do acesso a medicamentos essenciais destaca-se
como uma das prioridades desde a publicação da Política Nacional de Medicamentos, em 1998. De fato, é
reconhecida a importância da organização da Assistência Farmacêutica nos municípios, representada pelo
ciclo da assistência farmacêutica e suas etapas: seleção, programação, aquisição, armazenamento,
distribuição e dispensação de medicamentos; e já foram realizados estudos demonstrando que as compras
públicas desses produtos se tornaram mais eficientes, embora ainda sejam frequentes problemas com a
distribuição e o armazenamento, sobretudo nas unidades de saúde.
Em relação à dispensação de medicamentos, é interessante observar que:
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O momento da dispensação do medicamento, muitas vezes, representa o último vínculo do paciente com
o sistema de saúde, portanto, caso um erro passe despercebido ou se o atendimento não for satisfatório e
o paciente não aderir ao tratamento farmacológico por não compreendê-lo ou não confiar na sua
capacidade resolutiva, todo o esforço da equipe de saúde pode não resultar em nenhum benefício a saúde
do mesmo;
Dependendo do caso o encontro do paciente com quem está presente na farmácia ou na drogaria pode ser
o único contato com um profissional de saúde pois é comum que os pacientes recorram a
automedicação;
A dispensação criteriosa de medicamentos contribui significativamente para aumentar a adesão ao
tratamento bem como promover o uso racional dos medicamentos. Consequentemente, pacientes
portadores de doenças crônicas estarão menos sujeitos a necessidade de internação hospitalar, o que leva
a economia de recursos além de melhora da qualidade de vida dos pacientes;
Representa uma etapa importante do tratamento ambulatorial pois permite a verificação do estado geral
de saúde do paciente, a resolução de problemas menores ou identificação de problemas de relevância
clínica precocemente.
Com a evolução da Atenção Farmacêutica como prática
profissional, particularmente considerando-se a
realização do seguimento farmacoterapêutico, foi
levantado o questionamento a cerca de qual o papel do
farmacêutico na dispensação de medicamentos: Sendo
hoje, a grande maioria dos medicamentos
 industrializados, dispensando preparo prévio a entrega
ao paciente, será que o farmacêutico deveria abrir mão
da entrega e orientação a cerca dos medicamentos e
dedicar-se apenas ao seguimento farmacoterapêutico?
Vários autores defendem que não, que deve-se adotar um modelo de atenção farmacêutica integral.Já o
Ministério da Saúde espanhol promoveu o Consenso sobre Atención Farmacéutica no qual se definiu
atenção farmacêutica como sendo a participação ativa do farmacêutico para a assistência ao paciente na
dispensação e seguimento de um tratamento farmacoterapêutico, cooperando, assim, com o médico e
outros profissionais da saúde com a finalidade de obter resultados que melhorem a qualidade de vida do
paciente.
Embora seja legalmente um ato privativo do farmacêutico, a entrega de medicamentos é comumente
realizada por outros profissionais, tanto no âmbito público quanto privado, muitas vezes sem conhecimento
ou preparo técnico.
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O não reconhecimento da função de técnico com consequentes exigências para tal - como acontece na
enfermagem, por exemplo -, deriva do fato de que o artigo 15 da Lei Federal 5991/1973, descreve que cada
farmácia deva ter um responsável técnico inscrito no conselho de farmácia ao invés de empregar o termo
farmacêutico responsável. Apesar disso, o papel do técnico de farmácia já foi reconhecido pelo Conselho
Regional de Farmácia do Estado de São Paulo (CRF/SP) em publicação sobre Assistência Farmacêutica
Municipal, quando o denomina “Assistente do Farmacêutico”, ou seja, o profissional que pode auxiliar o
farmacêutico nas atividades administrativas e de dispensação, de acordo com sua orientação, mediante
comprovação de que tenha sido capacitado dentro de instituições reconhecidas pelo Ministério da
Educação.
O fato é que independente de quem vai realizar a
dispensação - o farmacêutico, ou um profissional
devidamente capacitado, sob supervisão do mesmo -, o
que deve ser observada é a responsabilidade na
realizaçao do procedimento, o cuidado para evitar erros
de medicação e o repasse adequado das informações
necessárias para que o paciente possa obter o máximo
de benefício do tratamento com o menor risco possível,
por meio da utilização racional desse recurso.
RESPONSABILIDADE SOCIAL NA DISPENSAçãO DE
MEDICAMENTOS NO SUS
Além dos aspectos já considerados sobre o conjunto de procedimentos a serem realizados durante a
dispensação de medicamentos, no âmbito do SUS, esse processo tem ainda mais uma etapa: avaliar
se o medicamento prescrito está disponível no serviço ou em outros serviços/programas do SUS, se
a prescrição atende aos pré-requisitos de conformidade com protocolos clínicos para viabilizar a
liberação para a dispensação do mesmo e/ou se há alternativa terapêutica disponível que seja tão
ou mais custo-efetiva que a prescrita.
Objeto disponível na plataforma
Informação:
Modelo de dispensação de medicamentos
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ATIVIDADE FINAL
Paciente vai à farmácia da unidade básica de saúde com uma prescrição
de pantoprazol 40mg 1 cp ao dia, uso contínuo. Ao informar que esse
medicamento não é disponibilizado na rede pública municipal, o
paciente se altera e diz que vai entrar com uma ação judicial para
conseguir seu medicamento. Refere que é hipertenso e diabético e usa 4
medicamentos diferentes por dia, totalizando 12 comprimidos diários e
que já teve úlcera péptica por H. pylori há alguns anos e por isso
recebeu a prescrição de um protetor gástrico. Sabendo que nesse
município estão disponíveis ranitidina e omeprazol, assinale a
alternativa que corresponde a conduta mais adequada nessa situação.
A. Encaminharia o paciente para a assistente social, que tem como uma de suas funções evitar que os
pacientes entrem com ações judiciais visto que prejudicam a imagem do sistema público e
prejudicam o planejamento dos gastos com saúde.
B. Encaixaria o paciente com um médico da unidade para que ele fizesse a troca da receita de
pantoprazol por omeprazol pois ambos são da mesma classe terapêutica. Assim seria evitado o
desgaste do paciente e uma possível ação judicial. 
C. Explicaria ao paciente que ele tem que passar com seu médico para que ele troque a receita de
pantoprazol por omeprazol pois os dois fármacos são inibidores de bomba de prótons e a única
diferença entre os dois é o fato de que o omeprazol é muito mais barato por ser genérico.
D. Interviriajunto ao prescritor para que a prescrição do pantoprazol de forma contínua fosse
reavaliada pois a úlcera péptica do paciente já foi curada há anos e o fato de que ele toma 12
comprimidos diários não justifica o uso de um inibidor de bomba de prótons, que não tem indicação
como gastroprotetor mas sim para o tratamento de úlceras e síndromes de hipersecreção gástrica. 
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REFERÊNCIA
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diagnóstico Situacional da Promoção de Medicamentos
em Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS)/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Brasília: Anvisa, 2010. 180 p.
BRASIL. Ministério da Saúde. Lei nº. 5.991, de 17 de Dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sanitário
do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências. Diário
Oficial da União, 1973.
ESPANHA. Ministerio de Sanidad y Consumo. Consenso sobre Atención Farmacêutica. Madri, 2001. 
HEPLER C. D. & STRAND, L. M. Opportunities and responsibilities in pharmaceutical care.
American Journal of Hospital Pharmacy, 47: 533-543, 1990.
IGLESIAS-FERREIRA, Paula, SANTOS, Henrique J.  Manual de Dispensação Farmacêutica.  2ª Ed. Lisboa:
Grupo de Investigação em Cuidados Farmacêuticos da Universidade Lusófona. 2009.
MARIN, N., LUIZA, V.L., CASTRO, C.G.O., SANTOS, S.M., org.  Assistência Farmacêutica para gerentes
municipais. Rio de Janeiro: OPAS-OMS, 2003. 373p.
NIMMO, C. M. & HOLLAND, R. W. Transitions in pharmacy practice, part 2: who does what and
why. American Journal of Health-System Pharmacy, 56: 1981-1987, 1999b. 
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NIMMO, C. M. & HOLLAND, R. W. Transitions in pharmacy practice, part 4: Can a leopard change its spots?
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ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD (OMS). El Papel del Farmacéutico en el Sistema de Atención de
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