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Política Nacional de Medicamentos (PNM)

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20/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/8
Política Nacional de Medicamentos
CONSIDERANDO QUE JÁ FOI DISCUTIDA A CRIAÇÃO DO SUS E SUAS DIRETRIZES E PRINCÍPIOS
ORGANIZACIONAIS, ESPERA-SE QUE O ALUNO POSSA COMPREENDER COMO ERA A REGULAMENTAÇÃO
SOBRE MEDICAMENTOS ANTES DA POLÍTICA NACIONAL DE MEDICAMENTOS (PNM) E QUAIS FORAM
SEUS OBJETIVOS PRINCIPAIS.
AUTOR(A): PROF. DANIELA OLIVEIRA DE MELO
Ao analisar a história da Assistência Farmacêutica no Brasil, podemos destacar alguns referenciais
históricos, como:
a criação da CEME (Central de Medicamentos), em 1971;
a promulgação da Constituição Federal, em 1988 – quando saúde passou a ser um direito universal;
a publicação da Lei 8080, em1990 - onde se lê que o SUS proverá assistência integral a saúde, inclusive
farmacêutica;
a extinção da CEME em 1997;
a publicação da Política Nacional de Medicamentos, por meio da Portaria GM/MS n. 3916, em 1998;
a publicação da Política Nacional de Assistência Farmacêutica, por meio da Resolução CNS 338, em 2004.
Por muitos anos as ações da Assistência Farmacêutica no país foram consideradas aquelas relacionadas ao
funcionamento daCentral de Medicamentos (Ceme). Essa instituição foi criada em 1971, com o objetivo de
fornecer medicamentos à população de baixo poder aquisitivo, realizar o levantamento da capacidade de
produção dos laboratórios farmacêuticos nacionais, ampliar a pesquisa científica e tecnológica e coordenar
a oferta de medicamentos no cenário brasileiro. De fato, essa pode ser considerada a primeira política
pública de Assistência Farmacêutica.
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https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/8
CENTRAL DE MEDICAMENTOS - CEME
Política assistencialista centralizada na produção,
aquisição e distribuição de medicamentos
para população com baixo poder aquisitivo.
Objetivos:
Fortalecimento/proteção da indústria nacional;
Garantia de abastecimento de medicamentos essenciais;
Tentativa de padronização de medicamentos utilizados no tratamento de doenças de maior
ocorrência no Brasil.
A gestão da Ceme era centralizada, sem participação de estados e municípios em qualquer processo
decisório, tanto em relação a definição dos medicamentos a serem adquiridos como sobre os mecanismos
empregados na distribuição desses produtos no território brasileiro.
Deve-se dar alguns créditos a Ceme como o fato de representar uma tentativa de promover o acesso a
medicamentos no país, inclusive com a elaboração de listas de medicamentos essenciais que acabaram
por dar origem à atual Rename (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais), como forma de nortear a
produção e a prescrição de medicamentos no país.
Foi extinta em 1997, em meio a denúncias de desperdícios de medicamentos devido ao conhecimento
insatisfatório do perfil epidemiológico da população a ser atendida, dificuldades logísticas resultando em
perdas de medicamentos por expirar o prazo de validade, insuficiência e desvios de recursos
financeiros.Com a desativação da CEME, suas competências e programas foram distribuídos entre
diferentes órgãos e setores do Ministério da Saúde, levando a desarticulação da Assistência Farmacêutica
no País.
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20/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/8
Em meio a um cenário conturbado, diante da instituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI
dos Medicamentos –, medicamentos falsificados e a falta de acesso a medicamentos a grande parte da
população, oito anos após a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), as questões relacionadas aos
medicamentos ganharam notoriedade e acabaram recebendo atenção suficiente para fomentar uma ampla
discussão sobre o papel dessa tecnologia na saúde da população, as consequências do uso irracional e a
necessidade do seu controle.Desse modo, foram identificados os principais problemas do setor farmacêutico
nacional, resultando na formulação de novas diretrizes e com a publicação da Portaria nº 3.916, de 30 de
outubro de 1998, que aprova a Política Nacional de Medicamentos, integrada à Política Nacional de Saúde.
POLíTICA NACIONAL DE MEDICAMENTOS
A Política Nacional de Medicamentos (PNM) teve como principais objetivos: garantir a necessária
segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, promover o uso racional e o acesso da
população àqueles considerados essenciais.
A PNM prevê a necessidade da atuação em parceria dos três níveis de Governo, para assegurar o
acesso da população a medicamentos seguros, eficazes e de qualidade, ao menor custo possível.
Seguem as diretrizes estipuladas pela PNM:
adoção de relação de medicamentos essenciais (RENAME);
regulamentação sanitária de medicamentos;
reorientação da assistência farmacêutica;
promoção do uso racional de medicamentos;
desenvolvimento científico e tecnológico;
promoção da produção de medicamentos;
garantia da segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos;
desenvolvimento e capacitação de recursos humanos.
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20/04/2018 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/8
DIRETRIZES DA POLíTICA NACIONAL DE
MEDICAMENTOS
Adoção da
relação de
medicamentos
essenciais
(RENAME)
Já existiam listas mas essa diretriz estabeleceu a adoção oficial da relação de
medicamentos essenciais para nortear a prescrição e produção de medicamentos
no país
Regulação
sanitária
Foram estabelecidas ações para regulamentar o registro de medicamentos e a
autorização para funcionamento de indústrias, distribuidoras e varejistas do setor
farmacêutico; restrições e exclusão de produtos inadequados; atividades de
farmacovigilância; e no incentivo da produção e uso de genéricos. Além disso, são
citadas as atividades de inspeção e fiscalização feitas de modo regular e
sistemático , modelo concretizado com a criação da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA), em 1999
Reorientação da
Assistência
Farmacêutica
Implementação, no âmbito das três esferas do SUS, de atividades associadas à
promoção do acesso da população aos medicamentos essenciais. Fundamenta-se
na descentralização da gestão, na promoção do uso racional dos medicamentos,
na otimização e na eficácia do sistema de distribuição, nas ações que
impulsionam a redução nos preços dos produtos
Incentivo ao Uso
Racional de
Medicamentos
(URM)
Ressalta a importância da educação dos usuários sobre dos riscos da
automedicação, da interrupção e da troca da medicação prescrita, destacando a
adoção de medicamentos genéricos e a caracterização da farmácia como
estabelecimento de saúde
Incentivo ao
desenvolvimento
científico e
tecnológico
Por meio do estabelecimento de parcerias com universidades, instituições de
pesquisa e empresas privadas, busca-se o aproveitamento do potencial
terapêutico da biodiversidade nacional e desenvolvimento do parque industrial
nacional para a assegurar a autonomia do mercado interno e a consolidação e
expansão do parque produtivo instalado no País.Com especial atenção à produção
de medicamentos para tratamento e controle de doenças de grande impacto sobre
a saúde da população brasileira
Desenvolvimento
e capacitação de
Recursos
Humanos
Para assegurar a promoção do uso racional de medicamentos nos serviços de
saúde
 
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Desdobramentos da Política Nacional de Medicamentos
(PNM):
criação de Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA;
estímulo a produção de medicamentos genéricos;
adoção de uma Relação Nacional de Medicamentos Essenciais - RENAME;
estabelecimento de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas;
publicação das Boas Práticas de Fabricação em indústrias farmacêuticas e farmacoquímicas;
regulamentaçãoda publicidade e propaganda dos medicamentos;
criação da Câmara de Medicamentos para o controle de preços;
criação da Comissão Técnica e Multidisciplinar de Atualização da RENAME - COMARE;
realização de cursos sobre ensino para o Uso Racional de Medicamentos.
ATIVIDADE
Recentemente foram divulgadas notícias sobre o incentivo do governo
brasileiro à produção nacional de medicamentos como insulina e os
antiparkinsonianos, por exemplo. Em 25 de maio de 2013, o Ministério
da Saúde anunciou oito acordos entre os laboratórios públicos e
privados para fabricação de sete novos medicamentos. Sobre isso é
correto afirmar que:
A. O investimento em parcerias com laboratórios privados para a produção de medicamentos contraria
os princípios organizacionais do SUS, caracterizando desvio do recurso financeiro que deveria ser
gasto com o atendimento médico.
B. A produção nacional de medicamentos tem como objetivo a redução de preços de medicamentos cujo
valor seja muito alto, impedindo a aquisição pelo governo e pela população. 
C. O incentivo a produção nacional de medicamentos é uma das diretrizes da Política Nacional de
Medicamentos pois oferece uma alternativa para suprir a necessidade de medicamentos essenciais
que apresentem pouco interesse comercial, sobretudo para doenças negligenciadas bem como
barateia a aquisição pelo ministério.
D. O incentivo a produção nacional de medicamentos é uma das diretrizes da Política Nacional de
Medicamentos mas o recurso financeiro só pode ser destinado a laboratórios públicos, com o único
objetivo de suprir necessidades do SUS.
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ATIVIDADE FINAL
A Política Nacional de Medicamentos (PNM), por meio da Portaria
3916/1998, tem como um dos seus três alicerces a Adoção de uma
Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME). Sobre a PNM
é correto afirmar que: 
A. a RENAME mantém-se no país como norteadora de prescrições no SUS pois facilita a gestão e
racionaliza a prescrição médica.
B. a RENAME foi extinta em 2012, a partir do "Ato Médico", pois o Conselho de Medicina argumentou
que ter uma lista de medicamentos limitava a liberdade do médico em prescrever.
C. a RENAME norteia a produção de medicamentos no país e das multinacionais que comercializam
seus produtos no Brasil uma vez que os médicos só podem prescrever os medicamentos dessa lista.
D. embora ainda seja empregada a RENAME, sua importância foi reduzida ao seu papel histórico já que
foram elaboradas listas de medicamentos com técnicas mais modernas de seleção.
REFERÊNCIA
BRASIL. Decreto n. 68.806, de 25 de junho de 1971. Institui a Central de Medicamentos (Ceme). Diário
Oficial da União. Brasília, 1971.
___. Constituição da República Federativa do Brasil (1988). Brasília, DF, Brasília: Senado, 1988. p. 168.
___. Ministério da Saúde. Portaria n 3.916, de 30 de outubro de 1998. Aprova a Política Nacional de
Medicamentos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 nov. 1998. Seção 1, p. 18.
___. Assistência Farmacêutica: instruções técnicas para a sua organização. 1. ed. Brasília: Ministério da
Saúde, 2001. p. 114
BRASIL. CONSELHO NACIONAL DE SECRETÁRIOS DE SAÚDE. A Assistência Farmacêutica no SUS. 1 . ed.
Brasília: CONASS, 2011. p. 186
o
a
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CAFSUS. Asistência Farmacêutica no Serviço Público: cartilha para gestores municipais. 1. ed. Curitiba:
Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná. Comissão de Assistência Farmcêutica no Serviço
Público (CAFSUS), 2013. p. 36
PORTELA, A. et al. Políticas públicas de medicamentos : trajetória e desafios. Rev Ciênc Farm Básica Apl, v.
31, n. 1, p. 9–14, 2010. 
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