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RESENHA - O que se passa entre a educação e a infância, por lentes menores.

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Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Unesp
IBILCE - Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas 
Curso: Licenciatura em Letras - Noturno II 
Disciplina: Psicologia da Educação 
Discente: Alex Junior dos Santos Nardelli	
São José do Rio Pret0 2014
“O que se passa? Entre a educação e a infância, por lentes menores.”
Fabiane Olegário
	No artigo desenvolvido por Fabiane Olegário, a autora apresenta a relação entre a infância e a educação e os principais elementos que sustenta e movem a relação entre ambas, problematizando tais situações, a autora também levanta a possibilidades de se “moldar corpos” a fim de uma nova perspectiva sob a futura sociedade que está sendo “moldada”.	
	Segundo a autora, as crianças, indivíduos ativos na etapa da infância, produzem efeitos de outra ordem estrutural, a imprevisibilidade é muito forte durante esta etapa, uma busca pelo novo e pela criação, marca a personalidade curiosa destes membros. Giorgo Agamben (2005) diz que, infância é uma condição de experiência que antecede outra etapa, e para que o indivíduo seja imerso nesta condição, basta criar outros modo de ser e estar no mundo, neste caso, por exemplo, a adolescência e a fase adulta; que restringem a participação em ambas as condições. 
	Para a autora, o que interessa é a criança na fase da infância, a ela interessa ainda mais a imagem da criança “[...] que brinca no tempo aiônico, que afirma a vida como imanência, que brinda o novo [...]”, por isso resolveu olha essa imagem através de “lentes minoritárias” a partir do conceito de devir que remete a idéia de temporalidade. A autora frisa também que, ela não é contraria aos locais escolares vigentes, entretanto ela problematiza esses lugares, tais como a invenção que outros lugares, para o mesmo fim. 
	Para autora, a escola priorizou a educação e os moldes educacionais, a partir de um vies que constitui as crianças como camelos, “pedagogizadas” (grifo da autora), modos e métodos que levariam a criança a uma conduta de subordinação extrema controladas por membros maiores, segundo o sistema; existindo assim uma relação de hierarquia, sendo as crianças controladas pelos docentes. (Fkscher, 2016). O período da infância sofre interferência constante de meios que levam a ordem e ao controle, para garantir a estabilidade e a funcionalidade de tal grupo social, as crianças são moldadas há serem dóceis, obedientes, cumpridoras de ordens e outros.
	Na modernidade, nas instituições criadas para fins educacionais, disciplina era a palavra de ordem, palavra reguladora da ordem, uma vez que temos as escolas excepcionalmente, como construtoras da identidade dos membros da sociedade burguesa, para os olhares de algumas pessoas, alguns métodos adotados pela escola são de uma conduta perversa, entretanto, o meio disciplinar adotado pelas instituições de ensino e educação é socialmente aceitado, por ser constituído também de um campo de saberes.
	Portanto, podemos moldar os corpos, adequando-os a nossa maneira ou a maneira mais correta vista pela sociedade, entretanto neste embaraço de poderes, existe sempre a resistência por algumas das partes, geralmente pela parte influenciada, os maiores alvos dessa forma de “moldar os corpos” são as crianças, inseridos no período da infância, são mais maleáveis aos moldes impostos pela sociedade, a fim de criar novas possibilidades de vida.

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