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Pain is perfect miserie, the worstp f m , Of evil, and excessive, overturn All patienceAll patience. Paradise Lost, J. Milton É Se ela me deixou a dor, É minha só, não é de mais ninguém Aos outros eu devolvo a dó É meu troféu, é o que restou É o que me aquece sem me dar calor Se eu não tenho o meu amor, Eu tenho a minha dor Eu tenho a minha dor Se ela preferiu ficar sozinha, Ou já tem um outro bem Se ela me deixou Eu tenho a minha dor A sala, o quarto, A casa está vazia, A cozinha, o corredor. S bSe ela me deixou, A dor é minha, A dor é de quem tem... Se nos meus braços, Ela não se aninha, A dor é minha, a dor. É o meu lençol é o cobertor DE MAIS NINGUÉM Marisa Monte & Arnaldo Antunes É o meu lençol, é o cobertor É o que me aquece sem me dar calor Se eu não tenho o meu amor, Eu tenho a minha dor Tire o seu sorriso do caminho que eu quero passar com a minha dor... A sala, o quarto, A casa está vazia, A cozinha, o corredor. Se nos meus braços A FLOR E O ESPINHO Guilherme de Brito Se nos meus braços, Ela não se aninha, A dor é minha, a dor. MÓDULO II SISTEMAS SENSORIAISMÓDULO II -SISTEMAS SENSORIAIS 1. Histórico 2. Panorama 3. Definição 4 Mecanismo Fisiológico da Dor / Nocicepção:4. Mecanismo Fisiológico da Dor / Nocicepção: 4.1. Transdução C fClassificação de Receptores e Mecanismo de Ativação 4.2. Transmissão Vias Neurais da Dor Fibras Nociceptivas Aferentes e Eferentes 4.3. Modulação Fatores de modulação T i d C t E i h l d DTeoria da Comporta Espinhal da Dor 5. Dimensões /Componentes da Dor Perceptivo- discriminativoPerceptivo discriminativo Afetivo-cognitivo-emocional 6 Classificação6. Classificação Quanto à Localização Quanto ao Decurso temporal 7. Fisiopatogenia Dor NociceptivaDor Nociceptiva Dor Neuropática Dor Psicogênica 8 “Patologias” e Interação Dor x Dano Físico8. Patologias e Interação Dor x Dano Físico Insensibilidade Congênita Dor Fantasma Assimbolia Dor Psicogênica Dor Como “Prazer” o Co o a e 9. Diagnóstico e Avaliação Caracterização VerbalCaracterização Verbal Intensidade Localização 10. Manejo da Dor Anestesia Analgesia Medicina Complementar Alternativa O HISTÓRICO DOR PAIN = POENA = CASTIGO PUNIÇÃOPAIN = POENA = CASTIGO, PUNIÇÃO DOR causada pela movimentação de átomos no corpo causada pela pressão no sistema nervoso causada pela estimulação dos receptores táteis causada pela estimulação de pontos específicosp ç p p PANORAMA DOR – causa mas freqüente de sofrimento e incapacidades que compromete a qualidade de vida de milhões de pessoas. Países industrializados estima-se que entre 15% a 20% da população sofra de dores agudas e 25% a 30% sofra de dores crônicas; 100 milhões de pessoas sofrem de dor crônica nos EUA 100 milhões de pessoas sofrem de dor crônica nos EUA (NIH) com custo aproximado de $79 bilhões por ano em termos de cuidados médicos e falta ao trabalho. A dor é o principal motivo de mais de 80% das consultas médicas realizadasmédicas realizadas. PANORAMA 70% desse total tem dor de câncer e 157 milhões de trabalhadores faltam ao trabalho em virtude de enxaquecas. Dados da Organização Mundial de Saúde estimam que 1 Dados da Organização Mundial de Saúde estimam que 1 em cada 5 pessoas no mundo sofrem em algum momento de dor do tipo severa à crônica. Dentre essas, uma em cada 4 i t tã t t t4 pacientes estão sem tratamento. Diagnóstico correto/tratamento efetivo dor aguda dor severa, ou profundamente severa pós-operatória, dor pós-traumática, dor severa visceral e dor crônica. Ausência de dados sistematizados sobre a incidência ou prevalência da dor no Brasil Definição de Políticas Públicas... www.dol.inf.br Dor – 5º Sinal Vital Pulso/Pressão arterial Temperatura Frequência Cardíaca Frequência Cardíaca Frequência Respiratória DEFINIÇÃO “experiência sensorial e emocional desagradável que é associada a lesões reais ou DOR desagradável que é associada a lesões reais ou potenciais ou descrita em termos de tais lesões". Associação Internacional para o Estudo da Dor (Iasp), 1986ç p ( p), F ô l l õFenômeno complexo que envolve sensações e mecanismos fisiológicos, comportamentais e psicológicos importantes; uma experiência altamente pessoalimportantes; uma experiência altamente pessoal, variável, influenciada por fatores culturais e cognitivos. Ronald Melzack & Patrick Wall, (1965), ( ) DOR ≠ NOCICEPÇÃODOR ≠ NOCICEPÇÃO NOCICEPÇÃO MECANISMO Ati id d f t i i tNOCICEPÇÃO Percepção= Atividade aferente inconsciente produzida no SN periférico ou central por estímulos que potencialmente promovem o dano tecidual.Percepção= Dor p NOCICEPÇÃO MECANISMO NOCICEPÇÃO Lesão tissular Lesão tissular Estimulação de nociceptoresEstimulação de nociceptores Liberação de mediadores químicos Liberação de mediadores inflamatórios Serotonina 5-HT Adenosina Liberação de mediadores inflamatórios Bradicinina (canais de sódio) Prostaglandina E2 Estimulação dos nociceptores e sensibilização Prostaglandina E2 Ativação do receptor potencial de ação fibras aferentes centros cerebrais MECANISMO Figura 7.14. Quando um bisturi fere a pele, ativa diretamente as fibras da dor rápida (em azul) e indiretamente as da dor lenta (em vermelho) Neste último caso as célulasazul), e indiretamente as da dor lenta (em vermelho). Neste último caso, as células lesadas, os mastócitos provenientes do sangue e os próprios terminais nervosos secretam substâncias que geram uma reação inflamatória local produzindo, além da dor, edema (inchaço) e eritema (vermelhidão). O tecido fica mais sensível (hiperalgesia) porque as fibras aferentes se tornam ligeiramente despolarizadas pelo microambiente químico. 1. Origem da dor 3. O cérebro interpreta a mensagem como dor quanto a sua localização, intensidade e natureza (queimação, latejamento, etc)etc). 4. O cérebro envia sinais de supressão da fonte de dor e dispara outras respostas 2. A mensagem da dor trafega via nervos periféricos ascendentes pela medula espinhal p www.dol.inf.br TRANSDUÇÃO NOCICEPTORES RECEPTORES DE BAIXO LIMIAR: Termorreceptores - temperaturas > 45o C ou < 5o C; fibras finas mielinizadas A (veloc. condução = 5 a 30 m/s) Mecanoreceptores - respondem à pressão intensa sobre a pele; Inervados por fibras A. TRANSDUÇÃO NOCICEPTORES RECEPTORES DE BAIXO LIMIAR: Receptores Polimodais - Ativados por estimulação intensa do tipo mecânica química ou térmica (calor e frio) ou por estimulaçãotipo mecânica química, ou térmica (calor e frio) ou por estimulação de bradicinina e mediadores inflamatórios. Possuem fibras finas amielinizadas tipo C (veloc. condução lenta < 2 m/s). Receptores silentes - Encontrados nas vísceras; não respondemReceptores silentes Encontrados nas vísceras; não respondem à estimulação nociva. Seu limiar é drasticamente reduzido por processos inflamatórios ou por estimulação química. A sua ativacão contribui para a síndrome de hiperalgesiaativacão contribui para a síndrome de hiperalgesia. Receptores SilentesReceptores Silentes São encontrados nas vísceras, mas não respondem à estimulação nociva. Seu limiar é drasticamente reduzido ç por processos inflamatórios ou por estimulação química. A sua ativacão contribui para a síndrome de hiperalgesia dá isecundária. Mecanismo de Ati ação dos ReceptoresMecanismo de Ativação dos Receptores Como um estímulo nocivo despolariza as terminações nervosas livres e geram o potencial de ação?livres e geram o potencial de ação? Presume-se que a membrana dos receptores possuem t í ( i i ) t tí l iproteínas(ex. capsaicina) que convertem o estímulo nocivo térmico, mecânico, químico em um potencial despolarizante. CLASSIFICAÇÃO - RECEPTORES NOCICEPTORES Fibras A delta Fibras C Receptores mecânicos Receptores polimodaismecânicos Receptores termomecânicos polimodais - (mecânicos, térmicos etermomecânicos térmicos e químicos) Tipo de Fibra Aδ (mielinizadas finas) C (amielinizadas) Diâmetro 2-5 μm < 2 μm Velocidade de Condução Velocidade de Condução Fibras Að e C Glutamato Receptores AMPA Ação mais restrita Substância P Ação + difusa Calor, rubor e edemaAção difusa Calor, rubor e edema A transmissão sináptica é baseada em neurotransmissores nos níveis de neurotransmissores durante a dor A transmissão sináptica é baseada em neurotransmissores. nos níveis de neurotransmissores durante a dor persistente contribui p/ a excitabilidade do corno dorsal da medula e p/ o caráter difuso de certas dores. VIAS NEURAIS DA DOR TRANSMISSÃO Sistema da Coluna Ântero-Lateral ou Protopático: VIAS NEURAIS DA DOR (Neo) espinotalâmico (Paleo) Espinotalâmico ou Espinoretículotalâmico(Paleo) Espinotalâmico ou Espinoretículotalâmico ASCENDENTES E i fáliEspinomesencefálico Cervicotalâmico DESCENDENTES Espinohipotalâmico MODULAÇÃO Vi A d t d C t l d DVias Ascendentes do Controle da Dor Espinotalâmico dor rápida (glutamato); discriminação doEspinotalâmico – dor rápida (glutamato); discriminação do estímulo em termos de sua localização, intensidade, e duração fibras A (Lâminas I; V e VII)( ; ) Via direta com 3 neurônios e 2 sinapses antes do córtex Estimulação= dor Lesão= redução da sensibilidade dolorosa; dor centralLesão redução da sensibilidade dolorosa; dor central TRANSMISSÃO Vi A d t d C t l d DVias Ascendentes do Controle da Dor Espinoreticulotalâmico – dor lenta (substância P); fibras C (Lâminas VII e VIII) Participação na resposta emocional de caráter aversivo que acompanha a dor e impulsiona o organismo para a ação através da ativação do sistema límbico Feixe com terminações extensas e ramificadas que se estendem p/ vários órgãos e convergem p/ os mesmos ação através da ativação do sistema límbico. estendem p/ vários órgãos e convergem p/ os mesmos neurônios; projeções para a formação reticular e tálamo. TRANSMISSÃO Espinomesencefálico (Lâminas I e V) Projeta se para a formação reticular matéria cinzentaProjeta-se para a formação reticular, matéria cinzenta Periaquedutal; recebe conexões da amígdala; Contribui para o aspecto afetivo da dor. Cervicotalâmico (Lâminas III e IV) Ascende pelo lemnisco medial do tronco cerebral paraAscende pelo lemnisco medial do tronco cerebral para núcleos do mesencéfalo e tálamo (VPL; PM). Espinohipotalâmico Projeta-se para centros de controles autonômicos; Ati l dó i t di l (Lâminas I, V, e VIII) Ativa complexos neuroendócrinos e respostas cardiovasculares TRANSMISSÃO TRANSMISSÃO Vi D d t d C t l d D Substância Cinzenta Periaquedutal (MCP) Vias Descendentes do Controle da Dor Substância Cinzenta Periaquedutal (MCP) -Inibição no corno dorsal da medula espinhal Hipotálamo Mesencéfalo da medula espinhal Ponte BulboNeurotransmissores inibitórios: Medula Espinhal (GABA), 5-HT e noradrenalina Espinhal Organização das Fibras Nociceptivas AferentesOrganização das Fibras Nociceptivas Aferentes Corno Dorsal da Medula - organizado em camadas distintas com base em características citológicas dosdistintas com base em características citológicas dos neurônios (correspondência anatômica e funcional). Lâmina I – contém neurônios nociceptivos específicos que se projetam para centros cerebrais superiores e neurônios Camada Marginal: se projetam para centros cerebrais superiores e neurônios de grande amplitude dinâmica que respondem a estímulos nocivos mecânicos e não nocivos. Lâmina II (ou substância gelatinosa) – contém uma grande maioria interneurônios excitatórios e inibitórios, alguns que respondem a estímulos nocivos e outros a estímulos não nocivos. Lâmina III e IV - contém neurônios que recebem informação das fibras Aß que respondem a estimulação não nociva. Lâmina V - contém neurônios de grande amplitude dinâmica que recebem informação sensorial de fibras Aß, A e C e de fibras nociceptivas viscerais Esses neurônios se projetam parafibras nociceptivas viscerais. Esses neurônios se projetam para o tronco cerebral e tálamo. Lâmina VI contém ne rônios q e recebem informaçãoLâmina VI - contém neurônios que recebem informação sensorial de fibras de grande diâmetro de músculos e juntas e respondem à estimulação nociva (mas não contribuem p/ a transmissão de mensagens nociceptivas). Lâmina VII e VIII respondem a estímulos nocivosLâmina VII e VIII – respondem a estímulos nocivos. TRANSMISSÃO TRANSMISSÃO SISTEMA LÍMBICO ÔDOR: FENÔMENO COMPLEXO MODULAÇÃO DA DOR MODULAÇÃO Determinantes Culturais MODULAÇÃO DA DOR Experiência Passada Significado da Situação Atenção Ansiedade e Distração Limiares da Dor Atenção, Ansiedade e Distração Sugestão e Placebo Hi Hipnose VÍTIMAS DO TERREMOTO EM L’AQUILA – ITÁLIA, MARÇO 2009 Criança é carregada por sua mãe, durante cerimônia do Ashura que marca o martírio de Iman Husseinmarca o martírio de Iman Hussein, neto de Maomé. Membros de ceita xiita batem em suas cabeças se auto-flagelando em Nabatiyeh Líbano duranteauto flagelando em Nabatiyeh, Líbano, durante cerimônia do Ashura que marca o martírio de Iman Hussein, neto de Maomé Auto-flageFolha Onl04/04/01 MODULAÇÃO TEORIA DA COMPORTA ESPINHAL DA DOR (Ronald Melzack & Patrick Wall, 1965) Existência de um mecanismo neural no SNC capaz de modular a transmissão da informação dolorosa, o que por sua vez, pode influenciar na percepção da dor. A informacão dolorosa pode ser regulada pela atividade de outras viasde outras vias. depende do somatório da estimulação sensorial e não apenas da descarga dos nociceptores é sujeita a um intenso controle central que influencia DOR j q a entrada de impulsos dolorosos para a medula MODULAÇÃO Figura 7.17. As “comportas” da dor parecem ser constituídas por interneurônios inibitórios da medula, ativados por estimulação tátil concomitante à entrada de b tó os da edu a, at ados po est u ação tát co co ta te à e t ada de informação nociceptiva. A ação desses interneurônios (em vermelho) resulta em bloqueio parcial ou completo da passagem dessa informação nociceptiva para os neurônios de segunda ordem (em preto), que a conduziriam aos níveis superiores do SNC MODULAÇÃO Estimulação nociva C t í tiCaracterísticas Intensidade Fibras Finas Fibras GrossasAß; A C MedulaAtivação das Inibição das Células T Células T Ab t dFechamento da Abertura da Comporta Fechamento da Comporta MODULAÇÃO Aß; A C MODULAÇÃO A it bilid d d ô i d t i é Mecanismos Centrais – (Desibinição) A excitabilidade dos neurônios do corno posterior é determinada pelo somatório de estímulos excitatórios e inibitórios (locais e descendentes)e inibitórios (locais e descendentes). Vias Inibitórias Descendentes Neurônio Inibitório Local Encéfalo Neurônio do Corno RESPOSTA Estímulo Nocivo ou Encéfalo do Corno Posterior Sinapse Excitatória Sinapse Inibitória RESPOSTA NORMAL Nocivo ou Inócuo Pressupostos da Teoria da Comporta Espinhal da Dor MODULAÇÃO Pressupostos da Teoria da Comporta Espinhal da Dor A transmissão dos impulso nervosos das aferências para a p p medula espinhal é modulada: . mecanismo de gatilho í l l ti d ti id d fib impulsos nervosos nos cornosdorsais nível relativo de atividade nas fibras de grande e pequeno diâmetro. impulsos nervosos provenientes do cérebro Um sistema especializado de fibras de condução de grande diâmetro chamado de central de controle de disparos ativadiâmetro chamado de central de controle de disparos ativa processos cognitivos que influem (através das fibras eferentes) nas propriedades dos mecanismos de gatilhos medulares. Figura 7.18. As vias analgésicas endógenas envolvem neurônios da grísea periaquedutal e dos ú l d fnúcleos da rafe, que se c omun i c am c om o s neurônios nociceptivos de segunda ordem na medula, modulando a passagemmodulando a passagem aferente das informações dolo rosas v indas da per i fer ia. O pequeno encéfalo acima à esquerda mostra os planos de corte representados à direita, indicados por números circulados. Peptídeos Opióides Endógenos MODULAÇÃO Peptídeos Opióides Endógenos Beta-endorfinas Analgesia Estimulação de áreas Metaencefalinas Leuencefalinas ç cerebrais: ex. Matéria cinzenta Dinorfinas periaquedutal (MCP) Córte frontal amígdala Substâncias Algogênicas Serotonina * Prostaglandina Córtex frontal amígdala hipotálamo g Histamina, Acetilcolina Bradicinina (Að ;C) íons K+ Dor = destruição de áreas cerebrais Bradicinina (Að ;C), íons K+ Substância P, Somatostatina Núcleos da rafe Õ COMPONENTES COMPONENTES / DIMENSÕES DA DOR: Sensitiva - Discriminativa Afetiva - Motivacional P l i t lâ i /Neo-espino-talâmico Paleo-espino-talâmico /Espino-reticulo-talâmico Córtex somatossensorial Tálamo Sistema Límbico Cognitiva - Avaliativa somatossensorial Córtex cingulado anterior Córtex encefálico COMPONENTES COMPONENTES / DIMENSÕES DA DOR: Perceptivo-Discriminativo a outros processos sensoriais; discriminável no tempo, p ; p , espaço e intensidade; Aversivo-Cognitivo- Emocional ou Racional (Afetivo- motivacional) - integração entre o sistema nociceptivo e o componente afetivo-motivacional; envolve reações defensivas e emocionaisafetivo motivacional; envolve reações defensivas e emocionais (córtex e sistema límbico). CLASSIFICAÇÃO DA DOR CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DA DOR Quanto ao local de origem: Somática Visceral Superficial Profunda Órgãos viscerais Q g Superficial Profunda Órgãos viscerais Pele Tecido conjuntivo Vísceras Ossos, Músculos Articulações Ex. espetada distensão apendicite beliscão cãimbra dor de úlcera queimadura cefaléia cólica biliar CLASSIFICAÇÃO Dor Referida ou Irradiada ( Ex Dor do enfarto)Dor Referida ou Irradiada - sentida em local distinto de sua origem. ( Ex. Dor do enfarto) g - é originada no receptor - tem origem visceral e se irradia p/ outros pontos do corpo. Mecanismo – ramos das fibras viscerais fazem sinapses na medula com os mesmos neurônios que inervam a pele.q p Dor Projetada ( E D d bit l) CLASSIFICAÇÃO - não existe comprometimento do receptor; - tem origem pela estimulação da via e não no receptor Dor Projetada ( Ex. Dor do nervo cubital) Mecanismo – a atividade desencadeada nas fibras aferentes é j t d SNC d i d ã t itó i d tem origem pela estimulação da via e não no receptor. é projetada ao SNC produzindo uma sensação no território de inervação da fibra aferente. Dor Fantasma ( Ex. Dor em membros ausentes) - ocorre em membros não mais pertencentes ao corpo. Mecanismo atividade de axônios sensoriais pertencentes ao ocorre em membros não mais pertencentes ao corpo. Outras sensações podem ser também experienciadas. Mecanismo – atividade de axônios sensoriais pertencentes ao membro amputado é interpretada pelo SNC como proveniente do membro ausente. Envolvimento do córtex parietal. Figura 7.16. A B A dor referida do infarto do miocárdio é uma das mais conhecidas. A dor é sentida no tórax e no braço esquerdo ( ), mas a lesão que provoca a dor fica no coração ( ). A explicação está na convergência das fibras nociceptivas da pele e do coração sobre os mesmos neurônios secundários na medula. CLASSIFICAÇÃO DA DOR CLASSIFICAÇÃO Quanto à Duração CLASSIFICAÇÃO DA DOR Sintoma x Doença Aguda ç CrônicaSub-aguda Fase inicial Insidiosa Desaparece com a cura C t t Permanece após a cura Comportamentos reuperativos Impulsos anormais não-inbidos R õ i iReações emocionais e neuro- vegetativas FISIOPATOGENIA DA DOR Nociceptiva -resulta da ativação direta dos nociceptores na FISIOPATOGENIA DA DOR Nociceptiva resulta da ativação direta dos nociceptores na pele ou nos tecidos moles do corpo em resposta a um dano; em geral é acompanhada de inflamação. E t it t t id l t õEx. artrite, tumor em tecidos moles; contorções. Neuropática -resulta de lesões diretas no SNP ou SNC (dor central); frequentemente produz a sensação de queimação. Ex. neuralgia pós-herpética; síndrome da distrofia simpática reflexa; dor fantasma.d st o a s pát ca e e a; do a tas a Psicogênica - tem origem psicológica; não resulta da ativação de g g p g ç nociceptores ou das vias sensoriais. FISIOPATOGENIA DA DORFISIOPATOGENIA DA DOR Nociceptiva Neuropática Psicogênicap p g Opióide Não-opióide 5-HT (receptores) (Lesão do SN) (Fatores psicológicos) p Benzodiazepínicos A i d iAnalgésicos opióide Benzodiazepínicos Anti-depressivos Estimulação talâmica Tricíclicos – Elavil, Anafranil, Norpramin, Tofranil e Pamelor 5-HT; Dopamina Estimulação da MCP ISRS - Prozac, Luvox, Paxil, Zoloft e Celexa. Tofranil e Pamelor IMAO N dil P t Dopamina 5-HT 5-HT; Noradrenalina; IMAOs – Nardil, Parnate. Asendin, Welbutrin, Serzone e EfexorOutros 5-HT; Noradrenalina; Dopamina Características da Dor Neuropática Ex.Tratamentos Perda sensitiva Dor evocada pelo tato Antidepressivos tricíclicos Benzodiazepínicos Dor evocada pelo tato Dor evocada por pressão Dor evocada por picada Benzodiazepínicos Neurolépticos Anticonvulsivantes A ti ít i Hiperalgesia Sensações posteriores aos estímulos Antiarrítmicos Bloqueio anestésico local e bloqueio simpáticoest u os Anestésicos tópicos Métodos não-farmacológicos Neuropatia sensorial eNeuropatia sensorial e autonômica hereditária L h Lesch-nyan Dor Fantasma Assimbolia Dor PsicogênicaDor Psicogênica Dor Como “Prazer” •• PATOLOGIAS Neuropatia Sensorial e Autonômica Hereditária (HSAN) Tipo 1 Ti 2 N ti i l ê it Tipo 2 Neuropatia sensorial congênita Tipo 3 Desautonomia familiar ou Riley Day Tipo 4 Insensibilidade congênita (com anidrose) Tipo 5 Insensibilidade congênita (com anidrose i l)parcial) Dano sem dor (por modulação ou alterações patológicas) PATOLOGIAS HSAN - Tipo 1 Neuropatia Radial Medular anormalidades nas raízes dos nervos;anormalidades nas raízes dos nervos; inabilidade de transpiração; associação com retardo mental severo. Déficits sensoriais nas porções distais das extremidades inferiores- Déficits sensoriais nas porções distais das extremidades inferiores, perfurações ulcerativas crônicas nos pés, destruição progressiva dos ossos respectivos. Sintomas aparecem na infência tardia ou adolescência- Sintomas aparecem na infência tardia ou adolescência. - Redução no número de fibras não-mielinizadas. - Condução dos nervos motores é normal, mas potenciais de ação nos ç , p ç nervos sensoriais são ausentes. HSAN Tipo 2 Neuropatia sensorial congênita PATOLOGIAS HSAN Tipo 2 - Neuropatia sensorial congênita Início dos sintomas na primeira infância; Extremidades inferiores e superiores são afetadas por ulcerações crônicas e múltiplas injúrias nos dedos e pés; A sensation de dor é predominatementeafetada e reflexos tendinosos profundos são reduzidos; Auto-amputação das falanges distais é comum, assim como a degeneração das juntas; Ausência de potenciais de ação sensoriais e perda total de fibras mielinizadas, além do número reduzido de fibras amielinizadas; , ; Condição recessiva autossômica. HSAN Ti 3 SÍNDROME DE RILEY DAY PATOLOGIAS HSAN - Tipo 3 - SÍNDROME DE RILEY-DAY (danos neurológicos) Doença autossômica recessiva observada predominantemente em judeus descendentes do leste europeu. Déficits autonômicos e sensoriais, mas cognição preservada. Recém-nascidos tem reflexo de sucção fraco ou ausente hipotonia Recém-nascidos tem reflexo de sucção fraco ou ausente, hipotonia e hiportermia; Atraso no desenvolvimento físico, problemas térmicos, motores e de coordenação; escoliose; Ausência de lágrimas, reflexos tendinosos profundos diminuídos, reflexo de córnea ausentes, hipotensão postural e indiferença relativa à dor. Número reduzido de axônios mielinizados e amielinizados. Terminais catecolaminérgicos ausentes. PATOLOGIAS HSAN Tipo 4 - Insensibilidade congênita Condição autossômica recessiva Afeta crianças com episódios de hipertermia não relacionada à temperatura ambiental. Pele palmar fina e juntas de Charcot são comuns. Potenciais de ação motores e sensoriais são normais. Biópsias revelam ausência de fibras finas não mielinizadas e Biópsias revelam ausência de fibras finas não mielinizadas e aumento anormal de mitocôndrias. PATOLOGIAS HSAN Tipo 5 - Insensibilidade congênita Ocorre também juntamente com a condição anterior. Observa-se ausência seletiva de fibras finas mielinizadas. PATOLOGIAS - INSENSIBILIDADE CONGÊNITA À DOR “Juntas de Charcot” Mutações nos receptores neurotróficos da tirosina kinase tipo I (GENE NTRK1) ausência de nociceptores na pele GENE SCN9 codifica uma proteína da classe dos canais de íons de sódio. O bombeamento do Na++ p/ dentro e fora de neurônios ajuda a controlar a corrente elétrica que transmite impulsos nervosos como a dorcontrolar a corrente elétrica que transmite impulsos nervosos como a dor. Portadores da mutação possuem todas as suas outras funções vitais funcionando perfeitamente. busca de novas drogas que tenham como alvo seletivo uma subunidade desse canal de sódio. Dano sem dor (por modulação ou alterações patológicas) PATOLOGIAS - LESCH-NYAN – deficiência de uma enzima que regula o metabolismo (hypoxantina-guanina fosforibolsitransferase – HGPRT)metabolismo (hypoxantina guanina fosforibolsitransferase HGPRT) produzida por mutações no gene HPRT. Produção exarcebada de ácido úrico disfunção neurológica e cognitiva e Auto mutilação (humanos e cobaias); grande sensibilidade Produção exarcebada de ácido úrico, disfunção neurológica e cognitiva e distúrbios comportamentais. - Auto-mutilação (humanos e cobaias); grande sensibilidade às xantinas; A lid d tô i ã ã t d- Anormalidades anatômicas não são encontradas em exames “post mortem”. D dDor sem dano (por alterações patológicas) PATOLOGIAS DOR FANTASMA "Na verdade é uma coisa maravilhosamente estranha e prodigiosa, que seria difícil acreditar (salvo por aqueles que a viram com seus próprios olhos e a ouviram com os seus próprios ouvidos), que os pacientes se queixem amargamente vários meses após a amputação de ainda sentirem uma doramargamente, vários meses, após a amputação, de ainda sentirem uma dor excessivamente forte no membro já amputado." Ambroise Paré A maioria dos amputados menciona a percepção de um membro fantasma. A estimulação de um nervo ao longo de seu trajeto resulta na ã d l t itó i iti d i ã p p pç Tratamento – remoção dos neuromas; injeções anestésicas sensação dolorosa no seu território sensitivo de inervação. ç ; j ç locais (novocaína). A B PATOLOGIAS A B 2 3 4 5 t o L e n t 1 D E N E U R N I O S Ô b y R o b e r t Base do polegar 1 2 3 4 5 © C E M B I L H E S Õ Figura 5.9. A estimulação de certas regiões do corpo de indivíduos amputados provoca neles a sensação “fantasma” de que o membro ausente é que foi estimulado: um notável exemplo de plasticidade em adultos. A com um cotonete Indicador Mínimo Polegar ç q q p p mostra os locais da face de um indivíduo que provocam sensações referidas aos dedos da mão ausente. mostra um outro caso, em que as sensações “fantasmas” são provocadas estimulando o coto do membro amputado. B Modificado de V. Ramachandran (1993) 90: 10413-10420.Proceedings of the National Academy of Sciences of the USA Dor renal – quantidade de impulsos nervosos pequenos; estrutura pouco inervada dor extrema Hiperalgesia – sensibilidade excessiva dos receptores ou facilitação da transmissão sensorial secundária A sensibilizaçãofacilitação da transmissão sensorial secundária. A sensibilização após o dano resulta da liberação de substâncias álgicas pelas células ou pelos tecidos lesados próximos à lesão p p p (Ex. Bradicinina, Prostanglandina; Histamina, Substância P; etc). Dor desproporcional ao dano Dor após a cura do dano Dor desproporcional ao dano (por alterações patológicas) Dor após a cura do dano Ex. Dor crônica; Herpes Assimbolia - PATOLOGIAS Dissociação do aspecto afetivo emocional da dor Assimbolia Dissociação do aspecto afetivo, emocional da dor. Ocorre em virtude de cingulotomia, lobotomia, ou analgesia por morfina. Alodinia –Dor devido a estímulos que normalmente não a induzem. Hipoalgesia –Diminuição da dor em resposta a estímulos dolorosos Dor como prazer (sadismo) - Sensação de prazer em resposta a sensações dolorosas AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO Critérios “Qualidade da Dor” Escalas de categoria numérica/verbal ou Escalas analógica/visual Qualidade da Dor Localização Duração Limiar Para DorTolerância à Dor Início e término Características Radiação Tolerância à Dor Radiação Sintomas associados Padrão temporal Alodinia Hipoalgesia Hiperalgesia Severidade Fatores de exacerbação e minimização Hiperalgesia DiMENSÕES: SENSORIAL, AFETIVA E AVALIATIVA Manejo da Dor Manejo da Dor Anestesia Analgesia Medicina Complementar Alternativa: Biofeedback, hipnose, meditação, treinamento mente-corpo, acupuntura, homeopatia, etc. Lombalgia, dor crônica, ansiedade e insônia, dores de cabeça, depressãog , , , ç , p Aspectos Importantes da Dor A transmissão da informação dolorosa é influenciadaA transmissão da informação dolorosa é influenciada pela atividade de fibras de pequeno e grande diâmetro. Uso da estimulação da coluna dorsal e da estimulaçãoUso da estimulação da coluna dorsal e da estimulação elétrica transcutânea para o controle de dores periféricas. A estimulação de sítios específicos no tronco cerebral produz analgesia profunda. Potencialmente importante para o controle futuro da dor através da ativaçãoo de mecanismos endógenos.através da ativaçãoo de mecanismos endógenos. A aplicação de opióides diretamente na medula espinhal Exercem efeitos analgésicos potentesExercem efeitos analgésicos potentes. Possibilitou a administração de opióides pelas vias intratecal e periduralintratecal e peridural. Sistemas neutoransmissores fundamentam os circuitos endógenos de controle da dor. P ibilid d d d l i t d t i à b dPossibilidade de desenvolvimento de terapias à base de drogas para várias síndromes dolorosas.
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