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Módulo II Receptores Sensoriais

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MÓDULO II 
SISTEMAS SENSORIAIS
Profa. Maria Clotilde H. Tavares
Instituto de Ciências Biológicas 
Depto de Ciências Fisiológicas
Lab. Neurociências e Comportamento
Bloco G - 1º Andar
MÓDULO - SISTEMAS SENSORIAIS
Receptores Sensoriais
Somestesia
Dor (1)
Dor (2)
Visão
Audição
Gustação e Olfação
Demonstrações Práticas
Elementos de Fisiologia I 
Avaliação Parcial
Bibliografia Sugerida:
Kandel, Fundamentos em Neurociência e 
Comportamento. Prentice Hall. 1997.
Lent, R. 100 Bilhões de Neurônios. Conceitos 
Fundamentais de Neurociência. 2ª Ed. Ed. Atheneu. 
2010.
Carlson, N. Fisiologia do Comportamento. 1a 
Edição. Ed. Manole. 2002.
Receptores Sensoriais
Estudo das Sensações
Receptores: Conceitos Básicos
Atributos da Sensação
Propriedades Funcionais 
Organização dos Sistemas Sensoriais
Classificação dos Receptores
Commedia dell Arte N. 2, óleo 
sobre Tela de Caulos (1998), 
Pinturas L&PM Editores Brasil
Estudo das Sensações 
Contexto Histórico
Sensação – ponto de partida para o estudo 
científico dos processos mentais.
Todo conhecimento provinha da experiência 
sensorial – aquilo que podia ser visto, ouvido, 
sentido, cheirado... (empiricismo).
No nascimento a mente humana seria uma 
“tábula rasa” sobre a qual a experiência deixaria 
suas marcas. (John Locke, séc. XIX)
“Nossas percepções não são registros 
diretos do mundo à nossa volta, mas 
construídas internamente de acordo com 
regras inatas e limites impostos pelas 
capacidades do sistema nervoso”.
Estudo das Sensações 
Contexto Histórico
Desenvolvimento da Psicologia
Psicofísica
Fisiologia Sensorial
Estudo das relações entre as 
características físicas de um estímulo 
e os atributos de sua percepção. 
Estudo dos eventos subseqüentes 
ao estímulo físico (transdução e 
processamento pelo cérebro).
Informar ao SNC sobre os estados externos (ambientais) 
e internos (orgânicos) e suas alterações.
Estados ou modificações dos mesmos que atuam sobre os 
receptores recebem o nome de estímulos (S). 
São grandezas passíveis de serem mensuradas objetivamente.
São células nervosas especializadas, capazes de 
captar, transmitir e processar informações vindas do 
ambiente e do interior do organismo.
Sistemas Receptores
Sensoriais
Conceitos Básicos
Limiar Sensorial – menor intensidade do estímulo 
capaz de ser detectada.
Estímulo Adequado – aquele capaz de ativar 
um receptor sensorial.
Limiar diferencial - diferença minimamente 
perceptível entre 2 estímulos.
Limiar Absoluto – intensidade mínima do estímulo 
capaz de desencadear um potencial receptor.
Conceitos Básicos
Sentido ou Modalidade – conjunto de 
impressões sensoriais semelhantes 
transmitidas através de determinado
órgão.
Qualidade – impressões sensoriais que 
se distinguem dentro de uma mesma 
modalidade.
Audição, Visão, Gustação, Olfação e Somestesia
Ex. Percepção de cor, forma, movimento.
Sensação Percepção?
Soma de impressões 
sensoriais
Interpretação da 
sensação
Conceitos Básicos
A nossa percepção difere qualitativamente das propriedades 
físicas dos estímulos que incidem sobre os receptores.
Figura 17.1. As áreas corticais envolvidas com a percepção são mais amplas que as regiões primárias, e ficaram conhecidas pelo termo 
impreciso “áreas associativas”. As lesões que ocorrem nelas produzem as agnosias, distúrbios da percepção que atingem a visão, a 
audição, a sensibilidade a respeito do corpo e do ambiente externo. 
Figura 17.12. Os exames de imagem funcional revelam os setores do córtex (particularmente no lobo temporal) que participam 
das diferentes especialidades da percepção. A posição dos ícones à direita pode ser correlacionada com os acidentes 
anatômicos representados à esquerda. Modificado de M. Farah e colaboradores (1999), em (M. J. Zigmond et al., 
orgs.), pp. 1339-1361, Academic Press, EUA.. 
Fundamental Neuroscience 
A
B
Conceitos Básicos
O SNC extrai apenas certas informações dos 
estímulos, despreza outras e as interpreta com 
base na experiência passada;
As nossas percepções são construídas 
internamente segundo regras inatas e 
limitações do próprio SNC;
Atributos da Sensação
Modalidade – depende do órgão sensorial;
Intensidade – depende da magnitude do estímulo;
Lei de Weber: ΔS = K x S
Onde: ΔS = diferença mínima perceptível entre um 
estímulo de referência S e um 2o estímulo.
K = constante
Para que uma diferença entre 2 estímulos seja percebida, 
ela tem que aumentar em proporção à força do estímulo de 
referência. Ex. ≠ entre 1 e 2 Kg e entre 50 e 51 Kg
Duração – depende do tempo e de sua magnitude;
Se um estímulo persiste por um tempo 
longo, a intensidade da sensação diminui.
•Localização – depende da capacidade de distinguir 
estímulos próximos entre si;
O S é percebido como tendo uma fonte no espaço, 
no próprio corpo ou fora deste.
Atributos da Sensação
Propriedades Funcionais dos
Sistemas Sensoriais
Mecanismos de funcionamento 
semelhantes para qualquer espécie. 
Característica conservada 
ao longo da evolução.
Princípios básicos do processamento 
e da organização das informações.
Propriedades Funcionais dos Receptores...independe da espécie!
Propriedades Funcionais dos Receptores
Mecanismo de ativação do Receptores Sensoriais
Estimulo Adequado
Alteração do Potencial
de Membrana do R
Potencial Receptor
Disparo de PAs
Resposta do SNC
1) Deformação mecânica da membrana 
2) Aplicação de substâncias químicas
3) Variações de temperatura
4) Efeito de radiações eletromagnéticas 
abertura dos canais iônicos
Alteração do Potencial de Membrana do Receptor:
alteração da permeabilidade
modificação de características
Propriedades Funcionais dos Receptores
Estímulo Físico
Transdução
Codificação
Resposta
Figura 4.10.
A B
A
B
 Quando se registra o potencial de membrana do terminal axônico, sempre se obtém um potencial de 
ação cuja forma de onda é semelhante em todos os neurônios (gráficos de cima em e ). Mas quando se registra 
o potencial pós-sináptico que ocorre como conseqüência da transmissão sináptica, em alguns neurônios a 
resposta é despolarizante (gráfico de baixo em ) e o potencial pós-sináptico é dito excitatório (PPSE), enquanto 
em outros é hiperpolarizante (gráfico de baixo em ) e o potencial pós-sináptico é inibitório (PPSI). Isso resulta da 
combinação do neurotransmissor específico com o receptor correspondente, que no primeiro caso deixa passar 
cátions de fora para dentro da célula, e no segundo deixa passar Cl (ou K no sentido contrário)._ +
Inervação dos 
receptores por 
fibras nervosas
Inervação dos 
receptores por 
fibras nervosas
Organização dos Sistemas Sensoriais 
1) Transdução do Estímulo – conversão da energia do estímulo em 
energia eletroquímica (descarga neural).
2) Codificação neural – representação das características do estímulo 
em termos de intensidade e duração em um padrão de descarga de 
potenciais de ação produzido pelo sinal neural emitido pelo receptor.
3) Inibição lateral – mecanismo neural que permite o alcance da 
capacidade discriminativa máxima (“sintonia fina”) das informações 
sensoriais.
O potencial receptor é uma resposta graduada 
proporcional à magnitude do estímulo.
Potencial receptor == Potencial de ação
Figura 6.6. A
B
C
 . A transdução e a 
c o d i f i c a ç ã o p o d e m s e r 
estudadas em um receptor 
variando os parâmetros de um 
estímulo no receptor, e ao 
mesmo tempo registrando a 
certa distância o potencial 
receptor e os potenciais de ação 
produzidos pela fibra. O início e 
o f inal do estímulo são 
assinalados pelas setas para 
c i m a e p a r a b a i x o , 
respectivamente.
. Quando a 
amplitude do estímulo aumenta 
(A1<A2<A3), a amplitude do 
potencial receptor aumenta 
p r o p o r c i o n a l m e n t e ( A 1 ’ 
p r o po r c i o n a l a A1 ; A2 ’ 
proporcional a A2; etc), e assim 
também acontece com a 
f reqüênc ia da sa lva de 
potenciais de ação que a fibra 
produz (A1 e A1’ proporcionais 
a F1; A2 e A2’ proporcionais a 
F2; etc). . Quando é a duração 
do estímulo que aumenta, a 
duração do potencial receptor 
acompanha proporcionalmente 
(D1’ proporcional a D1; D2’ 
proporcional a D2; etc), e o 
mesmo ocorre com a duração 
da salva de potenciais de ação 
(D1 e D1’ proporcionais a D1’’; 
D2 e D2’ proporcionais a D2’’; 
etc).
Organização dos Sistemas Sensoriais 
Codificação neural – o envio das informações 
relativas ao estímulo pode ser feito por um único 
neurônio ou por um conjunto de neurônios.
Ex. Código de freqüência baseado na atividade média dos impulsos 
do receptor ou no intervalo de tempo entre os impulsos.
Somação temporal 
Somação espacial
Organização dos Sistemas Sensoriais 
Figura 4.18. A integração 
sináptica pode se dar por 
somação tempora l e 
espacial. Em , o potencial 
pós-sináptico excitatório 
(PPSE) é insuficiente para 
atingir o limiar da zona de 
disparo do neurônio. Em , 
como a freqüência de PAs é 
mais alta, os PPSEs se 
somam e já atingem o 
limiar: o PPSE final resulta 
da soma algébrica dos 
PPSEs subseqüentes na 
mesma sinapse (somação 
temporal). Em , somam-
se os PPSEs de sinapses 
próximas, produzindo um 
PP SE re s u l ta n t e d e 
amplitude superior ao limiar 
d a z o n a d e d i p a r o 
( s o m a ç ã o e s pa c i a l ) . 
A
B
C
Modificado de M. Bear e 
c o l a b o r a d o r e s ( 1 9 9 6 ) 
. Williams & Wilkins, EUA.
Neuroscience: Exploring the 
Brain
Organização Básica dos Sistemas Sensoriais
Organização dos Sistemas Sensoriais
Figura 6.1. Os receptores sensoriais (em verde) são células especializadas em captar a energia que provém do 
ambiente (externo ou interno ao organismo). São também as células primárias dos sistemas sensoriais.
Neurônios primários Células epiteliais 
http://en.wikipedia.org/wiki/File:Structure_of_sensory_system_(4_models)_E.PNG
1) Percepção
2) Controle dos movimentos
3) Regulação dos órgãos internos
4) Manutenção do estado de vigília 
5) Regulação de funções autonômicas
Estímulos captados pelos receptores 
permitem que o SNC promova:
Propriedades Funcionais dos Receptores
Características:
• Sensibilidade diferencial - cada receptor é extremamente 
sensível a um tipo de estímulo; ele é particularmente ativado pelo seu 
estímulo adequado;
• Especificidade – fibras nervosas só transmitem informações de 
uma única modalidade sensorial; 
Propriedades Funcionais dos Receptores
• Adaptação – Diminuição progressiva na freqüência da 
resposta sob estimulação constante.
“Princípio da Linha Marcada” ou “Lei das Energias 
Sensoriais Específicas” – 1826, Johannes Muller
Campo receptivo – área circunscrita da lâmina receptiva na qual o 
receptor está localizado.
Propriedades Funcionais dos Receptores
Tamanho do Campo
Receptivo
Determina a resolução 
espacial no sistema 
sensorial.
Figura 6.7. Quando um estímulo atinge a pele, provoca maior 
potencial receptor (PR) e maior freqüência de potenciais de ação 
(PAs) nas fibras que estão exatamente abaixo. As regiões vizinhas 
recebem menor energia de estimulação, e as fibras aí situadas 
respondem de modo proporcional.
Propriedades Funcionais dos Receptores
Receptores de Adaptação Lenta -Tônicos
Receptores de Adaptação Rápida - Fásicos
Transmitem impulsos para o cérebro enquanto o S 
estiver presente ou por vários minutos ou horas.
Não transmitem sinais contínuos, são estimulados 
quando ocorrem alterações na potência do estímulo. 
Adaptam-se em segundos ou milésimos de segundos.
Ex. Terminações de Ruffini e Discos de Merkel; Nociceptores; 
Barorreceptores, etc.
Ex. Corpúsculos de Pacini
Figura 6.8. . Os receptores de adaptação lenta (tônicos) apresentam potencial receptor 
(PR) muito semelhante ao estímulo. . Os receptores de adaptação rápida (fásicos), 
diferentemente, apresentam um potencial receptor “duplo”, com um pico quando o estímulo 
começa e outro quando termina. A freqüência de potenciais de ação (PAs) acompanha 
proporcionalmente, nos dois casos.
A
B
Classificação dos receptores:
Propriedades Funcionais dos Receptores
• Mecanoceptores 
• Termoceptores
• Quimioceptores
• Fotoceptores 
• Nociceptores
- Quanto ao tipo de energia captada:
- Quanto à localização (Sherrington):
• Exterorreceptores
• Interorreceptores
• Proprioceptores
• Eletrorreceptores;
• Receptores para infra-vermelho
	MÓDULO II �SISTEMAS SENSORIAIS
	Slide Number 2
	Bibliografia Sugerida:
	Receptores Sensoriais
	Estudo das Sensações � Contexto Histórico
	Slide Number 6
	Estudo das Sensações � Contexto Histórico
	Slide Number 8
	Conceitos Básicos
	Conceitos Básicos
	Slide Number 11
	Slide Number 12
	Slide Number 13
	 
	Conceitos Básicos
	 �Atributos da Sensação
	Slide Number 17
	 Propriedades Funcionais dos� Sistemas Sensoriais
	Propriedades Funcionais dos Receptores
	Propriedades Funcionais dos Receptores
	Slide Number 21
	Slide Number 22
	Slide Number 23
	Slide Number 24
	Slide Number 25
	Slide Number 26
	Slide Number 27
	Slide Number 28
	Slide Number 29
				Organização dos Sistemas Sensoriais
	Slide Number 31
	Slide Number 32
	Slide Number 33
	Slide Number 34
	Slide Number 35
	Propriedades Funcionais dos Receptores
	Slide Number 37
	Slide Number 38
	Slide Number 39

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