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1 Os plasmódios humanos Seus agentes são protozoários (esporozoários) da família Plasmodiidae e do gênero Plasmodium. Passam de formas amebói- des intracelulares (trofozoítas), cujo aspecto altera-se freqüen- temente pela emissão de pseu- dópodes (A), para formas re- produtivas assexuadas: os esquizontes (B). No inseto, para formas sexuadas (os oocistos) que produzem organismos com estruturas capazes de invadir hepatócitos (esporozoítas) e, depois, hemácias (merozoítas). A, trofozoítas de Plasmodium vivax, no sangue B, esquizonte 2 Malária humana: 1. Plasmodium falciparum, que produz a “febre terçã maligna” e cujo quadro clínico caracteriza-se por apresentar acessos febris repetindo-se com intervalos de 36 a 48 horas. É responsável pela maioria dos casos fatais. 2. Plasmodium vivax, agente da “febre terçã benigna” com ciclo febril que se repete cada 48 horas (A) e é a mais freqüente no Brasil. 3. Plasmodium ovale, tem sua distribuição limitada à África e é responsável por outra forma de “febre terçã benigna”. 4. Plasmodium malariae, o agente da “febre quartã”, com acessos febris a cada 72 horas (B). É pouco freqüente no Brasil. A B A, curva febril na terçã benigna; B, na febre quartã. 3 Ciclo dos plasmódios O anofelino inocula, com sua saliva, os esporozoítas infec- tantes na circulação humana (A). Ao penetrarem nos hepató- citos, os esporozoítas (que são formas alongadas) sofrem um processo de desdiferenciação celular e passam a ser simples criptozoítas (B) de forma arredon- dada ou ovóide. Esquizogonia pré-eritrocítica Os criptozoítas multiplicam- se, no fígado, por esquizogonia e diferenciam-se em merozoítas (C) que voltam ao sangue (D) e invadem as hemácias. 4 Ciclo dos plasmódios Esquizogonia eritrocítica Nas hemácias, ocorre um ciclo repetitivo em que os parasitos (C) evoluem de merozoítas a esqui- zontes (D). Também produzem gametó- citos (E). São estes (F) que, sugados pelos anofelinos, fazem o ciclo sexuado (ou esporogonia) no estô- mago do inseto (G) com a forma- ção de um zigoto amebóide (H). O zigoto invade o epitélio gás- trico e dá origem a um oocisto (I). Neste formam-se numerosos esporozoítas (J) que migram para as glândulas salivares do inseto. Formas assexuadas dos plasmódios Esporozoíta Formas assexuadas dos plasmódios A, merozoíta; B, trofozoíta jovem em uma hemácia; C, um esquizonte no vacúolo parasitóforo da hemácia. Formas assexuadas dos plasmódios Rosácea ou merócito dentro da hemácia (He): Co, conóide; Ci, citóstoma; N, núcleo; R, roptrias; M, mitocôndria; m, membrana da rosácea; mn, micronema; mt, micro- túbulos; CR, citoplasma residual; Vp, vacúolo com pigmento. 8 Formas sexuadas dos plasmódios (1) Macrogametócitos, ou gametócitos femi- ninos, são os mais numerosos no sangue. São de forma arredondada e ocupam quase todo o volume da hemácia, nos casos de P. vivax, de P. ovale ou de P. malariae. Mas, os de P. falciparum têm forma de banana, deformando o glóbulo vermelho ou rompendo-o; de modo que podem ficar livres no plasma. Macrogametócito de P. vivax Macrogametócito de P. falciparum 9 Formas sexuadas dos plasmódios (2) Microgametócitos ou gametócitos masculinos são células precursoras de gametas masculinos. Microgameta de Plasmodium em formação na superfície do microgametócito. Microgametócitos de P. vivax e de P. falciparum Plasmodium falciparum (1) Formas sanguícolas coradas pelo Giemsa. Plasmodium vivax Formas sanguícolas coradas pelo Giemsa. Leituras recomendadas HAWORTH, J. – Malaria in man: its epidemiology, clinical aspects and control. Tropical Disease Bulletin, 86, 1989. GOMES, M. et al. – Antimalarial suppositories set to reduce malaria deaths in children. TDR news, 69 (Nov. 2002), Rectal artesunate: last steps to registration. IOC - 7ª Reunião Nacional de Pesquisa em Malária. Rio de Janeiro, Instituto Oswaldo Cruz, 2000. MS/ Fundação Nacional de Saúde – Manual de terapêutica de Malária. Brasília, 1990. OMS – Tratamento da Malária Grave e Complicada. Condutas práticas. Genebra, 1991; Brasília, 1995. REY, L. – Bases da Parasitologia. 2ª edição. Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 2002 [380 páginas]. REY, L. – Parasitologia. 3ª edição. Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 2001 [856 páginas]. WORLD HEALTH ORGANIZATION – Guidelines for the diagnosis and treatment of malaria in Africa. Brazzaville, WHO, 1992.
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