Buscar

Nematoides alunos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
Nematóides 
Caenorhabditis 
elegans 
Max-Plank-Gesellschaft/France Press, 7.out.2002 
Nematóides 
Nematóides são vermes cilíndricos, com 
extremidades afiladas, ou filiformes que 
compreendem mais de 500.000 espécies 
diferentes, a maioria de vida livre. 
 
50 já foram encontradas como parasitos do 
homem. 
 
12 merecem destaque por serem importantes 
agentes de doença. 
 
 
Evoluem de ovo a verme adulto, passando por 
4 mudas ou ecdises, durante as quais trocam 
de cutícula e sofrem reestruturação interna. 
 O crescimento tem lugar entre as ecdises. 
 Tamanho comparativo dos nematóides: a) Dracunculus 
medinensis; b) Onchocerca volvulus; c) Wuchereria bancrofti; d) 
Ancylostoma duodenale; e) Trichuris trichiura; f) Enterobius 
vermicularis; g) Trichinela spiralis; h) Strongyloides stercoralis; 
i) Ascaris lumbricoides (Segundo Piekarski, 1962). 
3 
Organização dos nematóides (4) 
Aparelho digestório 
Todos os nematóides possuem um 
aparelho digestório semelhante, 
com a boca provida de lábios e 
papilas sensoriais, um esôfago 
muscular (geralmente com um bulbo 
dotado de mecanismo valvular) e um 
intestino simples, que termina no 
ânus (♀) ou na cloaca (♂). 
 A extremidade anterior em diversos 
gêneros de helmintos nematóides: a) 
lábios b) cavidade bucal; c) esôfago; 
d) estiletes; e) dentes quitinosos. 
Passagem do alimento 
pelo esôfago: p) lábio; 
q) alimento; r) válvulas 
bulbares. 
4 
Organização dos nematóides (5) 
Aparelho reprodutor 
Nas fêmeas (A), é geralmente 
formado por 2 ovários (j) e 
ovidutos (k) contendo os óvulos 
(l); 2 úteros (m) e uma vagina 
(p), que termina na abertura 
vulvar (p). 
Nos machos (B), o testículo é 
quase sempre um tubo único, 
continuado pelo vaso deferente 
(t-u) que pode dilatar-se em uma 
vesícula seminal. Segue-se o 
canal ejaculador musculoso que 
se abre na cloaca. Os anexos 
são: as asas caudais (v), 1 ou 2 
espículos (x), e as papilas sen-
soriais (y). 
A, fêmea e B, macho: a) lábios; b) boca; c) canal do esôfago; d) bulbo médio; 
e) esôfago; f) anel nervoso; g) glândula e poro excretor; h) bulbo posterior; i) intestino; 
j) ovário anterior; k) oviduto; l) óvulos; m) útero; n) espermatozóides; o) ovos; p) vagina; 
q) oviduto; r) reto; s) ânus; t) testículo; u) deferente; v) asas caudais; x) espículo; 
y) papilas sensoriais; z) cauda. 
Rhabditis 
Fisiologia dos nematóides (1) 
Nutrição 
 
Quanto à forma de alimentação, 
estes helmintos podem ser sepa-
rados em 4 grupos: 
 
1 - Os que vivem no interior do 
tubo digestivo de seu hospedeiro 
(Ascaris, Ascaridia, Enterobius, p. 
ex.), nutrindo-se de microrganis-
mos e materiais aí existentes. 
 
2 - Os que se alimentam da 
mucosa do tubo digestivo (como 
Ancylostoma, Necator etc.) e são 
dotados de cápsulas bucais com 
estruturas dilacerantes ou pungi-
tivas para sangrá-la e sugá-la. 
3 - Os da cavidade intestinal, 
(sem cápsula bucal) que pene-
tram parcialmente nos tecidos 
da mucosa, produzem histólise e 
aspiram o produto (Trichuris, p. 
ex.) 
4 - Os que vivem nos tecidos 
do hospedeiro, e aí se 
alimentam, causando histólise; 
ou ingerem sangue, linfa e 
produtos inflamatórios (como os 
estrongilóides, as filárias e as 
larvas de várias espécies, ao 
fazerem migrações pelo 
organismo). 
 
6 
Fisiologia dos nematóides 
Reprodução 
Os sexos são sempre separa-
dos, mas em algumas espécies 
de Strongyloides, p. ex., os 
machos são raros, só promovem 
a segmentação do óvulo ou são 
desconhecidos. A reprodução 
faz-se então por partenogênese, 
como ocorre na estrongiloidíase 
humana. 
 
Ovos 
Variam quanto a forma e es-
trutura, podendo ter 3 envol-
tórios: 
- o mais interno, impermeável 
à água, é de natureza lipídica; 
- o 2º, quitinoso (e por vezes 
único), pode formar opérculos ou 
rolhas polares. 
 
- o 3º, que pode estar presente, 
é protéico e formado pela parede 
uterina. Apresenta aspecto irre-
gular bem característico. 
Ascaris 
25 µm 
Trichuris 
Necator 
Ciclo biológico dos nematóides 
Dentro de seus envoltórios, 
quando expulso pela fêmea, o ovo 
pode encontrar-se na fase de 
célula única ou já encontrar-se 
em fase de segmentação. 
 
Há casos em que a larva já está 
formada ou é parida como tal 
pelas fêmeas, devendo sofrer 
uma primeira muda para adquirir 
capacidade infectante. 
 
As larvas de algumas espécies 
eclodem no solo, desde que 
completado seu desenvolvimento 
e reunidas condições favoráveis 
de temperatura e umidade 
ambiente. 
Mas só se tornam infectantes 
no 3º estádio larvário. 
Os helmintos podem penetrar 
em seu hospedeiro, seja passiva-
mente (sendo seus ovos ingeridos 
com alimentos, água ou através 
das mãos sujas), seja ativamente, 
como larvas, através da pele. 
Larvas, como as das filárias, 
são veiculadas por insetos hema-
tófagos. 
Ovo de 
Necator 
embrionado 
Migração das larvas 
Antes de atingir a fase adulta, 
muitos parasitos migram através do 
organismo, quer tenha sido a penetra-
ção cutânea, quer oral. 
Larvas de Necator (L
3
) que entram 
pela pele vão pela circulação venosa 
ou linfática ao coração e aos pulmões, 
onde tem lugar a 3ª ecdise (trajeto 
azul). 
Penetram nos alvéolos e bronquí-
olos, sendo arrastadas pela corrente 
de muco da árvore respiratória até a 
faringe (fim do ciclo pulmonar) e 
deglutidas (trajeto vermelho). 
Nos intestinos sofrem a 4ª e última 
ecdise passando a vermes adultos. 
Seus ovos saem com as fezes. 
Migração larvária pela circulação (trajeto 
azul) e pelos órgãos cavitários: árvore 
respiratória, faringe, esôfago, estômago e 
intestinos (trajeto vermelho). 
Migração das larvas 
Os ovos de Ascaris, que penetram por via digestiva, eclodem 
no intestino, mas suas larvas invadem a mucosa, ganham a 
circulação e fazem o ciclo pulmonar. Só completam o 
desenvolvimento e alcançam a maturidade quando chegam no 
intestino. 
Vários vermes adultos de 
Ascaris lumbricoides 
eliminados por um 
paciente, após tratamento. 
Ascaris lumbricoides 
e ascaríase 
Ascaris lumbricoides 
É um helminto nematóide da família 
Ascarididae e o maior parasito habitual 
do homem. 
 
 
Os áscaris são conhecidos, popular-
mente, como lombrigas ou bichas. 
 
 
Localizam-se de preferência no 
duodeno e no jejuno, onde produzem 
um quadro clínico variado denominado 
ascaríase. 
Ascaris lumbricoides: 
A, fêmea; B, macho 
Ascaris lumbricoides 
Em geral, há em torno de 
6 vermes por paciente. Mas 
esse número pode elevar-
se a 500 ou 700 em alguns 
casos. 
 
Um único helminto 
introduzindo-se, p. ex., no 
apêndice, nas vias biliares 
ou pancreáticas, ou em um 
brônquio chega a produzir 
um estado grave e por 
vezes fatal. 
Mais comum, em crianças, é a obstrução intestinal por um bolo 
de áscaris, determinando o quadro de abdome agudo. 
Ascaris lumbricoides 
Fisiologia dos Ascaris 
Os ovos férteis são ovais ou quase esféricos e medem em 
torno de 60 x 45 µm (A). 
 
No solo, embrionam em 2 semanas (entre 20 e 30ºC) e se 
tornam infectantes dentro de outra semana (B). Mas podem 
permanecer aí infectantes durante um ou mais anos. 
 
Os ovos de áscaris são abundantes no chão do peridomicílio 
poluído com fezes humanas, e podem ser suspensos no ar, com a 
poeira, pela ação dos ventos. 
A infecção por Ascaris 
Ovos de áscaris podem ser 
ingeridos com os alimentosou a 
partir das mãos sujas. Mas, 
também, serem aspirados e 
depois deglutidos com o muco 
das vias aéreas. 
No cecum do hospedeiro, os 
ovos embrionados eclodem, 
liberando uma larva de 2º estádio. 
 
Invade a mucosa intestinal e 
vai pela circulação até o pulmão, 
onde chega em 4 ou 5 dias. 
 
Cresce e sofre nova muda, 
passando a larva de 3º estádio 
após 8 ou 9 dias. 
 
As larvas de 3º estádio 
penetram nos alvéolos, onde 
ocorre a 3ª muda. 
Medindo agora 1 a 2 mm (E), 
são arrastadas pela corrente de 
muco dos bronquíolos e brôn-
quios, sobem pela traquéia e 
laringe, sendo deglutidas com 
as secreções brônquicas. 
 
Ao chegarem ao intestino, dá-
se a 4ª e última muda que as 
transforma em adultos jovens. 
 
O crescimento continua até a 
maturidade, ao fim de 2 meses. 
Resistência aos Ascaris 
Na fase invasiva, as 
lesões dependem do número 
de larvas, do tecido em que 
se encontrem e da resposta 
do hospedeiro. 
Se as larvas forem poucas 
e não houver hipersensi-
bilidade, as reações hepá-
ticas serão insignificantes e 
as pulmonares discretas. 
Se forem muitas, haverá 
focos hemorrágicos e ne-
cróticos no fígado, com 
inflamação em torno das 
larvas aí retidas ou des-
truídas. 
Nos pulmões ocorrerá a 
síndrome de Loeffler, com 
febre, tosse, alta eosinofilia 
e quadro radiológico com 
manchas isoladas ou con-
fluentes nos campos pulmo-
nares. 
 Normalmente, esses sin-
tomas desaparecem em 
poucos dias sem deixar 
traços. Mas, em crianças 
pequenas e em pessoas 
hipersensíveis, a gravidade 
pode ser alta. 
Complicações na fase crônica 
Espasmos, volvo, intussuscepção (invaginação de um 
segmento intestinal em outro), obstrução intestinal por um 
bolo de áscaris, peritonite etc., são complicações dramá-
ticas que podem levar o paciente à morte. 
 Peça com obstrução 
intestinal por áscaris 
Segundo as es-
tatísticas hospi-
talares, cerca de 
45% das obstru-
ções por bolo de 
áscaris ocorrem 
em crianças com 
menos de 2 anos 
de idade. 
Diagnóstico da ascaríase 
Os quadros clínicos não permi-
tem distinguir a ascaríase de 
outras helmintíases intestinais 
O exame parasitológico das 
fezes é a melhor forma de se 
diagnosticar esta helmintíase. 
 
Ovos de áscaris vistos ao microscópio: 
1 e 2, normais; 3 e 4 inférteis (OMS). 
Barras negras = 25 µm. 
1 2 
3 4 
21 
Tratamento da ascaríase 
A – Piperazina, 
 
B – Pamoato de pirantel 
 
C – Levamisol do grupo do mebendazol. 
 
D – Mebendazol, Cura próxima de 100%. 
 
E – Flubendazol, do mesmo grupo que o mebendazol. 
Anti-helmínticos recomendados: 
 Essas drogas não agem sobre larvas ou adultos fora dos intestinos. 
Controle e educação sanitária 
Os programas de ação contra 
essas parasitoses devem ter por 
objetivo, inicialmente, apenas o 
controle e, só tardiamente, como 
no Japão, a erradicação. 
O tratamento dos grupos mais 
afetados inclui, de regra, apenas 
as crianças em idade escolar. 
Por razões logísticas preferem-
se os esquemas de tratamento 
com dose única e via oral. 
A repetição periódica dos tra-
tamentos é indispensável, visto 
permanecerem no solo, por muito 
tempo, os ovos infectantes. 
Mas, também, por haver na 
comunidade geralmente casos 
não curados, reinfectados ou 
importados de outras áreas 
endêmicas. 
Para consolidar os resultados, 
é necessário mudar o 
comportamento das populações 
de modo a reduzir a poluição do 
solo e as reinfecções, em cada 
domicílio. 
Educar as crianças e os 
adultos que delas cuidam (e 
devem dar o exemplo) implica 
em habituar: 
- ao uso constante das 
instalações sanitárias; 
- a lavar as mãos após defecar, 
antes de comer ou de preparar 
alimentos; e sempre que sujas de 
terra; 
- lavar as frutas e legumes 
consumidos crus; e proteger os 
alimentos contra as poeiras, os 
insetos e outros vetores de 
infecção. 
23 
Leituras complementares 
 
ACHA, P.N. & SZYFRES, B. – Zoonosis y enfermedades 
transmisibles comunes al hombre y a los animales. 2a 
edição. Washington, Organización Panamericana de la 
Salud, 1997. 
MINISTÉRIO DA SAÚDE, FUNASA – Doenças Infecciosas e 
Parasitárias. Brasília, MS/FUNASA, 2000 [219 páginas]. 
REY, L. – Bases da Parasitologia. 2a edição. Rio de Janeiro, 
Editora Guanabara, 2002 [380 páginas]. 
REY, L. – Dicionário de Termos Técnicos de Medicina e Saúde. 
2
a
 edição, ilustrada. Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 
2003 [950 páginas]. 
REY, L. – Parasitologia. 3a edição. Rio de Janeiro, Editora 
Guanabara, 2001 [856 páginas]. 
THIENPONT, D.; ROCHETTE, F. & VANPARIJS, O.F.J. – 
Diagnosing helminthiasis by coprological examination. 
Beerse, Belgium, Janssen Research Fondation, 1986.

Outros materiais