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Aula 17 (continuação): Ocorre da região anterior até S1 (região equivalente à primeira vértebra sacral).• O ectoderma ai presente invagina, começa a formar uma goteira. Essa goteira exibe nas bordas uma proliferação celular diferenciada, que é a crista neural. Isso evolui para a formação de uma goteira. A população da crista neural começa a ficar maior, mais evidente. Isso evolui para formação de uma gota. • A goteira neural têm relação direta com a notocorda que está abaixo dela• Posteriormente as populações celulares da crista formam duas populações isoladas. Entre essas populações está o tubo neural, e a notocorda se encontra abaixo do tubo. • Nerulação primária: De S1 para frente. Um sacro e um cóccix.• Envolve a formação de um rubo neural e de uma notocorda diferenciada.• Há o ectoderma cutâneo e abaixo dele há mesênquima e, abaixo disso, há o endoderma. Isso é resultado da gastrulação. • Nessa região não há uma notocorda.• O tecido mesenquimal associado começa a sofrer uma condensação. Essa condensação é resultado de uma proliferação celular e acredita-‐se numa interação direta com o ectoderma cutâneo nessa região. Isso vai formar uma massa celular responsável pela a produção de uma notocorda diferente da outra. Essa massa celular canula e forma uma notocorda mesenquimal. Essa notocorda deve colaborar para a formação de uma condensação mesenquimal na altura do tubo neural. • No final do processo de neurulação secundária, há um tubo neural formado por condensação mesenquimal e uma notocorda visível envolvida por tecido mesenquimal. E em baixo disso tudo, há endoderma. • Logo que esse tubo neural se forma, ele se conecta com o tubo neural formado na neurulação primária. Ai tem-‐se um tubo neural que vai desde a região mais anterior do corpo até a região coccígea. • Neurulação secundária: O cone medular se encontra entre L1 e L2. • Os nervos associados às vértebras sacrais e até a região coccígea, todos saindo na ponta do cone medular. Isso indica que a neurulação primária é a neurulação responsável por formar as raízes nervosas. Já a neurulação secundária, que formou um tubo neural mesenquimal, não contribui para a formação disso. • Um pesquisador recentemente estudou o processo de neurulação secundária em embriões humanos, e aplicou à camundongos. Ele observou um período de apoptose a partir de S1 para frente, gerando morte celular desse tubo neural secundário. • A vantagem de ter um tubo neural mesenquimal é para formar o corpo das vértebras.○ Se não houvesse uma neurulação secundária posteriormente à S1, não haveria a construção de vértebras posteriormente à S1. Se não tiver tubo neural e notocorda após S1, não há sítio para que o esclerótomo envolva; ele não é orientado a formar uma vértebra. ○ Acontece a formação de vértebra, mas a expressão gênica depois de S1 é diferente a anterior à S1. A "prova" disso é que há a construção de um sacro achatado e de um cóccix fusionado, colado. ○ Pq o tubo neural surgiu se ele vai desaparecer? • Gera um dorso com buraquinho, que é anterior à S1. ele é anterior, pois é até S1 que tinha tubo neural a ser fechado. Não é posterior à S1, pois não há tubo neural a ser fechado, mas sim um tubo neural por condensação mesenquimal. ○ Após o 2º/3º mês não há resquício do tubo neural mesenquimal. Ele desaparece e as vértebras se colam. Isso explica a espinha bífida. • A medula é mais volumosa na região lombar.• Na região torácica o H medular é mais comprido que na região lombar. O H medular na região cervical é mais comprido e na região lombar é mais "gordinho". • Na medula a substância cinzenta é central. Isso têm a ver com o processo de dobramento e com a migração celular. • Têm região da medula que possui um ponto de dobramento mediano. Agoteira, não é literalmente uma goteira nessa região, ela é mais verticalizada. Isso ocorre mais na região cervical da medula. ○ Em outros pontos há pontos de dobramento lateral. ○ O tubo neural dobrou e formou uma goteira. Isso depende dos pontos em que essa goteira se dobra. Identifica-‐se pontos de dobramento diferenciado. • Se não ocorrer esse dobramento no tubo neural dependendo da região têm má formação. • Em baixo há o predomínio de uma família de genes pertencentes ao Shh. É uma família de genes que se expressa em gradientes e, nessa altura do ectodema, há, por exemplo, as proteínas morfogenéticas. Essa proteínas também se expressam em gradiente, a expressão é grande e diminui para a base da goteira. Enquanto que a Shh a expressão é alta na base e vai diminuindo para a superfície. Então existe um gradiente de expressão gênica para que ocorra a formação desse tubo neural. ○ Há um gradiente de expressão gênica.• O mesênquima paravertebral também auxilia esse processo de expressão gênica. São várias as proteínas expressas na notocorda, além dessa família de genes. • Isso tudo, dependendo do gradiente na altura do tubo neural, define os pontos de dobramento.• Dobramento do tubo neural: Então, para que haja a formação da goteira, deve haver a expressão desses genes em gradiente.• Se o ponto de dobramento foi lateral, têm-‐se uma região basal mais arredondada. Se ele foi mediano, a região basal é mais afinalada. • Relaciona-‐se a formação desses processos com defeitos no tubo neural.○ Na altura da coluna cervical, há pontos de dobramento mediano. Ele vai se tornando mais lateral a medida que desce. Na medula torácica, há uma "fusão" entre esses dois dobramentos, e uma conformação intermediária. Na região lombar, a expressão maior é o de pontos de dobramento lateral. • resultado dos pontos de dobramento gera o tubo neural. Esse tubo neural separa populações celulares. Então há populações celulares que estão mais associadas à região dorsal, e populações celulares relacionadas mais à região ventral. Isso se chama placa da base e placa do teto. Isso é fundamental no processo de construção dos núcleos de neurônios, do cone motor, sensitivo. • Os dobramentos dessa da região da medula persistem configurando a forma da substância cinzenta.• RESUMO: quando se pensa em pontos de dobramento,deve-‐se pensar em gradientes de expressão gênica que vai interferir nas proteínas que são expressas no tubo neural que está em fechamento. Fechamento do tubo ao longo da região do encéfalo e medula espinhal.• Se o tubo neural não fechar de modo correto, vai gerar defeito.defeito no tubo neural deve ser monitorado pelo o médico durante toda a gestação • Folato atua diretamente na expressão gênica para a formação de um tubo neural adequado. • O dobramento vai começar, em condições normais, na altura das primeiras vértebras torácicas. E ele vai seguir em forma de ziper, ele vai fechando o tubo neural de cima para baixo nos sentidoscranial e sacral. ○ O tubo neural não vai até a "frente" devido a membrana bucofaríngea. O tubo neural se desenvolve desse ponto para trás, pois mais anteriormente estruturas da face e farínge estão sendo desenvolvidas. ○ O fechamento começa nesse ponto e vai para a região posterior, até a região de S1. ○ Um tubo neural aberto é literalmente o que se vê em um feto anencefalo. Há "lábios" dobrados. ○ Como o tubo neural fecha? • Neuroporo caudal ou posterior.○ Neuroporo rostal ou anterior.○ O último resquício do fechamento anterior e posterior geram dois "buraquinhos", os neuróporos (= poro do tubo neural). • Isso é o que falta fechar do tubo em desenvolvimento normal. O fechamento do neuroporo rostal ocorre aproximadamente no 25º dia. Já o do neuroporo caudal ocorre aproximadamente no 27º dia. • O monitoramento do fechamento dos neuroporos é importante pois indica um fechamento aparentemente normal. Não se sabe se a função está "ok", pois a fisiologia do sistema nervoso vai depender de como as camadas neuronais são construídas em medula e em encéfalo. • O ponto em que se comça o fechamento do tubo neual, é o ponto onde o tubo dobrou primeiro. Então o tubo continua dobrando, até fechar. • Quando o tubo neural fechar completamente haverá condições para que o neuroepitélio prolifere e se diferencie. É a proiferação do neuroepitélio que vai garantir a formação de um tubo neurale da formação do SNC corretas. • Fechamento do tubo neural: Parte mais importante da formação do sistema nervoso (pode ser questão de prova).• Ectoderma com o tubo neural.• ○ Isso tem uma relação direta com a formação do neuroepitélio. • O ectoderma que deu origem à pele nessa fase é inicialmente têm uma forma cilindrica e simples. Ele vai estratificando a medida em que o tempo passa. Na vigésima semana, a pele está formada, já há os estratos da pele todos formados (camada basal, os queratinócitos). Essa estratificação demanda a interação com o líquido amniótico, pois a pele, nessa fase inicial (ainda ectoderma simples) gera transito de moléculas nessa porção e secreção de líquido amniótico. O líquido amniótico é absorvido pelo o embrião e é secretado pela a pele. Mas enquanto esse processo está em desenvolvimento, o epitélio vai se estratificando. Quando ele se estratificar e formar aquele epitélio espesso, ele não secreta mais líquido amniótico. Então a pele vai ficar úmida dentro da cavidade amniótica, pois passa líquido através dela e a pele vai se tornar inpermeável à medida em que se estratifica. ○ Todo epitélio simples têm uma camada de células tronco abaixo dele. • O tubo neural, enquanto estava invaginando, apresentava epitélio simples. Com o passar da tempo, há um epitélio que era cilíndrico e simples e passa a ser em eptélio pseudo-‐estratificado. • Isso já é observado no tubo neural. O epitélio que era simples começa a alongar. Ele alonga fica muito mais cilíndrico e dá essa cara de pseudo-‐estratificação, mas o epitélio ainda é simples. Neuroepitélio: • • A periferia do tubo neural está relacionada com o tecido conjuntivo que está em volta. O neuroepitélio é encontrado em toda a extensão desse tubo neural. E é a partir desse neuroepitélio que vai se desenvolver todo o sistema nervoso. • Essa parte de cima é o que chamamos de região os zona marginal. • • A região do meio é o que chamamos de zona ou camada do manto. ○ Ventricular lembra ventrículo, ventrículo deve lembrar célula ependimária, que deve lembrar terceiro e quarto ventrículo, aqueduto cerebral, ventrículo lateral direito e esquerdo, pois essa população de célula margeia toda a região ventricular. Aonde passa líquor é região ventricular. • A parte de baiza é o que chamamos de zona ventricular. ○ Ela têm esse nome, pois está relacionada à parte mais íntima do tecido nervoso mais distal, e têm origem diretamente da crista neural. ○ As células da crista neural constrói as meninges mais internas. • As meninges envolvem o tecido nervoso (Pia-‐mater; aracnóide, dura-‐máter). As duas primeiras meninges são chamadas de leptomeninges (leptomeninge gera piamater que gera aracnóide). Essa estrutura mesenquimal é que vai construir a leptomeninge (de rosa no desenho). Tubo neural: • O desenvolvimento do neuroepitélio é extremamente complexo no encéfalo. Na medula espinhal, a zona ventricular e a camada do manto vão se restringir à camada ventricular, e isso é interessante pois não há a migração de porções de neurônios que migram para a zona marginal. • Zona do manto vai geral neurônio, mas normalmente não há formação de camadas de neurônios na medula espinhal, mas há zonas de grupos de neurônios. Se pegar qualquer H medular, observa-‐se que a zona central é mais escura,pois os neurônios se acumulam ali. Encontra-‐se mais ou menos três regiões de neurônios, a região dorsal, onde há o corno chamado de sensitivo, há no cone para a região motora grupos de neurônios chamados de neurônios motores. Entre eles regiões de neurônios de comunicação, os interneurônios. Esses neurônios da medula espinhal não saíram da região marginal. A região externa, periférica, há o desenvolvimento do neurópilo que é o conjunto das fibras de axônios,prolongamento de células gliais. Mas essas células não migram para a periferia, vão desenvolver as suas comunicações, integrar-‐se funcionalmente com os neurônios que estão na periferia, mas elas vão continuar no manto. • Na zona ventricula há um conjunto de células que são células tronco. Essas células são aquelas que vão originar todas as células do sistema nervoso central. (isso tudo vale para o encéfalo, para a hipófise, mas não vale para a medula, pois a diferenciação é outra) • Na medula há uma diferenciação celular que promove a formação de cones, mas elas não migram do neuroepitélio, não há a formação de córtex. • Cajal consegui descobrir uma técnica capaz de colorir o tecido nervoso através de nitrato de prata. E ele pegou um pedaço de encéfalo e corou com essa coloração e identificou umas células compridas. Nós sabemos hoje que essa célula para a formação do córtex é fundamental, que é a célula radial glial. Essa célula é uma célula que vai da base até a periferia do córtex, vai da região ventricular até a superfície e ela persiste. • Há uma camada ventricular e há uma célula que é comprida. Acredita-‐se hoje que essas células compridas nessa região formam grandes filamentos que esticam na região do córtex e prendem da base à região da superfície. E é esta célula que permite a migração dos neurônios a partir da zona ventricular. • Na base há uma camada de células troco que, como não têm um nome específico para elas, elas são chamadas de neuroblasto. O neuroblasto é o "blasto"do tecido nervoso, não apenas o "blasto" do neurônio. Neuroblastoé então a célula precoce que gera células nevosas (glia, neurônio e epêndima). • O início das leptomeninges está prendendo as células fininhas e longas que vão até a superfície. Essas células proliferam, entram em mitose, e essa mitose gera outra camada de células também de célula tronco um pouco mais acima dela. Isso é chamado de zona subventricular. Então tem-‐se a zona ventricular e a zona subventricular. • As células mais numerosas que temos no SN são as glias. Para cada neurônio,dez glias. Isso vai para córtex, região cortical mais recente. Não vai para cerebelo, cerebelo existe um pouco mais de neurônio do que glia, a relação é um pouco menor. § Neurônio apolar: célula que saiu da zona subventricular e está comprometida com o desenvolvimento de neurônio. Ele desenvolve uma forma bipolar e migra através da célula radial glial. Quando ela chega no loal desejado, ele vai se diferenciar, desenvolver comunicações, conexões. ○ A linhagem dos neurônios, que por uma questão de nomenclatura, também fala-‐se de neuroblasto apolar.-‐-‐-‐-‐> isso gera neurônio bipolar, depois neurônio pseudounipolar e depois neurônio multipolar. ○ A linhagem das glias que vamos chamar de neuroglia -‐-‐-‐> gera astrócitos,oligodendrócitos. ○ Epêndima.Margeia a camada ventricular, margeia a cavidade. Se margeia a cavidade, ele já está no local desejado, mas se tratando das outras, não. • O neuroblasto gera: • Essas células proliferam e geram uma nova plataforma celular. A partir dessa plataforma, inicia um novo processo de mitose intensa. Essas células têm alto poder de proliferação celular. Elas vão proliferando e construindo neuroblastos, neurônios e células gliais. • Sabe que o processo de construção das camadas corticais direto é relacionado às células gliais, pois identifica-‐se a migração de neurônios direto dessas células. A partir dessa segunda plataforma há uma migração celular intensa, proliferação e migração. Essa proliferação é tão intensa que vai gerando um aumento da área da superfície. As primeiras células que migram atingem determinada altura,as segundas passam para frente delas, as terceiras também e assim sucessivamente até a sexta camada, onde há o isocórtex (por exemplo a retina). • A área de superfície aumenta tanto que a única solução para a área do encéfalo é fazer dobras. O tecido se dobra. Essa é a base para a formação dos giros cerebrais. A periferia do encéfalo é muito maior devido a presença dos giros. Vai gerando tanta célula para cima que ele vai ter que dobrar. • Na primeira plataforma a mitose gera uma placa metafásica horizontal, então a célula vai subindo para a segunda plataforma. De segunda plataforma para cima a placa metafásica é em direção oposta e ai vai gerando células uma do lado da outra e elas migram uma ao lado da outra, por isso a área de superfície vai aumentando. • Quando terminar o processo de aposição de neuroblasto, a primeira plataforma se transforma em epêndima. É o que se acredita, mas existe neurônios novos em adulto, ou seja, as células tronco ainda estão associadas à base do epitélio, possivelmente integrada na interface do epitélio ependimário. Sabe disso, pois, quanto mais jovem o indivíduo,maior é a plasticidade neural dele maior a probabilidade dele gerar neurônios novos. Possivelmente é uma zona que permanece com células tronco. Isso já está provado na região da ínsula, para o hipocampo. Desenvolvimento do sistema nervoso: terça-‐feira, 20 de outubro de 2015 16:10
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