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1 ---Aula 7--- Erythroxylum coca Duração Curta: Procaína Cloroprocaína Duração Média: Lidocaína Mepivacaína Prilocaína Duração Longa: Tetracaína Bupivacaína Etidocaína Ropivacaína Tempo que vai desde a instalação completa do bloqueio até os primeiros sinais de recuperação �O grupo aromático confere lipossolubilidade à molécula do anestésico e permite sua solubilidade em gorduras, favorecendo sua transposição por barreiras celulares. �A união da cadeia intermediária com o sistema aromático faz-se por meio de ligações do tipo éster ou amida. �O grupo amino representa a porção hidrofílica da molécula e facilita sua difusão em meio aquoso. 2 � A presença da ligação éster ou amida nas moléculas dos anestésicos locais é importante, devido à sua susceptibilidade à hidrólise metabólica. Os compostos que contêm éster geralmente são inativados no plasma e nos tecidos (principalmente no fígado) por esterases inespecíficas. As amidas são mais estáveis, e estes anestésicos geralmente possuem meia- vida plasmática mais longa. Os fatores mais importantes relacionados à absorção são: � Local de injeção � Dose � Presença de vasoconstritor � Características farmacológicas da droga (níveis sanguíneos): LIPOSSOLUBILIDADE AÇÃO VASODILATADORA Dois fatores são importantes: � Ligação com as proteínas plasmáticas � Distribuição para os tecidos � Tipo Éster: Hidrólise por enzimas plasmáticas. � Tipo Amida: Microssomos hepáticos. Principalmente pelo rim, sob a forma alterada ou inalterada Resumo da sequência do bloqueio das fibras � 1o – fibras de pequenos calibres mielinizadas � 2o – fibras de pequenos calibres amielinizadas � 3o – fibras de grandes calibres mielinizadas � Em geral, os anestésicos locais bloqueiam a condução nas fibras nervosas de pequeno calibre mais facilmente que nas fibras grandes. Todavia, as fibras menores nos nervos periféricos consistem em fibras C não mielinizadas, que são bem menos susceptíveis do que as fibras mielinizadas (Aδ) menores. Como os impulsos nociceptivos são transmitidos por fibras Aδ e C, a sensação da dor é bloqueada mais facilmente do que outras modalidades sensoriais (como tato, por ex.). Os axônios motores, em virtude de seus diâmetros grandes, também são relativamente resistentes. 3 * * Os principais efeitos indesejáveis (riscos), incluem: � Efeito sobre o SNC, agitação, confusão, tremores que progridem para convulsões e depressão respiratória; � Efeitos cardiovasculares, como depressão miocárdica e vasodilatação, resultando em queda da pressão arterial; � Reações ocasionais de hipersensibilidade � As toxinas marinhas tetrodotoxina e saxitoxina, bloqueiam os canais de Na+ através de ligação a receptores de canais próximos à superfície extracelular. Seus efeitos clínicos são semelhantes aos dos anestésicos locais. Entretanto, os anestésicos locais ligam-se a receptores próximos da extremidade intracelular do canal e bloqueiam o canal de forma dependente do tempo e da voltagem. OUTRAS SUBSTÂNCIAS QUE AFETAM OS CANAIS DE SÓDIO � Tetrodotoxina - É produzida por uma bactéria marinha e se acumula nos tecidos de um peixe venenoso do Pacífico, o baiacu. Baiacu �Saxitoxina - É produzida por um microorganismo marinho, que algumas vezes prolifera em grande número e ainda colore o mar, produzindo o fenômeno da “maré vermelha”. Anestesia Indicações Drogas De superfDe superfííciescies Nariz, boca, árvore brônquica (geralmente na forma de spray), córnea, vias urinárias. Lidocaína, tetracaína, dibucaína, benzocaína InfiltrativaInfiltrativa Injeção direta em tecidos para atingir ramos e terminações nervosos. Utilizada em pequenas cirurgias A maioria Regional Regional intravenosaintravenosa O anestésico local é injetado por via intravenosa distalmente a um manguito de pressão para interromper o fluxo sangüíneo; permanece eficaz até restauração da circulação. Usada em cirurgia dos membros. Lidocaína, Prilocaína Por bloqueio Por bloqueio nervosonervoso O AL é injetado próximo a troncos nervosos (ex: plexo braquial, nervos intercostais ou dentários) para produzir perda da sensação perifericamente. Utilizada para cirurgia, odontologia e analgesia. A maioria RaquianestesiaRaquianestesia O AL é injetado no espaço subaracnóideo (contendo LCR) para atuar sobre as raízes espinhais e medula espinhal. Usada para cirurgia do abdome, pelve ou perna, principalmente quando não se pode utilizar anestesia geral. Lidocaína, tetracaína EpiduralEpidural O AL é injetado no espaço epidural, bloqueando as raízes espinhais. Usada para parto sem dor. Lidocaína, bupivacaína 4 � Neonato; � 18 dias de vida; � 700g; � Extremamente debilitado: � Sepse Dados do Paciente Caso Clínico 1: Anestesia Regional para procedimento neurocirúrgico em neonatos O que é sepse? � Sepse é uma resposta inflamatória sistêmica caracterizada por febre ou hipotermia, leucocitose ou leucopenia e taquicardia ou taquipnéia. O choque séptico, por sua vez, foi definido como o quadro de sepse acompanhado de hipotensão não responsiva a vasoconstritores. American College of Chest Physicians/Society of Critical Care Medicine Consensus Conference, 1992 � Hidrocefalia obstrutiva decorrente de hemorragia intraventricular de nível 3. Patologia Grande perda sanguínea, geralmente requer transfusão. 4º ventrículo 3º ventrículo Colocação de reservatório de Ommaya para drenagem do líquido cerebroespinhal Procedimento Cirúrgico � Fentanil: analgésico opióide, agonista do receptor µ; � Pancurônio: relaxante muscular, antagonista competitivo da acetilcolina; � Bupivacaína: anestésico local, impede despolarização através do bloqueio de canais de Na+. Farmacoterapia � A cirurgia correu sem complicações. � A variação de PA foi dentro do normal � As doses de Bupivacaína foram suficientes para produzir analgesia sem efeitos sistêmicos. Conclusões � DP: Paciente do sexo feminino, 16 anos, 50 kg. � QP: Cálculo ureteral. � CD: Submetida a ureterolitotripsia a laser para ressecção de cálculo ureteral. �Sedação com propofol (40 mg) e bloqueio subaracnóideo com lidocaína a 5% (50mg). � Complicação: Minutos após, a paciente apresentou placas eritematosas e pruriginosas no pescoço e tronco, com angioedema e edema discreto nas pálpebras e nos lábios, sem broncoespasmo. Caso clínico 2: Alergia à lidocaína 5 � CD: Foi tratada com prometazina (12,5mg) e apresentou com reversão completa do quadro. � Diagnóstico: Possível alergia á lidocaína. Placas eritematosas Angiodema � A Urticária se caracteriza pela formação súbita de pápulas avermelhadas e edemaciadas na pele que coçam ou queimam de modo intenso. A urticária pode surgir em qualquer local, incluindo face, lábios, língua, garganta ou orelhas e ouvidos, com lesões de vários tamanho. Em alguns casos, as pápulas se juntam formando grandes placas, chamadas Placas Urticariformes. � O Angioedema é parecido com a urticária, mas o inchaço ocorre não na superfície, mas sob a pele, concentrando- se tipicamente em torno dos olhos, lábios, genitais, mãos e pés. Em raras ocasiões, o angioedema na garganta, língua ou pulmões pode bloquear as vias aéreas, causando dificuldade respiratória com risco de morte. � Em fevereiro de 2003, ao submeter-se a tratamento dentário foi encaminhada pelo dentista ao serviço de Imunopediatria. � Foram realizados testes de desencadeamento com lidocaína sem conservantes (Prick Test - teste de puntura na pele). � Reações do Tipo I ou Hipersensibilidade Imediata � Resultado do teste de puntura na pele: negativo. Histórico da Paciente � Teste Intradérmico: �Maior sensibilidade do que o teste de puntura. �Pacientes com baixasensibilidade cutânea. � Resultado: confirmado o diagnóstico de hipersensibilidade tipo I ao anestésico local (lidocaína). �Apresentou prurido e pápulas eritematosas no tronco e abdômen. �O teste foi suspenso e foi administrada novamente prometazina (12,5 mg) com melhora do quadro. Classificação dos anestésicos gerais � Anestésicos inalatórios: halotano, óxido nitroso, enflurano, isoflurano, éter � Anestésicos injetáveis: Tiopental, etomidato, propofol, quetamina 6 Estágios da anestesia geral � Estágio I – Analgesia: O paciente fica sonolento, porém consciente. As respostas aos estímulos dolorosos são reduzidas. � Estágio II – Excitação ou Delírio: O indivíduo perde a consciência e não responde mais aos estímulos indolores, porém responde, de maneira reflexa, aos estímulos dolorosos. � Estágio III – Anestesia cirúrgica: O movimento espontâneo cessa, e a respiração torna-se regular. Com o aprofundamento da anestesia, esses reflexos desaparecem e os músculos se relaxam por completo. � Estágio IV – Paralisia bulbar: A respiração e o controle vasomotor cessam, havendo morte em poucos minutos. Os principais fatores que determinam a velocidade de indução e de recuperação: � coeficiente de partição sangue/gás (i.e, solubilidade no sangue) – constitui o principal fator que determina a velocidade de indução e de recuperação de um anestésico inalatório. Quanto menor este coeficiente, mais rápidas são a indução e a recuperação. � coeficiente de partição óleo/gás (i.e., solubilidade na gordura) – determina a potência de um anestésico e também influencia a cinética de sua distribuição no corpo. O principal efeito é o de que a elevada lipossolubilidade tende a retardar a recuperação dos efeitos da anestesia. � Exposição prolongada de óxido nitroso (acima de 6h) causa inativação da metionina sintetase, uma enzima necessária para síntese de DNA e de proteína, resultando em depressão da medula óssea, com consequente desenvolvimento de anemia e leucopenia. � O halotano sofre metabolismo em parte por oxidação a ácido trifluoroacético, que reage de modo covalente com muitas proteínas. Isso ocorre, particularmente, nas células hepáticas → hepatotoxicidade. � O metoxiflurano é um éter halogenado, raramente utilizado, visto que cerca de 50% são metabolizados, produzindo fluoreto e oxalato → toxicidade renal.
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