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EIXO TIREOTRÓFICO 16/09 TRH estimula hipofise, que produz TSH. Esse estimula a tireóide a produzir os hormônios tireoidianos (T3 e T4). T3 e T4 agem inibindo a produção do TSH e do TRH. A somatostatina tem a capacidade de inibir o TRH e o TSH. A dopamina pode também inibir o TSH, alem da prolactina. Quem também inibe o TSH é o cortisol. (pessoas que usam corticóides para asma, ou alergias crônicas, ou psoríase, terão o TSH baixo, sem indicar problema no eixo tireotrófico) TRH é um hormônio peptidio, cujo precursor é de 242 aminoácidos, mas sua forma ativa tem apenas 3 aminoácidos. Ele é produzido no núcleo paraventricular Biorritmo: picos de 90 a 180 min; secreção máxima entre 21 e 5h Mecanismo de ação: receptores para proteína g, ativando a fosfolipase C Ações hipofisárias: Fisiológicas: estimula TSH e prolactina Patológicas: estimula LH, FSH, ACTH, GH (no caso de um tumor hipofisario, ou qualquer outra doença em células da hipófise. No caso, a célula doente não seria ativada por esse hormônio em situações normais – como os hormônios descritos anteriormente –, mas ela acaba sendo ativada. Ações extra-hipofisarias Córtex cerebral: anorexia, hipertermia, comportamento (sensação de morte iminente) Neurohipófise: aumento do ADH – retenção hídrica Pineal: altera padrão do sono Digestivos: aumenta peristaltismo intestinal TSH é um hormônio glicoprotéico, da mesma família que o LH e o FSH. Possui peso molecular de 28 kD e meia-vida de 50 a 60 minutos. Duas subunidades: alfa (afininadade pelo receptor, idêntica a de LH e FSH) e beta (afinidade biológica). Produzidas nos tireotrofos – região antero-lateral da hipófise (10% das células). Diferenciação regulada pelo PIT-1 Biorritmo: maior secreção entre 20h e 12h (?) Controle da secreção: TRH T3 e t4 Somatostatina Cortisol – reduz a sensibilidade hipofisária ao TRH. Ações: Morfológicas: vascularização, tireoglobulina (proteína que constitui o colóide da tireóide, dentro do foliculo) Metabolismo do iodo: captação, oxidação, organificacao, acoplamento (MIT, DIT, T3 e T4) Outros: consumo de O2. *falta de iodo aumenta a produção do TSH, causando bócio Palpação da tireóide: deve-se afastar o esternocleidomastoideo. Mede-se 2 dedos acima da fúrcula (?) do esterno e depois 3 ou 4 centimetros acima. Principal causa de bócio – doenças auto-imunes – anticorpo anti-tireoideano Tireóide vem do grego (em forma de escudo) Relação filogenética com o TGI Restrita a vertebrados superiores Maior reservatório hormonal (armazenamento de hormônio pré-formado) Embriologia: 4 semanas – primórdio tireoideano 8 semanas – fragmentação do ducto tireoglosso 10 sem – formação da tbg 11 sem – formação MIT, dit, TSH independente *a hipófise não esta formada, ela funciona respondendo a hormônios placentários Iodo Principal substrato para síntese hormonal Fontes alimentares: frutos do mar, carnes, couve, repolho, brócolis, folhas verdes escuras (78mcg), sal iodado (380mcg) Medicamentos: amiodarona (150 por cp) – antiarritmico Povidine (75000 por ml) Síntese do hormônio tiroidiano Captação do iodo Oxidação Organificação Acoplamento Transporte do iodo Transporte ativo – bomba na/k/atpase Concentração de iodo na tireoide e 40 vezes mais que no plasma Ação permitida pela na/I/symporter (NIS) – ela expressa ativa a bomba de na/k/atpase. O iodo entra junto com o na, que depois sai da célula, por não ser necessário. Co-transporte Na/I Anions: perclorario, tcnecio competem com o iodo Ela migra para a região apical da célula Todas essas etapas são dependentes do TSH Tpo (tireoperoxidase) oxida o iodo e auxilia na migração. Ela também é dependente do TSH O hipotiroidismo é muito causado por doença autoimune Tireoidite de Hashimoto – o organismo produz anticorpos contra a TPO, o que impede que o iodo seja oxidado e transportado e seja usado como resíduo para a produção do hormônio tireoideano Organificação do iodeto Armazenar o iodo dentro da molécula de tireoglobulina – depois da oxidação. Glicoproteina com 4 resíduos de tirosina Regulada pela TPO. Quando o organismo tem necessidade, ele endocita vesículas da luz do folículo, contendo tireoglobulina e iodo, e produz dentro da célula o hormônio tireoidiano Reação de acoplamento Dentro de uma molécula de tireoglobulina, é possível armazenar até quatro resíduos de iodo. Se for armazenado 1 residuo, vira a monoiodotirosina (MIT). Se forem armazenados 2 resíduos, vira a diiodotirosina (DIT). O T3 é simplesmente a soma de um DIT e um MIT e o T4, de dois DIT s. Essas somas acontecem por ação da TPO O organismo produz preferencialmente o T4, mas quando ele cai na circulação, ela sofre uma desiodacao para agir, formando um T3. Ou seja, o t3 é mais biologicamente ativo que o T4; as ações tireoidianas são ocasionadas pelo t3. Esse metabolismo acontece por ação da 5’monodeiodinase. Ela também pode sofrer ação da 3’monodeiodinase, que forma t3 reverso, que é inativo. Pode haver um numero alto de t4 e um numero baixo de t3. isso pode ser devido a falta de 5’-monodeiodinase ou a um excesso de 3’-monodeiodinase Proteínas transportadoras Tbg – 70% a 75% do t3 e do t4 Tbpa (pré-albumina) – 15% a 20% do t4 Albumina – 5% a 10% do T4 e 25% a 30% do t3 Dosagem de hormônio livre, porque pode haver aumento ou diminuição da quantidade de proteínas transportadoras, sem haver modificação na quantidade de hormônio livre (1%) Fatores que afetam a proteína transp Aumento de tbg – gravidez, uso de anticoncep Redução na tbg – corticóides, desnutrição Drogas que reduzem a ligação hormônio/proteína – aas, diazepam, heparina Controle da tireóide Eixo hipotálamo-hipofise-tireoide Mecanismo de auto-regulação Capacidade de adaptação as variações de iodo, independente do TSH Wolff-chaikoff: altas doses de iodo – bloqueio na captação e secreção t3 e t4 Ex: consumo normal de iodo com aumento abrupto no consumo, a tireóide fica “cega” para o iodo por 6 semanas Jod Basedow: doses pequenas de iodo são captadas pela tireóide levando ao hipertireoidismo. Doses pouco aumentadas, constantes. Ex: tratamento com amiodarona (5, 10 anos). Pode ter efeito reverso – a amiodarona é antiarrítmico, mas os hormônios tireoidianos são inotrópicos e cronotrópicos. O excesso desses hormônios provoca arritmia Ações dos hormônios tireoidianos Desenvolvimento cerebral fetal Metabolismo basal Inotrópico e cronotrópico Estimula eritopoiese Aumenta motilidade intestinal Aumenta reabsorção óssea Gliconeogênese e glicogenólise *bobinho de Goiás – hipotireoidismo congênito – desenvolvimento cerebral fetal anormal, baixa estatura (desnutrição e falta do hormônio tireoidiano causam perda de estatura final) Hipertireoidismo Perda de peso, frequencia cardíaca altíssima em repouso, policitemia, hiperdefecacao (fezes de consistência normal, mas muitas vezes), osso porótico, glicemia alta. Tremores, sudorese Oftalmopatia – doença de Gravis Causa comum: produção de anticorpos estimuladores. Atacam a tireóide e os olhos (retração palpebrar, exoftalmia, inflamação da córnea e da conjuntiva, enucleacao anterior..., aumento da pressão intraorbitaria – isso que joga os olhos para frente –) Hipotireoidismo *hipotireoidismo – (no caso de gravidez – retardo), ganho de peso, frequencia cardíaca baixa, anemia, constipação, osso normal, glicemia baixa Edema palpebrar, pele fria... Hipotireoidismo congênito – hipotonia muscular, choro rouco, hérnia umbilical *teste do pezinho – programa nacional de controle – erradicação Problemas da tireóide eram comumente nutricionais. Hoje há medidas para erradicar essas deficiências.
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