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Eixo Corticotrófico ACTH Sintetizado nas células corticotróficas, sob estímulo do CRH (produzido no núcleo paraventricular do hipotálamo). Estresse estimula o hipotálamo a produzir CRH, que atua nas celulas corticotroficas da adenohipofise, fazendo com que estas secretem ACTH. ACTH atua no cortex adrenal estimulando a liberação de cortisol (zona fasciculada) ACTH é da família POMC Possui secreção episódica Age em receptores de membrana acoplados a proteina G POMP (família pró-opio-melanocortina) Pre-pro-hormonio é clivado em ACTH + beta-lipotrofina ACTH é clivado em alfa-MSH e CLIP Ações do ACTH Liga-se ao receptor acoplado a proteína G Ativação da proteína quinase A –> promove a endocitose de LDL para o interior da célula endossomo contendo LDL se funde com lisossomos celulares O LDL é esterificado e clivado, liberando o colesterol. Colesterol é transportado para a mitocôndria, onde é transformado em pregnenolona e posteriormente em cortisol. Biorritmo Secreção essencialmente noturna O pico do ACTH ocorre entre 2-3 horas da manhã e o do cortisol às 8h. Glândulas Adrenais Localizam-se nos polos superiores dos rins e são compostas por duas regiões: Córtex – produção de esteroides Medula – produção de catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) CORTEX Camada glomerulosa – produção da aldosterona, que age no rim, promovendo a reabsorção de agua e íons. Camada fasciculada - produção de cortisol, cortisona e corticosterona. Camada reticular – produção de testosterona e estradiol CAMADA FASCICULADA Principal produto: glicocorticoides Cortisol Hormônio esteroide Derivado do colesterol Age em receptores intracelulares Biorritmo Pico de secreção às 8 horas As 16h há uma secreção correspondente a 2/3 do pico As 0h há secreção correspondente a 1/3 do pico Ações do cortisol Metabolismo intermediário Fígado: gliconeogenese (síntese de glicose a partir de outros precursores) Gordura: disponibiliza ácidos graxos Musculo: proteólise Como efeito final eleva a glicemia e pode induzir o diabetes Homeostase do Cálcio Rim: reduz a absorção Ossos: inibe deposição óssea (reduz a densidade óssea) Cartilagem: inibe a síntese do colágeno Intestino: antagoniza a Vitamina D Sistema imunológico Usado como anti-inflamatório Timo: atrofia Monócitos: inibe, reduz as interleucinas Inflamação: inibe leucotrienos e prostaglandinas Eritrócitos: não tem efeito significativo Pele Reduz produção de colágeno Inibe queratinocitos Sistema cardiovascular Aumenta inotropismo Vasoconstrição Retém agua e sódio Eleva a pressão arterial Obs.: os corticoides sintéticos tem um acréscimo de flúor o que aumenta seu efeito biológico. BIOSSINTESE DOS ESTEROIDES O colesterol sofre diversas clivagens até formar o hormônio O colesterol tem 27 carbonos Primeiro é clivado em uma molécula de 21 carbonos (pregnenolona) pela 20-22 desmolase Enzima fundamental para as três camadas (glomerulosa, fasciculada e reticular) A ausência dessa enzima é incompatível com a vida É da família do citocromo P 450 3- beta hidroxiesteroide desidrogenase transforma a pregnenolona em progesterona (a mesma produzida pelos ovários) Deficiência dessa enzima também é incompatível com a vida, pois é comum às três camadas. Pertence ao complexo isomerase diferente das demais que pertencem ao grupo do citocromo P450 (característica medida a partir de absorbância) retira o OH do carbono 3, transforma em grupo cetonico. Pregnenolona –> progesterona 17 OH pregnenolona –> 17 OH progesterona 21-hidroxilase hidroxila o carbono 21 Age na camada glomerulosa (progesterona –> 11 deoxicorticosterona) Age na camada fasciculada (17 OH –> 11 deoxicortisol) Promove uma hidroxilação do carbono 21. Não atua na camada reticulada Um bloqueio dessa enzima faz com que haja um acúmulo de substrato, o que desloca a síntese para a produção de testosterona na camada reticular. O distúrbio congênito da síntese dessa enzima pode causar virilização da menina (fusão dos grandes lábios e aumento do clitóris). O tratamento é feito com administração de cortisol, que faz feedback negativo no ACTH, impedindo que as enzimas sejam sintetizadas. Uma criança com deficiência dessa enzima não consegue fazer o controle hídrico corretamente e pode sofrer desidratação e hipotensão (a 21-hidroxilase é importante para a síntese de aldosterona). 11- beta hidroxilase Age na glomerulosa (11 deoxicorticosterona –> 18 OH corticosterona) Age na camada fasciculada (11 deoxicortisol –> cortisol) Não age na reticular A clinica é similar a da 21- hiroxilase, mas crianças com defeito nessa enzima produzem deoxicorticosterona e deoxicortisol, que são hipertensivos. Dessa forma a criança nasce hipertensa e virilizada. 18- hidroxilase Família citocromo P450 18 OH corticosterona –> aldosterona Age na camada glomerulosa Não se expressa nas camadas reticular e fasciculada Enzimas comuns as camadas glomerulosa e fasciculada 20, 22 desmolase 3-beta-hidroxiesteroide desidrogenase 21 hidroxilase 11 hidroxilase DOENÇA DE CUSHING Excesso de cortisol por tumor da suprarrenal ou tumor hipofisário que aumenta os níveis de ACTH. Acumulo de gordura na face e no quadril Dificuldade de cicatrização Braços e pernas finos Pele fina Bloqueios enzimáticos 11 e 21 hidroxilase Levam a um acumulo de precursores que podem ser desviados para a camada reticular, que produz andrógenos, causando virilização. Deficiência de 21 hidroxilase Prejuízo na produção de cortisol Perda de sal e agua –> desidratação Forma clássica: apresenta-se durante a infância Forma não clássica: adolescentes e adultos (hirsutismo e irregularidade menstrual) Deficiência de 11 hidroxilase Acúmulo de 11 deoxicorticosterona e 11 deoxicortisol, que têm alto poder de retenção de sal- não ocorre desidratação DIFERENCIAÇÃO SEXUAL E FISIOLOGIA TESTICULAR Cariótipo: 22 autossomos e 2 cromossomos sexuais Etapas: Determinação genética Diferenciação genital Diferenciação psico-social Região pseudo-autossomica dos cromossomos X e Y se pareiam durante a meiose. Nessa região existe o gene SRY no cromossomo Y. No braço longo do cromossomo X, próximo do centrômero há o gene que expressa o receptor androgênico. Homem 46 XX: passagem do gene SRY do cromossomo Y para o cromossomo X. Infertilidade Azoospermia (sêmen sem espermatozoides) ginecomastia Diferenciação sexual O SRY presente no cromossomo Y determina o surgimento de testículos. Os testículos possuem dois tipos celulares importantes na diferenciação sexual Células de Leydig produzem testosterona que promove o desenvolvimento dos ductos de Wolff, que vão originar os órgão genitais internos masculinos (próstata, vesícula seminal e epidídimo. A testosterona é convertida em diidrotestosterona (DHT) pela 5 alfa redutase. A DHT promove a formação da genitália externa masculina (pênis e saco escrotal) Células de Sertoli Produzem Hormono anti-mulleriano (AMH), que inibe o desenvolvimento dos ductos de Muller, que dão origem aos órgão genitais femininos internos (útero, tubas uterinas, 1/3 superior da vagina). Fisiologia da função testicular Neurônios peptidergicos da área pré-optica e núcleo arqueado do hipotálamo produzem o pré-pro-GnRH Pre-pro-GnRH é clivado em pro-GnRH (92 aminoacidos) Pro-GnRH é clivado em GnRH (10 aminoácidos) O GnRH atua em receptores acoplados a proteína G, tendo como efetor a fosfolipase C. Hormonios hipofisários LH Age sobre Células de Leydig- Sintese Hormonal Testosterona= ações paracrina e endocrina Age sobre receptores para proteina G, via adenilatociclase Feedback negativo pela Testosterona e derivados FSH –> trofismo teticular Age sobre células de Sertoli Efeitos Síntese de proteína ligadora de andrógenos (transportador de testosterona) Ativa aromatase (converte testosterona em estradiol) Ação Endócrina: Síntese de inibina, ativina, AMH,DHT Ação Parácrina: Estimula receptores para LH Regula receptores para o próprio FSH O volume testicular depende do FSHTestosterona Esteroide de 19 carbonos, derivado do colesterol Transporte: SHBG e albumina Ações: Diferenciação da genitália interna Desenvolvimento muscular Crescimento da laringe Ativa glândulas sudoríparas e sebáceas Estirão puberal Comportamento social A camada reticular da suprarrenal é similar ao testículo e ovário, quanto à produção hormonal. Fases da função testicular Vida Embrionária: AMH- suprime ducto de Muller ipsilateral (ação parácrina) Testosterona- evolui Ductos de Wolff DHT- genitália externa Fase Neonatal: Até 3 meses - produção tônica de testosterona (eixo hipotálamo-hipofise ainda está imaturo e não consegue bloquear a produção de testosterona) 3 meses a 1 ano- bloqueio na produção de Testosterona Infância: supressão da testosterona 6 a 7 anos- adrenarca Suprarrenal aumenta a produção de hormônios da zona reticular. Esse pequeno aumento da testosterona é responsável por pequenas modificações corporais na criança: mudança do odor das axilas e pés, além do aparecimento dos primeiros pelos pubianos. Não se sabe ainda porque a suprarrenal se ativa nessa idade. Puberdade: aumento pulsos de GnRH Descida testicular Gubernáculo é uma prega que fica aderida ao testículo primordial. Fica próxima a região mesonéfrica. Essa prega não consegue acompanhar o crescimento do feto (cresce menos que o feto). Dessa forma, quando o embrião cresce, o gubernáculo traciona o testículo para fora da cavidade abdominal. Esse processo origina um recesso no local por onde o testículo desce: o processus vaginalis, que se oblitera posteriormente. Testículos abdominais em crianças de 2 anos ou mais (criptorquidismo) é indicativo de cirurgia. Causas de Hipogonadismo Hipogonadotrófico Tumores: Craniofaringeomas, Gliomas, Adenomas Inflamação: Sarcoidose,Histiocitose Hemocromatose Radioterapia Malformações DSO Genéticas: Deficiência Isolada Deficiência Combinada
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