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Livro Unidade III CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO

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Unidade III
Unidade III
7 MATURIDADE ETÁRIA
Em primeiro lugar, é importante relembrar que o processo de desenvolvimento é um continuum, 
ou seja, não é algo que seja interrompido, uma vez que modificações (mudanças) e manutenções 
(estabilidades) são próprias desse processo ao longo de toda a vida. Com base nesse entendimento, 
não é correto afirmar, por exemplo, que um adulto (ou uma pessoa em qualquer idade) que sofre 
um acidente e vem a ficar tetraplégico, isto é, sem conseguir movimentar os membros superiores e 
inferiores, teve uma interrupção no desenvolvimento motor; o que ocorre são modificações drásticas, 
incluindo-se a adaptação a outros tipos de movimentos, por exemplo, manipulação de objetos com a 
boca e assim por diante. 
Considerando-se, portanto, essa condição de continuidade no processo de desenvolvimento, 
apresentam-se certas características próprias das faixas etárias na qual se divide a idade adulta: 
• Adulto jovem (ou início da idade adulta) – de 20 a 40 anos de idade.
• Adulto de meia-idade (ou vida adulta intermediária) – de 40 a 65 anos de idade.
• Terceira idade (ou vida adulta tardia ou velhice) – de 65 anos de idade em diante.
Convém destacar também que, embora o processo de envelhecimento esteja acelerado na terceira 
idade, o adulto jovem já está envelhecendo, a partir dos 30-35 anos de idade, sobretudo por causa de 
alterações nos hormônios, acarretando modificações que serão descritas adiante. 
Outro aspecto importante a ser observado é o grande período de vida que abrange essas faixas 
etárias: perfazendo, na soma, mais de 40 anos de vida, ou seja, um tempo bastante considerável quando 
se pensa em processo de desenvolvimento humano. 
Ao pensar no ciclo de vida abrangendo todas as faixas etárias – da gestação até a terceira 
idade – nota-se que embora o período que se estende da concepção até a adolescência seja de 
aproximadamente 21 anos, no total, nele acontecem mudanças drásticas, como, por exemplo, o 
crescimento em estatura (em especial, no primeiro ano da infância e na puberdade/adolescência); 
entretanto, na idade adulta e terceira idade, a pessoa não mais crescerá no sentido longitudinal. 
Por outro lado, o processo de envelhecimento é bastante longo, pois se inicia na terceira década 
de vida – uma vida que, supostamente, tenderá a atingir ao menos 70 anos de idade; ou seja, 
uma pessoa demora cerca de 20 anos para atingir a maturidade física e cerebral, porém passa 
aproximadamente 40 anos – ou mais – envelhecendo... 
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CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO
7.1 IDADE ADULTA
7.1.1 Adulto jovem (ou início da idade adulta) – de 20 a 40 anos de idade
Domínio sensorial e cognitivo
As modificações sensoriais e cognitivas, conforme já indicado, são tendências, uma vez que há 
muitas variações entre diferentes indivíduos.
• Acuidade visual (“precisão” visual): mais acentuada dos 20 aos 40 anos de idade. 
• Paladar, olfato, sensibilidade à dor e à temperatura: inalterado até 45 anos de idade. 
• Audição: declínio a partir da adolescência e mais evidente a partir dos 25 anos (especialmente no 
que se refere a sons agudos). 
A teoria dos estágios de Piaget, já estudada, não contempla explicações para o desenvolvimento 
cognitivo na idade adulta e terceira idade.
Figura 49 – Adulta jovem jogando xadrez
Domínio físico e motor
No desenvolvimento físico, em geral, é quando o ser humano atinge o auge da força, energia e 
resistência, em especial até os 30 anos de idade.
Há uma grande diversidade de habilidades motoras complexas, ou seja, que envolvem muitos 
estímulos – respostas e tomada de decisão diminuem mais. 
Os comportamentos diretamente relacionados à saúde e muito importantes nessa fase são: dieta, 
tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas (além das drogas ilícitas), prática de exercícios físicos.
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Há que se tomar cuidado com a ingestão de gorduras, especialmente os homens, pois elas se 
acumulam na região abdominal e são lançadas facilmente na corrente sanguínea. Nas mulheres, o 
estrogênio protege contra a LDL (colesterol “ruim”) diminuindo-a, e aumentam a HDL (colesterol 
“bom”).
Recomendações alimentares para adultos:
• realizar exame de colesterol a cada cinco anos. Se os resultados forem desfavoráveis: repetir os 
exames a cada dois anos. Também é importante considerar histórico familiar de doença cardíaca, 
idade avançada (45 para homens e 55 para mulheres), tabagismo e hipertensão arterial. 
• ingerir menos gema de ovo e substituir gorduras saturadas (carne, queijo e leite) e gorduras 
transformadas (margarina, bolos, tortas) por poli-insaturados (óleo de girassol, de açafrão) ou 
mono-insaturados (azeite de oliva); 
• ingerir mais fibras (aveia, feijão, frutas e legumes). 
Note-se que essas recomendações não são absolutas, variando de acordo com recomendações 
médicas específicas a cada pessoa. 
Figura 50 – Silhueta de homem obeso caminhando
Fumo (tabaco): é a causa de morte que mais pode ser prevenida, ou seja, depende quase que 
exclusivamente da própria pessoa.
• Fumantes ativos: cerca de 400.000 americanos por ano morrem.
• Fumantes passivos (que inalam fumaça dos fumantes): mais de 50.000 americanos por ano morrem.
Outros efeitos do fumo são: cânceres (pulmonar, de laringe, bucal, de esôfago, de vesícula, de 
rins, pancreático e de pele); problemas gastrintestinais – úlceras; doenças respiratórias (bronquite 
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CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO
e enfisema); doenças cardíacas; maior declínio (5% a 10%) da densidade óssea em mulheres 
pós-menopausa e em homens. 
Alguns dados importantes são os seguintes: 
• Adultos entre 30 e 40 anos de idade: fumantes têm cinco vezes mais chances de sofrer ataques 
do coração. 
• Mulheres: o uso de anticoncepcionais orais em doses altas, associado ao fumo, aumenta o risco 
de sofrer ataques do coração. 
• Fumantes de cachimbo e de charuto: menor chance de sofrer ataque cardíaco do que os de 
cigarro, mas correm mais riscos de adquirir câncer de lábio, língua e outras regiões da boca. 
A saúde dos fumantes tende a melhorar imediatamente após largarem o hábito de fumar (o risco do 
câncer é o que demora mais para diminuir – cerca de dez anos). 
Álcool: dependência química maior do que a causada pelo fumo, e que não necessita só de força de 
vontade para ser abandonada, pois o alcoolismo é uma doença crônica, que envolve períodos de recaída.
Constituem fatores que influenciam o alcoolismo:
• herança genética (quatro vezes mais chances, principalmente nos homens); 
• parentes alcoólatras (ou alcoolistas)(três a quatro vezes mais chances); 
• preço e disponibilidade da bebida; 
• atitudes culturais que reforçam seu consumo e abuso;
• a sensação da pessoa quando bebe.
Os tratamentos – não representam cura, mas podem diminuir a dependência e ensinar a pessoa a 
levar uma vida produtiva. São eles:
• desintoxicação – retirar o álcool de todo o corpo; 
• hospitalização; 
• remédios e vitaminas; 
• psicoterapia individual ou em grupo; 
• afastamento de todas as drogas que causam alteração de humor; 
• envolvimento positivo da família e encaminhamento a uma organização de apoio.
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Prática de atividade física
A recomendação é ao menos meiahora por dia de exercícios moderados, especialmente para evitar 
problemas do sistema cardiovascular.
O esforço excessivo na prática de exercícios físicos, além de não trazer benefícios, pode ser prejudicial, 
especialmente quando a pessoa tem doença respiratória. Como consequência, prejudica o sistema 
imunológico, aumentando a suscetibilidade a infecções.
Figura 51 – Adulto muito jovem com grande preocupação com a estética corporal, na tentativa 
de seguir um padrão magro, forte e com “definição” muscular 
Figura 52 – Davi de Michelangelo. (Statue of David, Nova Iorque)
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CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO
 Observação
“Definição” muscular – desenho que o músculo forma quando 
está fortalecido pela prática constante de exercícios resistidos 
(popularmente chamada de musculação) e as quantidades de gordura 
ao seu redor são mínimas.
Desenvolvimento emocional e sociocultural
O domínio emocional no jovem adulto ainda é um tanto frágil. Aliás, não há garantias de melhoras 
qualitativas ao longo da idade adulta e terceira idade. 
O jovem adulto muitas vezes ainda tem de fazer ou efetivar muitas escolhas: escolher um parceiro 
permanente (ou não), uma profissão, o curso superior e qual carreira seguir etc. A relação com outras 
pessoas de mesma idade continua muito importante, bem como o ímpeto de seduzir social e sexualmente.
Figura 53 – Casal de jovens
Figura 54 – Aconselhamento sobre divórcio
É comum que se desfaçam relacionamentos amorosos iniciados na adolescência. 
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Socialmente, a saída da casa dos pais tem sido prorrogada, bem como a união conjugal. Isso parece 
ser uma tendência para o futuro.
A ansiedade e a depressão parecem se constituir em um binômio, com “uma linha tênue” entre uma 
e outra, pois o excesso de ansiedade pode gerar um senso de falta de autorrealização, sobretudo quando 
a pessoa começa a se comparar com outras que ela julga mais bem-sucedida do que ela, em vez de 
refletir a respeito de sua própria trajetória. Então, de repente ou aos poucos, ela se vê sem vontade de 
continuar, como se fosse incapaz de cumprir suas metas e expectativas. 
A depressão tem tratamento psiquiátrico e/ou psicológico e é reversível na maioria dos casos. 
Não apenas as diferenças interindividuais já podem ser bastante grandes nessa fase como 
tendem a aumentar, uma vez que as pessoas vão tecendo sua história de vida das mais diferentes 
formas e pelos mais diversos caminhos.
Figura 55 – Jovens em roda. Uma disposição espacial comum para diálogos em grandes grupos
Figura 56 – Expressão de preocupação ou depressão
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CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO
 Saiba mais
O filme nacional a seguir explicita um dilema familiar complicado – o 
incesto – bem como a rigidez é o contraponto entre criação materna e 
paterna em uma família de tradições fortes do Sul do Brasil. 
LAVOURA arcaica. Dir. Luiz Fernando Carvalho. Brasil: VideoFilmes. 2001. 
172 minutos.
O filme a seguir apresenta relações de questionamento sobre ética no 
âmbito do trabalho de uma jovem adulta.
DOIS dias, uma noite. Dirs. Jean-Pierre Dardenne, Luc Dardenne. Bélgica: 
Les Films du Fleuve. 2014. 95 minutos.
7.1.2 Adulto de meia idade (ou vida adulta intermediária) – de 40 a 65 anos de idade
Domínio físico e motor
Perda de 10 a 30% da função dos principais sistemas biológicos, em comparação com os valores 
máximos, quando a pessoa era um adulto jovem.
• O declínio nas funções biológicas é, muitas vezes, compensado pela mudança do estilo de vida – 
lazer, alimentação, prática sistemática de atividade física.
• Grandes diferenças individuais, mesmo no aspecto físico e para pessoas de mesmo sexo e mesma idade. 
• Principais causas de morte: câncer, doenças cardíacas e derrame. Mulheres são mais suscetíveis a 
doenças cardíacas e a osteoporose.
• Taxas de mortalidade: mais altas para os homens do que para mulheres. 
Quadro 7 – Mudanças nos aparelhos reprodutivos e em outras características 
sexuais de homens e mulheres na meia-idade
Mulheres Homens
Mudanças hormonais Queda de estrogênio. Queda de testosterona.
Sintomas Calores fortes; secura vaginal; disfunção urinária. Não há uma descrição típica.
Mudança no comportamento sexual Excitação menos intensa; orgasmos menos frequentes e mais rápidos.
Excitação menos intensa ou inexistente; 
ereções menos frequentes e orgasmos 
mais lentos; recuperação mais 
demorada entre ejaculações; maior 
risco de disfunção erétil.
Capacidade reprodutiva Término. Continua.Eventual diminuição na fertilidade.
Adaptado de: Papalia; Feldman, (2013). 
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O domínio motor passa por alterações próprias do processo de envelhecimento, associadas a declínios 
nas capacidades físicas de força e flexibilidade, por exemplo, o que pode influenciar o desempenho 
motor em tarefas esportivas ou outras que demandem essas capacidades. Por outro lado, habilidades 
motoras aprendidas anteriormente não se modificam no que se refere ao padrão de movimento, embora 
possam vir a ser executadas mais lentamente.
Figura 57 – Adulto de meia-idade manipulando habilmente uma bola de futebol com os pés (Atenas, Grécia)
Domínio sensorial e cognitivo
Na idade adulta intermediária, é comum que a pessoa opte por uma nova profissão ou volte a 
estudar, faça outra graduação ou adquira novos hábitos de saúde, lazer e alimentação. A demanda de 
solução de problemas do cotidiano permanece, mas ela está a caminho de mais sabedoria, ou seja, sabe 
como lidar com adversidades com certo controle emocional. Há grandes demandas de organização da 
vida, em especial nas grandes cidades.
Há uma gradativa perda sensorial, principalmente relacionada à visão e audição, o que tende 
a continuar na terceira idade. Por outro lado, parece haver uma compensação dessas perdas em 
virtude de ampla experiência. Por exemplo, operários de meia-idade são menos propensos a sofrer 
acidentes de trabalho.
É possível observar, portanto, que muitas características que declinam na terceira idade têm seu início 
em outras fases da idade adulta. Ocorre que, na maior parte dos casos, algumas dessas características 
serão percebidas pelas pessoas somente na terceira idade, chegando a comprometer suas mais variadas 
atividades de vida diária, conforme comentado anteriormente.
Mesmo o mal de Alzheimer, considerado uma doença típica da velhice, pode acometer pessoas já 
nessa fase da idade adulta intermediária. 
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O filme a seguir retrata uma mulher na idade adulta intermediária, 
professora universitária bem-sucedida e mãe de família, que passa a sofrer 
de uma doença degenerativa associada à perda de memória. 
PARA SEMPRE Alice. Dirs. Richard Glatzer, Wash Westmoreland. EUA: 
Lutzus-Brown. 2015. 101 minutos.
Domínio emocional e sociocultural
Nessa fase da vida, não é raro, em nosso país, a pessoa já gozar de aposentadoria, ter criado os filhos, 
ter mudado de estado civil e, muitas vezes, estar em um segundo matrimônio ou união estável e assim 
por diante. Há certa independência financeira e busca por outras profissões e ocupações.
Diferentemente do que acontecia cerca de meio século atrás, as mulheres brasileiras em sua maioria 
trabalham fora do ambiente doméstico,têm seu próprio negócio (atividades empresariais e afins) e 
muitas vezes sustentam o lar sem o auxílio de um cônjuge ou outro parente. Essa é uma modificação 
social bastante importante nessa faixa etária, chegando a ocorrer até mesmo famílias em que o homem 
(pai de família) cuida do lar, ao passo que a mulher é quem sai para trabalhar. 
Figura 58 – Crianças e adulto atravessando o rio. Encontro de diferentes gerações
Com o aumento da quantidade de divórcios e formação de uma segunda família com cônjuges e 
filhos de uma segunda união, a configuração das famílias brasileiras está se modificando. Cresce também 
o número de casamentos e uniões estáveis entre pessoas de mesmo sexo. Esse fenômeno, aliás, não se 
restringe a essa faixa etária de meia-idade, mas inclui pessoas mais jovens, que tendem a apresentar 
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menos vergonha desse tipo de relacionamento perante o restante da sociedade. Convém destacar que a 
união homoafetiva (entre pessoas de mesmo sexo) é amparada pela lei.
Tem-se tornado ainda mais frequente a busca por novas carreiras e profissões, bem como mudança 
de escolha por uma crença ou religião.
Figura 59 – Adultas jovens, de meia-idade e idosas trabalhando juntas e em atividade semelhante
Em suma, pode-se afirmar que uma vez alcançada certa estabilidade financeira, profissional 
e afetivo-emocional, as pessoas de meia-idade têm modificado suas escolhas e estilos de vida, em 
especial nos grandes centros urbanos (cidades grandes e com uma população expressiva e culturalmente 
diversificada, no caso de nosso país).
É também nessa fase que muitas pessoas retomam ou iniciam a prática sistemática (isto é, organizada 
e constante) de atividade física.
 Saiba mais
O filme a seguir apresenta um pequeno grupo de pessoas na passagem 
da idade adulta madura para a terceira idade, suas descobertas conjugais, 
ajustes e rupturas quando deparam em condições adversas e divertidas de 
uma cultura estranha à deles.
O EXÓTICO hotel Marygold. Dir. John Madden. Reino Unido: Blueprint. 
2012. 124 minutos.
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Para mais reflexões sobre Educação Física na idade adulta e atuação profissional
A esta altura, deve estar claro que a Educação Física não é simplesmente o corpo em sua forma, 
mas o corpo em sua forma resultante da prática de atividade física. A Educação Física não pressupõe 
lipoaspirações, próteses ou retaliações corpóreas. O corpo belo da Educação Física é também o corpo 
forte, o corpo que se equilibra, o corpo da autossuperação e do esforço, o corpo do gasto e do ganho 
energético, o corpo “em forma” (no aspecto funcional), o corpo em ação. Não basta o corpo ser magro, 
pois ele pode ser fruto de alimentação energeticamente deficitária, de muito fumo ou bebida, de noites 
maldormidas, de extremo estresse, do consumo de drogas ilícitas etc. Disso decorre que o corpo da 
Educação Física é também o corpo regrado, o corpo pensado, o corpo confrontado – antes de tudo, 
consigo, mas também com a própria atividade que se pratica e com outros corpos. O corpo do esporte, 
em tese, é o corpo-meio e não o corpo-fim, ainda que, em competições de alto nível, não seja difícil 
notar o corpo esculpido em função das demandas da própria modalidade esportiva praticada ou que 
já “se encaixava” nessas demandas; o mesmo já não se aplica por completo às práticas de academia, 
em geral, e talvez por isso seja comum o público que quem pratica esporte, especialmente modalidades 
coletivas, não gostar de academia e vice-versa. O que, de fato, está na gênese desses gostos, dessas 
práticas? Por quais orientações, intervenções, vivências, as pessoas passaram que as fizeram assim? Que 
corpos são e que corpos querem ser?
8 TERCEIRA IDADE
8.1 Compreendendo a velhice
A terceira idade (ou vida adulta tardia ou velhice) é o período que se inicia aos 65 anos de idade e 
se estende até o final da vida. Ela pode ser dividida, de acordo com Shepard (2003) nas seguintes fases 
e respectivas características (ainda que não de forma absoluta): 
• Velhice (ou início da velhice): 65 a 75 anos, perda um pouco maior de algumas funções, porém 
sem grandes danos à homeostasia (estado de equilíbrio das diversas funções e composições 
químicas do corpo). 
• Velhice avançada (ou velhice mediana): 75 a 85 anos, o próprio indivíduo percebe o declínio de 
suas funções quando assume muitas atividades diárias, contudo, ainda consegue manter uma 
vida relativamente independente. 
• Velhice muito avançada: acima dos 85 anos. Há necessidade de cuidados institucionais e/ou de 
enfermagem.
É relevante destacar quatro conceitos quando se trata do processo de envelhecimento. São eles:
• Expectativa de vida – idade estatisticamente provável que uma pessoa irá viver, considerando-se 
a época e o lugar onde nasceu, sua idade e seu estado de saúde atual. A educação formal parece 
influenciar positivamente a expectativa de vida.
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• Longevidade – quanto tempo uma pessoa realmente vive. O máximo estimado para o ciclo de vida 
humana é entre 110 e 120 anos.
• Independência funcional – capacidade que a pessoa tem de realizar tarefas diárias sem a ajuda de 
outras pessoas.
• Qualidade de Vida (QV) – é um conceito multidimensional, ou seja, envolve aspectos cognitivos, 
emocionais, psíquicos, de socialização e de percepção de saúde. 
 Observação
Percepção de saúde refere-se à percepção do indivíduo sobre sua 
posição na vida, em relação a sua cultura, seus valores, objetivos pessoais, 
expectativas e preocupações. 
Portanto, a relação ótima com a experiência vivida, na opinião do próprio indivíduo, é mais importante 
do que as condições reais de vida na determinação da QV.
Mencionados esses conceitos, é importante ressaltar que, em nosso país, a terceira idade vem 
passando por muitas modificações ao longo dos anos, sobretudo nas últimas duas décadas. 
Uma modificação importante é que a expectativa de vida tem aumentado, sendo 
comparativamente maior entre as mulheres do que entre os homens; ou seja, tanto a população 
feminina quanto a população masculina têm alcançado idades mais avançadas e, em geral, com 
melhor qualidade de vida do que anteriormente. Em outras palavras, não apenas se vive mais, 
como também se vive melhor, e as mulheres vivem ainda por mais tempo do que os homens.
Fatores como melhorias no saneamento básico, avanços em pesquisas e aplicações de 
conhecimento técnico e de intervenção, oriundos das áreas médica, terapêutica e social – 
com políticas públicas voltadas especificamente aos interesses dessa população, assim como 
aprimoramento de profissionais em todas as áreas que lidem diretamente com idosos, têm 
beneficiado a longevidade dessas pessoas.
E ainda, é importante destacar que no âmbito da legislação, no Brasil, a terceira idade tem 
seus direitos assegurados, e a pessoa é considerada idosa a partir dos 60 anos de idade e não 
dos 65. Assim, é entendida como uma faixa etária da população com necessidades específicas 
diferenciadas, notadamente no acesso a transporte, saúde e outros serviços de natureza pública. 
Ademais, assim como a criança e adolescente (conforme Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990 – 
Estatuto da Criança e do Adolescente), o idoso possui estatuto próprio (Lei n. 10.741, de 1º de 
outubro de 2003 – Estatuto do Idoso).
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CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO
 Saiba mais
SHEPHARD,R. J. Envelhecimento, atividade física e saúde. São Paulo: 
Phorte, 2003.
Essa obra serviu de base para muitas das informações deste último 
tema e recomenda-se fortemente que seja consultada, principalmente para 
quem pretende investigar mais a respeito de relações entre atividade física 
e terceira idade, assim como para quem pretende exercer a profissão, tendo 
em vista o bem-estar dessa faixa etária.
8.2 Domínio sensorial e cognitivo
Sabe-se que o sistema sensorial refere-se, de modo simplificado, aos cinco sentidos e à propriocepção. 
Ao longo do processo de envelhecimento, ocorrem declínios qualitativos em todo o sistema sensorial, 
como descrito a seguir: 
• Visão – perdas de acuidade visual (nitidez), dificuldade de enxergar de perto; perdas na visão 
dinâmica (ler palavras ao movimentar-se); maior sensibilidade à luz. 
• Audição – perda acelerada após os 55 anos de idade, duas vezes mais rápido nos homens do que 
nas mulheres. 
• Olfato e paladar – declínios: mais nos homens; também por causa de medicamentos. 
• Tato – declínios: sensibilidade ao toque (após 45 anos de idade) e à dor (após 40 anos de idade).
• Tempo de reação simples (isto é, uma única resposta a um único estímulo): diminui em cerca de 
20%, em média, entre os 20 e 60 anos de idade. 
• Gradativa substituição de massa muscular por gordura – Dos 30 aos 80 anos de idade: para 
ambos os sexos, aos 65 anos, 30% do corpo é gordura, o que corresponde a cerca de quatro 
vezes mais do que se tinha aos 20 anos. Para modificar esse percentual recomenda-se atividade 
física associada à dieta. 
Modificações cerebrais com o envelhecimento
Algumas das modificações cerebrais com o envelhecimento são: 
• diminuição do peso do cérebro; 
• diminuição da quantidade total de neurônios, embora a extensão das conexões entre os neurônios 
restantes aumente com a idade;
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• perda de 25% das células do cerebelo, que é responsável pelo equilíbrio e pela coordenação mais 
refinada; e de 20% das células do hipocampo – região da parte central do cérebro, vulnerável a 
danos advindos do aumento da pressão sanguínea;
• processamento de informações mais lento – declínio da rapidez perceptiva (também associado a 
perdas nas funções visuais e auditivas).
Algumas informações a serem destacadas:
• Apesar das perdas, o cérebro tem grande capacidade de regeneração na maior parte da vida.
• As diferenças cognitivas individuais em idosos de idades distintas pode ser grande, especialmente 
porque podem estar associadas a doenças como o mal de Alzheimer e o mal de Parkinson.
• Se uma pessoa tem boa saúde, vai demonstrar alguma perda de função cognitiva somente após 
os 80 anos de idade. 
A demência senil é um termo genérico que indica deterioração cognitiva e comportamental com base 
fisiológica, decorrente do processo natural de envelhecimento. A maioria é irreversível, especialmente 
quando manifestada em pacientes com problemas cardiovasculares, hipertensão, outros pequenos 
derrames, mal de Parkinson e mal de Alzheimer.
 Observação
Mal de Parkinson é um transtorno neurológico progressivo cujas 
características são tremores, rigidez e lentidão dos movimentos, postura 
instável; mal de Alzheimer é um transtorno cerebral degenerativo 
progressivo que, aos poucos, vai destituindo a inteligência, consciência e 
capacidade de controlar as funções corporais da pessoa, levando à morte.
Inteligência
A inteligência, conforme explicitado anteriormente, refere-se a diversas áreas em que há demanda por 
solução de problemas da vida diária. Podem ser consideradas duas dimensões de inteligência (BALLES; DIXON 
apud SHEPARD, 2003): uma de base fisiológica que diminui com o aumento da idade, por exemplo, queda 
do desempenho cognitivo por declínios visuais e auditivos; a outra refere-se a aspectos como pensamento 
prático, aplicação de conhecimento e de habilidades especializadas; produtividade profissional e sabedoria.
No que se refere ao conceito de sabedoria, deve-se compreender que se trata de um conhecimento 
que permite julgamento e conselhos excelentes a respeito de assuntos importantes e incertos; está 
relacionada a certas condutas, interpretação e significado da vida ou, em outras palavras, ao “bem 
viver”. Contudo, não é uma característica necessariamente típica dos idosos e sim a uma “riqueza” de 
experiências de vida. 
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Memória
Com a idade, existe em declínio na memória de curta duração (armazenamento de alguns itens em 
ordem, por exemplo) e na memória de longa duração, especialmente a que está relacionada a eventos 
específicos (chamada de memória episódica). 
Muitas vezes, a deterioração cognitiva está relacionada ao desuso. Portanto, é muito importante 
exercitar o domínio cognitivo com diferentes tipos de atividade, envolvendo memorização, solução de 
problemas da vida diária, educação formal continuada, entre outras.
O aprendizado da pessoa idosa pode ser mais lento, mas ela não perde essa capacidade. Às vezes 
a lentidão é compensada pela atenção e pela precisão na execução das tarefas. Portanto, é um erro 
afirmar que pessoas em idades avançadas não são capazes de aprender.
Figura 60 – Idosos jogando xadrez
8.3 Domínio físico e motor
Na terceira idade, há modificações na capacidade física. 
Equilíbrio
As mudanças relacionadas à idade podem estar associadas a uma série de modificações nos sistemas 
corporais, sobretudo no SNC (sistema nervoso central).
Declínio na capacidade de equilibrar-se: acima dos 60 anos de idade – em pé, balançam mais do que 
adultos jovens.
Em testes com plataformas de movimento, há maior tempo de resposta dos músculos da perna; 
músculos da coxa respondem antes dos músculos da perna, ao contrário do que acontece nos adultos 
jovens; a resposta dos músculos é mais variável entre repetições. 
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As quedas são uma das principais causas de morte acidental em pessoas acima de 75 anos 
de idade. As consequências das quedas são: fraturas da coluna, do quadril (pelve ou fêmur); 
período de inatividade, dependência dos outros; medo de cair novamente ocasionando mudanças 
no estilo de vida.
As quedas podem trazer como consequência a permanência de um grande período na cama, o que 
faz com que a pessoa se movimente pouco, além de poder resultar em dificuldade respiratória, aumento 
do risco de aparecimento de doenças infecciosas, falta de ânimo e muitos outros problemas. 
Esses longos períodos, associados a doenças infecciosas, sobretudo no ambiente hospitalar, acabam 
por levar a óbito muitos idosos.
As quedas constituem-se em problemas ainda mais complicados para quem tem osteoporose, ou 
seja, pessoas que já possuem ossos mais frágeis (menos densos), pois o risco de fraturas ao cair e o risco 
de cair novamente são ainda maiores.
Força (F)
O aumento de força é atribuído à hipertrofia muscular. A perda de massa magra está associada à 
lentidão na síntese proteica, que aumenta após os 70 anos de idade.
As consequências de exercícios de força nas pessoas muito idosas são ganhos importantes de 
força, em razão do aumento de massa magra e melhorias no equilíbrio, no padrão da caminhada, nas 
habilidades funcionais do dia a dia.
Deve-se destacar que o treinamento de força bem-orientado além de resultar em aumento de 
massa magra e consequente melhoria da força, auxilia no controle motor (produção de movimentos 
mais precisos e coordenados), o que contribui com a melhora do desempenho das atividades e 
tarefasdiárias.
Flexibilidade
Flexibilidade é a capacidade de mover as articulações em total amplitude de movimento. 
A amplitude de movimentos de uma articulação depende de sua estrutura óssea e da resistência dos 
tecidos moles (músculos, tendões, cápsulas articulares, ligamentos e pele) aos movimentos.
A perda de flexibilidade está associada à pouca demanda de grandes amplitudes articulares nas 
tarefas da vida diária.
Num mesmo indivíduo, a flexibilidade pode variar bastante de uma articulação para outra.
O declínio da flexibilidade é mais significativo após os 49 anos de idade. Todavia, no idoso, um 
forte motivo de declínio é a osteoartrite (também denominada osteoartrose ou doença articular 
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degenerativa, e refere-se a alterações químicas na cartilagem articular afetada, causando dor e 
rigidez; não inflamatória). 
A flexibilidade depende de treinamento em qualquer etapa da vida de uma pessoa.
Portanto, pessoas mesmo muito idosas podem reverter a perda de flexibilidade com treinamentos 
específicos e aumentarem consideravelmente a amplitude (o ângulo de “abertura” da articulação).
É importante notar que força, flexibilidade e equilíbrio estão associados entre si. A melhora em cada 
um deles e em todos leva a um desempenho muito mais satisfatório nas várias habilidades motoras.
Figura 61 – Idosas jogando cricket
Figura 62 – Idosos nadando
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8.4 Domínio emocional e sociocultural
Muitos idosos controlam suas emoções negativas melhor do que pessoas mais jovens, ao passo que 
outros têm mais dificuldade, apresentando episódios de muita tristeza, bem como vivenciando a solidão, 
quer em razão da perda do cônjuge ou companheiro, quer pelo desenvolvimento dos filhos que deixaram 
o lar – seja por motivos positivos, como constituir uma nova família, seja por motivos negativos, como 
envolvimento com drogas, morte por acidente e tantos outros possíveis motivos. 
 Saiba mais
O filme a seguir apresenta um pequeno grupo de pessoas na passagem 
da idade adulta madura para a terceira idade, suas descobertas conjugais, 
ajustes e rupturas quando deparam em condições adversas e divertidas de 
uma cultura estranha à deles.
O EXÓTICO hotel Marygold. Dir. John Madden. Reino Unido: Babieka, 
2015. 122 minutos.
A expectativa do idoso em relação à sua própria vida também tem um papel importante em suas 
emoções. Essa mesma modificação na dinâmica de seu lar modifica seus afazeres, especialmente para 
a mulher. Por exemplo, se ela tinha o hábito de cozinhar para os outros membros da família e eles não 
mais habitam esse lar, ela passará a cozinhar apenas para si mesma. Convém refletir que para uma 
pessoa cuja preocupação era manter a casa em ordem, limpa e que o resultado dessa atividade tinha 
como meta atingir pessoas que não mais lá estão para usufruir ou admirar esse resultado, não faz 
sentido continuar a realizá-lo, ou ao menos não com o mesmo zelo. Diante desse quadro, sem perceber, 
essa senhora se torna menos ativa no que se refere às atividades de vida diária. Se ela dedicou sua vida 
a esse tipo de serviço e, como consequência, renunciou a um círculo de amizades ou, se suas amizades 
mais íntimas já vieram a falecer ou encontram-se em situações de saúde fragilizada ou habitam longe 
da sua e o local é de difícil acesso, não é de se estranhar que essa idosa perca parte do entusiasmo 
pela própria vida – isso quando não o perde completamente. Por esse motivo, ainda não é tão difícil 
se ter notícias de que ao falecer um cônjuge de muitas décadas de vida compartilhada em comum, o 
que restou vivo logo venha a falecer também, ainda que aparentemente (e até mesmo, de fato) ele não 
apresentasse qualquer problema de saúde. 
Faz sentido, portanto, encontrar pessoas com quadro depressivo na terceira idade. 
Se a mulher em idade avançada encontra sentido identitário no lar e nas tarefas que nele desempenha 
a serviço dos outros familiares habitantes da mesma residência, o mesmo fenômeno é bem menos 
frequente no sexo masculino. Os homens idosos encontram sentido no trabalho. Se não mais têm 
condições de exercer uma atividade remunerada, ou seja, se não mais podem contribuir com a renda 
familiar mediante uma atividade que lhe confira dinheiro, fica difícil se sentirem e se autoperceberem 
como alguém vigoroso e verdadeiramente útil. 
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Figura 63 – Idosos pintando 
Ainda que ajude sua companheira com os trabalhos domésticos, há que se convir que essa atividade 
não lhe atribui identidade como produtor de algum benefício material, seja para si mesmo, seja para 
outrem, pois soma-se a essa condição o fato de que tradicionalmente, em nosso país (e na tradição 
latina, em sentido amplo), tarefas domésticas “não são coisa de homem”, ou em outras palavras, não 
combinam com o gênero masculino, principalmente para a população que está idosa.
 Saiba mais
O filme a seguir trata da dinâmica de um casal de idosos que compartilha 
a vida a dois há anos e procura lidar com os desafios do advento da doença 
de um dos cônjuges. 
AMOR. Dir. Michael Haneke. Austria: Les Films du Losange, 2013, 127 
minutos. 
O direcionamento do universo idoso, em enorme maioria, é o universo do passado, do presente e, 
talvez, do futuro; o universo do jovem é do presente, do futuro e, talvez, do passado. 
Sem aprofundamento filosófico algum, é válido pensar apenas na seguinte condição: um idoso 
de 70 anos de idade e um jovem de 25. O primeiro tem, se tanto, 20 anos de expectativa de vida, mas 
cerca de 65 anos de recordações; o segundo tem expectativa de vida de 65 anos, porém 20 anos de 
recordações. Como poderia haver semelhança valorativa semelhante entre eles se um dispõe de muito 
mais história, de muito mais experiências de passado, enquanto o outro possui história curta, pouco o 
que rememorar, entretanto, muito mais expectativa de futuro. O tempo passado de um é o tempo do 
“vir a ser”, da expectativa de futuro, do outro.
Como poderia o idoso se encontrar consigo mesmo sem se chocar com a impactante vida 
extremamente privada e tão enfaticamente afastada da sua que é a vida do jovem?
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No entanto, não é só a tecnologia a responsável por essa discrepante experiência de vida entre um 
e outro. 
Figura 64 – Possível interação entre crianças na terceira infância e idosa (talvez avó e netos), em atividade de lazer
É bom e útil, mais uma vez, lançar mão da literatura, desta vez para refletir acerca da disparidade 
íntima entre idosos e os ainda mais jovens, isto é, as crianças. Leia o poema a seguir, de da autoria de 
Fernando Pessoa (poeta português), intitulado “O Avô e o neto”, do ano de 1926:
Ao ver o neto a brincar,
Diz o avô, entristecido:
“Ah! Quem me dera voltar
A estar assim entretido!”
“Quem me dera o tempo quando
Castelos assim fazia,
E que os deixava ficando
Às vezes p’ra outro dia;
“E toda a a tristeza minha
Era, ao acordar p’ra vê-lo, 
Ver que a criada já tinha
Arrumado o meu castelo”.
Mas o neto não o ouve
Porque está preocupado
Com um engano que houve
No portão para o soldado.
E, enquanto o avô cisma, e triste
Lembra a infância que lá vai,
Já mais uma casa existe
Ou mais um castelo cai;
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E o neto, olhando afinal
E vendo o avô a chorar
Diz, “Caiu, mas não faz mal:
Torna-se já a arranjar” (PESSOA, 1998, p. 81). 
Note-se que, apesar da semelhança entre o tipo de brincadeira, isto é, o brincar de montar, o avô 
alimenta as saudades de uma experiência do passado e reflete tristemente sobre a irreversibilidade do 
tempo vivido, ao passo que o neto vive o presente de sua brincadeira, procurando solução para um 
“problema”, ou seja, um demanda cognitiva para solucionar o problema de seu imaginário infantil e, 
com esse foco de atenção, não se dá conta do saudosismo do avô como motivo de tristeza. 
É importante observar a dificuldade de a criança se colocar imaginariamente no lugar do avô. Ao 
contrário, ela consegue pensar que o motivo da tristeza do avô é parecido com o da preocupação dela, 
ou seja, o problema com o soldado. Esse raciocínio egocêntrico é típico de uma criança (possivelmente 
de segunda infância), que percebe o tipo de sentimento do outro, mas tem dificuldade de imaginar um 
motivo que não seja semelhante ao seu próprio.
Por outro lado, o avô corrobora a imersão da criança no “faz de conta”, pois assim como o menino 
se sente importante ao resolver o problema com o soldado, o avô, quando menino, gostava de ele 
mesmo arrumar seu castelo, aborrecendo-se quando a empregada doméstica o arrumava. Isso indica, 
além da empatia e identificação do idoso para com o neto quanto tinha a mesma idade, a relevância 
que a solução de problemas tem para a criança, aproximando-a (ao menos de seu ponto de vista) do 
comportamento adulto. É sabido que a criança imita o comportamento de adultos, em especial os de 
seu convívio ou que elas admiram (por exemplo, um ator, um atleta etc.). 
Figura 65 – Menino asiático e seu avô
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Novamente há que se considerar as dificuldades do cotidiano urbano brasileiro quando se reflete 
sobre a terceira idade. A sensação de solidão e a não realização pessoal em atividades da vida diária (AVD) 
é reforçada pelos problemas de mobilidade das grandes cidades, notadamente pela grande lotação no 
transporte público, a grande velocidade e alta intensidade de estímulos visuais e sonoros, a precariedade 
da pavimentação de muitas calçadas, ruas, avenidas, da sinalização de trânsito, da escassez de faixas 
de pedestres ou de sua nitidez, o acesso a cadeiras de rodas e tantos outros sinais de fragilidade no 
planejamento arquitetônico do espaço das grandes cidades.
Há também um problema de conflito de gerações no que se refere à linguagem verbal, visual, 
padrões de vestuário, de polidez, de expressão cultural em sentido mais amplo (gostos musicais muito 
divergentes, por exemplo, assim como arte gráfica, a exemplo do grafite, entre outros). 
Todavia, não há dúvidas sobre o poder da tecnologia de informação e da mobilidade dos aparelhos 
eletrônicos como celulares, tablets e notebooks, que direcionam a concentração dos jovens quase que 
de modo exclusivo. Esses instrumentos ocupam um lugar mínimo na configuração espacial de uma casa 
e, visto de outra forma, abrem possibilidades de muitos universos: de imagens, sons e até mesmo sabores 
e odores (ainda que no campo o imaginário), estendendo-se para apelos de comunicação com outras 
pessoas e em outros lugares que, via de regra, conduzem os mais jovens para lugares e diálogos sequer 
suspeitados pelos mais velhos, sobretudo pelos idosos. 
Diante desse panorama, o jovem, ao mesmo tempo em que habita ou está presente em um espaço 
em comum com o idoso, não necessariamente convive, compartilha ou se interessa minimamente pela 
vida desse idoso que posa próximo ao jovem, mas que não dispõe de conhecimento de mundo suficiente 
para adentrar e usufruir do mesmo universo que ele: o universo virtual. 
Figura 66 – Ambiente doméstico que contrasta o antigo (mobília) e o atual (computador)
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8.5 A terceira idade é mesmo a “melhor idade”?
O termo “melhor idade” vem sendo frequentemente atribuído à população idosa, especialmente de 
acordo com informações divulgadas na mídia televisiva. 
Embora possa ser comprovado que essa população viva mais e melhor do que anteriormente, não é 
porque a pessoa passa dos 65 anos que sua vida tende a melhorar. 
Basta conversar com pessoas (até mesmo antes de completarem essa idade), para se identificar que 
seus depoimentos vão ao encontro do que relata o personagem: não sentem a mesma disposição de 
antes, de fases anteriores da vida. 
No que se refere a aspectos físicos, são comuns as queixas a respeito de problemas relacionados 
a dores articulares, cansaço, alterações hormonais (que influenciam a força muscular e a densidade 
óssea), diminuição de velocidade nas atividades de vida diárias (AVD) e tantas outras limitações e 
até impedimentos. 
Portanto, se pesquisas indicam que o idoso vive mais do que antes e que há uma tendência de que 
as pessoas realmente passem a viver mais, isso não necessariamente significa que a qualidade de vida 
do idoso tenha melhorado.
Não diferentemente do que ocorre em outras fases da vida, para quem estuda crescimento e 
desenvolvimento humano, é necessário conhecer “o que”, “quando” e “como” as características se 
modificam, além, é claro, de “por que” essas modificações ocorrem. 
Como profissionais da área de Educação Física, há necessidade tanto de estudar essas modificações 
do processo de envelhecimento avançado, como também de prestar a máxima atenção aos depoimentos, 
às histórias de vida das pessoas da terceira idade.
Conforme será observado, sobretudo os aspectos relacionados à estrutura e funcionamento dos órgãos 
tendem a passar por declínios – que desfavorecerão a pessoa na realização das tarefas de seu cotidiano. 
Esses problemas podem resultar (e comumente resultam) em outros: dificuldade de se manter 
empregado e de procurar novos empregos e ocupações; abandono e desprezo por parte da família e 
outros conviventes; desrespeito da população com os chamados “velhos”, no sentido de pessoas que 
“não servem mais para nada”. Essas e outras situações levam ao questionamento de se a terceira idade, 
de fato, deveria ser denominada “melhor idade”.
O que talvez venha a justificar o emprego dessa expressão é que há várias pessoas nessa faixa etária 
que passam a ter menos responsabilidades e demandas de afazeres do que antes, e assim procuram 
novas atividades e grupos de convívio, como grupos de artesanato, programas de atividade física, locais 
de baile (dança de salão) e uma série de outras ocupações que não lhes eram impossíveis em fases 
anteriores da vida, quando cuidavam dos filhos, cônjuges e/ou, antes de se aposentarem. Entendendo-se 
desse modo, seria possível atribuir o termo “melhor idade”?
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Figura 67 – Casal de idosos dançando tango em praça pública (Buenos Aires, Argentina)
Por conseguinte, é imprescindível conhecer mais a respeito dessa faixa etária, bem como se familiarizar 
com histórias individuais, notadamente no Brasil, a fim de que se possa refletir adequadamente sobre o 
uso de “melhor idade” para se referir a essa faixa etária. 
8.6 Para mais reflexões sobre o processo de envelhecimento e atuação 
profissional
Ainda que uma pessoa permaneça parada, o corpo se modifica por ações e reações químicas agindo 
no corpo físico – no espaço, com o passar do tempo. O corpo tem um tempo, o qual chamamos de 
idade. Contudo, as pessoas parecem lutar muito contra a idade e seus efeitos no corpo, como se o corpo 
não fosse elas mesmas. Elas buscamo corpo belo e o corpo que funciona bem, qual seja: o corpo para 
sempre jovem. Há uma insistência de cada ser humano (quase todos na cultura ocidental) de perpetuar 
a si mesmo ou, no mínimo, retardar o envelhecimento e, quando não mais é possível obter formas e 
desempenhos corporais autossatisfatórios ou que satisfaçam outrem, apela-se para frases como “sou 
velho, mas tenho espírito jovem”. Autoengano? “Propaganda enganosa”? Talvez uma maneira de se 
consolar de tempos idos no corpo prazerosamente vivido.
Ricardo Reis (heterônimo de Fernando Pessoa), todavia, não se autoengana na ode a seguir, mas 
antes cede à fragilidade do corpo pela ação do tempo, bem como às suas impressões e às possíveis 
impressões do ser amado, numa relação ao mesmo tempo intrasubjetiva (da pessoa consigo mesma) e 
intersubjetiva (entre duas ou mais pessoas): 
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Já sobre a fronte vã se me acinzenta
O cabelo do jovem que perdi. 
Meus olhos brilham menos.
Já não tem jus a beijos minha boca.
Se me ainda amas, por amor não ames:
Traíras-me comigo (PESSOA, 1998, p. 209). 
Embora o destaque esteja aludido a características do rosto, considere-se como parte do corpo, o 
rosto, sua configuração e expressões, que são de fundamental importância evolutiva e ontogenética, com 
desdobramentos importantes para as relações sociais. Nota-se, do poema, a autopercepção da pessoa 
num processo de transformar-se em direção à sua inevitável condição que impõe finitude ao processo 
de envelhecimento, estabelecendo assim uma modificação na relação intersubjetiva e intercorpórea dos 
corpos (pessoas) amantes. 
No início velhice, há muitos que anseiam pelo retorno ao corpo jovem. Movimentar-se como jovem 
requer intensa e contínua reposição energética, numa busca, nem sempre deliberada, pela manutenção 
do corpo em ação, do corpo voluntário, espontâneo. O fato é que tal busca clama por intervenções do 
outro em mim e um dos profissionais a ser procurado é o da Educação Física. É como se, de uma forma 
que não se sabe qual – porém esse profissional deve saber... – houvesse uma esperança de encontrar o 
elixir da juventude e o corpo voltar ao antigo vigor. Será possível ocorrer um retorno ao corpo de outrora 
por meio da prática sistemática de atividade física? Quais as marcas da vida no corpo do idoso? Será 
que os mecanismos fisiológicos capazes de promoverem melhoras significativas na força, flexibilidade, 
condição cardiorrespiratória são suficientes para o retrocesso a um corpo jovem – nas sensações, nas 
representações? Que interesse e de que conhecimentos sobre a subjetividade alheia o profissional de 
Educação Física dispõe para intervir nesses corpos? E mais, considerando-se o tempo finito do ser no 
mundo e que estamos a perpetuar em nosso cliente, afinal: o não perpétuo?
Figura 68 – Idosos praticando Tai Chi Chuan
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De fato, ao longo dos anos, por toda a vida (mais longa, menos longa), os corpos se configuram, 
reconfiguram e, por vezes, até se desconfiguram3, mesmo antes da pós-morte. Somos corpo no tempo 
somente até a finitude da morte: é quando o “ser no mundo” acaba para si; depois, por decomposição, 
ele acaba para os outros; os eventuais registros (documentais ou não) da existência daquele 
“ex-ser-no mundo”, estes ainda ficam; assim acaba o “eu” que, dessa hora em diante, será “o outro”, na 
lembrança de “corpos-outros”, isto é, nas sensações corporais que emergem das pessoas em relação 
ao ente que faleceu. 
 Observação
Ode – entre os antigos gregos, poema lírico destinado ao canto.
Talvez você, caro estudante, esteja se perguntando: por que os autores desta disciplina apresentam 
mais textos de obras literárias neste período da vida, isto é, na terceira idade?
A resposta é bastante simples e direta: nem o autor e nem a autora estão na terceira idade; estamos 
ambos na idade adulta intermediária. Isso é de total importância, porque só conhecemos a terceira 
idade pelo que lemos, observamos, pelo contato que temos com nossos pais e outros familiares, pelo 
que estudamos e pelas obras que tratam de várias temáticas dessa fase da vida. Cada um de nós, autor 
e autora, não viveu a terceira idade porque ainda não chegou nessa fase, portanto, além dos estudos, só 
nos é possível sabê-la, por experiência, “pela voz dos idosos”. 
 Saiba mais
O livro a seguir apresenta uma seleção de relatos bastante significativos 
de pessoas idosas e tornou-se leitura acadêmica indispensável para que se 
compreenda melhor a terceira idade, tanto seus dilemas como perspectivas 
positivas. 
BOSI, E. Memória e sociedade: lembranças de velhos. 17. ed. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2012.
É necessário ouvir os idosos: suas queixas, histórias e realizações de quando crianças, adolescentes 
ou jovens adultos, bem como suas expectativas atuais e até mesmo sua perda de esperança.
3Os verbos reconfigurar e desconfigurar, a rigor não existem em português (conforme busca realizada no Dicionário 
Houaiss da Língua Portuguesa, 2001). Configurar está sendo usado aqui em dois sentidos: a) tomar forma; b) revestir-se 
das características de, afigurar-se. Decorre que os prefixos latinos re e des permitem, respectivamente, as derivações 
reconfigurar, à qual atribui-se o significado de configurar “de novo” e, desconfigurar, com o significado de “uma ação 
contrária” a configurar (SAVIOLI, 1985, p. 215-222).
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Talvez a maior dificuldade para o exercício da Educação Física ao se lidar com a terceira idade seja 
exatamente esta: não haver graduandos em Educação Física na terceira idade – com honrosas exceções. 
Semelhantemente, é escasso o número de professores e profissionais de Educação Física na 
terceira idade que ainda atuam nessa área. Cursos de bacharelado como Administração de Empresas, 
Direito e Economia apresentam pessoas de terceira idade com frequência razoável, ainda que não 
em grande número.
Exemplo de aplicação
Conforme já mencionado, o mercado de trabalho para o idoso no Brasil é bastante dificultoso. Para 
refletir: que restrições estão presentes na Educação Física, comparativamente ao Direito, por exemplo, 
que limitam ou impedem o idoso (ao menos de sua perspectiva) a cursá-la? Estaria o idoso equivocado 
em sua percepção? Procure escrever sobre isso, com fundamentação nos conhecimentos deste tema. 
8.7 Aproximação do término da vida
O término da vida marca o final do processo de desenvolvimento humano. As crenças 
ou não na vida após a morte variam de pessoa para pessoa e sofrem interferência das mais 
diversas tradições culturais sobre esse assunto. Algo que frequentemente acorre é que, com 
a aproximação da morte por decorrência natural do processo de envelhecimento, as pessoas 
passem por profundas reflexões acerca de suas decisões e atitudes ao longo da própria vida, nas 
relações com outros e em relação a si mesmas. 
Observe-se o seguinte trecho:
Um problema com o ser-se velho é o de julgarem que ainda devemos aprender 
coisas, quando na verdade, estamos a desaprendê-las, e faz todo sentido 
que assim seja para que nos afundemos inconscientemente na iminência do 
desaparecimento. A inconsciência apaga as dores, claro, e apaga as alegrias, 
mas já não são muitas as alegrias e no resultado da conta é bem-visto que a 
cabeça dos velhos se destitua da razão para que, tão de frente à morte, não 
entremos em pânico. A repreensão contínua passa por essa esperança imbecil 
de que amanhã estejamos mais espertos quando, pelas leis definidorasda 
vida, devemos só perder capacidade. A esperança que se deposita na criança 
tem de ser inversa a que se nos dirige. E quando eu fico bloqueado, tão 
irritado com isso, sem dúvida, não é por estar imaturo e esperar vir a ser 
melhor, é por estar maduro demais e ir como que apodrecendo, igual aos 
frutos. Nós sabemos que erramos e sabemos que, na distração cada vez 
maior, na perda de reflexos e de agilidade mental, fazemos coisas sem saber 
e não as fazemos por estupidez. Fazemos por descoordenação entre o que 
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está certo e o que nos parece certo e até sabemos que isso de certo ou 
errado é muito relativo, é tudo mais forte do que nós (MÃE, 2013, p. 33).
Nesse excerto do livro A Fábrica de Fazer Espanhóis, de Valter Hugo Mãe (escritor português 
contemporâneo), o personagem principal, que é também narrador do livro, faz uma descrição bastante 
realista do que consegue perceber, refletir e sentir numa pessoa idosa, não apenas a respeito de si 
mesma, como também quando se compara, em certas características, a uma criança. Além disso, o 
personagem se coloca no lugar de quem cria expectativas a respeito do idoso, que, segundo ele, não 
se concretizarão. 
 Saiba mais
O livro a seguir, mencionado há pouco, apresenta sua maior parte 
ambientada em um abrigo para idosos em Portugal e descreve de modo 
ficcional, porém muito realista a diferentes personalidades dos moradores 
e de seus cuidadores e as interrelações entre todos e “o mundo para além 
do abrigo”.
MÃE, V. H. A máquina de fazer espanhóis. São Paulo: Cosac Naify, 2013. 
Diante da perspectiva desse personagem, a expressão “melhor idade” não corresponde ao que 
acontece no processo de envelhecimento. Todavia, de acordo com o que foi discutido anteriormente, 
essa condição pode se verificar em casos particulares e de acordo com o que cada pessoa idosa entende 
como ser esta sua “melhor idade”. 
Figura 69 – Grupo de adultos jovens, adultos de meia-idade e idosos em cerimônia, por 
terem se alfabetizado em suas respectivas idades atuais
Por mais que sejam verdadeiras as dificuldades entre diferentes gerações etárias, há que se estar 
atento à progressiva possibilidade e efetivação de aproximações entre essas pessoas. A reflexão e a 
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CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO HUMANO
realização de atitudes no sentido de amenizar a discrepância entre as características divergentes de 
idades tão longínquas podem não apenas promover um desenvolvimento mais saudável e prazeroso a 
todos, como também aumentar a esperança por um viver mais respeitoso e harmonioso entre todas as 
pessoas – sem exceção. Somos responsáveis uns pelos outros.
Figura 70 – Placa de alerta à circulação de idosos. Implicitamente está a mensagem de que as demais 
pessoas devem diminuir a velocidade com que estão transitando
Figura 71 – Foto de família: avós e netos (avós maternos à esquerda e avós 
paternos à direita; as três crianças são irmãs)
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 Resumo
A transição da adolescência para a idade adulta não significa que 
o jovem adulto tenha atingido o ápice de sua maturidade. Tanto o 
domínio físico como o emocional ainda passarão por muitas mudanças. 
O desenvolvimento cognitivo mescla a rápida obtenção de informações 
com a necessidade de tomada de decisões, pois são muitas as demandas 
da vida do jovem adulto: ir em busca de trabalho, cursar o Ensino Superior, 
constituir nova família etc. 
Entretanto, a variação interindividual é muito grande, pois as pessoas 
já apresentam um tempo de história de vida considerável, porém suas 
decisões muitas vezes dependem ainda de um suporte ou auxílio parental, 
tanto em relação ao sustento como no apoio emocional. 
Por outro lado, mantém-se o interesse pela busca de parceiros sexuais, 
assim como a necessidade de aceitação pelos outros, apesar de menos do 
que na adolescência.
Há que se considerar que com o avançar da idade, cada pessoa 
busca seus próprios rumos e a tendência é de que muitos amigos de 
longa data acabem por se afastar em virtude de demandas de tarefas 
da vida diária relacionadas a trabalho, estudo e responsabilidades no 
lar, seja no cuidado com filhos menores de idade, seja com pais e outros 
parentes mais velhos.
A idade adulta intermediária é uma fase em que as pessoas, em 
geral, sentem-se mais seguras e buscam oportunidade de mudar um 
pouco seus hábitos de vida: alimentares, de prática de atividade física, 
buscar outro emprego, outro cônjuge ou parceiro, outra graduação ou 
cursos de menor duração que contribuam para sua autorrealização. 
Os declínios físicos já se tornam perceptíveis, tanto no domínio 
sensorial como no físico, motor e sexual, porém nem sempre no 
aspecto cognitivo, no sentido de operações mentais que exijam, além 
de avaliação objetiva e tomada de decisão, alguma subjetividade e 
amenização em relações interpessoais que antes eram concebidas com 
maior rigidez. A qualidade, mais do que a quantidade, em vários setores 
da vida parece fazer mais sentido às pessoas nessa faixa de idade que 
abrange aproximadamente dos 40 aos 65 anos de idade.
A terceira idade envolve a consciência de que o fim da vida está bem 
mais próximo do que seu início, pois “muitos anos já se passaram”. 
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Podem ser muitos os problemas físicos associados ao processo de 
envelhecimento, cujos efeitos são bem mais perceptíveis: não há um único 
sistema físico ou órgão que naturalmente se modifique para melhor na 
terceira idade. Partindo-se desse fenômeno, questiona-se se essa faixa 
etária, de fato, corresponde à “melhor idade”. 
Essa questão suscita respostas muito variáveis, porque depende das 
possibilidades ou impossibilidades de escolhas, relacionadas à expectativa 
de vida e qualidade de vida.
Outro problema com o qual o idoso depara é o impacto das mídias 
eletrônicas, principalmente sob comando dos jovens, indo de encontro 
às percepções e anseios dessa população, representando um impacto de 
conflito intergerações, em que não há uma empatia identitária.
Pode haver sensação de vazio no próprio lar, notoriamente para 
aqueles que perderam cônjuges recentemente, após muitos anos de 
vida em comum.
No que cabe aos profissionais de Educação Física, é premente procurar 
compreender a velhice, pois do ponto de vista da experiência, não há 
proximidade existencial entre esse profissional e seu cliente, o que não 
implica que a relação possa ser adequada e produtiva. O fato é que o 
processo de envelhecimento é um limitador de atividades da vida diária 
(AVD), quando não a impede em grande proporção. 
Essa perda de autonomia do idoso, como consequência da diminuição 
de seu rigor físico e, muitas vezes mental, acaba por dificultar seu 
encorajamento para se engajar na prática regular de atividade física. 
Manter algum contato ou frequentar grupos de terceira idade pode 
auxiliar o idoso a recuperar sua identidade e aumentar a autoestima. 
Ressalte-se que a depressão é um estado de tristeza e falta de ânimo 
que pode vir a se tornar uma doença, chegando a causar uma sensação de 
que “nada na vida vale a pena” e, por vezes, nem a própria vida. 
Qualquer pessoa pode vir a ter episódios de depressão, mas, na idade 
adulta e terceira idade, esse quadro não é incomum. A ansiedade tornou-se 
um fenômeno contemporâneo bastante comum e uma pessoa pode oscilar 
entre sintomas de ansiedade e sintomasdepressivos.
Doenças degenerativas como o mal e Parkinson e o mal de Alzheimer 
podem acometer adultos também e não apenas idosos. Em geral, exercícios 
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de fortalecimento (exercícios resistidos) auxiliam no controle neural, ainda 
que o ganho de força não seja tão expressivo (embora também possa ser).
A prática de atividade física pode ser um importante meio de combate 
a esses problemas, mas uma intervenção multidisciplinar também é 
recomendável. O importante é a pessoa encontrar ou retomar um significado 
para a vida.
A proximidade com a morte, em razão do avanço do processo de 
envelhecimento no desenvolvimento humano, incita a pessoa idosa a 
novas reflexões sobre sua conduta e fé.
Espera-se que a ética do cuidar do outro e de si mesmo atinja e motive 
todo estudante e profissional ou professor de Educação Física.
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FIGURAS E ILUSTRAÇÕES
Figura 3
000019.JPG. Disponível em: <http://images2.pics4learning.com/catalog/0/000019.jpg>. Acesso em: 
20 jan. 2017. 
Figura 4
MORGUEFILE 1-IMG_0601.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/877358>. Acesso em: 20 
jan. 2017. 
Figura 5
MORGUEFILE IMG_6610.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/1009657>. Acesso em: 20 
jan. 2017. 
Figura 7
MORGUEFILE 111689291624.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/64872>. Acesso em: 20 
jan. 2017. 
Figura 8
STACKOFCLASSICS.JPG. Disponível em: <http://images2.pics4learning.com/catalog/s/stackofclassics.
jpg>. Acesso em: 20 jan. 2017. 
Figura 10
MORGUEFILE CANOVACN_0254.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/203044>. Acesso em: 
20 jan. 2017 
Figura 11
MORGUEFILE SW_CONDOM_1.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/19107>. Acesso em: 
20 jan. 2017. 
Figura 12
MORGUEFILE 042.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/820386>. Acesso em: 20 jan. 2017. 
Figura 13
MORGUEFILE BABY BUMP.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/838544>. Acesso em: 20 jan. 2017. 
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Figura 14
MORGUEFILE 114472260912.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/114616>. Acesso em: 20 
jan. 2017. 
Figura 15
MORGUEFILE 022_PP.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/893627>. Acesso em: 20 jan. 
2017.
Figura 16
MORGUEFILE FETUS.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/898952>. Acesso em: 20 jan. 2017. 
Figura 17 
MORGUEFILE 114472259742.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/114614>. Acesso em: 20 
jan. 2017 
Figura 18
B11NATURE_CHARACTERS_HUMANOIDS010.JPG. Disponível em: <http://www.imageafter.com/
dbase/images/nature_characters_humanoids/b11nature_characters_humanoids010.jpg>. Acesso 
em: 20 jan. 2017. 
Figura 19 A
02971R. Disponível em: <http://cdn.loc.gov/service/pnp/ppmsca/02900/02971r.jpg>. Acesso em: 20 
jan. 2017. 
Figura 19 B
02971R. Disponível em: <http://cdn.loc.gov/service/pnp/ppmsca/02900/02971r.jpg>. Acesso em: 20 
jan. 2017. 
Figura 20
MORGUEFILE DSC_6207_A.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/88933>. Acesso em: 23 
jan. 2017. 
Figura 21
BABYSARM1. Disponível em: <http://images2.pics4learning.com/catalog/b/babysarm1.jpg>. Acesso 
em: 20 jan. 2017. 
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Figura 22
MORGUEFILE 0CT31_005.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/186928>. Acesso em: 20 
jan. 2017. 
Figura 23
MORGUEFILE _DSC6556.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/923764>. Acesso em: 18 jan. 2017. 
Figura 26
MORGUEFILE DSCF2168.JPG. Disponível em:<https://morguefile.com/p/996984>. Acesso em: 20 jan. 2017. 
Figura 27
MORGUEFILE BABY-1422357.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/1013894>. Acesso em: 
18 jan. 2017. 
Figura 28
MORGUEFILE IMG_8585.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/776707>. Acesso em: 20 jan. 
2017. 
Figura 30
MORGUEFILE 111321732539.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/59951>. Acesso em: 20 
jan. 2017. 
Figura 32 
DSC20050725_151542_8. Disponível em: <http://www.burningwell.org/gallery2/v/People/dsc20050725_ 
151542_8.jpg.html>. Acesso em: 20 jan. 2017. 
Figura 34
BAG9.JPG. Disponível em: <http://images2.pics4learning.com/catalog/b/bag9.jpg>. Acesso em: 20 
jan. 2017. 
Figura 35
MORGUEFILE DSC_2627.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/1022451>. Acesso em: 18 
jan. 2017. 
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Figura 36
PLAYSOCCER.JPG. Disponível em: <http://images2.pics4learning.com/catalog/p/playsoccer.jpg>. 
Acesso em: 20 jan. 2017. 
Figura 40
MORGUEFILE BRAIN.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/898815>. Acesso em: 20 jan. 
2017. 
Figura 41
MORGUEFILE COMPUTER_GAMER.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/224530>. Acesso 
em: 18 jan. 2017. 
Figura 42
MORGUEFILE IMG_6181.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/1000801>. Acesso em: 18 
jan. 2017. 
Figura 43
MORGUEFILE IMG_6132.JPG. Disponível em: <http://mrg.bz/d2e31c>. Acesso em: 18 jan. 2017. 
Figura 46
MORGUEFILE CORA AND KATIE 017.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/909178>. Acesso 
em: 18 jan. 2017. 
Figura 47
MORGUEFILE CREATIVE RICHASHARMA9. Disponível em: <https://morguefile.com/creative/
richasharma9/1/all>. Acesso em: 18 jan. 2017. 
Figura 48
MORGUEFILE SKATEBOARDBOY.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/48682>. Acesso em: 
18 jan. 2017. 
Figura 49
MORGUEFILE IMG_0578.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/1001223>. Acesso em: 18 
jan. 2017. 
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Figura 50
MORGUEFILE OBESE MALE WALKING-SILHOUETTE.JPG. Disponível em: <https://morguefile.
com/p/1007156>. Acesso em: 20 jan. 2017. 
Figura 52 
4A13565V.JPG. Disponível em: <http://cdn.loc.gov/service/pnp/det/4a10000/4a13000/4a13500/4a1
3565v.jpg>. Acesso em: 18 jan. 2017. 
Figura 53
MORGUEFILE NICE_COUPLEEF.JPG. Disponível em: <http://mrg.bz/4aedeb>. Acesso em: 18 jan. 2017. 
Figura 54
MORGUEFILE DIVORCE-MEDIATION-IRVINE--CA.JPG. Disponível em: <https://morguefile.
com/p/1019837>. Acesso em: 18 jan. 2017. 
Figura 55
MORGUEFILE IMG_0085.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/906923>. Acesso em: 18 jan. 2017. 
Figura 56
MORGUEFILE IMG00127-20100624-1117.JPG. Disponível em: <http://mrg.bz/56eaa2>. Acesso em: 
18 jan. 2017. 
Figura 57 
ATHENS43.JPG. Disponível em: <http://images2.pics4learning.com/catalog/a/athens43.jpg>. Acesso 
em: 20 jan. 2017. 
Figura 58
MORGUEFILE EXPLORE WITH GRANDPA 1.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/1000002>. 
Acesso em: 18 jan. 2017.
Figura 59 
904755-ARTESANATO%2520CARNAVAL_-3026.JPG. Disponível em: <http://imagens.ebc.com.
br/979S92lCxc01zvPUn5cd-gGsxoU=/fit-in/1280x720/filters:watermark(http://imagens.ebc.com.br/
abr_watermark.png,1,1,96)/http://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/_agenciabrasil2013/files/fotos/904755-
artesanato%2520carnaval_-3026.jpg>. Acesso em: 20 jan. 2017. 
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Figura 60
MORGUEFILE IMG_6129.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/95033>. Acesso em: 18 jan. 2017. 
Figura 61
MORGUEFILE MELODI2_CROQUET_CLUBBERS.JPG. Disponível em: <http://mrg.bz/1152a5>. Acesso 
em: 18 jan. 2017. 
Figura 62
MORGUEFILE SWIMCN_9230.JPG. Disponívelem: <https://morguefile.com/p/83145>. Acesso em: 18 
jan. 2017. 
Figura 63
MORGUEFILE 11362263029.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/98700>. Acesso em: 18 
jan. 2017. 
Figura 64
OPENPHOTONET_PLASTIC%20HORSE%20SHOE%20GAME2.JPG. Disponível em: <http://openphoto.
net/volumes/TALUDA/20080503/openphotonet_plastic%20horse%20shoe%20game2.JPG>. 
Acesso em: 20 jan. 2017. 
Figura 65
MORGUEFILE _DSC0274-2 - COPY.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/912695>. Acesso 
em: 18 jan. 2017. 
Figura 66
openphotonet_mirror%20images3.JPG. Disponível em: <http://openphoto.net/volumes/
TALUDA/20080522/openphotonet_mirror%20images3.JPG>. Acesso em: 20 jan. 2017. 
Figura 67
BA-TANGO.JPG. Disponível em: <http://images2.pics4learning.com/catalog/b/ba-tango.jpg>. Acesso 
em: 20 jan. 2017. 
Figura 68
MORGUEFILE FAIRLADIES.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/969016>. Acesso em: 20 
jan. 2017. 
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Figura 69
ABR10082013WDO_9329.JPG. Disponível em: <http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/sites/_
agenciabrasil/files/gallery_assist/26/gallery_assist727744/ABr10082013WDO_9329.jpg>. Acesso 
em: 20 jan. 2017. 
Figura 70
MORGUEFILE ELDERLY_PEOPLE.JPG. Disponível em: <https://morguefile.com/p/75972>. Acesso em: 
20 jan. 2017. 
Audiovisuais
AMOR. Dir. Michael Haneke. Austria: Les Films du Losange, 2013. 127 minutos. 
AZUL é a cor mais quente. Dir. Abdellatif Kechiche. França: Quat’sous Films, 2013. 187 minutos.
BEBÊS. Dir. Thomas Balmès. França: Canal+, 2010. 79 minutos.
O CLUBE dos cinco. Dir. John Hughes. EUA: A&M Films, 1985. 97 minutos.
O CORPO humano – um milagre diário. Dirs. Emma De’Ath; Liesel Evans. Reino Unido: BBC, 2009. 49 
minutos. Disponível em: <https://archive.org/details/Pfilosofia-the_human_body_2923>. Acesso 
em: 23 jan. 2017.
CRIAÇÃO. Dir. Jon Amiel. Reino Unido: Recorded Picture Company (RPC), 2009. 108 minutos.
O CURIOSO caso de Benjamin Button. Dir. David Fincher. EUA: Warner Bros, 2009. 166 minutos.
DOIS dias, uma noite. Dir. Jean-Pierre Dardenne; Luc Dardenne. Bélgica: Les Films du Fleuve, 2014. 95 minutos.
O EXÓTICO hotel Marygold. Dir. John Madden. Reino Unido: Blueprint, 2012. 124 minutos.
O EXÓTICO hotel Marygold 2. Dir. John Madden. Reino Unido: Babieka, 2015. 122 minutos. 
FREUD – além da alma. Dir. John Huston. EUA: Universal International Pictures, 1962. 139 minutos. 
A GUERRA do fogo. Dir. Jean-Jacques Annaud. Canadá: International Cinema Corporation (ICC), 1976. 
100 minutos.
O JULGAMENTO de Nuremberg. Dir. Stanley Kramer. EUA: Roxlom Films Inc, 1961. 186 minutos.
LAVOURA arcaica. Dir. Luiz Fernando Carvalho. Brasil: VideoFilmes, 2001. 172 minutos.
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MARY e Max: uma amizade diferente. Dir. Adam Eliiot. Austrália: Melodrama Pictures, 2010. 94 minutos.
AS MELHORES coisas do mundo. Dir. Lais Bodanzky. Brasil: Buriti Filmes, 2010. 106 minutos.
PARA SEMPRE Alice. Dirs. Richard Glatzer, Wash Westmoreland. EUA: Lutzus-Brown, 2015. 101 minutos.
PLANETA dos macacos: a origem. Dir. Rupert Wyatt. EUA: Twentieth Century Fox Film Corporation, 
2011. 106 minutos. 
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